A insustentável leveza do ser

A insustentável leveza do ser Milan Kundera




Resenhas - A Insustentável Leveza do Ser


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Camila 26/02/2024

O peso ou a leveza?
Reler esse livro sempre será algo completamente catalisador para mim. Desde a primeira página em que o autor já nos apresenta um questionamento intrigante e nos coloca para refletir acerca da teoria do eterno retorno de Nietzsche.

A primeira vez que eu li esse livro foi em 2017 e já naquela época, muitas coisas me instigaram. Mas, sobretudo, essa ideia de que a vida que vivemos agora é apenas esta e não há outra vida para viver. Portanto, como saber se nossas escolhas são as certas, quando não há com o que se comparar? Carreguei e ainda carrego esses questionamentos faz sete anos.

Outra coisa que gosto muito neste livro é a personagem Tereza e a sua profundidade e sensibilidade em relação ao mundo e ao amor. Quando ela se questiona sobre sua alma e seu corpo e em atitudes desesperadas tenta "esconder" a sua alma do mundo, eu sempre me sinto particularmente afetada. Me identifico e me sensibilizo com os dramas e questionamentos desta personagem.

Sendo assim, este continua sendo o meu livro favorito. Intenso, profundo, reflexivo e arrebatador. Talvez daqui sete anos eu irei revisitar novamente esses personagens tão bem construídos e tão singulares, colocados numa narrativa sensível, belíssima e importante!
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Rosilaine4 26/02/2024

Eu espera mais, não rolou para mim
Aquele famoso ditado: não julgue o livro pela capa.... E foi o que eu fiz com esse...Tão profundo o título ?????
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laramaximo 20/02/2024

O que escolher: o peso ou a leveza?
Essa pergunta, apresentada no início do livro, permanece em mim até hoje.

O livro acontece na terceira pessoa e começa com a questão de Parmênides sobre opostos: o quente e o frio, o escuro e o claro, o dia e a noite? Kundera questiona, então, o que escolher para viver: o peso ou a leveza? O que é melhor?

E então o autor nos apresenta Tomas e Tereza, um inusitado casal formado por um médico e uma garçonete. Tomas é um mulherengo que tem várias ?amigas eróticas? (como ele mesmo chama) mas não dorme com nenhuma. Até conhecer Tereza e dormir com ela segurando sua mão na primeira noite. Desde então, passaram a sempre dormir juntos.

Tereza, porém, é muito ciumenta e logo começa a desconfiar das aventuras de Tomas, que tem uma amiga chamada Sabine, uma artista plástica.

Sabine quer o oposto de Tereza: a última coisa que ela quer é um relacionamento fixo, sério. Ela prefere a liberdade da solidão.

Agora imagine essa história inteira acontecendo com o pano de fundo da invasão da URSS em Praga em 1968.

Milan Kundera foi genial em criar uma história sobre a complexidade dos relacionamentos humanos em um delicado cenário político. Afinal de contas, política e relacionamento tratam-se da mesma coisa: diplomacia.
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Clara 19/02/2024

Ess muss sein
Muitas reflexões com esse livro! Demorei mais do que esperava, mas me surpreendi. Ele tem uma profundidade incrível, ainda que com capítulos curtos. Me irritei com os personagens, mas é isso que traz imersão e veracidade pra história.
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filipetv 17/02/2024

"A Insustentável Leveza do Ser" é um título magnético. Mas, ao contrário de outras narrativas, como de "O Amor nos Tempos do Cólera" ou "O Homem Que Amava os Cachorros", a do hit de Milan Kundera é refém do seu nome de batismo e, ao final de suas mais de 300 páginas, a sensação que ficou foi a de que li uma obra inacabada.

Tomas, Tereza, Sabina e (em menor medida) Franz são os protagonistas dessa obra que tem como pano de fundo a invasão soviética da então Tchecoslováquia, no intuito de sufocar a Primavera de Praga, uma série de medidas liberalizantes que o governo pretendia implementar devido ao apelo popular.

Em primeiro plano, a narrativa se debruça sobre a conturbada relação entre Tereza e Tomas, que tem várias amantes, dentre as quais Sabina, uma pintora que posteriormente teria um caso com Franz. Cada um deles tem uma relação muito particular com o sexo e com a situação do país e do mundo ao longo dos pouco mais de dez anos que o livro abarca. E não foram quaisquer dez anos, estamos falando do auge da Guerra Fria e de uma história narrada por um autor declaradamente anticomunista, que inclusive recorre a uma licença poética no mínimo controversa ao falar sobre o filho de Stálin.

O enredo fragmentado dá dinamismo à história, porém o livro é permeado por três problemas fundamentais. Primeiro: o narrador insiste em explicar conceitos milimetricamente a partir ou não das ações dos personagens, subestimando nossa capacidade de interpretação, ao ponto de, muitas vezes, fazer perguntas a si próprio pra que tenha a oportunidade de elucidá-las.

Segundo: certas reflexões metalinguísticas dão a sensação de obra inacabada, como se o autor, agora se confundindo com o narrador, explicasse para se mesmo, sem esconder de nós, os porquês de alguns eventos ocorrerem. E isso não seria um problema se fosse algo orgânico, mas é de uma artificialidade tão tremenda que dá a impressão de que o editor utilizou não só o romance, mas também algumas anotações sobre ele feitas pelo autor.

Terceiro (e principal): a insistência em repetir o título do livro, ou variações dele, o que me levou a concluir o que disse na introdução sobre a narrativa ser refém do título. Tudo isso e outras questões menores, mas não menos incômodas, minaram a qualidade dessa obra tão cultuada, que tem um final muito bonito, mas incapaz de salvar o todo.
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Indianara.Tercioti 16/02/2024

Não foi o momento certo
Sinto que essa leitura não se encaixou com o meu momento atual. Talvez tenha faltado maturidade da minha parte.
Senti que faltou mais conexões e relações dos personagens, algumas partes ficaram soltas no meio do livro sem uma breve introdução. Talvez eu volte a ler.
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Bruna 14/02/2024

Muitas vidas
O livro fala sobre relações humanas e as diferentes formas de nos relacionarmos. Situação que nem sempre ser livre é suportável, e afinal nos leva a pensar no que é um relacionamento livre. Será o que se pode fazer de tudo? Será o que aceita tudo? Será o que prende? Ou o que te solta? Eh com essas perguntas sem respostas que nos deixa esse livro.
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Daviferreira 10/02/2024

Dualidade da vida humana
A dualidade da vida humana, o material e o espiritual, apesar de não citar, acho que autor teve uma questão dualista como Platão.

Mas diferente de Platão não demonstra que algo melhor que outro, mas sim uma dualidade, um completo, a vida não deve ser material demais, não deve ter pensamento totalmente naquilo que podemos ver e tocar, mas deve também ter a leveza, ao qual não seja exagerada, pra que não voamos da vida e através de um balão.

Realidade e sonho, podemos viver as duas coisas juntas. E apesar de ser uma obra com propaganda anticomunista, e eu sendo socialista li numa boa, é aquilo ignorante quem lê apenas o que está na ?cartilha?
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Sarah.Porfírio 08/02/2024

Talvez eu devesse ter lido esse livro 5meses atrás, acho que ele faria mais sentido na minha cabeça.
A leitura seria mais fluida e mais intensa.

Mas sem duvidas é sim um livro maravilhoso e em certo ponto transformador.
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Bruna.Chagas 11/02/2024minha estante
Foi impossível não se emocionar com a despedida. ?




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StefAnia.Campos 04/02/2024

Um romance histórico passado no período da Primavera de Praga, que correlaciona pensamentos filosóficos (Parmênides, Nietzsche?) e como essas ideias recaem, também eroticamente, sobre quatro personagens principais.
?o peso, a necessidade e o valor são três noções intrinsecamente ligadas: só é grave aquilo que é necessário, só tem valor aquilo que pesa.?
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Drielly Scalzer 04/02/2024

A Insustentável Leveza do Ser
A Insustentável Leveza do Ser é um daqueles livros que alguns amam e outros odeiam. Talvez por ter sido escrito de maneira não convencional, a leitura demora um pouco pra fluir.

O livro não se passa em ordem cronológica. O autor nos mostra aleatoriamente momentos da vida de 4 personagens e como suas vidas se cruzam.

Não foi um livro que me encantou pela beleza da história. A vida dos personagens está longe de ser exemplo. Mas o que encanta no livro são as reflexões que ele faz. A vida não é ensaio.

A leveza está na nossa incapacidade de saber qual a melhor escolha ou caminho a seguir. Mas é ai também que está o peso. O peso de arcar com as consequências dessas escolhas quer sejam boas ou ruins.


site: https://www.instagram.com/leioeconto/
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Ighor5 03/02/2024

Não sei por que, mas me lembro da frase de "Notas do subsolo" em que um personagem traz a passagem:

O que é melhor, uma felicidade barata ou um sofrimento elevado?

Gosto dos contrastes do que traz sobre as relações e como traz uma visão sobre o amor. Daria pra relatar muitas outras coisas que de alguma forma me chamou bastante atenção.
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eudeferraz 03/02/2024

A insustentável leveza do ser
Esses dias li em algum lugar que "Independete da aparente simplicidade de um ato, ele carrega o legado de inúmeras escolhas passadas". E juntamente com o levantamento do autor de a vida não ter ensaios, de que todas as nossas decisões são feitas pela primeira vez. O impacto da leitura foi tremendo em minha vida.
Me deixou reflexiva, me fez chorar, me fez reavaliar a forma como encaro esses polos opostos de ter uma vida leve ou ter uma vida intensa/pesada.

É uma leitura difícil, que te deixa tenso, pode te perder em alguns momentos e por isso não recomendo esse livro para todo mundo em qualquer hora.
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