DayanePrincipessa 15/09/2023
4% de Psicopatas no mundo apenas?
Para começar minha resenha quero dizer que a capa deste livro me dá medo kkkkkkkk
Quando separei ele para ler deixei em cima da escrivaninha do meu quarto com a capa virada para baixo, não queria acordar de madrugada e dar de cara com essa feição psicopata kkk
Achei a narrativa do livro bem fluída, único problema é que estava com alguns erros de português, falta de revisão, provavelmente...
A autora trouxe algumas características dos psicopatas, como por exemplo que não sentem qualquer empatia ou amor pelo próximo. Também fez um resumo de algumas histórias famosas de crimes hediondos cometidos por estes indivíduos.
O problema é que encontrei alguns pontos fracos no estudo, como por exemplo na história do técnico de futebol Fernando Sierra o texto diz: era conhecido pelas pessoas do bairro como um homem amável, carinhoso e incapaz de prejudicar alguém.
No fim da história o treinador tão amável matou um aluno de 10 anos e após se suicidou e na perícia foi constatado que o garoto tinha no corpo sinais de abusos sexuais. Então, conclui-se com isso que os psicopatas podem sim aparentar sentimentos pelos próximos, ainda que sejam falsos, temos que ter consciência de que nenhum deles vai exibir sua verdadeira face a todos, acho que isso deveria ter ficado mais claro no livro.
Segundo ponto fraco é quando a autora diz que 4% da população é psicopata, que as pessoas boas são a maioria.
Se isso fosse verdade o mundo não estaria como está.
Este dado de 4% deve ter sido baseado nos criminosos assassinos, estupradores, pedófilos que estão presos. Não podemos nos esquecer que a maioria dos crimes ficam sem resposta, a polícia, pelo menos aqui do Brasil, mas acho que no mundo todo está assim, não está dando conta de investigar tantos assassinatos e sumiços. Outro dia vi uma reportagem de que haviam localizado dois corpos numa região onde passa o rio Tietê, na entrevista televisiva os moradores disseram que frequentemente encontram corpos boiando lá, nos últimos tempos já tinham aparecido uns 5. Fora esses casos mais graves, a própria autora disse que a psicopatia pode ser leve, moderada ou grave, ou seja, fora essas pessoas que matam ou estupram, tem outras com graus moderado a leve que estão ao nosso redor praticando todo tipo de mal e que não constam na estatística.
A autora também abordou no livro a questão de como se defender desses indivíduos cruéis dando algumas dicas que achei bem ruins, bem fracas. No meu ponto de vista a melhor maneira de se defender desses indivíduos é investindo no estudo da inteligência emocional para não ser uma pessoa manipulável e também no estudo da linguagem corporal e comunicação.
Apesar destes pontos que discordei, o livro é extremamente recomendável para um contato inicial com o assunto, para que as pessoas fiquem mais atentas ao comportamento dos outros ao seu redor a fim de evitarem se tornar a próxima vítima desses monstros.
Quero deixar destacada minha opinião de que para mim os psicopatas tem total consciência do que estão fazendo, que fazem por escolha própria, que são maus!
Gostaria de deixar algumas frases do livro que achei mais marcantes:
"O "saber" e o "ser" já foram bens de alto valor moral social. Hoje, vivemos os tempos de "ter", em que não importa o que uma pessoa saiba ou faça, mas sim que ela tenha dinheiro (de preferência muito), para pagar por sua ignorância e falhas de caráter" pag 227
"Jamais concorde, por pena, chantagem ou qualquer outro motivo, em ajudar um psicopata a ocultar o seu verdadeiro caráter" pag 244
"Se você já identificou um psicopata na sua vida, o único método verdadeiramente eficaz de lidar com ele é mantê-lo longe, bem longe de você" pag 254
Lido em 15/09/2023