Geo 08/01/2024
Um tapa na cara e choros
Oi, pessoas! Tudo bem?
Primeira leitura do ano concluída. Iniciei o ano com um livrinho de filosofi, mas a leitura não estava fluindo, estava me sentindo presa. Daí pulei em um romancezin clichê e cai em um poço sem fim. ??
Gente, juro, não achei que ia gostar desse livro. Apesar de ter visto o filme já, achei que o livro fosse bobo e tal. E de certa forma é. As personagens tem comportamentos esperados, mas a personagem principal eh sinto ela sendo trabalhada de uma forma bem mais madura do que no filme. Eu tinha uma impressão que Louise era uma criança em um corpo de adulta. As complicações na relação familiar, principalmente de irmãs. Me senti muito na pele dela por também sentir essa sensação de estar por trás dos feitos de sua irmã. Mas apesar disso amá-la intensamente.
Entretanto, acho o que essa obra chama atenção é um fato: não temos controle sobre a vida do outro. Ficamos abalados e triste ao ver um personagem tão divertido ir embora. Esse assunto é tão importante, ser trabalhado e pensado. Na individualidade, não apenas de forma radical como no livro, mas em momentos cotidianos. Ao deixar alguém partir para fazer algo melhor ou como desejar, não temos controle, apesar de amar muito, a vida do outro é dele.
Nos prendemos tanto nessa ideia do ?eu fiz por amor? ou ?eu fiz por você? enquanto na verdade fazemos a nós, e não ao outro. Então estas atitudes são de acordo com nossos sentimentos, quando a pessoa não reage da mesma maneira é simplesmente uma expectativa nossa. Eu achei bem pertinente isso. Pensei bastante nisso. Como faria no lugar do Will e da Louise. Gostei como a autora trabalha bem os pontos dos dois.
Foi uma boa leitura, engoli fácil fácil, achei um livro simples, fácil, emocionante. Sem frases de efeitos. Até mesmo na carta é uma coisa íntima dos personagens, e sinceramente, gostei bastante disso. E assim como Will viveu até onde conseguiu, acho que uma coisa fica registrada ?alguns vivem como fossem morrer e outros morrem como se não tivessem vivido.? Do Charlie Brown Junior eterno Chorão. E que fiquemos do lado dos vivem, intensamente, vidas reais.
Nossa como fiquei reflexiva? Aproveitem essa pra uma ressaca literária!!!