André 01/08/2016
Alternativo
Na faculdade, aprendemos basicamente que no começo as empresas trabalhavam focando na grande massa, a população total de compradores. Com o passar do tempo e o aumento da concorrência, começaram a buscar segmentos para atender, ou seja, focar mais nas particularidades do consumidor. Isso se intensificou e acabaram surgindo os nichos, e por fim o foco one-to-one (focar cliente a cliente).
O livro A Estratégia do Oceano Azul traz uma perspectiva no sentido contrário, voltar a focar nas massas, dizendo que as empresas devem criar produtos a partir do que a massa valoriza, ou seja, focar no que as pessoas têm em comum, e não no que elas têm de diferente. Isso fará aumentar o faturamento, pois o público consumidor aumenta ao invés de diminuir (o que aconteceria com a extrema segmentação do mercado, pulverizando ainda mais o faturamento).
É uma visão interessante, com vários exemplos de empresas que aplicaram a estratégia do oceano azul, porém achei o livro um pouco revolucionário demais. Parece que apenas as estratégias do oceano azul (onde se foge da concorrência) é que dão certo, e as outras estão fadadas ao fracasso, ou seja, não se deve mais competir. Em alguns momentos eles sugerem soluções milagrosas de aumentar a receita, diminuir a despesa, sem comprometer marca, qualidade do produto, etc, algo um pouco contraditório, na minha visão.
Mas com certeza é um livro que vale a pena ser lido.
Obs.: muita gente diz que o livro é pura propaganda do Cirque du Soleil, mas isso é sensacionalismo. Falam neles algumas vezes apenas.