Raffafust 03/08/2014
Durante a leitura desse livro não somente me identifiquei como também me assustei ao me perguntar se essa autora não me conhecia? Algumas histórias contadas e o jeito das personagens se adequavam exatamente a fatos de minha vida que até mesmo minha mãe se assustou. Sim, deixei o livro com ela enquanto fazia um exame e ela leu muitas páginas dele, ao sair ouvi ela dizer : " Você deve estar adorando esse livro, é a sua cara essa Alice".
Alice Brown tem 35 anos, é solteira, trabalha na agência Mesa para Dois , é casamenteira, especializada em unir casais mas por uma dessas peças da vida ela mesma ainda não encontrou seu grande amor. Pior do que isso é ela aguentar a chefe, Audrey, uma mulher amarga mas bem casada que não vê nenhuma qualidade em Alice, muito pelo contrário , sempre que pode a esculacha em alto e bom som .
Por mais que Alice não entenda como alguém que une casais e tem um marido tudo de bom em casa possa ser tão infeliz ela continua acreditando que o que faz tem um valor imenso para sociedade. Se sente uma profissional qualificada ao ver que seus pombinhos se casaram e ela quer acreditar que foram sim, felizes para sempre.
O que ela não poderia imaginar é que Audrey guarda um segredo e que a vida ainda iria lhe reservar outra surpresa : se apaixonar pelo marido da chefe bruaca!
A cada capítulo um personagem tem foco, muitos claro tem Alice, e quando ela aparece o símbolo é uma bicicleta, ela ama andar em uma.
Há também no livro o foco em Kate, uma moça que na casa dos 30 se desespera em achar seu par perfeito e se filia ao Mesa Para Dois buscando achar a outra metade da laranja. Os encontros que ela tem no início parecem não ter nenhuma esperança por mais que Alice esteja disposta a ajudá-la e sua missão. Kate tem um emprego maravilhoso, mas sente que chegou a hora de casar e de se mãe, sim, ela está desesperada porque uma matéria disse que as chances depois dos 35 diminuem muito. Lou, sua amiga que trabalha em um bar e tem um caso com o patrão não compreende porque ela não para de gastar nessa bobagem e vai para o bar pegar todos os caras da noite. Aonde me identifiquei? Vamos em etapas:
Quando estava solteira e havia acabado de levar um pé na bunda me cadastrei em muitos sites do gênero : E- Harmony, Par Perfeito, etc Muitos encontros que me arrisquei foram dignos de uma pegadinha do Malandro. Porque tem tanta gente bizarra no mundo? Kate me entende!
O mundo não é justo: FATO! Mas porque aquela pessoa mala do seu trabalho e que merece tudo de pior tem o marido mais fofo EVER! Ele faz todas as vontades dela, eles são apaixonados, mas ela é azeda! Se o amor não mudou essa pessoa, quem mudará?
Quem não tem aquela amiga que só te leva para furadas? Ela parece não entender que achar o amor quando ele está todo trabalhado na bebida fica difícil o cupido achar o coração.
Por esses e outros motivos a autora me ganhou. O livro é muito bom, não tem como quem está acima dos 30 anos e solteira não se identificar com o desespero de Kate em achar o homem ideal.
E Alice é uma personagem encantadora, daquelas que gostaríamos muito de ter como melhor amiga. E John? Ah, John é tudo de bom...e porque será que um homem tão maravilhoso assim aceitou se casar com Audrey? Ela é bipolar? Um amor em casa e O Diabo veste Prada no trabalho?
Acreditem, o melhor do livro está nas surpresas. Recomendo muito!
site: http://meninaquecompravalivros.blogspot.com.br/2014/08/resenha-par-perfeito-edvalentina.html