Samantha @degraudeletras 31/08/2015McHUGH, Gail. Pulsação. São Paulo: Arqueiro, 2015.No primeiro semestre do ano a Editora Arqueiro lançou Tensão, da Gail McHugh, que foi um sucesso para o público de Literatura Erótica. Mesmo não sendo tão conhecedora do gênero, resolvi me arriscar nessa estória e o resultado foi positivo, concluí a leitura do livro roendo as unhas para saber a continuação. Se você ainda não conferiu, tem resenha de Tensão aqui.
Agora no segundo semestre, finalmente, pude acompanhar o desfecho dessa duologia com Pulsação. A expectativa estava a mil, mas esse segunda parte da estória não me agradou tanto quanto eu esperava. Calma, eu vou explicar os motivos.
Depois de todos os altos e baixos, acertos e desacertos do triângulo amoroso entre Gavin, Emily e Dillon, finalmente a mocinha resolve seguir o seu coração e se libertar das amarras que a faziam sentir-se obrigada a estar onde não queria. O reencontro de Gavin e Emily foi lindo, assim como todas as cenas seguintes em que eles matavam a saudade um do outro, os esporádicos aparecimentos de Dillon deu aquela apimentada no ciúme.
O "perfeito" (ex) namorado/noivo, Dillon, agora assume sua verdadeira identidade, ele se esforça para ser escroto ao máximo, principalmente por sentir-se traído pelo amigo, Gavin. Ele chega a agredir Emily em um de seus momentos de fúria e a amenidade dela me irritou um pouco, principalmente quando ela diz que quase entrou para a estatística de mulheres agredidas... Poxa, ela foi agredida sim e mesmo que a polícia tenha chegado a tempo de evitar coisa pior, ela deveria ter gritado para o mundo a covardia do Dillon.
Com o passar da estória achei que os acontecimentos tornaram-se um pouco repetitivos, mesmo com uma enorme surpresa perto do final, aquela rotina de sexo, ciúme doentio e provocações verbais. Mesmo sendo o Sr. Perfeição, o ciúme de Gavin chega a ser desnecessário, o casal principal mais parece um par de adolescentes que não sabe o que é uma relação construída com confiança (ele fica com ciúme até do médico, me poupe). Posso até parecer uma louca ao reclamar da rotina sexual do casal de um livro erótico, mas a frequência com que eles se provocam faz com que isso caia na rotina, sabe? Nem parece mais aquela “coisa” tão ansiada e desejada.
Outro ponto que me incomodou desde o primeiro livro é que tanto Gavin quanto Dillon apresentam uma postura autoritária quando estão com a Emily, estão sempre falando no imperativo com ela “Faça isso”, “Pegue aquilo”, “Saia”, “Venha comigo”. Poxa, Emily! Dê sua voz também!
Posso não ter me agradado tanto de Pulsação, mas a estória ainda reserva um lugar especial na prateleira de livros eróticos. Continuo a indicar a leitura de Tensão e Pulsação, principalmente para os leitores que não se importam com essa falta de imposição da protagonista, pois tirando esses pontos a estória é excelente.
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