Blog Cinco Garotas Exemplares 11/04/2016
Hoje vamos de resenha dupla! Nunca pensei que faria uma, mas olha eu aqui escrevendo. Bem, sinceramente esperava mais da proposta da Gail McHugh nos seus dois livros Tensão e Pulsação. Em um universo com a temática triângulo amoroso, alguns caminhos podem ser explorados. O que percebi que a autora não quis arriscar muito, preferindo manter-se no curso do Cara do Mal versus Cara do Bem. E no meio, uma mocinha em busca da sua força interior e da dúvida entre o conforto e o desconhecido.
Em Tensão, vemos o quanto Emily Cooper está confusa e entristecida. A morte da mãe fez com que se mudasse do Colorado para Nova York, fortalecendo seu relacionamento com seu namorado Dillon Parker. É clara a possibilidade de uma nova vida, de novas oportunidades para nossa mocinha. Contudo, ao conhecer Gavin Blake, o universo particular de Emily se quebra e sua vida feliz muda de perspectiva.
A partir desse momento, a autora tenta nos levar pela velha e surrada premissa me apaixonei pelo amigo do meu namorado. O que fazer?. Para piorar a situação, começamos a enxergar a execração de Dillon, que passa a ser o cara mal, dissimulado e ambicioso comum. Aquele péssimo namorado que estamos acostumadas a ler e até ver nas novelas. E Gavin, o seu inimigo, passa a ser o sonho de amor de qualquer mulher, mesmo que seu passado boêmio e repleto de mulheres mude de um dia para outro.
Algumas vezes escolhas ruins nos levam a pessoa certa, Emily. Tensão
Durante toda a narrativa deste livro, vemos a briga infanto-juvenil dos adversários e a pouca apatia de Emily em definir quem levará seu coração, apesar de conhecermos exatamente quem ela escolherá. Piegas? Com certeza. E consegue ser pior, porque mesmo apaixonada pelo Gavin, nossa mocinha ainda encontra razão em aceitar uma cilada que Dillon lhe apronta na presença dos pais deles durante um jantar. Como isso termina? Nada bem! Outro jantar acontece e a desgraça explode.
Daí, Pulsação chega para terminar a história desse triângulo. Com as três personagens principais perdidas e uma narrativa para lá de enfadonha. (suspiros, muitos suspiros de desgosto)
O segundo livro, que apostei ser um pouco melhor (mas não foi), derrapa furiosamente no enredo. A tentativa de Gail de trazer mais drama à história com a gravidez de Emily (fato totalmente previsível no primeiro livro) foi razoável, mas não o suficiente para salvar Pulsação. Entendam bem, as discussões entre a protagonista e Gavin são tão chatas e tediosas, que o fato deles reatarem sempre vem com a frase você é o ar que eu respiro. O que me leva a perguntar, e se um dos dois fosse asmático? (risos)
Era como se, toda vez que eles se encontravam, ocorresse um paradoxo distorcido: por mais que sentisse necessidade de fugir, Emily também sentia-se inegavelmente atraída por ele. Tensão
Mas calma, não vou ser tão má assim com a Gail McHugh. Pois vou destacar dois pontos que me ajudaram a continuar a ler a história. Sim, podem acreditar que eles existem! (risos) O primeiro foi a construção do relacionamento entre Emily e Gavin. A autora fez direitinho em Tensão, como manda o figurino, e arrematou bem toda premissa do casal em Pulsação. É curioso, porque se percebe muitos clichês batidos e altamente repetidos, mas o amor desses dois foi muito bem delineado, nãoháo que reclamar. E o segundo ponto é o Gavin, especialmente no último livro.
Quero quebrar as regras. Beijar você apaixonadamente todos os dias. Fazer você sorrir quando estiver prestes a chorar. Não quero arrependimento nenhum entre a gente. Quero que a gente ria junto até doer a barriga, até perder o fôlego. Nenhum homem nunca vai te amar como eu, Emily. Você é tudo. Minha última. Minha eterna. Pulsação
Particularmente, tive dificuldades em continuar a leitura os dois livros, mas segui até o fim. A falta de ineditismo do tema, a apatia das personagens, o péssimo desenvolvimento da narrativa e a pobreza dos diálogos me deixaram tão chateada com Tensão e Pulsação, que não era uma resenha que eu gostaria de passar para vocês.
Contudo, apesar da minha experiência não ter sido positiva, o livro tem sido acolhido por muitas pessoas que gostaram da forma que a autora desenvolveu a história. E por isso, cabe a você escolher se Emily, Gavin e Dillon merecem uma chance na sua estante.
Você é o meu mundo. A minha vida. O ar que eu respiro. Não consigo acreditar que você vai ser minha para sempre. Pulsação
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