Resenhas - Todo Dia

Bea 05/08/2023

Minha primeira resenha por aqui
gostei muito do livro e da forma como foram elaboradas diversas reflexões sobre a existência, o viver, praticamente um carpe diem ?, já que todo dia A é um novo alguém
o final fez muito sentido com o que ia se desenrolando na história. gostei bastante tanto de A quanto da Rhiannon
o que realmente faltou para ser um 5 estrelas foi uma leitura sensível, talvez na época não fosse um tema em alta, mas a falta dessa sensibilidade pode tornar a leitura um pouco desconfortável em alguns pontos para quem lê

no mais 4 estrelas, gostei muito
mas não sei se leria a continuação, gosto de pensar em todo dia como um livro único

Thales Diniz 31/07/2023

Não conseguir o que quer pode torná-lo cruel.
Início e premissa interessantes, me pegou bastante pela curiosidade, mas achei que foi perdendo força ao longo da história.

Achei super divertido a dinâmica de cada dia acordar em uma vida diferente, tiveram gratas surpresas nesse processo, ponto alto do livro. A forma de acessar as memórias me agradou, ótimo mecanismo. O autor pôde abordar vários pontos de vista e com isso atacar alguns temas sensíveis como depressão. Porém, a parte que retrata a pessoa obesa achei que faltou um pouco mais de sensibilidade, do ponto de vista de "A".

_Descobri que essa é a melhor maneira de passar o tempo, porque não é tempo perdido: cercado por amigos, jogando conversa fora e, algumas vezes, conversando sobre coisas sérias, com lanches ao redor e alguma coisa na tela._

Os personagens não me pegaram muito. Não curti nada do arco do Nathan, achei um personagem chato o tempo inteiro. Rhiannon não me convenceu e não achei que justificou a obsessão de "A" por ela... Não tinha nada de mais que sustentasse aquilo por tanto tempo (o livro todo).

A abordagem e questionamentos em relação à sexualidade foram de valor. Realmente faz pensar um pouco sobre.

No fim o que me frustrou mais foi o foco praticamente total no romance dos dois e ter deixado muito de lado a parte que envolve as mudanças de corpos e etc. Faltou explorar melhor essa parte, que possuía um potencial enorme, e ter nos dado mais respostas ou combustível, mas ficou tudo em aberto, incluindo o Reverendo, que acabou sendo um sub plot um pouco vazio.

_A bondade tem a ver com quem você é, enquanto a gentileza tem a ver com o modo como quer ser visto._

Gostei da escrita e da fluidez, o que melhorou a experiência. Uma boa leitura que talvez eu tivesse tirado mais proveito se tivesse lido mais novo, até pelo teor mais teen.

E menção honrosa para o nosso BR marcando presença numa obra gringa, sempre bom ?

_Acesso e descubro que os pais de Hugo são brasileiros._

Mavis 29/07/2023

Livro transfóbico e gordofóbico.
Se você está pensando em ler esse livro, leia pelo menos o início dessa resenha.

No capítulo/dia 6.023 temos a presença de um personagem homem trans.
Apesar de parecer esforçado, dava pro autor melhorar o tipo de apresentação onde ele diz mais de uma vez ''Biologicamente mulher, mas do gênero masculino.''.
Existe o seguinte diálogo envolvendo Rhiannon (menina por quem nosso personagem principal é perdidamente apaixonado sabe-se lá o porquê):

''–? Mas você é alguma coisa diferente. Nem sei com quem estou lidando hoje.
–? Meu nome é Vic. Sou biologicamente mulher, mas do gênero masculino.
Rhiannon suspira.
–? Nem sei o que isso quer dizer.
Começo a explicar, mas ela me interrompe.''

E momentos depois na mesma conversa ela repete ''Então você é uma garota que é um garoto?''. Ela questiona isso mais de uma vez, dessa mesma forma desrespeitosa e não querendo ouvir o Vic, quando ele tenta explicar. Sério, que preguiça.

Não muito depois desse capítulo, no dia 6.025 pra ser mais exata, temos a apresentação de um personagem gordo, o Finn. Deixo aqui algumas frases que nosso ''querido'' autor resolveu colocar:

''Não é que eu seja um gordo forte. Não sou um jogador de futebol americano. Não. Sou gordo. Do tipo flácido e pesadão.''
''O tamanho dele é resultado de negligência e preguiça, de uma falta de cuidado que poderia ser patológica se fosse um pouco meticulosa.''
''Sou imenso.''
''O julgamento rola solto. É possível que estejam reagindo à coisa em que Finn permitiu se transformar.''
''Se eu estivesse em um corpo diferente, esta seria a hora em que eu me inclinaria e daria um beijo nela. Se eu estivesse em um corpo diferente, ela veria o que queria ver.'' isso é dito depois de que a menina que ele gosta, o evita por conta do seu peso.

Em alguns momentos, o autor também julga interessante enfatizar a numeração de roupa que o personagem usa e o quanto fica ''ridícula'' (ele realmente usa essa palavra) algumas peças, somente pelo fato de ele ser gordo.

Como se isso tudo não fosse suficiente, o romance que se apresenta é muito sem sal, fraco mesmo. Nosso protagonista fica rapidamente apaixonado por uma personagem que não tem NADA pra entregar, e não to exagerando, é realmente nada. Boa parte do livro, me esforcei para entender o motivo desse amor incondicional que fazia ele querer refletir toda a sua existência, tendo como única inspiração a presença dela. E não faz sentido algum, visto o tanto que ele já passou, ela ter sido a escolhida.

Enfim, a ideia é boa e a leitura é rápida porque os capítulos são curtos e existe bastante diálogo por toda a história. Mas se eu soubesse desses detalhes, jamais teria dado 1 real para esse livro.

Dig 26/07/2023

Delicado, sensível, criativo, único. Adorei acompanhar esse ser viajante passar por tantas realidades diferentes.

Fred Zanitti 23/07/2023

Água com açúcar sem sentido
O livro até que me prendeu no início, a premissa era interessante, mas no decorrer do livro nada muda... Estória bem mais ou menos que não chega a lugar nenhum. Não há identificação com nenhum personagem, desde que conheceu Rhiannon o A só ferrava com a vida de seus "hospedeiros" e no final ainda entregou o seu "grande amor" para um cara que ele achava legalzinho. O livro todo poderia ser resumido em: "o cara pula de corpo em corpo todos os dias, se apaixonou pela namorada de um hospedeiro e no final entregou ela para um cara legalzinho", pronto, um livro de não sei quantas páginas resumido em uma única frase.
Não recomendo a ninguém.

Myrelle3 13/07/2023

A cada novo dia, A vive uma nova vida de um adolescente de 16 anos. Ora ele está no corpo de um jovem viciado em drogas e, diante disso, precisa lutar contra o seu próprio eu para não consumir substâncias nocivas, ora ele é uma jovem depressiva que está prestes a cometer suicídio. É interessante a relação entre corpo e consciência (alma?) que o autor constrói ao longo da narrativa, tal qual dois elementos distintos, que podem ter interesses diferentes. Também foi bastante explorada a idéia de aparência física (justamente pelo personagem principal não ter uma fixa) como uma forma de entender se ela é determinante ou não para a construção de vínculos afetivos. Esse é um dilema que aparece ao longo da leitura que mais despertou a minha vontade de continuar lendo o livro. Os meus relacionamentos com as pessoas (e com o mundo) seriam diferentem se eu tivesse uma aparência diferente?

Apesar da quebra de expectativa por não ter me identificado muito com os vários adolescentes que aparecem na história, além de ter achado o teor romântico do livro pouco emocionante e envolvente, foi uma leitura válida.

Daniel.Conrado 12/07/2023

???????
Top 3 livrinhos da vida, faz refletir sobre como fazemos as relações entre as pessoas serem tão artificiais e rasas, quando na verdade devemos viver mesmo (com senso). Mostra como se deve valorizar a possibilidade de viver com as chances de se apaixonar e ter relações importantes na vida. Eu acho que a gente nasce sozinho porém não é assim que devemos ficar, o orgulho nos faz perder pessoas muito importantes pra nossa vida, mas tente não fazer isso, e busque valorizar quem está com você pra tudo e te ama ??.

Nathany1 10/07/2023

Queria ter lido esse livro antes..
Uma vez me falaram que esse era mais um clichê chatao. Julgaram horrores, fiquei até sem expectativa.
Mas ninguém explica o quanto eu gostei, eu gosto desse tipo de leitura que eu tbm posso viajar na história e imaginar do meu jeito. Ja tinha visto o filme e sempre gostei, não sabia mas todo dia tinha um lugarzinho guardado no meu coração. Espero ler os outros logo.

Kyoto1 05/07/2023

Sentimentos confusos
Eu gosto de algumas coisas, não gosto de outras, acontece.

O livro com toda certeza, dependendo da fase na qual é lido, será motivo de amor ou ódio.

É um bom livro, bom pra tirar da ressaca literária leitura bem fluída

cmvies 02/07/2023

Um novo dia é um novo começo
Nem sei o que falar sobre esse livro. No início pensei que não fosse gostar e lá na página 10 eu já estava completamente envolvida e devorei de um dia pro outro.

?Todo dia? conta a história de ?A?, um ser que todos os dias acorda em um corpo diferente seja ele gordo, magro, homem, mulher, cis, trans, alto, baixo e por aí vai.

No início do livro ?A? tem 16 anos e desde que se lembra sempre teve essa condição de viver sempre como uma pessoa diferente durante apenas 24hrs, tudo que ele carrega consigo quando vai embora é o conhecimento de tudo que viveu e aprendeu enquanto habitava o corpo da pessoa em questão.

?A? meio que já se acostumou com a vida que leva (mesmo com todos os problemas e desafios) porém, tudo muda quando ele habita o corpo de Justin e acaba se apaixonando pela namorada dele, Rhiannon. A partir daí as regras que tomou pra si já não fazem mais sentido e ele se vê totalmente entregue a esse primeiro amor, lutando para que todos os dias consiga ser a pessoa que fará Rhiannon feliz e realizada, mesmo não podendo prometer nada a ela.

O mais interessante é que embora ?A? tenha apenas 16 anos ele não é nada infantil, o livro não é nada infantil. Ele nos faz pensar em várias coisas, incluindo o fato de realmente o ser humano ter uma nova chance todos os dias e muitas vezes não aproveitar isso, não aproveitar o benefício da constância, da família, dos amigos, dos laços. Em contrapartida, nos faz pensar se realmente seríamos capaz de amar uma pessoa que muda todos os dias de forma, de corpo. O amor é o pilar que sustenta tudo?

Existem várias perguntas em aberto nesse livro mas não me incomodei com isso já que é só o primeiro de uma trilogia, acredito que ainda terei minhas respostas. E mesmo que não tenha, valeu totalmente a pena a leitura. O final é desolador, nu, real e chorei horrores.

Recomendo 100%

littlepillx 01/07/2023

Ótimo livro
Tenho ele na estante, li quando tinha 16 anos e, de acordo com o que eu lembrava, era um livro sensacional. Quando reli, esse ano, não tive a emoção que tive antes, senti que o plot é bom demais e não foi tão bem aproveitado. Lógico, eu gosto muito do livro, mas mais pela memória afetiva. Não chorei como imaginei que iria, mas é uma história gostosa de acompanhar.

Luana.C 29/06/2023

Um olhar para a vida que não valorizamos
Eu fico até sem palavras para descrever como é insano a leitura deste livro. Conforme vamos acompanhando o dia a dia do A em diversos corpos, lemos a perspectiva de vidas rotineiras e algumas bem perturbadoras, e como tanto a pessoa que vive aquela vida, quanto a sociedade enxerga com uma vida como aquela.
Eu achei incrível a diversidade que foi abordada no livro. Cada vida que A vivia trazia uma reflexão e visão que acredito que não só eu, mas muito leitores não enxergam em suas próprias vidas. Este livro se tornou um dos meus livros favoritos .
E no final : nossa, eu não conseguiria imaginar algo diferente, mostra como experiências de vida trazem maturidade.

Fabiana.Ribeiro 27/06/2023

A pega ?emprestado? um novo corpo todos os dias. Por isso, nunca se deixa cativar pelas pessoas que convive. Mas isso muda a partir do momento em que ele conhece ela, Rhiannon.
Tudo muda a partir disso, ele precisa estar perto dela e faz de tudo pra isso.
Adorei o livro, me senti muito próxima de A mesmo que ele não tivesse uma aparência definida.
Também gostei muito de conhecer sobre as pessoas que A pegou o corpo emprestado.

Mabi 21/06/2023

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Arthur v 18/06/2023

Só queria registrar pra mim mesmo que odiei esse livro, tanto que não dei nem estrelas. Agora já faz muito tempo que li, então não lembro o motivo, mas lembro do sentimento negativo só de ver a capa. Ranço de memória acho kkkk