Duda 23/06/2021
Uma cidade de papel para uma menina de papel
Li Cidades de papel quando estava no ensino médio durante a hype do John Green e foi um livro que eu gost, mas eu tava esperando outra coisa do final, mais romance na verdade, esperava que a Margo voltasse para Jefferson Park com Quentin para viver um grande amor. Fazendo essa releitura eu passei a ter outra percepção sobre a história e o final que tanto me decepcionou.
Cidades de papel é uma drama adolescente, abordando questões que fazem parte dessa fase: popularidade, paixões, festas, formaturas e afins, todo esse cenário pode não agradar a todos, e pra mim, em algumas partes a leitura fica muito maçante.
Contudo, o livro trás muitas filosofias de vida como plano de fundo, causando reflexões sobre como enxergamos a vida e tudo/todos que nos cerca, como idealizamos a pessoa perfeita quando na verdade não existe isso, de fato eu gostei bastante desse aspecto abordado pelo autor.
Em relação aos personagens não me conectei de fato com nenhum, mas isso não quer dizer que também os odeio (com exceção dos pais de Margo). Ao longo da história é inevitável não se irritar com Quentin e toda sua obsessão por Margo (que até uma noite antes de fugir, nunca tinha dado bola pra ele) e o grau de importância que ele espera que seus amigos dêem para uma garota que nunca dirigiu a palavra para eles.
Foi bom voltar a história que me encantou na adolescência e ter uma nova perspectiva a respeito de tudo. Continuo gostando da escrita de John Green e embora tenha coisas bem clichê, os livros trazem muito da realidade, com finais que nem sempre corresponde com as nossas idealizações, assim como a vida.