O Lobo do Mar

O Lobo do Mar Jack London




Resenhas - O Lobo do Mar


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Nanda Lima 28/02/2014

Um clássico delicioso!
Adoro vlogs literários: com eles aprendo mais sobre Literatura e conheço novos livros e autores. E um dos melhores livros que já li na vida, conheci através de um vlog. O lobo do mar, de Jack London, é considerado um clássico norte-americano, e seu autor é tido como um dos maiores escritores americanos de todos os tempos. No entanto, vergonhosamente, nunca tinha ouvido falar da obra ou de London.

A obra é de uma profundidade absurda, com diálogos recheados de Filosofia e citações de autores clássicos da Literatura. Os diálogos entre Wolf Larsen um dos melhores personagens que já vi e Weyden são inquietantes e nos fazem refletir sobre nossa concepção de mundo, sobre o verdadeiro significado da moralidade e da existência humana. O clássico, publicado originalmente em 1904, é atual e extremamente relevante.

Possui, também, muita ação, algumas vezes até de tirar o fôlego, e eu me peguei lendo compulsivamente certas partes com olhos vidrados no e-reader.

Eu não era a mesma depois de ler O lobo do mar. Passei dias pensando nas frases de Wolf Larsen, concordando com algumas e abominando outras. E poucos são os livros que nos fazem pensar neles tempos após os termos lido. Mas tenho certeza de que esse livro vai permanecer nos meus pensamentos por muito tempo, e certamente vou querer relê-lo de tempos em tempos. Esse livro, definitivamente, me modificou.

Recomendo para aqueles que adoram um bom clássico, para os que gostam de obras inquietantes e com ação, para os que gostam de Filosofia e para os que querem apenas um bom livro para ler. Dou nota máxima para ele!

site: www.umaleitoraassidua.blogspot.com
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Sidney Matias 02/03/2014

O Lobo do Mar - Jack London
Além de jornalista, marinheiro e escritor, Jack London era um notório aventureiro, foi para o Alasca em busca de ouro, e escreveu contos, poesias e ensaios. Alguns destaques do autor como os livros, "O Chamado Selvagem" e "Caninos Bancos", também já tiveram um espaço garantido aqui no blog.

No auge de sua inspiração, Jack London concebe ao mundo literário O Lobo do Mar, este que segue nos mesmos moldes de suas outras obras, extremos e diferentes realidades sendo colocados a prova em um mesmo plano, tendo como cenários paisagens fascinantes em meio a natureza, com boas doses de estadias em lugares inóspitos e enebriantes, onde a luta pela vida é uma necessidade constante.

Escrito em 1903, O Lobo do Mar é uma excelente análise psicológica, influenciado pelas ideologias de Darwin e Nietzsche, Jack London nos apresenta na obra facetas do bem e do mal, nos fazendo pensar qual é o significado e o real valor de nossas vidas. Apesar de leitura fácil e descomplicada, o livro trata de assuntos polêmicos, onde conclusões arrebatadoras de nossos personagens garantem boas horas de reflexão.

As viagens marítimas de Jack London a bordo de um barco caçador de focas, serviram como inspiração para "O Lobo do Mar". O escritor narra a história do crítico literário Humphrey Van Weyden, náufrago resgatado por Lobo Larsen. E uma vez abordo do navio Ghost, a vida de Humprey jamais voltou a ser a mesma.

Nos primeiros capítulos, o autor derrama uma série de teorias filosóficas associadas a Nietzsche, personificando o capitão do sombrio Navio Ghost, onde sua rigidez e ordem de comando opressora, faz com que ninguém tenha dúvida de quem realmente está com as rédeas em punho.
Lobo Larsen também deixou bem explícito seu ceticismo, não acreditava em qualquer divindade, existência de alma ou coisas do tipo. Para o capitão não temos nada além do corpo, onde certamente o medo tem como origem o temor que temos de nos machucar, coisa que ele não sentia, assim como também não tinha compaixão por nada nem ninguém, e intitulava esses sentimentos como fraquezas.

No outro extremo da corda temos nosso personagem que fora resgatado, sem calos nas mãos, um homem criado em meio a livros e culturas infindáveis, que nunca havia realizado algum serviço braçal ou visto cenas de brutalidades e violência física.

Notavelmente o patamar mais elevado das discussões filosóficas, se dão por conta dos debates intelectuais entre Humphrey e Lobo Larsen. Onde em suas mangas, sempre estavam munidos de citações de grandes escritores e filósofos, bastava um diálogo qualquer entre os dois para que pudesse vir a tona temas notavelmente interessantes, seguindo desde a criação da vida e a evolução do homem. Questões sociais, religiosas e culturais também faziam parte dos assuntos abordados.

Quando a pauta pendia ao materialismo e o valor da vida, somos levados a profunda reflexão, onde frases de grande impacto irão martelar constantemente na cabeça do leitor.

Uma obra dotada de uma narrativa fantástica, entretendo o leitor com as relações peculiares entre os tripulantes da embarcação. Sangue, mortes, atos desumanos, castigos, desafios a natureza, mesmo ela se apresentando em sua forma mais brutal. Temos também uma verdadeira aula de psicologia, pessoas vivendo confinadas em alto mar, longe da sociedade e da terra firme, sob comando de Lobo Larsen, um ser que mescla selvageria, força física a uma capacidade intelectual direcionada a sobrevivência sem remorsos, custe o que custar. Corriqueiramente profanando atos demoníacos, como se fossem uma simples tarefa de sua rotina diária, garantindo cenas cheias de horror, onde ao decorrer das páginas, faz com que a obra ganhe um ritmo espetacular, picos de tensão e euforia são constantes, umas das melhores aventuras que pude ler

Após ser resgatado pelo navio Ghost, Humprey passou longos dias a se recuperar do acidente que sofrera durante o naufrágio de sua embarcação, e com muito esforço e sofrimento, muita das vezes segurando as última fagulhas de sua vida nas pontas dos dedos, para ali então permanecer vivo.
Mas com o passar do tempo Humprey evolui física e mentalmente, andando com as próprias pernas, em um novo mundo que até então não conhecia.

Uma aventura empolgante, onde os acontecimentos não param, e em certo ponto as coisas mudam de rumo, quando também perdida no mar e resgatada pela Ghost, sobe abordo a nobre escritora Maud Brewster, e a partir daquele instante, essa nova tripulante passará a ter sua vida a merce da sorte e das inconstâncias de Lobo Larsen, passando a trabalhar em sua embarcação, nas mais ríspidas condições.

Logo de início Humprey foi sugado pelo brilho dos olhos da linda moça, de face sempre rosada, com traços femininos encantadores, o amor depois de tanto tempo, aterrissara nesse novo mundo em que Humprey vivia. Não mais sozinho no embate pela vida, traça um novo plano, onde esforços não seriam medidos, e já nessa nova etapa, a força física adquirida trabalha em conjunto com seu intelecto que sempre fora muito em forma, mas agora mais experiente, levando o leitor rumo a um final expetacular.

Como sempre, Jack London dá um show na criação de personagens, onde suas concepções sobre vida e morte, bem e mal, espírito e matéria, garantem um leitura memorável. Uma ideologia sobre os fracos e os fortes, diálogos marcantes, sempre expondo confrontos de personalidades entre os protagonistas com palavras bem colocadas.

Com muita maestria Jack London conduz a narrativa, descrições de ambientes e termos técnicos de navegação marítima, que nosso aventureiro e escritor muito bem conhecia.

O Lobo do Mar ganhou adaptações cinematográficas em 1941 e 2009.

Um grande clássico da literatura, que vai além de um simples romance, um livro que propõe diversos dilemas morais, nos faz pensar na vida de um modo geral, pontos de vistas diferentes, personagens marcantes e um cenário fantástico, onde as intempéries da natureza trazem castigos vindos do mar a qualquer instante, com se não bastassem as dificuldades em ser subordinado a Lobo Larsen, um livro que todos deveriam ler. Casa de Livro recomenda.

Titulo: O Lobo do Mar
Título Original: The Wolf Sea
Autor: Jack London
Páginas: 226
Ano lançamento: 1903
Editora: Martin Claret

Boa Leitura

Sidney Matias

site: http://www.casadelivro.com.br/2014/01/alem-de-jornalista-marinheiro-e.html
Sarah 20/09/2014minha estante
Obrigada pela Resenha. Já havia comprado o livro mas como vi que a edição da martin claret deste livro teve muitos cortes desanimei. Vou retomar a leitura. Sua resenha me animou. Abraços.




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Marcos 24/06/2014

O melhor do Jack London - escritor estado-unidense preferido :D
| Incrível! A história contada por Jack London, não só é bem construída como incrível. O livro conta a história de Humphrey van Weyden, que após virar um náufrago em sua viagem é resgatado pela escuna de caça à focas, com o sugestivo nome de Ghost. À bordo descobre o inferno sobre o mar, e, conhece mais profundamente o capitão que o abriga, Wolf Larsen, descrito por toda tripulação como o próprio diabo encarnado. Muita coisa acontece, mas enfim, eis que entra uma mulher na escuna Ghost em meio ao Lobo, o náufrago, marujos e tripulantes selvagens e é melhor ler!
O livro é muito bom, difícil de largar! A história é contemporânea a Moby Dick (Herman Melville), se passa no fim do século XIX e início do século XX. A leitura fica entre uma intrigante discussão sobre os conceitos darwinianos, o bem e o mal e a separação entre razão e sentimentos, proporcionadas por embates de Wolf e Humphrey. Wolf Larsen é um dos personagens mais bem construídos, e, é quem deixa a história mais intensa e profunda. Pra quem tem estômago forte e não tem problema em ler conteúdo com violência, como por exemplo, a atividade de caça à focas (pois era o que fomentava a indústria da moda nesse início de séc.), é uma excelente opção. Então....
Excelente leitura!
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LoveDino 11/08/2014

Inesquecível, porém um pouco difícil!
"O Homem versus seus instintos" - diz uma citação na parte de trás do livro, e resume muito bem uma boa parte do livro. A história, de 1904, teve seus momentos difíceis de entender e imaginar pelo vocabulário mais antigo e predominantemente náutico para explicar o ambiente e o que está acontecendo (como sou leigo nesse sentido, fiquei sem entender perfeitamente esses trechos).
O que eu entendi muito bem e adorei ler foram os diálogos e eventos a bordo do Ghost e o duelo constante de Van Weyden, defendendo as "ficções humanas" e Wolf Larsen, a "porção maior de fermento" que busca consumir as outras e seguir vivendo!
Uma visão e debate sobre valores de trabalho, sentimentos, intenções e ética.
Altamente recomendado!
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Luana.Padilha 11/03/2020

Uma aventura em alto mar
Nos deparamos com dois lados, um personagem grosseiro e outro nobre ambos no mesmo navio onde encontramos diálogos sobre vida, amor e terror
Leitura gostosa
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Luiz Gustavo 14/11/2020

Publicado em 1904, "O lobo do mar" acompanha os diversos conflitos entre dois homens: Humphrey van Weyden, um jovem intelectual de família burguesa, e Wolf Larsen, capitão pragmático e materialista do navio "Ghost". Após ser vítima de um naufrágio em um acidente de balsa, Weyden é resgatado por Larsen, que então o obriga a integrar a tripulação de seu navio. O jovem intelectual é forçado a encarar uma realidade muito diferente da sua e entra em confronto com a visão de mundo darwinista do capitão. O embate de ideias entre os dois protagonistas é realizado em diálogos excepcionais que, além de apresentarem o conflito de classes gritante entre o burguês "civilizado" e o marinheiro "primitivo", refletem sobre o bem e o mal, sobre o que é a moral, entre muitos outros aspectos da condição humana. O choque de realidade que Humphrey enfrenta ao ser inserido em um novo ambiente também é muito interessante de se observar. Ao contrário de sua anterior vida pacata e sedentária, no navio de Larsen ele é obrigado a lidar com a violência do capitão e dos demais tripulantes, a desenvolver seus músculos fazendo trabalhos manuais pesados, a ajudar com a preparação dos alimentos; e, em suma, a enfrentar a vida dura em alto mar, muito diferente de sua anterior vida estudiosa e diletante. Infelizmente, da metade para o fim, a narrativa perde completamente o seu rumo, pois Jack London, preocupado com a recepção do público e com as vendas do livro, decide dar uma guinada romântica à história, que nada tem a ver com os embates filosófico-sociais dos protagonistas. Uma nova personagem é inserida na metade do livro e, daí em diante, temos uma história romântica clichê, digna de Hollywood. O desfecho do romance chega a ser ridículo, mas não invalida toda a primeira parte da narrativa, responsável por tornar "O lobo do mar" em um dos mais violentos romances de navegação e um clássico da literatura dos Estados Unidos.
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Gisele @li_trelando 15/02/2020

Surpreendente
Diferente do que esperamos em um livro de aventura.
Pandora 19/06/2020minha estante
Muito diferente. Para mim tá sendo aquele livro que atrapalha o fluxo de leitura. Seria ele o "Autobiografia" versão 2020. Estou enfrentando ele agora no ou vai ou racha.


Gisele @li_trelando 20/06/2020minha estante
Kkkkk eu confesso que em alguns momentos fiz leitura dinâmica


Pandora 20/06/2020minha estante
E esse romance BL?!?! Essa moça que aparece no meio do caminho nem me convence. O Lobo morrendo de ciúme.




rodrigo.bezerra.397 28/08/2016

O mundo no mar de forma crua
Jack london é um mestre em mostrar a pequenez do homem em frente a natureza. Neste livro o homem é mostrado em todas as suas facetas na luta contra os perigos do mar e contra ele me só. Mesmo Lobo Larsen que parecia ser invencível é só mais um homem quando se trata na vida nos mares. Uma série de emoções são bem exploradas como fraqueza, amor, crueldade, força, inteligência, durante todo o percurso do protagonista em um home melhor (ou seria pior?) Sobre isso cada um deve chegar a sua própria conclusão.
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Joao.Victor 07/08/2022

Depende do Gosto
O livro é sensacional, mas para ver o brilhantismo da obra é preciso gostar da temática.

Em si, a história é interessante, os personagens são elaborados e a narrativa é fluida, contudo, o que mais encantou, pelo menos a mim, foi a filosofia que pairava as discussões de Hump e Wolf.

Para quem gosta de debate filosófico acerca do sentido da vida, eis a melhor recomendação que posso dar na minha biblioteca por ora.
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Karine.Campos 09/02/2020

Surpreendeu, mas...
"...queremos viver e nos mover, embora não tenhamos razão nenhuma para isso, pois ocorre que é da natureza da vida viver e se mover, querer viver e se mover. Não fosse por isso, a vida estaria morta. Você sonha com a imortalidade por causa dessa vida que está dentro de você. A vida que está dentro de você está viva e quer seguir vivendo para sempre."

O Lobo do mar é um livro denso com personagens fortes uma belíssima discussão sobre a vida e sobre a importância de valores, tem uma personagem feminina forte, decidida e que me fez querer continuar a leitura.... Por todos esses detalhes eu entendo o seu valor literário e o porquê de ser considerado um clássico.

Confesso que me surpreendi com a violência retratada na história, não pela violência em si, mas por acreditar que era um livro mais infantil.

Agora você vai me perguntar o porquê do mas no título desse texto.

Apesar da obra ser grandiosa ela não me conquistou. Não sei se isso aconteceu por causa do uso excessivo de termos técnicos que tornaram a leitura bem cansativa, ou por ser um livro bastante descritivo apesar de eu amar os livros do King que são muito descritivos também, ou ainda devido a brutalidade excessiva do personagem Wolf que me fez abomina-lo, ou ainda, porque precisei ler em um tempo muito curto para participar do debate da obra, ou se não foi no momento ideal da minha vida mas simplesmente não rolou!

Entretanto indico a leitura para qualquer amante da literatura e digo sem medo de errar O Lobo do Mar vai te surpreender e vai fazer você repensar e pensar em muitos conceitos de vida.
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elfojonas 21/03/2023

A ficção mais real que já li
Que livro sensacional, muito me impressionou a riqueza de detalhes do personagem principal. Eu poderia jurar que se tratava de uma história real, escrita em um diário que mais tarde foi compilada em um livro.

Uma história quase perfeita, onde eu tiraria apenas algumas coisas que senti darem uma "barriga" à história.

Todos os personagens muito bem construídos e tendo seu peso na história.

Um livro com bem mais de 100 anos que não deve ter perdido nada de seu encanto e que rivaliza com grandes clássicos atuais.

Ah, como é bom ler algo assim, desperta em nós uma vontade de conhecer mais e mais histórias bem escritas.

Estou feliz por ter conhecido esse clássico, ficará na memória para sempre.
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Ve Domingues 01/03/2023

Peguei esse livro com muita expectativa, mas não gostei tanto quanto eu esperava. Embora as discussões a respeito do sentido da vida sejam interessantes, me incomodou um pouco esse retrato da masculinidade presente na obra. Parecia um livro de homens para homens.

Entendo que esse livro converse diretamente com o tempo em que foi escrito, mas não consegui desapegar desse incomodo. A única personagem feminina da obra é descrita como frágil e delicada a todo tempo, o que também me incomodou.

Mesmo assim, eu me apeguei na história, embora tenha sido mais difícil vencer as primeiras páginas. Mas sempre gosto de estar em contato com o rás clássicas.
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Taci.Souza 10/11/2022

Por muito tempo, Jack London figurou entre os autores clássicos que eu desejava conhecer. Embora tenha demorado um pouco, finalmente me permiti desbravar uma de suas obras. E para iniciar essa relação com London escolhi ?O Lobo do Mar?, uma de suas obras mais renomadas.

Logo de cara, fui agradavelmente surpreendida pela escrita fluida e envolvente de London. Bastaram poucas palavras ordenadas para eu perceber que seria fácil mergulhar na leitura. E de fato, foi. Uma vez imersa na atmosfera da trama, segui navegando pelas páginas da mesma forma que o Ghost singrava os mares, ora bravios ora serenos, sob o comando do Capitão Larsen.

Devo destacar o quanto Lobo Larsen me fascinou. Um personagem habilmente construído para personificar o próprio oceano. Larsen, assim como o mar que ele ama e explora, é instável e imprevisível; ora sereno ora sombrio; ora tempestuoso ora tranquilo; sedutor, mas perigoso; fascinante, mas nunca confiável; selvagem, mas erudito; implacável, ainda assim, irresistível. Aquele personagem que coloca o leitor num dilema: não sabemos se amamos odiá-lo ou se odiamos amá-lo.

A relação entre Lobo Larsen e Humphrey van Weyden é um dos pontos mais fantásticos da narrativa. Opostos em todos os aspectos, ambos estão sempre em constante conflito. E é nessa interação tempestuosa que o leitor é presenteado com as melhores discussões sobre a vida e a natureza humana. O mar assume o papel de tribunal, testemunha e juiz de tais conflitos. E a tripulação do Ghost configura uma corte extraordinária de personalidades complexas.

A leitura de O Lobo e o Mar resgatou em minha memória a lembrança e influência de outras obras da mesma temática que são minhas favoritas, como Moby Dick de Herman Melville e Vinte Mil Léguas Submarinas de Júlio Verne. Ainda que apresente algumas semelhanças com essas obras, acompanhar a rotina brutal a bordo do Ghost foi uma experiência ímpar. Mérito totalmente devido ao talento de Jack London.

Embora considere a experiência de leitura perfeita, alguns pontos me impedem de elevar o livro à perfeição. Dentre os quais destaco a visão estereotipada de conceitos como masculinidade e feminilidade. Além disso, o desenvolvimento de um romance que não acrescenta nada muito substancial à trama, sendo por vezes problemático ao tirar o foco de aspectos mais interessantes, acaba minando um pouco a empolgação do leitor.

De um modo geral, considero O Lobo do Mar é um livro incrível e Jack London um autor fantástico. Esse primeiro contato foi o bastante para abrir meu paladar e despertar o desejo de saborear outras obras do autor. Por pouco não considerei O Lobo do Mar um livro perfeito, mas ele definitivamente se tornou um dos meus favoritos.
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