1889

1889 Laurentino Gomes




Resenhas - 1889


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Edu 10/09/2019

O início que justifica o fim.
O final da trilogia te leva para as entranhas dos melindres sujos e capciosos da formação política do Brasil. Os traços de conluio, apadrinhamento e privilégios inescrupulosos infelizmente é uma herança da monarquia, conservado pela republica e que, obviamente, perduram até os dias de hoje. O livro faz um panorama muito interessante de movimentos históricos e seus personagens envolvidos, como a Revolta dos Male, dos Alfaiates, Farroupilhas e a sangrenta Guerra do Paraguai. É fascinante acompanhar como cada acontecimento influenciou os rumos do país e, no caso do último, gerou a "Questão Militar", movimento que nos levaria no futuro ao golpe republicano. 
Novamente, o capítulo mais revoltante é a saga para o fim da servidão forçada e a dificuldade enfrentada pelo abolicionistas, esbarrando-se sempre nos interesses dos grandes fazendeiros e/ou donos de escravos. Para estes, a escravidão era sempre prolongada, pois, do contrário, seria o caos para economia e produção do país. Se a lei fosse de fato assinada, os senhores exigiam uma indenização do estado. Por justiça divina, e falta de dinheiro do tesouro nacional, a lei foi aprovada e estas questões ignoradas. Ainda assim, os es-escravos foram abandonados à própria sorte, sem nenhuma assistência ou política de reparação. Os próprios abolicionistas já se deram por satisfeitos e nada fizeram. Essa é a passagem crua, nítida e ilustrada de como os negros foram injustiçados e derruba por completo a ideia de meritocracia neste país. Reparação racial não é esmola. É vergonha na cara com atraso. 

Por fim, foi muito bom descobrir na leitura curiosidades do Brasil, como a batismo da cidade de Teresina em homenagem a imperatriz Tereza Cristina, Florianópolis em homenagem a Floriano Peixoto (figura emblemática e misteriosa) e, ao que parece, Deodoro da Fonseca não demonstrava pretensões de proclamar a republica e sim de destituir os ministérios apenas. No fim, venceu a República. 
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Felipe Mello 29/02/2020

O Término do Progresso para a Ascensão deste Tenebroso Caos.
“Para termos uma República estável, feliz e próspera, é necessário que o governo seja ditatorial e não parlamentar.” - Ministro da Agricultura do novo governo provisório, Demétrio Nunes Ribeiro.


Almejava compreender os diversos problemas, sociais e políticos, do meu país ao estudar a sua origem, visto que somente aprendi inúmeras mentiras, dos meus professores, ao longo de minha vida escolar, mas esta repugnante frase acima esclareceu-me estes inquietantes dilemas, pois, esta magnífica obra ostentou esta sublime reflexão, uma vez que senti-me completamente enojado enquanto lia sobre este tenebroso golpe militar, após perceber que o 15 de novembro representou “A Queda do Brasil”. A Sublime escrita de Gomes demonstra impecavelmente a reescrita de nossa história, uma vez que os positivistas republicanos desejaram implementar forçadamente os seus ideais ao longo deste preceito, pois, “A Velha República” tornou-se a origem deste aterrorizante caos politico que ainda permanece em nosso país, visto que estes tenebrosos eventos como: “O Encilhamento, O Estado de Terror de Floriano Peixoto(Marechal de Ferro), Revolução Armada, Revolução Federalista, Guerra de Canudos”; comprovam o caráter autoritário do republicanismo brasileiro. Todas as páginas desta obra-prima foram apreciados ao longo de minha leitura, uma vez que se despertaram incontáveis sentimentos e reações, pois, apenas senti esta esplêndida admiração ao último imperador brasileiro “Dom Pedro II”, como a sua filha e herdeira ao trono “Princesa Isabel”, uma vez que ambos revelaram o seu exemplo ao combater a escravidão, como apoiaram inúmeros brasileiros que lutaram contra este sistema nefasto: “André Rebouças, Luís Gama, José do Patrocínio, Joaquim Nabuco” entre muitos outros que praticamente foram esquecidos em nossa história. Dom Pedro II aceitou pacificamente este repulsivo golpe devido o seu amor ao Brasil, mas se soubesse deste sombrio futuro, perceberia o terrível erro de sua inerte decisão, pois, a sua nobre atitude praticamente condenou o nosso país.
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Thais.Outor 07/09/2023

Bem detalhista
Como os outros livros da trilogia, 1889 é um livro bem detalhista e conta muito bem os acontecimentos antes durante e após a Proclamação da República no Brasil. Em geral gosto muito deste autor, mas neste livro em especial achei que ele jogou muita informação ao mesmo tempo em varios contextos diferentes o que deixa o leitor um pouco exausto durante a leitura.
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Mari 14/04/2020

Sobre o Brasil...
Quando eu terminei esse livro e consequentemente essa trilogia, eu compreendi que os problemas do Brasil começaram bem antes do que as pessoas falam.

Esse livro é uma analise sensacional sobre a proclamação da republica, você poder ver o que as pessoas pensavam e como agiam é incrível.
Apesar de não conseguir fazer uma boa resenha sobre essa leitura, minha dica pra vocês é que leiam esse e os outros livros.
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Whermeson 26/05/2020

Livro 07 – 2019 - 1889 - Laurentino Gomes
“O caos dos primeiros anos da República fez crescer entre a elite civil a constatação de que era preciso afastar os miltares da política o mais rapidamente possível. 'O militarismo, governo da espada pela espada, arruína as instituições militares', escreveria o baiano Rui Barbosa. 'O militarismo está para o Exército como o fanatismo para a religião, como o charlatanismo para a ciência, como o industrialismo para a indústria, como o mercantilismo para o comércio, como o cesarismo para a realeza, como o absolutismo para a ordem, como o egoísmo para o eu'."

site: https://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,em-1889-laurentino-gomes-mostra-o-lado-pitoresco-da-queda-de-pedro-ii,1067204
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Michele 06/06/2020

Brasil continua sendo Brasil..
Eu sou suspeita em falar sobre o autor e o tema, adoro a linguagem do Laurentino Gomes e amooo história ( a nacional não tanto, confesso!). Mas indico essas literaturas pelo simples fato de que, se você não se interessa pela história do país você certamente não tem as raízes dele. 1889 descreve em absoluto os motivos pelos quais nosso país se encontra nessa ... Nem tem palavras que defina o que acontece aqui. Enfim, me atrevendo mais na história brasileira e aceito dicas de autores bons nessa temática. E sou apaixonada por D. Pedro II.
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Renan 07/06/2020

EM QUE ANO O BRASIL SE TORNOU BRASIL?
EM QUE ANO O BRASIL SE TORNOU BRASIL?
Terminei os três livros que se completam: 1808, 1822 e 1889. Cada capítulo desses 3 livros ajuda a entender um pouco mais sobre o nosso país: quando e como algumas coisas mudaram; quando começaram algumas coisas que não mudaram; personagens e eventos que a gente já ouviu falar, mas não sabe exatamente o que significam.

Como por exemplo o tempo que algumas famílias estão no poder... Um dos personagens do republicanismo (No século retrasado) é avô do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso... Ou outro momento em que um político dos anos 1880 reclama que quem manda em Goiás é os "Caiado"... Sabe quem é o atual governador de Goiás?

Alguns historiadores criticam o autor Laurentino Gomes, com o argumento que ele dá enfoques em pessoas e fatos que não condizem com o método tradicional dos historiadores, porém é justamente isso que se torna o diferencial: são contados eventos históricos para quem é leigo no assunto, para que se consiga entender o livro, mesmo que seja o primeiro livro de história que a pessoa leu.
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Leandro.Santana 19/08/2023

1889 - Como um imperador cansado, um marechal vaidoso e um professor injustiçado contribuíram para o fim da Monarquia e a Proclamação da República no Brasil
Há exatos 133 anos era proclamada República no Brasil. Desde então, ela vem sofrendo com o autoritarismo de personalidades e instituições que insistem em subverter a lógica republicana.

Já em seu nascedouro, a República foi governada por dois militares. Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. O segundo deu nome à cidade de Florianópolis graças a um massacre promovido por aquelas bandas.

Nas mãos dos civis, o funcionamento da República ainda sofria com heranças do Império. Na República Velha ou República do Café com Leite, São Paulo e Minas se revezavam no poder, com grande autonomia para a oligarquias estaduais (política dos governadores).

Esse sistema entrou em colapso com a Revolução de 1930 e a ascensão de Vargas ao poder. Não tardou para que ele se tornasse um autocrata, com simpatia pelo fascismo, em 1937. Dando início a primeira era ditatorial da República.

Tendo se alinhado aos Aliados da Segunda Guerra Mundial, não sobrou muito espaço para uma ditadura por aqui. Com a renúncia de Vargas, tem início a Segunda República. Não menos conturbada que a primeira, teve direito ao suicído de Vargas em seu retorno ao poder e flerte com o parlamentarismo.

Em 1964, um novo golpe com a liderança militar. Durante 20 anos, mais uma ditadura sanguinária. Desde 1988, vivemos sob a égide de uma constituição cidadã: a Terceira República.
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Marcos5813 18/12/2022

A coisa pública e vanguardas
Muito bom livro do Laurentino Gomes, o ultimo da sua trilogia sobre a História do Brasil, o primeiro, 1808, com a vinda da Corte Real Portuguesa as terras tupiniquins, fugida do exército de Napoleão Bonaparte. O segundo sobre a Independência do Brasil da Coroa Portuguesa em 1822, e findando com a Proclamação da República em 1889.

Novamente o autor faz um intenso estudo de narrativas e bibliografias que antecederam e sucederam o 15 de novembro de 1889. Novamente mostrando um novo quadro da História do Brasil nesses anos da passagem de um país colônia para república e tudo que implica de perdas e acontecimentos como as instituições que viraram ao largo sem representantes mais adequadas que figuras ilustres que efetivamente fizeram a história acontecer, um delas a Lei Áurea assinada pela Princesa Isabel, abolindo a escravatura no Brasil, já indo tarde se comparado ao mundo, e o dito golpe militar, que antes fosse está de acordo com o pacto social dais ideias mais modernas, que a tomada do poder das mãos de um Imperador.

Mas aquiescendo aqui que apesar de todos os esforços dos iluministas e do seu tempo no Brasil, copiando aos termos a nação norte-americana, de traduzir liberdade, igualdade e fraternidade de ideais para a prática, o século XIX, ainda antes, como hoje, em pleno século XXI, confunde coisa pública com privada e mostra que no âmago das mudanças dos acontecimentos dá espaço as meneses das coisas críveis. Excelente leitura!
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Lucas.Batista 18/09/2020

Fecha cumprindo o prometido.
Assim como os antecessores. Cumpre o objetivo auto imposto pelo autor.
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Tuyl 21/08/2021

Laurentino - provavelmente pela sua formação de jornalista e não de historiador - sabe como ninguém recontar a nossa história! Seus livros são indispensáveis!!!
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Anselmo Mendo 29/01/2021

O menor da trilogia
Parece-me o livro mais fraco da trilogia. Se perde em figuras secundárias, datas e números. Deixa de lado em boa parte os retratos humanos. Dom Pedro II fica com a melhor parte, mas mesmo assim superficial, Laurentino fez muito melhor com Pedro I, Dom João VI e inúmeros outros personagens importantes nos outros volumes. O final também é apressado, amontoando fatos e esquecendo as pessoas.
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Anne 16/02/2021

Não foi tão bom..
Comparado com 1808 e 1822, foi bem arrastado. Acredito que este período histórico não seja tão interessante quando o império e por isso não tenha sido tão fluida a leitura. Mas vale a pena pelo conhecimento dos detalhes desse período.
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Biblioteca Chamma 27/06/2021

Leitura difícil, mas extremamente esclarecedora
Muito se entende sobre o governo atual brasileiro ao se ler essa obra. As atitudes e decisões por vezes confusas que vivenciamos nos dias de hoje se explicam desde o fatídico 15 de novembro de 1889, quando sem qualquer movimento popular instaurou-se a República, oficialmente proclamada 100 anos depois.
Uma leitura complicada de muitos personagens, sendo a maioria conhecida dos livros de história escolares, mas que nem de longe traz o verdadeiro e completo passado da derrubada da monarquia de Dom Pedro II.
O movimento abolicionista também é muito tratado e esse sim prende a atenção, mostrando que havia o interesse genuíno de muitos naquela época para uma verdadeira libertação, porém sem se ter a noção de que não existia estrutura e ausência de preconceitos para possibilitar aos negros seus devidos direitos como cidadãos.
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