spoiler visualizartaehoodliday 20/03/2022
2 estrelas, recomendo
Queria começar falando que esse livro não é péssimo, mas não tinha como dar uma nota maior pra ele.
A Karou me encheu o saco o livro inteiro.
Primeiro por ela estar ajudando os quimeras quando é claríssimo que eles odeiam ela. Só porque é o povo dela não quer dizer que ela precise aceitar ser tratada como um lixo pra pagar a dívida que ela "tem" com eles.
Toda vez que ela ficava chateada com algo que acontecia eu ficava irritada, porque ela reclamava e reclamava e continuava lá. Ela estava ajudando o Thiago a montar seu exército porque ela quis; ela aceitava ser tratada daquele jeito quando ela era a única que sabia desempenhar o papel de ressurreicionista (antes da Zuzana e o Mik chegarem eles não tinham nem com o que ameaçar ela).
Segundo porque ela cobra dos quimeras algo que ela não consegue fazer. Ela quer que os quimeras tenham compaixão com os serafins, deixem de guardar rancor pelo que aconteceu, quando toda oportunidade que ela tem pra rebaixar o Akiva pelo que ele fez ela aproveita. Não passando pano pra ele, se eu fosse a Karou ficaria sim muito abalada que a pessoa que eu gosto massacrou toda a minha família e abriu as portas pra outros fazerem isso, mas pô, não cobra dos outros quimeras então.
Sempre que ela fala dele da pra ver nitidamente todo rancor que ela guarda e como isso corrói ela por dentro, e 2 páginas depois tá ela discursando sobre como os quimeras tem que parar de lutar e de odiar os anjos... Bem hipócrita na minha opinião, se nem ela quer dar outra chance pro Akiva.
E, falando em Akiva, o que me irritou muito na Karou nesse livro foi na reta final, que ela quer começar a revolução sem contar com ele pra ajudar. Eles podiam muito se unir, ela podia ter contado que o Thiago não é mais o Thiago; abrindo essa brecha eles podiam planejar tantas estratégias juntos, e ela confia nele, ela sabe que ele não contaria pra ninguém. Mas não, ela preferiu continuar na narrativa de rancor que ela tem.
Pra mim, a Laini Taylor não conseguiu justificar nada do que a Karou fez. No primeiro livro eu gostava dela, mas nesse segundo ela foi insuportável.
Outra coisa que me incomodou muito foi o quase est*pr* que ela sofreu do Thiago. Não senti necessidade nenhuma disso, o mesmo efeito teria sido alcançado com algo mais leve.
Como já estava de saco cheio, não tenho certeza se o tanto que me incomodei foi realmente um desconforto genuíno, ou se eu já tava cansada da história e aí fui mais propensa a não gostar de mais nenhuma decisão tomada pela autora.
Algumas páginas depois, quando é a Liraz que sofre pelas insinuações do Jael, eu já comecei a achar demais.
Só reclamei, mas até que foi um segundo livro interessante. No final os quimeras sendo obrigados a trabalharem juntos foi até que legal, acho que no próximo livro eles vão começar a ver o que as duas raças têm em comum, um processo lento de paz acontecendo. Parece-me que vai ser interessante.