Lia Cordeiro 09/05/2016
Mas... o quê???
Enredo: O "mundo fantástico de Pepper" parece ser incrível... Eu digo "parece" porque eu não consegui compreender boa parte da história. O que parecia fugir do chamado "clichê", tornou-se exatamente o que a palavra o define. A narrativa em 1ª pessoa já tira o encanto de boa parte do enredo, ainda sendo feita por uma personagem totalmente confusa, cética e imatura me remitiu a exaustão mental. Confesso que me sentia uma embriagada enquanto acompanhava a leitura (meu mundo estava girando e as formas eram incompreensíveis) e demorei mais de um mês para conseguir finalizá-la.
Personagens: O único a que me apeguei foi "John" - o Zirquiniano que demonstra bons sentimentos ao ser envolvido por Nina (uh, que surpresa!). Muitos que ficam ao redor dela obtêm mudança comportamental, principalmente em se tratando de mulheres mais velhas. Afinal, ela é uma híbrida - a que aparentemente é a "única" capaz de gerar bons sentimentos noz Zirquinianos. Nina, a híbrida, chega a usar dessa influência sobre os habitantes da região em benefício próprio, passando, em sua maioria das vezes, por cima dos demais e mesmo do que ela se diz apaixonada. Chegamos a "Richard" - o vilão que, por ela, quer se tornar o mocinho. A teimosia de ambos é irritante, as explicações insuficientes, repetitivas, egoístas ou simplesmente inexplicáveis. O romance não é envolvente - muitas vezes parece algo meio indócil, rude, puramente carnal - visto que o que ela sabe a respeito dele não o justifica e quanto a ele, que sofreu uma espécie de imprinting (a la Stephanie Meyer), faz com que se perca o romance romântico para se dar corda ao inexplicável. Ok! Há romances românticos assim... Esse é um deles, certo?
Contudo estou curiosa! Será que a "independência feminina" chegará no próximo livro? Nina pareceu tomar suas primeiras atitudes em prol de outros. Agora que ela está se tornando uma "guerreira" haverá compreensão da dimensão ao seu redor (como ela não reparou na diferença das cores do céu em Zirk??? Precisou que John dissesse isso a ela mesmo??)? O próximo livro promete... Só espero que as promessas não sejam vãs!
- Nota 1: Trata-se da opinião de uma simples leitora. Divergências haverão e são as que movem o mundo.
- Nota 2: A escritora é fantástica e deve atrair mais os jovens que estão próximos da idade de Nina, que parece uma típica... Americana. Eu sei que a personagem não é Americana, nem Pepper o é. Também não sou patriota o suficiente para achar que todas as histórias têm que se passar no meu país de origem. Mas que foi uma inteligente sacada de marketing "americanizar" esse mundo fantástico, ah foi...
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