Seis Coisas Impossíveis

Seis Coisas Impossíveis Fiona Wood




Resenhas - Seis Coisas Impossíveis


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Greice Negrini 27/11/2013

Uma gostosa passagem de adolescência!
Dan é um garoto de 15 anos que não acredita que possa ser tão azarado com tudo que está acontecendo a sua volta. De um dia para o outro simplesmente seus pais resolveram se separar porque sua mãe descobriu que seu pai é homossexual. Mas isso não é o bastante. A família já vinha sofrendo com a falta de dinheiro e a falência da empresa aconteceu. E no dia em que vieram buscar todos os seus pertences para que pudessem pagar os devedores, mais esta notícia sobre seu pai arrancou seu coração do lugar.

Decidiu que não falaria mais com seu pai, porque não era justo que ele fizesse isto com um filho como ele! Mas agora precisava encarar que não tinham onde morar e sua mãe sequer tinha um emprego! Até que a surpresa veio e deu um fio de esperança: a tia-avó de sua mãe faleceu e deixou para ela sua casa com uma única regra, a demorar lá somente até que também falecesse! E com tudo isto vinha um cachorro que já estava tão velho quanto a tia-avó estava.

Dan tentou encarar a nova vida, o cheiro de xixi na casa inteira, a falta do calor do ar-condicionado e o pior ainda estava por vir: encarar a escola nova.
E descobriu que tudo podia ficar pior ainda. Ninguém queria chamá-lo pelo seu nome e então chamavam pelo seu sobrenome incorreto que de Cereill virou cereal. Vivia sendo humilhado, por mais que tentasse ser o garoto exemplar.

Mas o mais interessante foi descobrir a vizinha ao lado, Estelle, linda e um sonho. O seu sonho. Agora Dan tinha motivos para ir para as aulas e para tentar fazer amizade com aquela menina que nem sequer olhava em sua cara.

Dan começa a descobrir o que é se apaixonar pela primeira vez, o que é fazer novos amigos, precisar trabalhar para ajudar a pagar as contas de casa e tentar perdoar seu pai por algo que talvez sua mãe já soubesse há muito mais tempo.
É, a adolescência não é fácil... mas jamais vai ter coisas impossíveis!

O que falo sobre o livro:

O livro é legal por parecer ser um roteiro e não basicamente uma história em si. O garoto demonstra uma tristeza com tudo o que acontece em sua vida, mas ele detalha os acontecimentos de uma forma até engraçada e nada inconveniente, por isso até consegui ler o livro com uma rapidez. A facilidade de leitura e a tranquilidade nos diálogos facilitaram mais ainda.

É engraçado como ele tem as inseguranças para chegar na sua vizinha, mesmo que seja para dar um olá, se apresentar como seu vizinho, mas ele usa pequenas desculpas para fazer isto e ficava me lembrando de como era na minha época de adolescência e ria em muitos momentos.

Dan também tem uma pequena dificuldade de lidar com sua mãe, em tentar mostrar a realidade a ela após a separação e principalmente em tentar entender o porque tudo aquilo aconteceu. Ele tem suas formas de expressar seus sentimentos e o faz de uma maneira sutil que acredito que a autora não quis transpor de um jeito mais complexo para não transformar o livro para um estilo dramático.

Seis Coisas Impossíveis não vai marcar sua vida, mais vai deixar ela mais leve!


site: www.amigasemulheres.com
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Jung Angel 25/11/2013

Resenha Seis Coisas Impossíveis
Quando vi a capa deste livro fiquei tremendamente curiosa, e apaixonada. Adorei as ilustrações e trabalho gráfico que escolheram para ela. E sim esse foi o principal motivo de pedir ele para resenhar, a sinopse também me deixou curiosa, as listas de seis coisas, além de ser divertida é uma ótima chamada, para causar curiosidade no leitor.

Esse foi um livro passatempo, gostei da leitura, mas não consegui me envolver completamente nem com a história nem com os personagens. Pra mim Seis coisas impossíveis, serviu pra descansar a mente dos trabalhos teórico, e por consequência curtir uma leitura fácil e relax, mas num todo passageiro e sem marcas. Enfim, Seis coisas impossíveis é um livro jovem, sem muita novidade, mas acima de tudo divertido e agradável. Foi esse lado cômico da história de Dan e suas listas que me deixaram mais contente com o livro.

Acompanhe as resenhas/críticas completas no blog "Lendo com a Angel". Se puder siga e comente que ficarei muito feliz por sua companhia!

site: https://lendocomaangel.blogspot.com/
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Saleitura 25/11/2013

Dan Cereill é um garoto simples , Nerd e estuda em uma das melhores escolas de NY. Seu pai sempre proporcionou uma vida com todo o conforto para ele e sua mãe. Era uma família aparentemente feliz.

Percebia alguns murmurinhos em casa até que um dia vem à tona um fato que muda sua vida para sempre. Seu pai estava falido, tinha perdido toda sua fortuna, para piorar, revelou ser gay, e separou de sua mãe.
“O que deu errado? Quando? E como é que não percebi?
Será que eu fui como um sapo que não percebe que a água está esquentando até ser tarde demais e ele virar sopa?”página 7

Dan teve que ver sua vida ir embora, seu pai, sua casa, e assim como todos os pertences que havia nela. Por sorte Adelaide, tia de sua mãe, faleceu e deixou sua casa para a mãe de Dan, mas não foi lá grande coisa. Ela herdou o direto de morar na casa enquanto for viva, pois quando morrer a casa vai ser tombada pelo patrimônio Histórico. Fora isso ela fede a xixi e de brinde ainda veio com um cachorro chamado Howard.

Com uma casa nova e uma vida não escolhida Dan tem que recomeçar. Estudar em uma nova escola, arranjar novos amigos e tentar não ser um nerd total como sempre fora. Ainda mais agora que está totalmente apaixonado pela nova vizinha Estelle.
“E então ela entrou na casa ao lado, meio tonta, sorrindo e levando meu coração.” Página 17.

Dan é um típico adolescente que busca aceitação na vida social. Ele terá que enfrentar preconceitos, bullings, e desprezos até se adaptar a nova vida.

Com uma lista de coisas impossíveis, ela tenta melhorar cada uma delas. Beijar Estelle. Arranjar um emprego, agora que eles não têm mais uma vida farta. Animar sua mãe que fica depressiva sentindo a falta de seu pai. Falar com o pai, que desde que ele se foi não tem coragem de trocar uma palavra sequer. Descobrir como ser bom e não sair abandonando os outros por aí. E o mais impossível para Dan é ele não tem noção nenhuma de como cuidar de um cachorro.


Ele está o tempo todo pensando em Estelle e tudo que faz está sempre girando e torno de se aproximar dela, de conhecê-la. É como “se ela tivesse se tornado a imagem de proteção de tela do meu cérebro".

Sua mãe abre uma empresa de bolos de casamento, mas acaba não dando certo, pois ela acaba desmotivando as noivas em virtude de seu casamente ter sido uma decepção.

“Nem sempre as pessoas conseguem uma segunda chance.”

Aos poucos, Dan vai percebendo que as coisas não são tão impossíveis assim. Conforme ele vai crescendo vai amadurecendo e se conformando com o que a vida lhe oferece. Ele consegue um emprego, sua mãe e até consegue ter um amigo.

“Não existe problema no mundo que não possa ser resolvido ao discutir o assunto.”

Seis coisas impossíveis foi uma história muito gostosa de ler. Ele é o primeiro livro da autora Fiona Wood “que é uma conhecida roteirista de TV, responsável pelas séries The Secret Life Of Us, Silversun e Neighbours que ganharam 22 prêmios.”.

Achei a capa bonita e super criativa com figuras ilustrativas da história. Amei as figuras que iniciam cada capítulo, toda a parte das fontes e encadernação que são de primeira. Não preciso dizer que essa obra é da Novo Conceito.

Resenhado por Michelle Manhães
https://www.facebook.com/michelle.manhaes

site: http://saletadeleitura.blogspot.com.br/2013/11/resenha-do-livro-seis-coisas.html
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Elis 23/11/2013

Conclui a leitura de Seis Coisas Impossíveis da Fiona Wood, no início minha expectativa estava alta e por isso não entendi aonde estavam os elogios que meus amigos faziam a obra. Pensava, esse Dan é muito metido, não é o fim do mundo acontecer o que houve na vida dele. A realidade de sair da boa vida para a classe média digamos, não acontece todo dia.

Claro que o choque maior pode ter sido a sexualidade do seu pai, não sei como eu agiria se fosse comigo, dependendo do dia pode até ser que nem bola eu desse. Afinal tenho amigos que são homossexuais e os amo muito, pois nossa amizade é de verdade. Não me importa os caminhos que eles seguirem, eu gosto deles por eles mesmos.

Dan passa por problemas na escola também, onde ele não quer ser um nerd e sim uma pessoa diferente, já que ele está entrando numa nova escola. Ele deseja se tornar uma pessoa melhor e não mostrar toda a inteligência que possui, notamos que ele quer ser o mais comum possível. Em sua nova moradia ele conhece Estelle, após vê-la que muitas coisas mudam, o personagem se apaixona e faz de tudo para conseguir realizar suas metas impossíveis. Com isso claro que ele ganhará diversos problemas novos com os quais se ocupar, além de tentar ajudar sua mãe a sair da fossa.

Confesso que não me encantei com o enredo, nem com os personagens. A leitura não foi aquelas que nos prendem e desejamos saber o final. Foi somente uma leitura onde conhecemos personagens diferentes que tem seus problemas diários para resolver. A autora nos mostra o quanto uma amizade é importante e como a estrutura familiar mexe com a vida de cada um. Posso lhes dizer que não foi uma leitura de todo ruim, mas não foi de todo excelente, e bem, não pretendo ler novamente.

A capa ficou legal, mas poluída com muitas imagens pequenas, no entanto chama a atenção. Não encontrei erros de revisão e a diagramação ficou um charme, cada início de capítulo temos alguns ícones e uma fonte diferente. Mesmo não gostando tanto da leitura, me pareceu que a autora soube amadurecer a história, a partir de certo ponto por isso sim, eu daria uma nova chance a outro livro dela, ainda mais que ela cita diversos livros em sua obra.

Leia a análise completa em:

site: http://amagiareal.blogspot.com.br/2013/11/seis-coisas-impossiveis-fiona-wood.html
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Kellen 21/11/2013

Cinco estrelas!
Dan Cereill tinha uma vida boa, com luxos e regalias que nem todos são capazes de ter, estava tudo indo bem até que não estava mais. Seu pai os levou à falência e o banco tomou tudo deles, até coisas pessoais. Como se não bastasse isso, o patriarca ainda se revelou gay e abandonou Dan e sua mãe. Choque total!

"Não posso depender de ninguém, não tem ninguém para resolver os problemas, ninguém para pagar a conta, ninguém para passar a bola. Estou sozinho aqui, sem dinheiro, sem soluções – e a minha mãe, com um negócio que não vai para frente e sua obsessão por Thom Yorke, certamente não precisa de mais notícias ruins." Página 157

A salvação dos dois foi o falecimento da tia de sua mãe – não que isso seja uma coisa boa –, que deixou sua casa para os dois viverem, mas apenas isso. A mansão foi tombada pelo patrimônio histórico e eles não podiam mexer em nada lá dentro, nem vender, já que tudo foi devidamente catalogado. Era um grande sacodidão na vida de ambos, que tinham tudo a seu dispor e agora mal tinham como se sustentar. Ser adolescente já não é fácil e passar por várias barras assim no mesmo momento é quase impossível, mas Dan é um menino e tanto, que me conquistou completamente e todo o tempo me teve do lado dando força nas mais diferentes situações (mesmo que ele não soubesse disso).

Dan agora precisava se adaptar a ter menos, muito menos, a uma nova escola, ao cheiro de xixi de cachorro espalhado por sua nova casa, ao frio da nova moradia, já que ligar o aquecedor era luxo, e ainda a cuidar de Howard, um cachorro velho e sábio, deixado pela tia Adelaide. Opa, quase ia esquecendo, além de tudo isso, Dan também precisa lidar com um sentimento novo batendo no peito, a paixão pela vizinha do lado, Estelle.

"Depois de checar se não havia ninguém por perto, começou a girar lentamente, levando a mão aos olhos para emoldurar sua visão do céu cheio de galhos secos. E então ela entrou na casa ao lado, meio tonta, sorrindo e levando o meu coração." Página 17

Dan nunca foi do tipo popular, mas queria mudar sua imagem na nova escola, principalmente por Estelle estar em sua turma, ele queria que ela o notasse e gostasse dele. Claro que devido a recente maré de falta de sorte do rapaz, nem tudo sai como o planejado. Ele é perseguido pelos valentões, consegue queimar o filme com Estelle por ficar encarando-a constantemente e ganha o título de esquisito da escola. Em casa, sua mãe decide abrir uma empresa de bolos de casamento, mas a desilusão com o próprio casamento a faz dar conselhos nada positivos para as noivas, que saem de lá com os noivados praticamente desfeitos e nenhuma encomenda de bolo.

"Parece que fico pensando em Estelle na maior parte do tempo. É como se alguém tivesse mudado as minhas configurações para “Estelle” sem a minha permissão, ou se ela tivesse se tornado a imagem de proteção de tela do meu cerébro". Página 31

Mas nada fica ruim para sempre se as pessoas se mexerem para mudar a situação, né? Dan consegue um emprego, faz um novo amigo mais velho que o ajuda muito, consegue melhorar a situação com a vizinha – pelo menos ela conversa com ele – e sua mãe começa a andar nos trilhos novamente. A vida ainda reservava muitas coisas boas na vida de Dan.

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Eu adoro ser conquistada assim por um personagem. Dan é um garoto incrível, senti uma conexão com ele logo de cara, acho que foi o humor extremamente sarcástico dele que nos conectou assim instantaneamente. Aliás, a mãe dele também tem o mesmo tipo de tiradas e gracinhas, adoro. Falando nela, como pode uma mulher que acaba de sair conturbadamente de um casamento, cheia de amarguras, querer fazer bolos e lidar com pessoas que estão entrando nessa nova vida? Fracasso é o resultado. Mas bem que as situações renderam boas risadas.

"Ela começará a fazer bolos de casamento. Acho que ninguém que acabou de sair de um casamento pensaria justamente nisso, porém nesta casa, além de sarcasmo, também há ironia". Página 23

Eu amo o Dan. Ele é engraçado demais, cheio das listas, é inteligente, mas perde a fala perto da garota de quem gosta e até comete uma gafes, faz coisas que não deveria, para saber mais sobre ela. Sem falar que para quem criou uma conexão com ele, como eu, é muito legal acompanhar o amadurecimento dele, vê-lo tentar vencer as barreiras e ajudar a mãe em um momento tão difícil, tudo entre burradas, brigas, farpas, mas também com muito amor. A mãe de Dan é forte, só precisava de um empurrão para conseguir seguir em frente e Dan ajudou muito, como pode, fazendo o possível e o impossível.

"Quero ser bom, mas a bondade é um cliente difícil de agradar. Decido me contentar em ser leal aos meus amigos. Será que isso faz de mim um banana? Bom ou ruim? Certo ou errado? Vai saber!" Página 190

Acho que se eu ficar escrevendo mais sobre o livro vou gastar todos os meus elogios. Eu fui sugada pela história, que é simples, narrada pelo próprio Dan. Senti como se fosse a irmã mais velha que ele não tem, curti cada momento com ele. Fiquei feliz com seu primeiro beijo, irritada com suas pisadas na bola e extremamente animada com suas realizações. Já estou com saudades de Dan e Howard, a dupla sagaz. E das confusões que Estelle o faz se meter e de acompanhar suas aventuras nesta fase tão complicada que é a aborrescência. O livro ganhou cinco estrelas, porque eu simplesmente amei!

Uma coisa interessante sobre a autora: ela é uma conhecida roteirista de TV, responsável por Neighbours, The Secret Life of US e Silversun. Ah, e esse é o primeiro livro dela. Quero mais!

site: http://kellenbaesso.blogspot.com.br/2013/11/seis-coisas-impossiveis.html
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tiagoodesouza 20/11/2013

Seis coisas impossíveis | @blogocapitulo
Olá, pessoal! Meus comentários de hoje são sobre o livro Seis coisas impossíveis, da australiana Fiona Wood. Eu fiquei surpreso com a Novo Conceito investindo num livro com um tom mais jovem e com um personagem masculino. É tão mais comum vermos uma narradora em livros, não é?

"Não quero ser julgado, nem que alguém tenha pena de mim; só quero ficar pianinho enquanto vejo o que vai rolar ao meu redor."
Página 32.

Dizem que fazer listas é a melhor forma de manter tudo organizado. Dan Cereill (algo como "surreal") é um garoto de 14 anos que fez uma lista de seis coisas impossíveis após sofrer um grande baque na sua vida. Seus pais se separaram após uma crise financeira e seu pai assumiu, quase aos 40 anos, que é gay. Agora, vivendo em casas separadas, Dan e a mãe precisam tentar colocar a vida nos eixos. Mas sua mãe ainda está sofrendo pela separação e suas tentativas de fazer bolos de casamento não saem do jeito que Dan esperaria que saísse. Nesta nova casa, Dan acaba conhecendo Estelle, sua vizinha que se torna a garota impossível e outras pessoas que lhe darão alguma força nessa empreitada.

A narrativa é em primeira pessoa e apresenta o ponto de vista de Dan nesse novo ambiente em que ele foi jogado. A autora usa uma linguagem bem jovem e leve. É interessante ver como Dan lida com a adolescência, que é complicada por si só, e os problemas que foram agregados por conta da separação dos pais. O livro se passa na Austrália e, afora algumas referências a nomes, ele poderia ser localizado em praticamente qualquer outro país. Eu curti bastante a capa e ela tem vários elementos relacionados à história. A diagramação interna traz alguns dos detalhes vistos na capa no começo de capa capítulo.

"Sinto uma onda inútil de raiva e tristeza porque meu pai não está aqui para dar um jeito nisso. Não vou conseguir resolver o problema sozinho."
Página 156.

Dan é um garoto comum que tenta se adaptar a essa nova realidade da vida. Uma atitude admirável nele é o fato de querer colocar a mãe para cima, tendo que assumir uma postura às vezes mais madura que a dela quando o que ele mais queria era de alguém no seu lugar encaixando as pelas e lhe dizendo que tudo vai ficar bem.

Eu esperei ansiosamente o momento em que Dan e o pai conversariam, mas acabei me decepcionando. A autora preferiu não explorar mais profundamente a relação do filho diante a descoberta da sexualidade do pai. Tive a impressão, durante a leitura, que Dan não queria encarar essa realidade com medo de falar lago de que se arrependesse muito depois.

Para quem procura um livro de leitura muito fácil, fluída, Seis coisas impossíveis tem uma pegada boa. Eu tenho certeza que teria lido em um dia se não tivesse outras coisas para fazer. Espero muito que a editora invista em outros títulos semelhantes a esse. Recomendo!

"Ao enfiar a mão no meu armário, percebo uma porção preocupante de pulso e antebraço saindo do meu moletom cinza. Acho que já deveria estar usando um tamanho maior de roupa, mas, quando a gente comprou essa blusa nas férias, servia direitinho e ainda tinha espaço para crescer. Olho para baixo. Minha calça também está curta demais. Isso é bom. Pelos no rosto, nariz inchado, olho roxo, roupas que não me servem direito - esse lance de me tornar um cara descolado está dando supercerto!"
Página 83.

site: http://www.ocapitulodolivro.blogspot.com.br/2013/11/resenha-seis-coisas-impossiveis.html
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Românticas 18/11/2013

Por Carol

Ao ler a sinopse já imaginei que seria um bom livro. Tenho gostado desse estilo "vida real" que alguns livros adolescentes trazem. Me senti assim quando li dois do Markus Zusak (ainda preciso ler o terceiro da trilogia), mas voltemos ao livro em questão.

Dan está às vésperas do seu aniversário de 15 anos e para "inaugurar" seu inferno astral, teve uma reviravolta na vida. O pai assumir que é gay e deixou a família, antes disso o negócio dele faliu. Para que a situação não ficasse tão desesperadora a mãe recebeu uma casa de herança e é lá que eles vão morar.

Entre a mudança de bairro e estilo de vida Dan ainda tem que se adaptar a uma nova escola e como toda "boa" escola os grupos estereotipados (o valentão, os nerds, as líderes de torcida, etc). E para coroar ele se apaixona pela vizinha Estelle.

Fiona nos traz o dia-a-dia de um rapazinho que vive suas primeiras dificuldades misturadas com a ebulição que é estar aos 15 anos. A narrativa dela encanta, os diálogos são fáceis e não tem como não gostar ,e em alguns momentos de identificar, com os pensamentos de Dan (e suas listas).

Nada contra adolescentes no mundo sobrenatural, mas como disse no início as narrativas que conseguem me prender são aquelas que acabam mostrando a "vida como ela é".



site: http://www.mulheresromanticas.com.br/2013/11/fiona-wood-seis-coisas-impossiveis-novo.html#.UopD33Cc-6M
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Mila F. @delivroemlivro_ 17/11/2013

Divertido
Six impossible things é um livro bem leve e de leitura rápida, foi escrito por Fiona Wood e cada capítulo é bem pequeno, por isso afirmo que em pouco tempo você será capaz de ler todas as páginas.
A narrativa, como é de praxes nesses livros juvenis, é em primeira pessoa, pelo adolescente de 15 anos, Dan. Dan é um dos personagens mais fofos que já vi, ele é um nerd, irônico, sarcástico e altamente para baixo, também pudera: seu pai e sua mãe faliram, seu pai decide que é gay e sai de casa. Dan e sua mãe vão viver na casa da finada tia Adelaide e ainda para completar a onda de ‘azar’ Dan tem que mudar de escola porque sua família não pode pagar a que ele estudava.
Na nova vizinhança, Dan descobre que sua vizinha, Estelle, é a maior gatinha e se apaixona loucamente por ela, mas no período em que vive – de depressão total e não aceitação de sua nova vida – ele faz uma lista de seis coisas impossíveis, porque ele simplesmente acha impossível.
Então Dan tem que aprender a se adequar a sua nova vida e as inúmeras limitações pela falta de dinheiro e ainda tem que consolar a inconsolável mãe que abriu um negócio de bolos de casamento, mas por estar tão frustrada com o término de seu próprio casamento ela acaba assustando todas as clientes.
Na escola as coisas também não vão bem para Dan, ele parece invisível a não ser para as piadinhas. Dan também procura se aproximar de Estelle, mas ela a cada dia parece mais inalcançável. Entretanto, muitas águas vão rolar e como todo romance esse também é clichê e já sabemos o que acontece no final.
Não obstante, Seis Coisas Impossíveis não é um livro que vem a abordar apenas as crises e romances juvenis, mas aborda temas bem contemporâneos como o pai gay, uma família de pais separados e a luta por valores e a maturação de um adolescente, as consequências de seus atos e as responsabilidades que devem começar a assumir. E mostra que quando deixamos de ser pessimistas em relação a vida podemos nos surpreender com tantos presentes que a vida nos traz e isso não está relacionado apenas a coisas matérias, mas a família e a amigos que entram em nossas vidas.
Em suma, indico a leitura de Seis Coisas Impossíveis apesar do livro não ser genial, mas ele é capaz de nos fazer refletir muitíssimo e também é encantador ver a evolução de cada personagem e de como cada pequena coisa: uma música, um gesto e uma palavra pode mudar toda uma vida. Então fica a dica: leia, mas não espere algo magnífico, leia por diversão e reflita, vale a pena.

Camila Márcia

site: http://www.delivroemlivro.blogspot.com.br/
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Amanda Almeida 16/11/2013

Simplesmente fofo.
Dan Cereill tinha tudo. Uma bela família, riquezas, uma ótima escola… Até que tudo isso se desmoronou. Seu pai faliu e de quebra assumiu ser gay. E de repente, Dan viu sua vida perfeita ir ralo abaixo. E agora, junto com sua mãe, em uma casa caindo aos pedaços e cheirando a xixi de cachorro, e cujo responsável por isso também foi incluso no pacote, os dois estão tentando reconstruir suas vidas, mas essa tarefa não parece muito fácil.
Seis coisas impossíveis foi um livro fofo e que instintivamente te faz torcer por Dan. E que situação complexa essa em que ele e sua família se encontram. Entretanto, creio que o mais interessante nessa estória seja o fato de que esse jovem nerd não se deu por vencido. E sua lista de 6 coisas impossíveis o ajudaram a enfrentar toda aquela situação e também o fizera crescer.
Gostei demais da escrita da Fiona e depois deste livro, creio que lerei todos os livros dela. A distribuição dos capítulos foi extremamente agradável e muitos deles eram curtos, o que fez com que a leitura fosse bem fluida, o que pra mim foi um ponto super positivo.
Outro ponto positivo foi a construção dos relacionamentos na estória. As vezes sinto falta de um pouco mais de verdade nesse aspecto, e nesse livro foi o que senti. O Relacionamento entre Dan e sua mãe, o temperamento forte de Estelle, as traquinagens e até o romance, tudo foi muito verossímil, o que me fez relembrar um pouco de minha própria adolescência e de meus sentimentos meio loucos na época
Com relação aos personagens, todos foram extremamente cativantes. Dan, que mesmo com todas as suas inseguranças e revoltas não se deixou vencer e foi aprendendo com as dificuldades que apareceram na sua vida; Estelle, a bela vizinha impossível, que se mostrou muito mais do que um simples rostinho bonito; Janie, melhor amiga de Estelle, uma adolescente como qualquer outra, mas com um quê de genialidade que é impressionante; a mãe de Dan, e nesta abro um parênteses (Fiquei extremamente feliz com a evolução dessa personagem, e a relação que ela tinha com Dan, era simplesmente hilária, coisa de mãe e filho mesmo sabe? Eles brigavam, discutiam, mas no fundo se amavam demais e faziam de tudo pra deixar o outro feliz); e por fim Roward. Que cachorro fofo meu Deus. E digo apenas que não sinto inveja, pois tenho uma cadelinha que segue no mesmo estilo dele, cheia de olhares fulminantes e cheios de significado.
Quanto a diagramação a editora fez um ótimo trabalho. Faço uma observação apenas para alguns erros na edição, mas creio que nas próxima isso será corrigido.
Enfim, Seis coisas impossíveis pode até ser um livro simples, e aparentemente sem muitas lições, mas não se engane. Esse livro é profundo sim, pois mostra que o melhor a se fazer quando a vida nos dá um tranco, é simplesmente aprender com as adversidades e levantar mais forte.

site: http://amanda-almeida.com.br/2013/11/16/seis-coisas-impossiveis-fiona-wood/
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* 16/11/2013

Incrivelmente fofo!
Seis coisas impossíveis consiste em uma lista criada por Dan Cereill de seus maiores desejos que obviamente ele acredita que nunca irão se realizar. Beijar sua vizinha Estelle, arrumar um emprego, animar sua mãe depois de um divorcio no minimo conturbado, falar com o pai quando ele telefona e descobrir como ser um homem bom que não abandona a família. Mas vamos entender melhor porque Dan precisa desesperadamente realizar esses desejos.

UM CHOQUE DE REALIDADE DE CADA VEZ POR FAVOR!

Dan tinha uma vida perfeita, como todo garoto de quase 15 anos de idade sua vida consistia em jogar vídeo game, bater papo com Fred seu único amigo, tentar não levar para o lado pessoal ser considerado um babaca no colégio e curtir a vida, mas tudo muda quando seu pai solta duas bombas simultaneamente, ele deu fim em toda a grana da família, é gay e esta saindo de casa.

A mãe de Dan recebe uma herança em boa hora, não importa que a casa seja um museu e cheire a xixi de cachorro, pelo menos eles têm um teto sobre suas cabeças agora que eles estão falidos. Dan tenta encarar tudo de cabeça erguida até porque com a mudança de casa ele tem novas possibilidades a sua frente, como tentar ser aceito como parte do grupo no novo colégio ou quem sabe conseguir um beijo de sua nova vizinha gata. Mas nem as novas possibilidades anulam o caós que esta sua vida. A grana dá apenas para a comida, o negócio próprio de sua mãe (confecção de bolos de casamento) esta indo por água abaixo porque ela convence todas as noivas e clientes em potencial a desistirem do casamento, e seu pai não para de ligar, mesmo que Dan não atenda nenhuma das ligações.

O marketing do livro nos da seis ações que serão impossíveis ao ler esse livro:
1 -Não torcer para que Dan supere seus problemas - CONFERE!
2- Não rir muito com os devaneios dele. - CONFERE!
3- Não querer ter um cachorrinho como Haward (ele veio junto com a herança) - CONFERE!
4- Parar de ler este livro. - CONFERE!
5- Não querer abraçar o livro depois de tê-lo terminado... - CONFERE!

Todas as opções são verdadeiras, o livro é realmente fofo, mas este é o elogio máximo que ele conseguiu de mim. Não espere um livro profundo, muito menos com temas de difícil abordagem, ele nada mais é do que um livro juvenil sobre um adolescente com problemas cotidianos normais. Muitos pessoas com menor faixa etária irão se identificar completamente com Dan, mas eu considerei o livro apenas uma boa distração. O livro é muito bem diagramado e bem escrito, assim como é de fácil entendimento e rápido de se ler. A narrativa é engraçada e viciante, mas como eu disse não espere muito dele, leia-o apenas como forma de distração e divirta-se.

Os problemas de Dan são válidos e ele lida com todos de bom humor, regado a muito sarcasmo e birra adolescente, o que torna tudo muito mais divertido. Então fica fácil de apegar ao personagem o que torna o livro interessante e cresce a vontade de ver seus dilemas resolvidos. Torci muito para que ele voltasse a falar com o pai, que tomou uma decisão corajosa, mas de forma inapropriada e de supetão, assim como torci muito para que ele conseguisse namorar Estelle, que se mostra uma ótima pessoa ao decorrer da história.

Todos os personagens agregam a trama e são muito bem construídos, principalmente a mãe de Dan, que gera no leitor certa pena e nos faz obter um sentimento de proteção. É realmente impossível não deseja-la vê-la feliz novamente. Temos muitos personagens secundários, que embora não roubem a trama deixam sua marca. Principalmente o pequeno Haward, o cachorro que a família ganha junto com a casa na herança e que tem sua própria personalidade, ou pelo menos Dan acha que tem.

O FINAL É A PARTE MAIS FOFO DESSE LIVRO.
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Mônica 13/11/2013

Fofo!
Nunca tinha ouvido falar desse livro, até o dia em que estava de bobeira na Saraiva e achei a capa interessante, gostei da sinopse e acabei comprando. Não vou negar que eu fiquei um pouco com medo de ser igual “As Vantagens de Ser Invisível“ (que eu não curti tanto), já que o protagonista Dan tem idade parecida com o Charlie , não tem muitos amigos, não tem experiência com garotas e passa por dramas familiares. Mas não é, graças aos céus.

A família de Dan é destruída e perde tudo quando seu pai se declara gay e sua empresa vai à falência. Por "sorte" a mãe herda uma casa gigante cheia de tranqueiras e com um cachorro já meio velhinho de brinde. Além disso, Dan muda de escola e precisa arrumar um emprego para ajudar a mãe que está na pior. Mas nem tudo é ruim, pois no meio disso tudo, surge Estelle, sua nova e linda vizinha.

Eu achei o livro bem bonitinho, o Dan é uma graça e não é do tipo nerd demais ou egocêntrico, ele é preocupado com os outros, gosta de ajudar, é maduro (para alguém de 14 anos), engraçado (faz graça até de si mesmo), ingênuo e super inteligente. Impossível não gostar dele, ou de Estelle, ou do Fred, ou do Oliver e da Em. E principalmente do Howard. hahahahaha

Gostei da escrita da autora, achei bem leve (mesmo acontecendo só tragédias), divertida e que te prende. Algumas coisas são bem previsíveis, mas não tira a graça de maneira nenhuma. O narrador é o próprio Dan, os capítulos são bem rápidos e pequenos, e isso faz você não perceber o tempo passar, pelo menos eu não conseguia parar de ler, tive que terminar logo pra saber o que aconteceria. Li em menos de um dia.

Eu gostei de como ela usou algumas coisas específicas para simbolizar sentimentos, como por exemplo, as músicas do Radiohead = tristeza. Ou as caras de terapeuta do Howard. Não achei certo a mãe “sacrificar” a festa do filho por ela mesma, mas renderam algumas partes engraçadas.

O livro é grandinho, mas é bem leve, a capa está bem legal (foi por conta dela que resolvi ler) e eu achei apenas um errinho de digitação.

De maneira geral achei que a maioria das coisas ficaram com suas devidas respostas, com exceção do pai, pois esse relacionamento foi mal aproveitado. A autora poderia ter se dedicado um pouco mais e explicar o que aconteceria depois, quando eles se encontrassem. Ok, ela até deixou isso meio óbvio, mas achei que faltou um algo mais, sabe? Se ela tivesse gasto um pouco mais de tempo nesse relacionamento pós crise, acho que teria sido mais completo e fecharia o livro de maneira perfeita.

E eu não sei pq toda vez que o Howard era citado, eu imaginava ele que nem o pug da Pocahontas, fazendo altas caras e bocas. hahahahahhah

"- Eu sei, eu sei. "Guia para idiotas sobre como criar cachorros: leve o cachorro pra passear, porém o leve de volta pra casa". Geralmente é o humano que treina o cachorro. Mas quando Howard abana o rabo, sou eu quem responde na hora e tenta lembrar-se da lição para a próxima vez."

site: http://monicanadal.wordpress.com/2013/11/13/seis-coisas-impossiveis-fiona-wood/
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Yasmin 12/11/2013

Realista, bem-humorado e atual. Uma história cativante e marcada por bons personagens.

Já faz um tempo que soube que a editora Novo Conceito havia adquirido os direitos de publicação de algumas obras da autora Fiona Wood, mas não fazia ideia de que ainda este ano poderia conferir um de seus livros. Elogiada não apenas na Austrália a autora, nesse que é sua estreia, surpreende os leitores com uma história comovente de perda e crescimento em um cenário que é a realidade de muitos jovens de hoje em dia.

Quando ouvimos falar nas crises econômicas dos últimos anos e nas diversas bolhas que faliram diversas empresas não apenas nos Estados Unidos como em outros países não pensamos nas famílias daqueles grandes empresários. E é através de Dan Cereill que pela primeira vez tenho o outro lado da moeda. Dan era filho da família perfeita. Vivia com poucas preocupações além de fazer o dever de casa e jogar vídeo game quando o pai declarou falência, separou-se de sua mãe e assumiu que era gay. Para Dan é difícil sofrer tantos choques de uma vez só. Dan tem de sair do colégio particular que estuda, da casa onde viveu a vida inteira e mergulhar em uma vida de economia e dificuldades. Com raiva do pai e arrasado Dan se vê morando em uma casa velhíssima que a mãe recebeu de herança. A casa de herança foi a gota d'água que fez o pai largar tudo. Afinal eles já iam precisar morar debaixo do viaduto. Enquanto tenta se acostumar com a antiga, fria e mal cheirosa casa Dan tem de aguentar o sofrimento da mãe e as dificuldades financeiras. O negócio de bolo de casamento da mãe vai de mal a pior, afinal ela não para de convencer as clientes a não se casarem. O cachorro que veio com a casa precisa de cirurgia e eles não tem dinheiro, assim como Dan precisa de roupas novas que caibam nele. Na nova escola o cenário não é melhor. A única coisa boa em tudo isso é Fred, seu mais antigo amigo, que ainda o visita e Estelle. A bela e inalcançável vizinha. A medida que o ano passa Dan verá que as coisas não são tão impossíveis quando se tem um incrível talento de nadar contra a maré...

É a partir dessa premissa que a história se desenvolve. Com uma prosa fluida e bem-humorada Fiona Wood desenvolve uma história bela sobre crescer nos dias atuais. Aproveitando-se de um cenário atual e ainda pouco visto a autora constrói com sensibilidade e leveza um conto moderno e real. A voz narrativa de Dan não é apenas realista, como também vívida passando ao leitor sentimentos fortes, que cativam o leitor, nos instigando até o final da trama. Um protagonista cativante, com uma realidade arrasadora, que pouco a pouco vai se reconstruindo.

Aliando descrições precisas, os comentários humorados do protagonista sobre a própria difícil realidade e uma trama leve e despretensiosa Fiona Wood cativa o leitor com uma história harmoniosa e agradável. Os personagens secundários também são ótimos sendo o traço realista da autora um dos pontos que mais merece destaque. Wood nos apresenta adolescentes realistas, desde os sentimentos confusos até as ações impensadas, o que aliado a trama transforma sua voz em algo único. Dan é um ótimo protagonista, um retrato fiel, uma voz narrativa condizente com sua idade. As situações que ele enfrenta após as sucessivas mudanças na sua vida foram todas bem encaixadas na trama, rendendo ao fim mais do que um romance juvenil.

Leitura rápida e deliciosa, que flui com naturalidade e cativa o leitor logo nas primeiras páginas. Fiona Wood tem uma narrativa realista e rica. Sua história é um retrato atual que passa uma mensagem que merece ser ouvida. A edição da Novo Conceito está ótima, desde a capa mantida até a diagramação marcada por detalhes. A única coisa que notei mais de uma vez fora letras trocadas. E em alguns casos atrapalhou a leitura, afinal ele por ela dependendo do lugar faz diferença. A história (...)

Termine o último parágrafo em:

site: http://www.cultivandoaleitura.com/2013/11/resenha-seis-coisas-impossiveis.html

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Mari 08/11/2013

Seis Coisas Impossíveis - Fiona Wood
Ontem, finalmente, os livros de outubro da NOVO CONCEITO chegaram \o/ Fiquei hiper feliz e já mergulhei em uma maratona, afinal, agora temos prazos para entregar as resenhas e com a demora que houve para chegar, tenho medo de não dar tempo. Então, vamos a primeira resenha: comecei com SEIS COISAS IMPOSSÍVEIS da FIONA WOOD.

A princípio estava decidida a não solicitar esse livro, mas aí vi um pessoal comentando sobre ele no twitter e fiquei curiosa, decidi conferir.

O começo foi MUITO legal. Dan é um garoto de quase 15 anos que costuma listar as coisas, principalmente aquelas que ele julga impossível de conseguir ou alcançar. A vida dele sai do “normal” quando ele descobre que a família está falida, o pai é gay, e vai separar-se da mãe. Então, Dan muda-se com sua mãe para uma casa que ela havia recebido de herança, que de “brinde” já vem com um cachorro. Esse início foi narrado com tanto humor e ao mesmo tempo, com tanto sarcasmo, que foi impossível não se apaixonar por Dan, o garoto consegue nos fazer gargalhar. Mas, infelizmente, depois a história desanda...

Depois de se mudar com a mãe e de escola a vida de Dan se torna um ENORME clichê: ele se apaixona pela menina mais popular da escola, que milagrosamente é uma pessoa bacana; passa a sofrer com a zoação dos colegas; e é considerado um nerd.

Problemas (vou listar, assim como Dan gosta de fazer):

1. Sua paixonite por Estella poderia ser um clichê normal, desses que contam sobre o primeiro amor, como o sentimento foi crescendo, como o personagem foi se aproximando da garota de seus sonhos, etc. Mas Dan parece não se comportar como um menino de quase 15 anos, e sim como se tivesse 11. Ele é bastante infantil nesse quesito e apesar de dizer tantas vezes o quanto gosta Estella, não me convenceu. Mais uma vez achei que ele parecia esses menininhos de 11 anos que sofrem de paixonite por alguma professora, mas que levam na brincadeira. O sentimento parecia simples demais, comum demais, e até banal demais. Não consegui sentir que era verdadeiro, que era aquela coisa louca do primeiro amor.

2. A autora quis usar a “nerdice” de Dan para explorar o bullying, mas gente, desculpe, bullying é coisa séria! As situações apresentadas no livro eram apenas zoações. É preciso saber diferenciar uma coisa da outra. Na escola eu usava óculos e aparelho, e me chamavam de quatro olhos ou ferrovia, na minha época isso não era considerado bullying, e para mim, ainda não é. Os garotos zoam com o sobrenome de Dan e ele odeia, ok, tudo bem ele odiar, eu também odiava ser chamada de Mariana Aventura, mas, mesmo assim, é uma piada! Não é algo que vai deixar marcas e sequelas profundas no psicológico do personagem, que fará com que na idade adulta ele sofra, etc.

3. Para o que Dan passou ser considerado bullying, o livro deveria ser contato com mais intensidade e muito mais emoção, duas coisas que faltaram, e muito. O próprio Dan expõe os fatos com humor, sarcasmo e ironia, o que torna impossível se apiedar dele. Não consegui ter um envolvimento emocional com ele. Achei o personagem raso, com diálogos bobos, e muitas vezes com atitudes de criança. Como havia gostado do começo do livro, achei que Dan amadureceria e nos mostraria uma face mais adulta de sua personalidade, e comportamento condizente com essa nova fase, mas isso só foi acontecer beeeem no final, em um ponto em que já tinha declarado todo meu desgosto pelo personagem.

4. Em várias situações afirma-se que Dan é um nerd. Ok, por quê? Em momento algum vi o personagem bitolado em um computador, ou nos estudos, ou tendo idéias mirabolantes para projetos, etc. Se o fato de o personagem gostar de ler o transforma em um nerd, então, todos nós blogueiros, também somos. Eu estudo 4 horas por dia, leio outras 4, e deixo de sair para fazer essas coisas, nem por isso me considero uma nerd. Sei que muita gente faz o mesmo que eu e têm uma vida social agitada. Não tenho por opção... Exatamente como Dan.

5. A nerdice de Dan também é apontada pelo fato de ele não ter amigos. Mas o personagem não tem vida social porque ele próprio não quer! Ele não se esforça, não se empenha. Não gosta de interagir e quando tem oportunidade, não o faz, prefere ficar se lamentando... ¬¬

6. O que mais me irritou no livro foi o fato de o pai de Dan ter se revelado gay e a autora não ter explorado isso. O pai de Dan aparece no começo e no final. As partes que contam com ele no meio do enredo são apenas para acompanharmos as birras de Dan que não quer atendê-lo ao telefone. Gente, tanta coisa bonita e inteligente a autora poderia ter retratado a partir dessa revelação do pai de Dan... Em vez disso, o personagem é apagado na trama como se fosse alguém que não faz diferença. Fiquei revoltada ao ler que o rapaz não perdoava o pai por tê-los abandonado, e não se importava por ele ser gay, porque ele não era homofóbico, ou seja, para evitar uma abordagem mais profunda sobre a homossexualidade, a autora preferiu apenas afirmar que o personagem não era preconceituoso (fraco, fraco, fraco).
Ok, se não havia preconceito, então Dan é um puta egoísta, porque ele não se conforma com o fato de o pai ter ido embora. O que ele queria? Que os pais vivessem um casamento de fachada? Que o pai não fosse feliz com a opção que escolheu? Que a mãe aceitasse um marido que não mais a veria como mulher? Entendo que como adolescente ele deva ter ficado revoltado com a separação, mas passar um livro inteiro sem falar com o pai, só porque os pais se separaram, pareceu frescura demais. Seria até aceitável se o livro fosse um drama e esse fosse o foco principal da trama, mas está longe de ser o caso. Faltou desenvolver as emoções de Dan em relação à revelação de o pai ser gay e também pelo fato de ele ter ido embora. Mostrar-se como mais um adolescente revoltadinho e birrento não acrescentou nada a trama.
Mas, o que mais faltou aqui, foi expor a vida do pai de Dan longe da ex-esposa e do filho, bem como sua atual vida diante de sua nova escolha. O livro poderia ter tomado um caminho maravilhoso, encantador e ter ensinado uma linda lição. Não foi o caso.



E é isso, essas são minhas SEIS RAZÕES que tornaram IMPOSSÍVEL engolir SEIS COISAS IMPOSSÍVEIS.
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