Helaina 14/03/2024
Muito melhor que o filme
Sei que isso é meio clichê, pois geralmente o livro é melhor mesmo, mas até o terceiro da série eu me senti satisfeita com o conteúdo do livro tanto quanto o do filme. Cada um com suas diferenças, mas semelhante na maior parte.
Já em O Cálice de Fogo, a sensação que tive é de uma obra completamente diferente do filme. Conforme cheguei a comentar enquanto lia, parece que tentaram deixar a história menos sombria pra segurar a classificação etária, pois aqui as coisas começam a ficar bem tensas.
Voldemort está trabalhando com bastante afinco pra voltar sem se importar com o que precisa fazer para atingir seus objetivos. Dentre eles, colocar Harry em uma competição na qual ele não deveria participar e sem o consentimento do jovem. Aparentemente no mundo bruxo o tal contrato mágico selado ao por o nome no Cálice de Fogo não precisa ser "assinado" pela própria pessoa. Legislação trouxa dá de mil aqui.
Outra coisa que me incomodou muito também é a forma como TODOS os adultos se comportam. Se antes o bullying praticado por Snape me incomodava (continua incomodando. Ele humilhando a Hermione recém enfeitiçada com dentes grandes é de uma baixeza assustadora), agora passo a reparar a prof. Minerva maltratando o Neville que não demonstra muito talento (ela sabe o que aconteceu com os pais dele, algo que Harry só descobre nesse livro e ele sim demonstra empatia pelo colega), a sra. Weasley criticando tudo que os filhos fazem, o cabelo do Gui é grande demais, Fred e George não tem ambição (os gêmeos querem abrir um negócio próprio! como não tem ambição?) e o que mais me chocou foi a Hermione recebendo ameaças por carta, algumas chegaram a machucar a jovem com anexos mágicos, e ninguém liga! O próprio Hagrid, professor, manda ela deixar pra lá. Isso conversa tanto com o mundo real que eu fiquei pasma com a mensagem passada. Ninguém combatendo o bullying.
Enfim, gostei de reler, mas por esses gatilhos citados no parágrafo anterior, não tenho a intenção de ler novamente tão cedo.