Até o dia em que o cão morreu

Até o dia em que o cão morreu Daniel Galera




Resenhas - Até o Dia em Que o Cão Morreu


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vasilisamorozko 15/11/2020

Quem Sabe Na Próxima
❛❛Me dava agonia ver alguém se preparando constantemente pra começar a viver. Eu não conseguia fazer isso. Parecia bem mais adequado permanecer exatamente onde eu estava, aceitando que minha vida era aquilo mesmo.❞

#24 - Não gostei, nada no livro me chamou atenção, mesmo sendo um livro até simples de ler eu fiquei entediada muito facilmente, quem sabe em uma releitura futura eu mude de opinião.
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Aldeizia 27/10/2020

Uma experiência interessante
Não dá para ler esse livro e não reconhecer pessoas que nos rodeiam, ou no caso de alguns, se reconhecer. São aquelas pessoas que muitas vezes você sente vontade de sacudir, tamanho o grau de apatia e desinteresse pela vida. O tom de melancolia deixa o livro que é fino, um tanto pesado. E quanto ao final que é aberto (ou não, a depender da interpretação do leitor), me agradou bastante, particularmente não sou tão otimista a ponto de negar a pessoalidade do personagem para satisfazer aquela vontade interna de "final feliz", no mais, considerei uma ligação muito interessante com o início da história, já ouvi falar que os sonhos são nosso inconsciente nos mostrando nossos mais intensos desejos e medos.
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Pedróviz 23/10/2020

Transição
Como um romance tão curto tem tanto a dizer. A solidão das pessoas que precisam umas das outras e que ao mesmo tempo buscam a solidão, esse paradoxo humano. Até o dia em que o cão morreu o protagonista não conseguia se lembrar dos sonhos que tinha. Nos sonhos ele se via brotando, dando origem a um novo indivíduo. De fora de si mesmo via que já não era mais um, mais dois sujeitos e nenhum deles era ele mesmo. Certamente um era o adulto, a assumir o seu lugar, e o outro era o jovem, criança, a se despedir. Esses sonhos representavam uma transição na vida do protagonista. Vivendo satisfeito com muito pouco, sem ambições exceto seus cigarros, cerveja, algum sexo com Marcela e comida, ele queria apenas ver o mundo de cima de seu apartamento. Mas precisaria saber lidar com mais do que apenas suas necessidades imediatas para ser realmente feliz. Marcela cobrará uma decisão. Qual deles responderá: o adulto ou a criança? Ocorrerá a transição?
Ponto negativo do livro: excesso de palavrões do protagonista na narrativa de sexo.
Tres estrelas e meia.
Aninha 23/10/2020minha estante
A prova que qualidade não tem a ver com o número de págs? ?




09/10/2020

Não sei se é porque a história se passa em Porto Alegre, ou se porque Galera escreve para pessoas da minha idade, ou porque é sobre gente comum com os mesmos problemas existenciais, mas eu adoro os livros desse autor. Esse eu li em um dia.
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Euler 15/08/2020

Eu entendi finalmente a minha implicância com o Galera, não é que a narrativa dele não seja boa é que é agatê demais e o protagonista trava comigo um incômodo, um ginge como só os agatês raiz sabem me causar. Nesse livro, entretanto, eu consigo fazer uma leitura sobre como a masculinidade tóxica é uma merda para os homens que não se encontram no mundo, não sabem o que fazer com sua sensibilidade, são impedidos de demonstrar sua afetividade e seu choro. O agatê em questão tem duas relações durante a narrativa, com um cachorro que ele encontra na rua e com uma modelo que ele tem um lance bem sexual, mas confuso. O resto é aquela grande angústia burguesa que todos nós passamos principalmente pós-graduação, num período que parece distante mas que a gente queria apenas pesquisar academicamente e que a vida ganhasse um rumo. Estamos ainda esperando, talvez o narrador também esteja. O texto é super ágil, os diálogos são maravilhosos, e a tal modelo, a Marcela é um personagem que eu queria ser amigo. Vou torcer bem menos o nariz para esse escritor agora, prometo respeitar a agatezice alheia rs ??
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Manoela Guimarães @estantedamanu_ 01/08/2020

Livro Até o Dia em que o Cão Morreu e adaptação cinematográfica Cão sem Dono
Até o dia em que o cão morreu é o romance de estreia do escritor Daniel Galera e foi adaptado para o cinema por Beto Brant e Renato Ciasca, com o título de Cão sem dono.
O narrador e protagonista dessa história não tem a sua identidade revelada, assim chegamos ao fim dessa leitura sem saber o seu nome. Ele é um homem de 25 anos formado em letras, que fala inglês e russo e mora em Porto Alegre. Vive de forma bem minimalista, seu apartamento alugado fica no 17º andar e é praticamente vazio, tendo apenas um colchão, um sofá, uma cadeira e um cozinha que ele não chega a descrever.
Nosso narrador não tem hábitos saudáveis, comi pouco, fuma e bebe muito, o que ocasiona uma eterna dor de estômago. Atualmente está desempregado e em seu último emprego lecionava inglês, mas foi demitido porque faltava demais. Preferi viver isolado e para isso nem telefone possui. Visita os pais praticamente a cada quinze dias. O personagem sem nome poderia trabalhar ou tentar uma bolsa de mestrado, mas ele não tem vontade e nem ambições. Seu único interesse é manter o apartamento, o que consegui com a ajuda financeira do pai.
Um dia ao voltar para casa encontra um cachorro faminto e acaba levando-o consigo e o criando de forma livre. O cão vai passear na rua e volta quando tem vontade. “Não sou dono dele, ele é meu amigo.” Marcela, uma modelo que ele conheceu em uma formatura, praticamente o obriga a dar um nome ao animal, que passa a ser chamado de Churras. Ela frequenta o apartamento dele 2 a 3 vezes na semana, mas não chega a ser um relacionamento declarado. Assim como o cachorro, Marcela aparece quando quer, passa a noite e depois vai embora.
A moça trancou a faculdade de administração e apesar de não gostar, trabalha como modelo, pois almeja juntar dinheiro para o seu futuro. Ela planeja viajar pelo mundo e até comprar uma casa. A diferença de personalidades deles é gritante, mas se entendem no sexo. Apesar do narrador não desejar nenhum envolvimento pessoal e nenhuma mudança em sua vida, ele chega a admitir para si que se importa com Marcela e quando ela passa 3 semanas sem aparecer ou dar notícias devido a um problema grave ele sente a sua falta.
Outros personagens coadjuvantes na trama é o senhor Elomar, porteiro do prédio que pinta quadros e faz esculturas de argilas e Lárcio, um motoboy que em decorrência de um acidente acaba se aproximando de Marcela e do narrador.
O livro apresenta algumas reflexões e veremos a vida do ponto de vista do narrador, de acordo com suas escolhas e excentricidades. O livro é bem construído, a leitura é fluida e mostra a transição de um recém formado para a vida adulta. Foi o meu primeiro contato com o autor e gostei muito dessa experiência literária.
Na adaptação, Cão sem dono, lançada em 2007, o protagonista ganha o nome de Ciro e é interpretado pelo ator Júlio Andrade, enquanto a Marcela é interpretada por Tainá Muller. Tanto no livro como no filme podemos perceber a presença do sotaque gaúcho. Ambos trazem a carga emocional da história. A versão cinematográfica é fiel a obra literária nos seus principais aspectos, apenas diferenciando em alguns detalhes. O filme é bom, mas eu ainda prefiro o livro.

Sinopse do Livro: “Depois de alugar um apartamento vazio no centro de Porto Alegre, um homem de cerca de 25 anos gasta os dias olhando a cidade pela janela, bebendo cerveja e caminhando pela vizinhança. Até que um cachorro aparece em sua porta, e uma modelo chamada Marcela entra em sua vida. O impasse do narrador também tem um caráter particular: a dificuldade de escolher entre um cotidiano cheio de privações, mas sem riscos emocionais, e as possibilidades infinitas dos afetos. É aí que o mundo se torna mais complexo e interessante. É aí, também, que as paixões cobram seu preço. Com um estilo minimalista e em algumas passagens virtuosístico, Galera conduz o leitor com um vagar nada gratuito: em suas pequenas acelerações e grandes pausas, é como se Até o dia em que o cão morreu reproduzisse o tempo interno do seu personagem – a lenta evolução, quase despida de acidentes, até que suas certezas iniciais comecem a esmorecer. As últimas páginas, narradas por Marcela, iluminam com sutileza o instante em que tudo pode estar prestes a mudar. É então que, numa história tão marcada pelo signo da morte, a vida enfim dá o ar de sua graça. Até o dia em que o cão morreu foi adaptado para o cinema por Beto Brant e Renato Ciasca, com o título de Cão sem dono.”

Livro: Até o dia em que o cão morreu
Autor: Daniel Galera
Ano: 2007
Páginas: 104
Editora: Companhia das Letras

site: https://estantedamanu.com/2020/07/31/resenha-desafio-deu-a-louca-nos-encalhados-ate-o-dia-em-que-o-cao-morreu-daniel-galera/
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Júlia 26/07/2020

Uma leveza de história
Um livro rápido que em poucas horas você termina. Uma historia tranquila e que aborda de forma leve a problemática que muitos jovens convivem: o fato de não conseguir um "rumo" pra vida, que ficam sem sentir prazer em mais nada e ao mesmo tempo o medo de se envolver com as coisas. Um livro leve e que te faz refletir muito sobre a sua vida
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Franco 22/07/2020

O vazio de uma masculinidade jovem e de classe média
Apesar da narrativa leve, direta e simples, perpassa algumas categorias bem complexas, como a masculinidade, a juventude (contemporânea) e um certo espírito de classe média. Aí que temos esse protagonista homem, hétero, com evidentes dificuldades emocionais, de vinte e poucos anos, boêmio e apático, e que é sozinho e perdido na vida (no sentido filosófico mas em algo também literal da coisa) em muito porque os pais ajudam a bancar essa condição.

Mas, insisto e repito, a narrativa é leve e a complexidade implícita não tira o prazer da leitura.

Até o simbolismo que é desenvolvido na obra (como no cão e na figura do Lárcio) é um simbolismo que invoca aquelas categorias quase todas, mas de modo palatável, sem tornar a leitura um treco indigesto ou confuso (alguns podem até achar o tal simbolismo evidente demais).

A escrita, por sinal, é agradável. Não tem firulas, economiza nos adjetivos, esbanja frases curtas e simples; somando isso ao enredo cheio de pequenos acontecimentos, a sensação é de uma história dinâmica e fácil de acompanhar.

Vale mencionar também a construção dos diálogos, que é bem fluida e natural.

No mais, é um livro com uma pegada questionadora, do tipo 'protagonista em crise', e portanto pode exigir uma certa empatia do leitor para que a experiência seja mais agradável (algo do tipo 'eu sei o que esse cara tá sentindo'). E mesmo com empatia, os personagens, principalmente o protagonista, podem ser incomodativos pelo modo como são.

E quanto ao final do livro... Confesso que gostei bastante. Acredito que respeita o processo do personagem e joga pro leitor a reflexão final, o que é um movimento bem interessante.

Enfim... Segundo livro do Daniel Galera lido, e sigo animado para ler os demais.
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Aline | @42.books 02/07/2020

Isso é um sim ou um não?
O protagonista sem nome da obra é um tradutor desempregado, que mora no 17º andar de um prédio, de onde gosta de olhar o movimento das pessoas lá embaixo, alheio. Ele tem como únicas companhias um vira-lata briguento e uma modelo de revista, que o visitam vez ou outra.
Em "Até o Dia em que o Cão Morreu", Galera narra uma história de solidão e apátia, absurdamente real. Nela mora a magia da literatura, que transforma um contidiano sujo, ordinário, em um impulsionador de sentimentos aos leitor. É um livro sobre aquele vazio que se sente quando já é tarde demais para morrer jovem, como afirma o protagonista.
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Paulo Sousa 13/06/2020

Leitura 31/2020
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Até o dia em que o cão morreu [2003]
Daniel Galera (Brasil, 1979-)
Companhia das Letras, 2007, 104 p.
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?Me dava agonia ver alguém se preparando constantemente pra começar a viver. Eu não conseguia fazer isso. Parecia bem mais adequado permanecer exatamente onde eu estava, aceitando que minha vida era aquilo mesmo? (Posição no Kindle 194).
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?É difícil imaginar sensação de maior conforto e serenidade do que esta, que surge da ilusão elaborada de que fazemos parte da vida de uma pessoa a ponto de estarmos verdadeiramente unidos, de tudo estar bem se o outro estiver por perto, se apenas nos for dada a chance de saciar os desejos e interesses um do outro, de tolerar um ao outro quando sacrifícios forem necessários e deixar que o resto se foda, se destrua e morra, porque não haverá problema? (Posição no Kindle 830).
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A história que o livro narra é simples, mas poderosa porque fala da humanidade comum, daqueles que se resignam por uma existência banal, sem atrativos ou circunstâncias que as façam sair da mesmice. O livro de Galera fala de encontros, de perdas, de alguma falta de esperança ou da renovação desta, tudo numa prosa direto, lisa, límpida. Um homem que busca na solidão seu refúgio, até que abre um pouco o espaço para um cão que aparece num dia qualquer e com mantém intervalada relação. Uma modelo fotográfica com quem cogita abandonar a vida ermitã, nem sem antes se voltar com avidez à introspecção. Até que a falibilidade natural da vida entra em cena e muda tudo. Um bom livro, um livro triste.
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Thais.Classe 11/06/2020

Não sei bem oq dizer
Eu gostei do livro, adorei o fato de se passar em porto alegre, que é uma cidade que conheço e pude identificar diversos locais onde o protagonista passou. Mas fiquei incomodada com a apatia do protagonista, apesar de achar q era isso msm q o autor queria retratar. No início não tinha gostado do final por achar ele um tanto abrupto e aberto, mas acho tbm q foi intencional haha dps de pensar mto acho que era msm pro leitor interpretar o fim ou não dá tal apatia. Enfim, um livro curto q me fez pensar em algumas questões.
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yomaeli 14/05/2020

Solidão porto-alegrense
O livro segue a vida de um personagem que, imerso nos limites do seu apartamento, passa a vida quase num piloto automático, às vezes apreciando as chegadas, os acasos e em outras, apenas afastando tudo que se apresenta. A solidão é presente em todos parágrafos, mesmo quando há companhia física. A obra é sobre deslocamento, falta de perspectivas, dificuldade após sair da casa dos pais, confusões acerca da formação e mercado de trabalho, reflexões e o existir em si.
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jonathanmelo 15/04/2020

Uma surpresa boa
"- [...] era tarde demais para morrer jovem.”
Retrato de uma geração crescida em meio ao boom da comunicação, Até o dia em que o cão morreu descreve o jovem na pós-modernidade. O jovem que tudo tem ao seu alcance, mas nada lhe interessa.
Este livro é narrado por um rapaz de vinte e cinco anos, formado em Letras, tradutor, que se vê sem perspectivas diante da vida ao sair da casa dos pais. Quando se dá conta de sua condição financeira, amorosa e social, logo se resigna e mergulha em um mar de apatia e solidão. Tem a consciência de que precisa contornar essa situação, arranjar um emprego formal, estimular suas ambições, ser plenamente independente, mas se acostumara à vida pouco-abastada, tornando-se dependente do dinheiro dos pais e maquiando sua situação com falsas promessas.
Eis que um dia surge um cão, bem como uma modelo de nome Marcela, com o fito de dar novos ares à sua vida. Marcela era de outra realidade, fazia planos e trabalhava para os realizar, tinha anseios e pontos de vista diferentes aos do protagonista, que os ignorava. Aos poucos, também devido a certas circunstâncias, o envolvimento entre eles foi crescendo. Mas ele não se rendia a sentimentos. Mantinha aberta a porta para quem quisesse entrar e sair de sua vida.
Quanto à minha experiência de leitura, trata-se de uma história compacta, densa, bem construída, com uma linguagem fora do padrão (traços regionalistas, vá), mas nada que prejudique a leitura. Um livro que traduz alguns dos conflitos do jovem no século XXI (e que cheira a auto-ficção...). “Sabe, agora eu entendo um pouco mais a razão de tu querer ficar tão isolado lá em cima. É tudo a mesma coisa. Isolado ou mergulhado numa multidão, no trânsito, no trabalho, a solidão é sempre a mesma, com exceção daquelas poucas, raras pessoas em cuja presença a solidão some, mesmo que não seja o tempo todo.

instagram.com/theread3r
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