Estação Carandiru

Estação Carandiru Drauzio Varella




Resenhas - Estação Carandiru


796 encontrados | exibindo 136 a 151
10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 |


Su 15/07/2019

Estação Carandiru - Dráuzio Varella
N°20 - Estação Carandiru - @sitedrauziovarella Varella. Pelo amor de Deus, leiam esse livro. Se eu for escrever tudo o que eu queria sobre reflexões e sentimentos que essa obra proporciona, sobre as condições precárias dos agentes penitenciários desprezados pelo estado. O prédio construído na década de 20 degradado pelo tempo, com estruturas caindo, infiltrações e etc. As condições subalternas dos presidiários, suas histórias de vida sofridas, seus crimes horrendos. A visão da população carcerária sobre mulheres, que fazem doer o âmago, que aliás, dentro da cadeia são melhores tratadas do que fora dela. A disposição dos presos em auxiliar o doutor Drauzio em tudo o que precisava, desde cirurgias até organização e atendimento. O respeito e admiração que sentem por aqueles que voluntariam-se. Como ocorreu de fato a chacina em 92 no complexo nove do Carandiru. Se fosse para falar tudo que eu queria esse texto ficaria bem mais extenso. Um ensino de vida, de reflexão sobre o sistema carcerário, policiamento, política e afim, reforçando ainda mais meus conceitos e visões.
Leiam. Por favor.
Termino com duas frases: 1- na placa de cobre da sala da diretoria; "é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar na casa de detenção". 2° - Fala de um detento: No oito (pavilhão) cada qual carrega sua cruz, calado. O sofrimento dos anos de cadeia ensina o sentenciado a se trancar na própria solidão. É uma escola de sábios".

site: https://www.instagram.com/p/BnMgG7jBBsJ/
comentários(0)comente



M@g@ 03/12/2019

Pesado
É um livro que a meu ver foi pesado, cercado de coisas ruins, más não é em si um livro ruim.
comentários(0)comente



Beatriz3345 07/01/2020

Um livro que nos humaniza a força!
Depois das fatídicas eleições de 2018 o assunto ?sistemas prisionais? e afins foram colocados incansavelmente em pauta. Esse mesmo livro, se fosse lido por mim há um ano e meio atrás teria causado algumas complicações em meu psicológico por uns vários dias, porém lido agora teve um resultado um pouco diferente.
Estação Carandiru foi escrito pelo doutor Drauzio Varella, voluntário por 10 anos na prisão.
Aqui são apresentadas histórias de dentro e fora das celas e muros, histórias dos encarcerados e dos funcionários que trabalhavam lá.
Até as 10 últimas páginas do livro a leitura estava interessantíssima, um pouco pesada, real demais e fora da realidade que conheço, porém estava conseguindo levar como ?literatura?. Acontece que, com um baque, a narrativa muda para aquela parte terrível da história da Detenção (que eu não esperava que fosse aparecer no livro) em que houve o massacre que todos conhecem.
Me deixou sem palavras, sem um ponto de vista definido, sem nada.
Não tem como falar mais sobre a história pois ela não existe, só lendo para passar pela estranha experiência que esse livro proporciona. Não sei se quero assistir ao filme, talvez um dia.
comentários(0)comente



Vinicius.Villela 08/01/2020

Janela sem filtros e de qualidade rara para um aspecto importantíssimo de nossa sociedade
Esse livro é extremamente humano(até que não é, com seu final... embaçado, pra dizer o mínimo), e essa é a maior de suas inúmeros qualidades, além da prosa de extrema personalidade do Doutor Drauzio Varela, pessoa que dispensa comentários. Não foram as vezes que eu rachei o bico com os apelidos e crônicas dos presidiários e funcionários, os quais todos adoraria conversar, e outras onde fiquei com medo de me deparar com uns elementos sangue ruim que surgem em alguns momentos.
Se cria empatia, medo, dó e ódio. Quer mais o que de um livro? Difícil querer mais né? Mas esse oferece ainda mais. Da uma pincelada de como é o sistema prisional brasileiro com excelência, verdadeiro vilão da história. (Não os funcionários, que fique claro) Parteiro das grandes facções criminosas organizadas do Brasil. Rapidamente se entende o porquê.
O final é tenebroso, vou lhe dizer. Pra gostar de policial nesse país, ou você é masoquista enrustido, ou é rico e apático. Infelizmente é assim.
Não existe país no mundo mais consistente em seus problemas como o Brasil, no sistema carcerário esses sintomas não poderiam faltar. Dá pra se entender muito do Brasil lendo esse livro.
Maravilhoso; o livro, que fique bem claro.
comentários(0)comente



Liliane.Goncalves 17/01/2020

ESTAÇÃO CARANDIRU - Impactante
Baseado em fatos, o livro Estação Carandiru apresenta uma série de histórias contadas pelos presidiários do, até então, maior presidio da América Latina. São casos relatados, em sua maioria, durante as consultas com um dos médicos do presidio, o Dr. Dráuzio Varella. As histórias contadas no livro são curtas e como disse o médico, representam apenas o ponto de vista do presidiário. No entanto, nos dão uma ideia da vulnerabilidade, violência, miséria e pobreza a que estão submetidas grande parte da população brasileira.
O livro nos apresenta um panorama do funcionamento do presidio, principalmente através da descrição do trabalho dos “faxinas” e das atividades realizadas na enfermaria. Mostra a dinâmica dos presos, os códigos de conduta empregados na cadeia, a precariedade da vida carcerária, a marginalização do indivíduo, a devastação provocada pelo HIV e pelo uso das drogas, principalmente a cocaína e o crack. É um livro com relatos muito pesados, que mostram o quão fundo na maldade o ser humano pode chegar e que mesmo essas pessoas são capazes de algum gesto de solidariedade. Apesar de tudo, a forma como essas histórias são descritas no livro, faz com que pareçam um pouco mais leves. A obra possui certas doses de humor e sarcasmo, seja pelo cinismo escancarado de alguns presos ao expor suas narrativas ou pelas adversidades que encontraram na vida bandida, foi um entretenimento para mim. As narrativas prendem tanto a atenção que você não consegue se distrair com o que está acontecendo ao seu redor e como as histórias são curtinhas você consegue ler em qualquer lugar, ônibus, metrô, trem etc.
O massacre de 02/10/1992 é relatado nos últimos capítulos do livro, contado por presos que sobreviveram à matança na casa de detenção de São Paulo.
Li o livro e assisti na sequência ao filme homônimo, do diretor Hector Babenco. Ao contrário do que acontece geralmente, não achei que a adaptação para o cinema deixou muito a desejar. Além do livro e do filme, escutei também a música Diário de um Detento, dos Racionais MC’s (finalmente entendi a letra), posso dizer que foi sem dúvida uma experiência muito legal.
comentários(0)comente



Gab Canatelli 04/02/2020

Merece o prêmio recebido
Doutor, o senhor mostrou como funcionava o maior presídio da América Latina, o senhor conseguiu conquistar o respeito não só da malandragem como também dos agentes da segurança pública prisional. Com essa obra podemos entender exatamente como funciona o ambiente interno dos presídios. Suas leis (criadas pelos próprios detentos), sempre são seguidas a risca, existem até alguns "juízes" entre a malandragem. É tudo muito organizado e também desorganizado de repente. Parabéns doutor, sua obra me "prendeu" do início ao fim.
comentários(0)comente



CPF1964 06/02/2020

Opinião
Realidade nua e crua. Riqueza de detalhes.
comentários(0)comente



Marcella 14/02/2020

Estação Carandiru é um livro que mostra a realidade da vida: ninguém é só bandido ou só vítima. Ao mesmo tempo que nos horrorizamos com os crimes cometidos pelos personagens reais, também nos comovemos com a precariedade do presídio, da higiene, com a presença de doenças e todos os diversos problemas que essa população marginalizada enfrenta.
O sistema penal tem o objetivo de ressocializar os criminosos durante o tempo de cárcere, mas este é um dos relatos que deixa claro a ineficiência do Estado.
Os capítulos finais narram a assombrosa intervenção da polícia militar em uma das rebeliões mais famosas do Carandiru.
Uma história muito interessante, que prende o leitor até as linhas finais.
comentários(0)comente



Laura Finesso 18/02/2020

Simples, porém intenso
"Cadeia é um lugar povoado de maldade."
.
Registro pessoal da época em que Drauzio Varella fez um trabalho voluntário de prevenção de AIDS na Casa de Detenção de São Paulo, Estação Carandiru é um livro forte e sincero sobre o dia a dia na prisão. É composto por capítulos relativamente curtos que contam inúmeras histórias e relatos dos presos e do Dr., tal qual tem uma escrita fácil e imersiva que nos conduz adentro das vidas dos presos de forma orgânica e natural.
.
Para quem tem alguma aversão a livros descritivos demais sobre violência, talvez a leitura possa ser difícil. Até mesmo eu, que estou habituada com leituras desse tipo, tive que parar em alguns momentos. É tamanha intensidade nas palavras, mesmo que essas sejam aparentemente simples, que pode nos ser estranho.
.
Porém, é inegável a importância desse livro: ele expõe toda a situação carcerária brasileira, como os presos e carcereiros vivem, e as consequências disso na psiquê. Além de, claro, abordar o surto de AIDS que teve na prisão e o grande uso de drogas.
.
Contudo, a parte que mais me chocou foram os últimos três capítulos, em que é descrito o antes e o após do Massacre de 1992. É feito com tamanha simplicidade, entretanto o que choca é a violência, a maldade explícita no decorrer do massacre. Mesmo já tendo conhecimento dos detalhes, simplesmente fiquei sem fôlego e, ao mesmo tempo que queria parar de ler por estar em choque, queria também continuar e ver o que estava por vir. É difícil descrever o aperto e a densidade daquele momento.
.
Enfim... Já admirava bastante o Dr. Drauzio Varella antes, mas após esse livro, estou ansiosa para conhecer outras obras dele. E para quem tem interesse em saber o que se passa dentro de uma prisão, esse livro é um ótimo começo, ainda mais sendo sobre uma prisão tão conhecida. É um livro que acho que todos deveriam ler.
.
Instagram de resenhas: @livrosecappuccinos.
comentários(0)comente



Tati 23/02/2020

Um livro muito importante para se entender uma realidade distante. A escrita simples e direta, faz com que a leitura seja fácil e fluida, apesar do tema difícil abordado.
comentários(0)comente



Ross 26/02/2020

Fiz o caminho inverso, li primeiro Prisioneiras, me apaixonei e precisei ler Carandiru. Quando ocorreu o massacre em 1992, eu era apenas uma criança que assistia o noticiário e não entendia nada do que estava sendo noticiado ali, a medida que fui crescendo e via alguma notícia sobre o acontecimento vinha novamente a curiosidade de saber o que tinha acontecido. Com o tempo fui lendo e pesquisando, mas nenhuma notícia ou pesquisa que eu tenha feito me colocou diante das histórias de forma tão realista quanto esse livro.

As histórias são simples, mas contém um peso enorme. Algumas com apenas duas páginas tem o poder de ficar na mente por dias. Os personagens são colocados de forma muito próxima da gente e por isso nos sentimos íntimos do autor e de todos que tem suas histórias contadas. Os dois últimos capítulos são a cereja do bolo desse livro maravilhoso que li em alguns dias, é um livro pra ser lido e refletido.
comentários(0)comente



Fernando Campos Kanigoski 17/04/2020

Um relato extremamente humano sobre como era o presídio e as pessoas que nele integravam.
comentários(0)comente



Kaydson Gustavo 23/04/2020

Acabou o espaço, sem chance.
Carandiru foi meio primeiro contato com a escrita de Drauzio Varella, uma das minhas leituras de 2019. Vencedor do Prêmio Jabuti de Não-ficção.

Em menos de 24 horas já tinha percorrido o Carandiru inteiro. O médico nos insere no meio com riqueza de detalhes, visão não-científica e sim apenas um olhar humano e atento é capaz de notar.

Drauzio conta as histórias que viveu na casa de Detenção. A malandragem, sabedoria dos encarcerados, a justiça Hamurabiana e uma forma de equilibrar as economias que causariam inveja aos economistas. Nas 50 primeiras páginas do livro, você já entende o mecanismo inteiro dos pavilhões de como era arquitetada a casa e como os presos a dividiam entre si.

Relato alguns pontos que foram marcantes no meu trajeto de leitura:
A frase posta na parede atrás do diretor-geral: "É mais fácil um camelo passar em um buraco de uma agulha do que um rico entrar preso na casa de Detenção." A frase é de no mínimo 1985 e ainda permanece atual.

A vida na prisão não é fácil.
É preciso ter malandragem, dinheiro e amigos lá dentro, caso nada disso possua, dorme no esgoto. Literalmente. No chão acuado.

A presença de drogas é o que move 80% do comércio lá dentro. Drauzio na sua estadia não faz campanhas inocentes como: "diga não as drogas". Seria ingênuo e tolo de sua parte. Ele vai com o que pode, utiliza as ferramentas necessárias para explicar a importância de não compartilhar seringas dada ao uso do bague (cocaína). Lembre-se isso tudo ocorre no fim dos anos 80 e início de 90. Tem a ideia de investir no Gibi literário Vira-lata; que é ilustrado com desenhos expondo formas de contágio e prevenção. Um gibi erótico, porque era preciso falar a língua certa, nada demagogo ou heroico.

Havia a função dos encarregados que eram os homens de respeito dentro da prisão, respeito igual temível. Quando preciso o diretor tinha contato direto com eles para resolver qualquer 'desafeto'.

E tinha a ala dos crentes: Se o sistema do Carandiru fosse expandido aqui fora, a bandidagem religiosa exposta e a extorsão aos mais pobres não existiria mais. A lei do talião já teria resolvido tudo. Lá tinha que ser crente de verdade.

Acabou o espaço, sem chance.
Nota: 09/10
comentários(0)comente



Cristiano.Goes 25/04/2020

CARANDIRU
Mais um livro na quarentena. Desta vez foi "Carandiru" de Dráuzio Varella. Já tinha assistido ao filme, mas como quase sempre, o livro é bem melhor. Leitura envolvente e fácil, me peguei a rir e se emocionar nas suas páginas.
comentários(0)comente



Maria Martini 26/04/2020

História real
Gosto muito de histórias reais, ainda mais essa contada por esse autor com tanta sensibilidade... tem algumas histórias que até parecem ficção, recomendo a leitura.
comentários(0)comente



796 encontrados | exibindo 136 a 151
10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR