A vegetariana

A vegetariana Han Kang




Resenhas - A Vegetariana


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Marina516 08/01/2024

Passei por todos os morros e vales lendo esse livro, não esperava um limiar de loucura, dietas alimentares, trabalhos pronográficos e mutações.
Pesado.
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Lívia 08/01/2024

Incrivelmente perturbador
É difícil descrever em palavras a sensação que é ler esse livro, acredito que o maior intuito da escritora narrando diversas situações bizarras e inimagináveis é fazer o leitor se sentir desconfortável e pensar. Pensar muito sobre a vida e o por quê de existir.
Dividido em três partes, a vida de Yeonghye é retratada a partir do momento em que decide virar vegetariana, o que para seus familiares e conhecidos, foi o início de sua morte e a justificação para sua ?loucura? (esquizofrenia).Mas é notório com digressões e flashbacks que o passado também não foi fácil, em meio a traumas familiares, sonhos e inconformismo, vivia uma vida dura, a qual ninguém a entendia.
A escritora nos convida, através de suas palavras, a viver a vida de alguém que desde que instaurou suas raízes na Terra, não quer mais viver como um ser humano, e sim, como uma árvore: a base de água e fotossíntese, em que pensar, falar e comer são dispensáveis para uma vida tão frívola, que para muitos, é sinônimo de morte.
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 07/01/2024

Han Kang - A vegetariana
Editora Todavia - 176 Páginas - Tradução de Jae Hyung Woo - Capa de Pedro Inoue - Lançamento no Brasil: 2018.

Narrado a partir de três vozes com perspectivas totalmente diferentes, o poderoso romance da sul-coreana Han Kang, vencedor do Man Booker International Prize de 2016, que chegou a ter o seu estilo definido como kafkiano por boa parte da crítica mundial, descreve a perturbadora transformação de uma mulher comum não apenas devido à sua rejeição ao consumo de carne, mas também a todos os padrões esperados de comportamento social e familiar. Os efeitos desta lenta inadaptação e consequente desumanização, afetam não somente a protagonista, mas também os integrantes da sua família, particularmente o marido, o cunhado e a irmã mais velha, desencadeando assim uma série de eventos que irão destruir as relações familiares.

Para reforçar o efeito de distanciamento e inadaptação, não é concedida pela autora uma voz narrativa para a própria protagonista, tudo o que sabemos dela, além do nome, Yeonghye, tem como base o ponto de vista dos outros personagens nos três longos capítulos que compõem o livro: A vegetariana, A mancha mongólica e Árvores em chamas. Por exemplo, a primeira parte é inteiramente narrado pelo marido – com exceção de trechos de sonhos de Yeonghye que originaram a sua decisão de não comer mais carne –, contando com naturalidade os detalhes de uma relação doentia e sem autoestima de ambas as partes: "Acabei me casando porque ela não tinha nenhum charme especial, e também por não ter notado defeitos muito gritantes."

"Nunca tinha me ocorrido que minha esposa era uma pessoa especial até ela adotar o estilo de vida vegetariano. Para ser bem franco, não me senti atraído por ela na primeira vez em que a vi. Estatura mediana. O cabelo não era nem comprido nem curto. Tinha a pele levemente amarelada, as maçãs do rosto um pouco pronunciadas. Vestia-se de forma neutra, como se tivesse algum tipo de receio de se destacar. Calçando um par de sapatos pretos bastante sem graça, ela se aproximou da mesa em que eu a esperava. Não andava nem rápido nem devagar, sem firmeza, mas também sem muita fragilidade. / Acabei me casando porque ela não tinha nenhum charme especial, e também por não ter notado defeitos muito gritantes. Uma personalidade dessas, sem frescor brilhantismo ou refinamento, me deixava confortável. Não sentia necessidade de bancar o inteligente para conquistá-la e não precisava correr tentando não chegar atrasado aos nossos encontros. Tampouco sentia complexo de inferioridade ao me comparar com os típicos galãs dos catálogos de moda. Ganhei uma barriguinha já na segunda metade dos meus vinte anos. Meu corpo não desenvolvia massa magra nem mesmo com meus repetidos esforços de me exercitar. Até mesmo meu pênis pequeno, que costumava me deixar um tanto apreensivo, parou de me incomodar quando estava com ela." (p. 9) - Trecho da primeira parte - A vegetariana

Na segunda parte, a condução da narrativa é feita em terceira pessoa, mas sob o ponto de vista do cunhado de Yeonghye, um artista plástico dedicado à videoarte que se torna obcecado sexualmente pela cunhada depois de saber que ela ainda mantém uma marca de nascença típica de bebês, normalmente chamada de mancha mongólica e, aproveitando-se da sua condição fragilizada após isolar-se da família, a convence a participar de uma performance totalmente nua e com o corpo pintado por ele com motivos florais; a conclusão da primeira parte da filmagem o motiva a avançar para a conclusão do trabalho com um homem e uma mulher copulando com os corpos pintados de flores. A situação obviamente acaba fugindo de controle.

"Passaram-se dois verões desde que a cunhada cortara os pulsos na casa deles. Foi no almoço de aniversário da sogra, estavam todos reunidos, pouco depois de terem se mudado para um apartamento maior. A família de sua esposa sempre gostou muito de carne, mas a irmã mais nova tinha virado vegetariana de uma hora para outra e isso deixou todos desconfortáveis, a começar por seu sogro. Sua cunhada estava tão fraca que dava pena, por isso era compreensível que a família a criticasse. Mas o sogro, um ex-combatente na Guerra do Vietnã, esbofeteou a filha e ainda a fez comer carne à força. Foi uma cena tão absurda que era difícil acreditar que tinha mesmo acontecido. / O mais nítido e espantoso em sua memória, no entanto, era o grito que a cunhada soltou na ocasião. Depois de cuspir a carne, ela empunhou a faca de cortar frutas e lançou um olhar feroz a todos os membros da família. Seus olhos estavam esbugalhados e pareciam os de um animal encurralado." (pp. 66-7) - Trecho da segunda parte - A mancha mongólica

Na terceira e última parte, internada em uma clínica psiquiátrica sob os cuidados da irmã mais velha, apesar do escândalo devido aos vídeos gravados pelo seu marido, praticamente se completa a transformação de Yeonghye – e, talvez venha daí, a comparação dos críticos com Kafka –, de animal para um ser vegetal que não se alimenta nem se comunica com as outras pessoas. De fato, o vegetarianismo nesta obra vai muito além da conhecida prática de alimentação saudável, muito pelo contrário. Com a evolução do isolamento de Yeonghye e o gradativo abandono de qualquer alimento, ela persiste em um caminho sem volta de libertação.

"Agora ela visita a irmã todas as quartas-feiras para ver como ela evolui. Antes do desaparecimento de Yeonghye naquele dia chuvoso, ela fazia o trajeto uma vez por mês . Por aquele caminho , que ela percorria levando frutas, bolinhos de arroz, tofu recheado e coisas assim, raramente passavam pessoas ou carros, de modo que era muito silencioso. Quando enchia com comidas a mesa da sala de visitas, que ficava ao lado da seção administrativa, Yeonghye devorava tudo sem dizer nada, como se fosse uma criança fazendo a lição de casa. Passava a mão pelos cabelos da irmã pelos cabelos da irmã mais nova, colocando-os atrás da orelha, e Yeonghye levantava os olhos e chegava a esboçar um sorriso. Nesses momentos, até parecia estar curada. Será que não bastaria viver assim? Não seria possível que Yeonghye permanecesse ali, que falasse quando quisesse e não comesse carne , se não quisesse? Não seria suficiente que ela visitasse a irmã de vez em quando?" (p. 122) - Trecho da terceira parte - Árvores em chamas

Sobre a autora: Nascida na Coreia do Sul em 1970, Han Kang estudou literatura coreana na Universidade Yonsei. Tornou-se mundialmente conhecida após a publicação do seu romance "A vegetariana" em 2007, pelo qual, após sua tradução ao inglês, conquistou o Man Booker International Prize em 2016. Atualmente, Han Kang ensina escrita criativa no Universidade de Seul e escreve contos e novelas, além de realizar trabalhos de artes visuais.
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gabicss 07/01/2024

Why, is it such a bad thing to die?
"the feeling that she had never really lived in this world caught her by surprise. it was a fact. she had never lived. even as a child, as far back as she could remember, she had done nothing but endure. she had believed in her own inherent goodness, her humanity, and lived accordingly, never causing anyone harm. her devotion to doing things the right way had been unflagging, all her successes had depended on it, and she would have gone on like that indefinitely. she didn't understand why, but faced with those decaying buildings and straggling grasses, she was nothing but a child who had never lived."
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Eu.lendo 06/01/2024

Não é para mim
Primeiro gostaria de dizer que tudo escrito aqui é apenas uma opinião.
Este livro claramente, não faz parte dos gêneros que gosto de ler, achei torturante cada página lida, beirando ao desconforto.
Eu não me importava com os personagens, achando eles bem rasos. Essa família por inteira é louca e precisa ser internada para o bem da sociedade.
Algumas coisas foram só jogadas no ar, sem haver alguma explicação, me incomodando muito.
E havia cenas que eram grotescas, nesse livro, a autora sabia muito bem em como causar repúdio, achei meio desnecessário.
É isso... reforço que tudo isso é apenas minha opinião, estou aberta a entender outros pontos de vista sobre. Mas acho que ninguém pode negar, que é um livro estranho, e eu com certeza, não realizaria uma releitura.
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Eduardo 05/01/2024

Ruim do início ao fim
Estava a fim de ler algo da Coreia do Sul e me deparei com "A Vegetariana" sendo divulgado com um livro vencedor de prêmios, vários canais fazendo resenha dele e tudo mais.

Pois bem, a minha experiência foi decepcionante. Achei mal escrito, entendiante, eu não poderia me importar menos com os personagens. O livro é dividido em 3 partes, sendo a primeira a menos pior e a partir da segunda parte é só ladeira abaixo.

Com todo respeito à autora e aos leitores que gostaram do livro, eu não sou o dono da razão, mas não faço ideia dos motivos que levaram o livro a ter esse hype.
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Gisllany 04/01/2024

O que????
Me foi recomendado como um livro de "mulher maluca", e realmente nunca tinha lido um livro com personagens tão malucos igual a esse, e isso é completamente o meu estilo de livro
Amo livros assim com personagens complexos que não precisam ser entendidos para despertarem compaixão
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bella318 04/01/2024

Um bom livro, mas senti certa decepção
Sem sombra de dúvidas, é um livro muito bem feito, bem pensado (até certo ponto) e muito bem escrito.
a escrita do livro é muito boa, detalhista no ponto certo pra quem tem paciência (não é o meu caso)
a história por si só é meio indigerível, sem nexo e ao mesmo tempo faz sentido (?), coisas que eu gosto em livros
mas, mesmo assim, a decepção veio lá pela metade do livro, porque eu esperava mais. esperava bem mais.
o livro se iniciou muito envolvente, com uma história maluca e muito boa de entender, mas depois começou a perder justamente a parte de ser entendível. as ações dos personagens, a escrita, tudo se tornou maçante ao extremo.
o que realmente é foda nesse livro é questão dos problemas familiares, a questão de tudo que as personagens sofreram para que tudo aquilo acontecesse, e também o fato de culparem os problemas psiquiátricos dela (claramente ela tem esquizofrenia ou algo parecido) na questão do veganismo, sendo que é algo que totalmente tem suas raízes na infância dela.


possível spoiler: fico feliz genuinamente por ela não ter se tornado uma árvore de verdade, eu daria 3 estrelas se isso acontecesse KKKKKKKKKKKKKLL
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Shelly.Veiga 03/01/2024

Melhor leitura de 2023
Já faz alguns meses que terminei esse livro, e posso dizer que foi minha melhor leitura de 2023. Ele é agoniante e cativante, ao mesmo tempo que te faz virar noites lendo, te faz ficar sem ler por alguns dias para processar os acontecimentos.
Há muitas cenas chocantes demais e outras ordinárias demais, é uma leitura que aproxima o leitor, mas o coloca no lugar de estranheza. O final me deixou indignada, querendo por mais, mas ao mesmo tempo encerrou como deveria ser.
Recomendo essa leitura para quem gosta de mistérios psicológicos.
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Bela || ðð 03/01/2024

Bem maluco, mas vale a pena
Confesso que me perdi no meio da leitura por não saber o que estava acontecendo, mas depois de um tempo consegui compreender.

Você consegue ler rápido, a leitura é bem fácil, porém com temas pesados. Por mim eu estava tranquila com isso, já que sou uma obcecada por livros do gênero.

Indico para pessoas que gostam de enxergar o lado psicológico da história, e também pessoas que tem o estômago minimamente forte. Não é tão pesado, mas é sempre bom se preparar.

Valeu a pena ler, não me arrependo, me fez pensar.
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Isabela 01/01/2024

Não sei se o sentimento que o fim dessa leitura me trouxe foi mais de gostar ou de não gostar do livro, assim como a história, minha opinião sobre ela é bem confusa.
A trama é dividida em três partes e todas elas me trouxeram um incômodo diante dos fatos narrados. Tudo é bizarro e nojento, quase nada tem uma explicação muito explícita. Seguindo esse padrão, os personagens também são bastante tristes, protagonizam cenas absurdas que apesar de estranhas, me deixou curiosa pra saber até onde aquela história ia.
A loucura do livro foi um ponto positivo para mim, achei diferente e instigante, mas acho que não consegui absorver nem metade de tudo que a autora quis contar. Com certeza merece uma releitura.
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Carolina2454 31/12/2023

Provisório 8
Colocando aqui um textinho provisório só pra saber e aí amanhã eu vou reescrevendo conforme cada leitura que eu fiz. Esse é apenas para fins de registro pre 2024.
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