A Filha do Sangue

A Filha do Sangue Anne Bishop




Resenhas - A Filha do Sangue


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Elane.Magre 26/06/2021

Para mim não deu, principalmente um livro que incitiva a pedofilia, não sei porque a autora incitou isso. Para mim não deu.
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Karine 03/07/2018

Que livro foi esse!!!!!
Não posso deixar de escrever sobre o primeiro livro da trilogia Jóias. Quando resolvi iniciar pensei ? ah é só mais um livro de feitiçaria?, não podia estar mais enganada.

No início, confesso que a escrita me deixou um pouco perdida, não me senti introduzida no mundo do livro, como normalmente isso acontece. No início tem umas páginas explicando o que são cada classe da população, mas mesmo assim ainda fica difícil compreender exatamente o que está acontecendo, como por exemplo, ? eles fazem magia! mas eles usam as joias para conseguir fazer magias, e se eles não estiverem usando as joias, conseguem fazer magia?/ ou no livro diz muito sobre feiticeiras que foram quebradas, como é possível as quebrar, o que exatamente é feito com elas e em qual momento para conseguir isso de mulheres que seriam extremamente fortes?? Devo ter tido outras dúvidas, mas agora não consigo lembrar. Enfim, o mundo do livro é diferente desse, ainda não sei se eles usam charretes ou carros para se locomover ou se vão sempre andando até um portal... é um mundo governado por mulheres, porém essas o distorceram, por isso o livro é falado pela visão de várias pessoas que receberam a professia da chegada da Feiticeira, ela seria a rainha mais forte do que qualquer rainha já conhecida, mas em nenhum momento vemos a versão da principal, o livro é narrado principalmente por:
Senhor do inferno ( no livro ele é chamado de outra coisa muito grande), Daemon( filho dele), Lucivar ( filho dele tbm) . Ela esta com 7 anos no início do livro e termina após ela completar os 12 anos.


Digamos que é um livro forte em relação às coisas que são narradas e te surpreendem, por exemplo a ?raspagem? feita como entretenimento para mulheres da corte, e tem uma narrativa que se você se deixar ir pelas loucuras da história acaba se tornando envolvente e te fazendo querer ler o próximo!
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Nan ® 18/06/2019

Apesar de tudo, uma trilogia memorável
Esta resenha abrange minha posição quanto a trilogia, sem spoiler.
A verdade seja dita, "A Filha do Sangue", "A Herdeira das Sombras" e "A Rainha das Trevas", mesmo agora, ainda bagunçam meus sentidos e reflexões.

DOS PRINCÍPIOS DA LEITURA
Devido às obras de Martin, As Crônicas de Gelo e Fogo, ansiei mais sobre o gênero "dark fantasy"; cheguei, assim, à Trilogia das Joias Negras.
Meu pecado, reconheço, foi lê-la dispondo somente das obras de Martin na bagagem desse gênero; porque, quer queira quer não, quando folheia obras do mesmo gênero, tornar-se-á difícil não as espelhar. Em meu caso, Anne Bishop bateu de cara com Martin... o que talvez outro teria, Anne não decepcionou; contenta-me, portanto, essa escolha, se não fosse ela, teria sido outro, e Anne foi excelente... mesmo com uma crítica severa na presente resenha.
Caso esteja querendo começar a leitura, sucinto, recomendo. Mas saiba que o gênero não é para todos, previna e instrua-se, mesmo um adulto precisará estar preparado a questões pesadas; sobretudo quem chegar ao fim de A Filha do Sangue entenderá minhas palavras, na prática.

A TRILOGIA DAS JOIAS NEGRAS
A escrita é boa, a tradução é boa: digna de apreço.
Quando lê "dark fantasy", esperar-se-á o conteúdo “adulto” e, por consequência, mais desenvolvido e trabalhado. A princípio, a obra parecerá complexa (dado a questão das joias e a sociedade e as "magias diferentes": Viúva Negra, não a da Marvel!, a Arte, etc.), mas em menos de cem páginas identifica-se que não. Sinto que Anne Bishop abriu mão da trama e apostou tudo nos personagens e o mundo fantástico; e acertou a mão, os personagens, de uma forma ou de outra, valerão a obra.
(Vale dizer que Anne não abriu mão da trama, ou talvez nem seria publicada!, mas a trama não deu certo comigo. Logo, quem sabe dê certo com outra pessoa? Tal como os personagens estão sujeitos à mesma sentença, tão só esclarecendo.)
Entretanto, a trama deixa a desejar. Você sempre sabe quando "dará merda", você lê os finais a maioria das vezes até a metade da obra, é raso; há, devo pontuar, rasos piores por aí.
Não há lutas. Não há lutas. É sério, há lutas, mas não parece haver lutas. O "sistema de magias" parecia tão interessante, para resolver tudo duma maneira apenas. Você sabe, assim, como esses tipos de conflitos terminarão, e terminam sem que você sinta algo com isso, apenas os dedos virando as páginas e... fim. Amaria ter sentido algo durante esses conflitos...
Alto lá! Haverá um "conflito" e "trama" em que você sentirá algo durante a leitura, tal o desfecho de A Filha de Sangue (que, a meu ver, foi o melhor livro da trilogia). Cada um tem a sua forma de senti-lo, o meu foi revolta. Uma revolta sombria a que nunca sentira antes, independente de filme, série, livro, etc. Saberá como a obra terminará, e será "justificada" em A Herdeira das Sombras esse final (outro ponto de revolta!), mas ainda mexerá com você.
Particularmente, fiquei com uma ressaca literária tão forte que, além de ter feito, no Skoob, um histórico de leitura bem daqueles: "nunca mais lerei essa ‘bosta!’", parei de ler por quase dois meses... voltei só agora, e terminei a trilogia. Dado que amo o sentimento que um livro me concede, seja bom ou ruim, mas que faça sentir algo... nesse sentido não deixa a desejar. Estou repleto de obas que anseio ler aqui em casa, e nada mais entrou na minha cabeça... fiquei com A Filha do Sangue martelando até não aguentar mais e voltar a ler.
A principal razão disso, além de querer saber o fim da obra e o que acontecerá após o desfecho do primeiro volume, chama-se: Saetan, Jaenelle e Daemon. O que foi excelente, porque, agora que terminei a trilogia, risco Daemon e acrescento Lucivar, Karla (queria tanto que tivesse mais tempo nas páginas, impossível não gostar dela) e Surreal. Digo mais, dificilmente alguém terminará A Rainha das Trevas sem acrescer Surreal à sua lista de preferência; já Daemon... os arcos mais interessantes estão em A Filha do Sangue, depois... ainda haverá almas com interesse a respeito, não eu (as questões de Saetan e Daemon, na primeira obra, satisfizeram-me).

PONTOS FINAIS
Em geral, os personagens são muito bons e cativarão quem ler de alguma forma, cada um da sua forma.
Infelizmente a trama é fraca, nem nos dois últimos volumes impressionou muito, mas se sentirá compensado em algum ponto da obra. Li fluentemente, sem deixar o livro de lado porque estava chato ou qualquer outro motivo que imaginar. É uma leitura gostosa, apesar de tudo e ser questionável essa afirmação, dado os temas pesados...; em termos de leitura, flui e, portanto, agrada (parece melhor!).
A trilogia, pelo que me lembre, não deixou pontas soltas, ao menos todas que desejei saber, não ficou; o que fala muito a seu favor. Além de que a autora não pecou no desfecho; eu acredito que podia ter terminado do jeito que terminou, mas ela insistiu em inserir um “clichê” no final, que provavelmente não desagradará outros, eu não me senti desagradado, mas àquela altura já estava preparado para caso Anne decidisse me surpreender... esse é o mal de saber o final, espera que até aquilo te surpreenda... o que noutras situações estaria em lamentos e tormentos profundos.
Recomendo, sinceramente, a leitura, ainda que seja para tirar as suas conclusões. Acredito que A Trilogia das Joias Negras seja o tipo de obra que divide um público, quer devido a temas pesados quer devido a decepções no decorrer da jornada.
Apenas posso, portanto, falar pela minha experiência que não me arrependi de ter voltado e continuado; mesmo uma obra de trama fraca, poderá cativar com outras qualidades quando a autora sabe o que faz... e sou muito grato por aquele sentimento que tive, embora não seja um dos melhores pelo qual Anne deva se sentir elogiada!
“Beijinho, beijinho!” (Ah, como sentirei saudades, Karla!)

P.S. vale salientar que a classificação das joias “não pesará tanto”. Uma joia mais clara pode "pegar" alguém de joia mais escura “desprevenido” ou até em “combate direto” dependendo das “circunstâncias”, embora as diferenças ainda serão absurdas e sentirá um dedo divino aqui e ali. Então rezemos todos juntos para não perder quem ama!
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Laura 01/09/2020

Tudo tem um preço!
A filha do sangue, é uma leitura muito "interresante", dependendo do gosto de leitura claro!, pois não é "leve/fácil" e incita a sua curiosidade.

Antes de começar, somos apresentados para esse mundo das jóias que está intrinsecamente ligado a magia, muito curioso trazer para a história, as mulheres no poder a felicidade dura pouco, pois há muito abuso, ganância e por aí mais baixo...realmente trevas!

Contudo devemos levar em consideração, de certo modo cativa o leitor, a autora usa uma abordagem nada "ilusória", mostra o mais escuro e perverso as pessoas podem ser!...

Em síntese, uma ótima leitura apesar dos momentos difíceis, há muito mistério em volta da filha do sangue e esse "universo" que Anne bishop criou, às vezes das situações mais engraçadas para as mais complexas, os personagens são cativantes cada um com sua personalidade ao onde vai levar? Não sei, só sei que tudo tem seu preço...muito complicado ter várias pessoas narrando, mas legal ao mesmo tempo, infelizmente não vemos o pondo de vista da Jaenelle.
...
- Então, talvez os plebeus tenham razão. Talvez os Sangue sejam o mal.
Lucivar continuou a afagar a testa e as têmporas do homem.
- Não. Somos o que somos. Nem mais, nem menos. O bem e o mal existem em todos os povos. Atualmente, quem
domina é o mal que existe entre nós.
- E onde estão os bons entre nós? ? perguntou o homem, com sonolência.
Lucivar beijou-o na cabeça.
- Foram destruídos ou escravizados.
...
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Luiza.Thereza 19/06/2017

A Filha do Sangue
O mundo de A filha do Sangue é diferente de tudo o que já li até agora.

Nesse mundo, a magia é proveniente de Joias de Poder e a hierarquia é matriarcal. Àqueles que são atribuídas Joias, diz-se que pertence aos Sangue. Os machos, que, assim como as mulheres, podem, ou não, possuir uma Joia tem a função de proteger e servir às Rainhas, regentes do Sangue, coração da terra e centro moral do povo de seu território.

Houve um tempo em que o conceito de servir à sua Rainha era a gloria e honra de um macho. Mas a essência dos Sangue foi corrompida, e eles passaram a ser brutalizados desde a infância e a servir de escravos dos caprichos de Rainhas gananciosas e cruéis.

Séculos se seguiram à profecia. A Feiticeira passou a ser mais uma lenda entre tantas outras que povoavam a história da terra... Até que uma criança de cabelos dourados e travessos olhos azuis-safira perturbou a raiva e o clamor de Daemon SaDiabo, um Príncipe dos Senhores da Guerra. Raiva por terem feito o que fizeram a seu amado irmão, clamor por uma Rainha que respeitasse e acreditasse.

Em outra parte do mundo, no Inferno, para ser mais exata, um outro ser, mais antigo e mais poderoso que Daemon também aguardava, impelido por uma promessa feita séculos antes de esperar a filha de sua alma. O inferno não é um lugar para os vivos, mas uma garotinha brilhou no mundo escuro e Saetan SaDiabo viu diante de si a Feiticeira a quem esperava.

Jaenelle Angelline, doze anos, conhecida em muitos lugares (lugares demais não necessariamente localizados no mesmo plano) está no centro de tudo. A "Feiticeira", aquela que restaurará os Sangue ao que era, ao que nunca deveriam ter deixado de ser.

A narrativa começa complicada. Não complicada de difícil, mas complicada de confusa. Os nomes, títulos e a dinâmica do universo de Anne Bishop embaralham a mente e a linha da narrativa é difusa. Mas então todas as cenas aparentemente soltas se conectam a uma progressão e tudo passa a fazer sentido. E é genial, incrivelmente bem construído e sedutoramente viciante.

site: http://www.oslivrosdebela.com/2017/06/a-filha-do-sangue-anne-bishop.html
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LT 20/11/2018

Olá. Como vão? Espero que bem. Hoje nós vamos mergulhar em um mundo de fantasia e magia, onde você será guiado por três homens, em uma fascinante jornada que te levará a conhecer a feiticeira das feiticeiras, um poder sem precedentes, mas será que ela é quem eles esperam? Prontos? Vamos lá.

Uma feiticeira certa vez viu o futuro, um futuro que todos queriam negar, fugir. Presos em sua ganância, corrompidos e entretidos em seus joguinhos de poder, todos ignoraram quando a “feiticeira louca” previu sua ruína. Muitos ouviram a profecia, mas poucos entenderam seu significado e somente três homens aguardaram sua chegada. A profecia falava de uma feiticeira, não qualquer uma, mas a feiticeira, sua verdadeira rainha.

Saetan Daemon SaDiablo, senhor supremo do inferno, é temido a mesma proporção que é admirado por todos. Ele vive no inferno, que ao contrário da ideia geral que temos, não exatamente um lugar ruim. Somente é uma espécie de mundo inferior para onde todos vão depois de sua morte. Todos sem exceção. Sem muitas perspectivas ele segue sua “vida” até o dia que conhece a filha da sua alma, aquele que ele acompanharia e protegeria acima de tudo e todos.

Daemon Sadi é o príncipe dos senhores da guerra, temido pelo seu poder – que herdou de seu pai Saetan – ele foi criado para ser um “escravo sexual” e servir todas as mulheres da corte de Dorothea, rainha corrompida, mesmo que seu único desejo seja matar cada uma delas. Indo de corte em corte, ele foi apelidado de sádico, graças ao tratamento que dá as mulheres que é obrigado a servir. Por ser um escravo anelado – ter um anel de obediência em sua genitália que causa fortes dores caso ele se negue a obedecer, e sem poder chegar a um orgasmo nunca, somente dar prazer as mulheres – ele vai se tornando uma homem frustrado e amargo. Só existe uma coisa que torna sua vida mais suportável, aguardar pela feiticeira, sua verdadeira rainha, a única mulher que ele serviria com seu corpo e alma, sem qualquer restrição. Sendo seu amigo, seu companheiro, seu amante e o que quer que ela precise.

Lucivar Yaslana, também filho de Saetan, é igualmente poderoso e perigoso. Por ser ainda mais arredio que seu irmão ele foi levado para servir, também como escravo sexual, ainda mais longe do que Daemon, a uma feiticeira, que é muito cruel e não perde a oportunidade e puni-lo e tortura-lo por sua recusa em servi-la. Vivendo nas terras áridas de Pruul, ele sente falta de abrir suas asas e voar, como os outros de seu povo. E assim como seu pai e irmão, ele aguarda pelo dia que sua rainha surgirá e terminará com o reinado de crueldade de Dorothea e sua corte.

Esses três homens disposto a servir a rainha misteriosa da profecia, são surpreendidos, ao invés de se receber uma mulher madura e pronta para lutar, se deparam com uma menina de doze anos, com poderes assombrosos, mas ao mesmo tempo jovem demais para lutar contra o mal, que tenta a todo custo destruí-la antes mesmo que ela se revele como aquela que irá mudar tudo.

Saetan a vê como uma filha e sua pupila. Lucivar como uma irmãzinha a ser amada e protegida. Daemon fica dividido entre o sentimento conflitante que existe dentro dele, uma vez que ele esperava por uma mulher, e não uma menina. Os três iram arriscar sua vidas, sua posição e tudo o que tem para proteger Jaenelle de tudo e todos. Custe o que custar.

Com uma narrativa densa, um mundo cheio de nuances e personagens cinzas A filha do sangue, é um livro fascinante, cruel, violento, e ouso dizer que não para todos. O mundo primorosamente construído, onde a magia é definida pelas joias da mais clara a mais escura, sendo as mais claras as mais fracas e as mais escuras mais fortes, alguns conceitos são tão complexos, como as teias pelas quais os personagens viajam de um lugar a outro, ou o mundo distorcido e outros, que algumas vezes você precisa ler e reler até entender tudo direitinho. O que não tira o brilho da trama, ou a complexidade dos personagens.

Por se tratar de uma Dark Fantasy, um gênero que nem todos gostam, a leitura pode ser indigesta em certos pontos ao citar alguns temas polêmicos, como a violência extrema ou a pedofilia, mesmo não sendo nada muito gráfico, com longas cenas ou muito explicito, não recomendo que aqueles de estômago fraco ou com aversão aos temas citados leiam.

Mesmo com tudo citado acima, o livro me surpreendeu e me deixou fisgada do começo ao fim. Isso ocorreu em parte pelo mundo diferente de tudo aquilo que já vi e também pelos personagens complexos, cinzas e cheio de camadas, que os tornam de fácil identificação.

A filha do sangue me tirou da minha zona de conforto e me fez mergulhar em águas nunca antes desbravadas por mim. Então, se procura um livro diferente de tudo o que já leu, surpreendente e cativante certamente que esse livro é para você.

Resenhista: Jess Nascimento.
Jéssica do Nascimento.

site: http://livrosetalgroup.blogspot.com.br/
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TamiresCipriano 02/06/2014

#1- A filha do sangue
Erótico, emocionante, poder feminino e muito mais, só lendo para descobrir e viajar entre os três reinos: Terreille, Inferno e Kaeleer. Suspire também com Saetan, o senhor do inferno e seus filhos, Daemon e Lucivar.

Assim que fiquei sabendo de seu lançamento, me interessei e não pude ter escolhido um livro melhor do que A filha do Sangue.
Anne Bishop arrebentou a boca do balão, criou um universo que nem imaginava e me fez divagar para partes distantes e me apaixonar pela leitura.

Como disse no primeiro parágrafo, existem três reinos, assim como o livro é dividido em três partes.
Uma feiticeira virá e mudará muita coisa, um novo reino surgirá, novos tempos virão...

A sociedade é dividida em raças, existem os que estão em extinção, os mestiços e os que estão no topo, os SANGUE, sendo que um sangue deve possuir a joia negra, o último nível das joias. Lembrando que, quanto mais escura a joia, mais poder a pessoa tem.
A função dos sangue é proteger os reinos e servir as trevas.

Jaenelle é a grande feiticeira, ninguém na sociedade possui tanto poder como ela. Com a chegada da feiticeira o poder da rainha Dorothea é ameaçado. Quem ter a feiticeira sobre seu poder, controlará todo o reino, por isso que Saetan é seu tutor e protetor, para que ninguém mais possa usar esse grande poder de forma errada, como Dorothea, por exemplo.

"Era poder demais. Nem os Sangue estavam destinados a deter tal poder. Nem a feiticeira jamais controlara todo esse poder." Pág 53.

Jaenelle é uma criança de apenas 7 anos e tem como tutor o Saetan, senhor do inferno. Mais tarde ela acaba se envolvendo com seu filho, Daemon Sadi que é o escravo sexual de Dorothea, serve sua rainha e sua corte.

O sonho dos machos do sangue é ter uma rainha boa, "amiga", servir para uma rainha melhor, não uma maluca sádica como Dorothea, por isso tentam proteger Jaenelle a todo custo.

O livro foi confuso de início, demorei para me envolver e conseguir me acentuar com o enredo, mas depois que pega o ritmo e entende a "gostosura" que é este universo tão envolvente, não para mais.

O que me irritou foi saber que Jaenelle era muito forte e ao mesmo tempo fraca, que os machos Saetan, Daemon e Lucivar as vezes agiam como crianças e as coisas bobas... A autora tentou apimentar com muito erotismo e até o incesto, mas muitas vezes não conseguia.

A capa é linda, com detalhe impecável, as folhas são amarelas e fonte agradável, a autora ainda colocou a divisão das joias, da sociedade e falou dos principais personagens, ainda sim, de início, fiquei confusa.

Outra coisa que gostei, foram os bordões que a autora criou, ficaram demais, coisas como: Mãe noite ou fogo do inferno.

Enfim, por mais que tenha estas coisinhas bobinhas, o livro para mim é considerado ótimo e até um coração no skoob ele ganhou.
Para quem é fã de fantasia, eu indico, principalmente para as meninas.

Saiba mais no blog:

site: http://de-tudo-e-um-pouco.blogspot.com.br/2014/06/resenha-filha-do-sangue.html
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Adriana 04/05/2014

A Filha do Sangue - As Joias Negras - Livro 01 de Anne Bishop
Este é o primeiro livro da trilogia das Joias Negras e eu fiquei completamente encantada este mundo diferente, as joias, o poder adquirido conforme a cor das joias e tudo mais, porem se trata de um livro bem complexo, mas pode ler sem medo, pois a autora fez um trabalho fantástico e conforme vamos mergulhando neste novo mundo vamos entendendo melhor do que se trata.

Vou tentar explicar do melhor jeito possível, pois como eu já disse a historia é complexa e difícil de tudo que já li. Tem muitos personagens, de personalidades interessantes e bem diferentes. Divididos em reinos e mundos paralelos, entre senhores supremos, príncipes senhores da guerra, rainhas e princesas, senhoras, serviçais e escravos. Então o melhor jeito de entender a historia, é lendo o livro mesmo, mas vou tentar dar uma resumida.

Há um mundo composto de três reinos e cada reino é dividido em territórios, que são regidos por suas respectivas Rainhas. Neste mundo, as mulheres são as governantes e os homens são seus guardiões, segundo no comando e coisa e tal. As joias são adquiridas por direito de progenitura (nascimento), e depois se certa idade e treinamento, fazem a oferenda às trevas, e assim adquirem a joia "principal". Quanto mais escura é a joia, mais poder ela tem, sendo a joia negra a mais poderosa. E é muito raro alguém receber esta joia negra.

Os personagens tem idades elevada, mesmo tendo a aparência de jovens. Por isso, logo no inicio do livro uma feiticeira tem a visão de que, um dia a rainha virá, e que terá o poder de unir os territórios em guerra. Ela vai ser uma Rainha Negra, com mais poder do que alguém jamais viu. Ela será a rainha dos sonhos de quem tem, ao longo dos séculos esperavam para uma rainha justa para governar. Passados mais ou menos 700 anos, é que tem o surgimento desta rainha, uma menina que surge aos 7 anos pela primeira vez, e vamos acompanhando a sua evolução durante os anos. E quando ela completa 12 anos, Jeanelle, começa a mostrar que realmente é merecedora do destino que a aguarda.

O meu conselho para quem pretende ler o livro é "mantenha a mente aberta durante a leitura" as pessoas no livro são diferentes do mundo normal, todas possuem magia, uma pessoa com um poder maior, pode entrar na mente de outra pessoa pela teia do pensamento (geralmente através do sexo), e quebra-la desestruturando-a ou levando-a a destruição. Não tem cenas de sexo só insinuação de que algo aconteceu ou acontecerá. Porém, tem momento "estranhos" (mas acho que quem já leu ou conhece Game Off Thrones, pode se chocar, mas nem tanto), pois, como eu disse não mostra as vias de fato mas sabemos o que está acontecendo, tipo : incesto, pedofilia, assassinatos de crianças e outras coisas mais.

Os nossos "mocinhos" tem grande paixão e admiração por Jeanelle, mas a respeitam muito acima de tudo. Eles têm fortes sentimentos por Jaenelle, porque é o poder das Trevas nela que está convocando os machos para proteger e servir sua Rainha com devoção. E isso explica bastante e nos faz entender a diferença entre eles amarem sua futura rainha e estarem apaixonados por uma criança.

E as atitudes da menina também explicam os vários momentos em que eles terem vontade de esgana-la, afinal ela pode ser a futura rainha deles, mas ainda é uma adolescente, cheia de vontades e rebeldia e curiosidade, mas também cheia de bondade e ternura. Jeanelle possui um poder extraordinário, e apesar da facilidade que tem com as artes de magia mais difíceis e elaboradas, ela também tem muita dificuldade nas artes mais simples, e é ai que entra o Seatan, o Senhor Supremo do Inferno, orientador, protetor e um dos servos mais leais de Jeanelle.
Seatan, tem dois filhos bastardos Lucivar que infelizmente aparece pouco neste livro. e Deanon o Sádico, que é escravo e terá que lutar contra os seus próprios demônios, para proteger sua futura rainha, e isso não será uma tarefa nada fácil.

"O bem e o mal existem em todos os povos.
Atualmente, quem domina é o mal que existe entre nós."

Este é um livro onde as pessoas morrem e são mortas em mais de um sentido, as crianças são abusadas, os escravos são torturados independente de status ou cor de suas joias, o sexo é usado tanto como luxuria como para quebrar uma pessoa e muita coisa ficar obscura e sombria no decorrer do livro. Mas não deixe que nada disso seja um obstáculo para você ler este livro. É um história simplesmente diferente e sensacional... Um livro que nos transporta para fora de nossa realidade de conforto.


site: https://meupassatempoblablabla.blogspot.com.br
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Thaisa 09/05/2014

Uma fantasia sombria simplesmente épica!
A Filha do Sangue é um livro denso, complexo, mas é uma leitura fascinante. Um mundo completamente diferente de todas as fantasias que já li. Fazia tempo que não me sentia tão excitada lendo esse estilo literário! Apesar de me sentir um pouco perdida em alguns momentos pela quantidade de informações existentes, o enredo é extremamente envolvente e me prendeu até a última folha. A única coisa “ruim” desse livro é que ainda não foi publicado no Brasil a continuação.

Confira a resenha completa no link:

site: http://wp.me/p4pVjy-9N
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Cath´s 15/05/2014

Resenha A Filha do Sangue.
Anne Bishop conseguiu criar personagens profundos e um universo inteiramente novo, ao mesmo tempo em que deixou uma linguagem leve. Os outros livros que li da Saída de Emergência tem um linguajar mais complexo, que se você desvia a atenção um momento já tem que voltar e reler, em A Filha do Sangue isso não acontece, a história simplesmente flui.
O primeiro ponto a entender é a importância das joias, você pode receber uma por Direito de Progenitura e outra que pode ser três níveis acima da primeira. Os níveis são esses:
Branca, Amarela, Olho de Tigre, Rosa, Azul-Celeste, Violeta, Opala, Verde, Azul-Safira, Vermelha, Cinza, Cinza-Ébano e Negra.
Os Sangues deveriam ser protetores das Trevas, uma especie mágica e poderosa, mas desde que a Rainha Cassandra morreu tudo mudou drasticamente, Dorothea aos poucos foi tomando o poder e cada vez mais colocando em prática um reinado de terror, principalmente para os homens.
Há muitos anos é feita uma profecia que prevê a vinda de uma Feiticeira que governaria de forma correta.
Saetan é o Senhor Supremo do Inferno, muito poderoso, mas que deixou Hekatah, sua ex-esposa, tomando conta de tudo enquanto ficava em uma sala esperando a Feiticeira chegar.
Daemon e Lucivar são filhos ilegítimos de Saetan com mães diferentes. Daemon tem uma jóia negra, a mais poderosa, e é conhecido como o Sádico, é escravo sexual de Dorothea, ela o manda para varias rainhas, pois deixá-lo por perto é perigoso, não é a toa que ele tem esse apelido. Lucivar também é escravo sexual e Dorothea o enviou para Pruul, sabendo que enquanto tivesse poder sobre Lucivar teria poder sobre Daemon.
Então eu espero que estejam se indagando o porque Daemon sendo muito mais poderoso que Dorothea a obedece, e é aí que entra o Anel de Obediência, são anéis colocam nos pênis dos escravos sexuais, assim quem tiver o anel de controle, normalmente Dorothea + a feiticeira a quem estão a serviço, podem enviar ondas de dor diretamente para o membro.
Daemon acredita que pode se livrar do seu anel, mas como usariam seu irmão contra ele, não adiantaria de nada.
Quando enfim a Feiticeira chega não é como se esperava, Jaenelle tem sete anos e mais poder do que se lembram de alguém ter tido. Além de amigos incomuns, todos os lugares que ninguém se arriscaria a ir, Jaenelle vai e faz amigos.
Saetan começa a ensinar a Arte para Jaenelle, e assim se passam anos e a garota alcança seus doze anos.
Você deve estar pensando que falei muito sobre o decorrer do livro, mas isso é o básico, acontece muito no decorrer das páginas.
O livro começa com uma explicação sobre as jóias e sobre a hierarquia, que você não precisa decorar, pois vai aprendendo ao longo da história.
Embora Lucivar seja um personagem que apareceu muito pouco nesse livro, os momentos em que aparece me cativaram totalmente.
Daemon com sua história extremamente triste também me conquistou, mas foi aos poucos. Saetan ao contrário me deixou um pouco descontente, pois poderia ter evitado muito do que aconteceu a Lucivar e Daemon, mas preferiu agir de outra maneira.
Outro fato que devem entender é que Daemon dês que soube da Profecia considerava que a mulher certa seria a Feiticeira, então imaginem a surpresa quando se deparou com uma criança. Mas aprendeu a lidar bem com a situação e virou o que a Jaenelle precisava: um amigo.
Eu aviso que o livro não é uma leitura leve, é bem sombrio, teve partes que eu contava para o meu amigo que ficava: "Aiii!", sendo que quando terminei de ler ele me disse: "Não me conte mais nada!", pois eles estão vivendo em uma época que não é fácil, acontecem cenas mais fortes, como colocarem óleo de bacon no membro de um homem e largarem ratos para comer.
Ao mesmo tempo que o livro é forte, também demonstra sentimentos como amizade, bondade, proteção. Mas o livro começa e termina com uma importante lição: tudo tem o seu preço. E no decorrer do livro esse preço é varias vezes cobrado dos seus personagens.
A cada momento da leitura algo está acontecendo, é um livro que te captura a cada página, Anne não deixou cair o conteúdo em nenhum momento.
O que acredito que possa incomodar há alguns é a parte sexual, é uma obra que embora não use em nenhum momento palavras chulas está liganda a essa servidão que exigem dos personagens, o que pode também incomodar há outros é Daemon continuar apaixonado por Jaenelle mesmo ela sendo uma criança, eu não achei nada demais, pois ele não faz nada do estilo sexual com ela, mas há amou e esperou por anos e continua sentindo isso.
Pessoalmente, adorei a leitura, os personagens são complexos com várias nuances e a autora trás ingredientes importantes embora tristes que te capturam cada vez mais, seus sentimentos enquanto lê vão mudando junto com os dos personagens.
Quanto ao formato físico do livro, a Saída de Emergência Brasil continua focando forte, é muito lindo, tanto a parte exterior quando a interior, letras, papéis, diagramação, correção, tudo muito bem feito e com cuidado.

site: http://www.some-fantastic-books.com/2014/05/resenha-filha-do-sangue.html
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Bruna Britti 27/05/2014

***

Faz muito tempo desde a última vez em que li uma história de literatura de fantasia. Aproveitei um dos lançamentos da editora Saída de Emergência – uma vez que a sinopse de “A Filha do Sangue” se mostrou deveras interessante –, para tirar este atraso de quase seis anos sem tocar em algum título do gênero. Acho que não poderia ter escolhido livro melhor! “A Filha do Sangue” é uma história simplesmente encantadora que mergulha o leitor em um universo fantástico de esperança, sensualidade, magia e personagens magníficos.

Confesso que no começo fiquei perdida pela quantidade de termos e elementos que estruturam a história. A autora não introduz o leitor a este mundo particular, como se este já o conhecesse de antemão. Entretanto, em pouco tempo tomamos conhecimento de cada detalhe apresentado, e, a partir daí, a história é desmembrada em uma trama complexa porém extremamente cativante. Moldado a uma atmosfera depravada por ganância e luxúria, o enredo apresenta elementos densos como castração, abusos sexuais, tortura e pedofilia. Ao mesmo tempo, ao retratar a esperança, o amor e a amizade – além da premissa de um inquietante romance que, admito, me conquistou –, a narrativa rege em diversos momentos situações doces e jocosas. A Filha do Sangue fala, especialmente, da essência de um ser puro em meio ao mal e da esperança de um futuro melhor em vidas pra lá de sofríveis.

Explicar o enredo é uma tarefa complexa, pois a história é destrinchada em tantas facetas que eu não conseguiria passar nem a metade da grandiosidade desta obra. Em suma, trata-se da profecia sobre a vinda de uma poderosa Feiticeira cujo poder era maior do que qualquer outro. O que surpreende a muitos é que Jeanelle é uma garota de sete anos que mal sabe realizar a Arte básica, mas possui poder suficiente para destruir um reino. Caberá a Saetan – o Senhor Supremo do Inferno –, e seu filho Deamon – um escravo forçado a prestar serviços sexuais –, a guiá-la e instruí-la corretamente para que tanto poder não seja manipulado pelas pessoas erradas. Saetan e Deamon – dois personagens cativantes e peculiares –, constroem uma relação de amor, fidelidade e amizade com a pequena garotinha. É uma relação paterna de broncas e preocupações, bem como uma relação de amor que, algumas vezes, salta para algo maior e mais delicado.

Anne Bishop insere um reino de magia de rainhas depravadas, ligações psíquicas e jóias que determinam o poder dado a uma pessoa em uma narrativa ágil e extremamente prazerosa. A história é contada em terceira pessoa alternando na maior parte do tempo entre Deamon e Saetan. Os sentimentos apresentados no texto conduzem o leitor ao encontro de personagens reais e intensos, que demonstram o lado bom e o ruim de suas personalidades. Daemon, por exemplo, é um personagem frio, sádico e sofrível pela sua condição, mas é tocante vê-lo desabrochar para um rapaz sorridente que, ao lado de Jeanelle, volta a ser um adolescente de novo. Caí de amores por ele!

Muitas vezes o tipo de narrativa presente proporciona ao leitor um tom poético, de uma sensibilidade única. Leiam “A Filha do Sangue” de mente aberta, preparados para uma história original e maravilhosa. Um enredo que foge da mesmice sem deixar de trabalhar temas já conhecidos. Não vejo a hora de ler a continuação! Com toda certeza “A Filha do Sangue” entrou para os melhores livros lidos deste ano.

site: http://www.supremeromance.blogspot.com.br/2014/05/a-filha-do-sangue-anne-bishop.html
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Literatura 28/05/2014

Luxúria e poder corrompendo a inocência
Para mim, a boa fantasia não é aquela que começa com o clássico Era uma vez. É algo visceral, negro, sujo, escuro e prazeroso, onde a luz e a sombra são mostrados muitas vezes dentro dos seres humanos. E não adianta negar – todo mundo gosta disso. Mais do que fadas e duendes, vibramos com traições, intrigas, lutas por poder e a manipulação dos sentimentos que muitas vezes são bons – beirando em muitas ocasiões ao exagero – em algo forte, visceral e cruel.

Por isso Game of Thrones se tornou o sucesso que é. E por isso A filha de sangue, primeiro volume da Trilogia das Joias Negras, criado pela genial Anne Bishop, veio para ficar. Com o seu Mundo Distorcido, dominado por rainhas loucas e famigeradas, nos mostrou um universo novo e insano, forte como uma punhalada no escuro – ou uma carícia, dependendo do gosto do freguês – e capaz de deixar marcas indeléveis na mente do leitor.

Tudo começou com a cultura do Sangue, seres especiais detentores do poder capaz de proteger o Reino. Poder este que mostrou o melhor e o pior de todos os seus detentores, pois onde há bondade e amor, há também intriga e desejos implacáveis. Devido a isso, a missão primordial do Sangue perdeu-se entre os seus, esquecido, e o reino ficou nas mãos da traiçoeira e insolente rainha Dorothea, a mulher mais sem coração que eu já vi.

De acordo com as lendas, a cultura do Sangue só seria restaurada quando a Feiticeira surgir… A mais poderosa, com um poder capaz de salvar e destruir tudo o que era conhecido. E quando, finalmente, a profecia se realiza e revela que a mulher forte das lendas é apenas uma menina de 7 anos, Jaenelle… Tão facilmente de ser amada – ou manipulada. Tudo depende de quem estará ao lado dela nessa escalada.

A vida a coloca entre três homens. Três pessoas que desejam se tornar reis desta futura rainha – Saetan, o senhor Supremo do Inferno e seus dois filhos, Daemon e Lucivar, ambos escravos sexuais da fria rainha Dorothea.

Quem vocês acham que ganhará essa partida?

Que os jogos comecem!

Veja resenha completa no site:

site: http://www.literaturadecabeca.com.br/resenhas/resenha-a-filha-do-sangue-luxuria-e-poder-corrompendo-a-inocencia/#.U4aC5fldWAU
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PorEssasPáginas 01/06/2014

Resenha: A Filha do Sangue - Por Essas Páginas
Tendo lido anteriormente dois lançamentos da Saída de Emergência Brasil que não me agradaram: A Corte do Ar e O Clone de Cristo, confesso que eu estava bastante reticente quando a ler esse novo lançamento: A Filha do Sangue. Porém, mesmo assim, resolvi dar mais uma chance, já que a capa (e novamente, a edição muito bem trabalhada) e a sinopse me encantaram. E fico feliz em dizer que foi ótimo dar essa chance, pois esse livro – apesar de um pouco confuso no começo – é uma fantasia vibrante, sensual, com personagens densos e cativantes. A Filha do Sangue, de Anne Bishop, é um livro extremamente bem escrito e imersivo e, sim, você deve lê-lo.

O início da obra é bastante confuso; parece que você recebeu um convite para uma festa, mas o anfitrião não o deixa sentar – ainda. Fiquei perdida em meio a nomes e termos relativos ao mundo criado pela autora, mesmo com a ajuda das informações que existem no começo do livro: lista de personagens, explicações sobre as Joias e sobre as hierarquias entre as raças. Essas informações ajudam, mas ao mesmo tempo, também confundem; prefiro muito mais que as coisas sejam explicadas durante o desenvolvimento da obra. Felizmente, isso aconteceu ao longo das páginas do livro e agora posso dizer que sim, estou versada na Arte desse complexo e belo mundo criado por Anne Bishop.

Após algumas páginas, o leitor começa a entender a história e receber doses calculadas de conhecimento, como se estivesse sendo educado por um mestre. Existe essa raça, chamada de os Sangue, que tem poderes e usa Joias de diferentes cores que representam sua magia e poder. A menos poderosa é a Branca e a mais sombria e cheia de poder é a Negra. Logo no início do livro, conhecemos três Machos de Sangue - é um termo utilizado no livro – que serão os protagonistas e condutores da história: Saetan e Daemon, que utilizam a Negra, e Lucivar, que utiliza a Cinza-Ébano, apenas um grau menos poderoso que os outros dois.

“Implacável, quase sempre irreprimível até o esgotamento de todo o sentimento, a raiva fria não era abrandada pela dor ou pela fome ou pelo cansaço. Emergindo das profundezas, tornava o corpo que a abrigava insignificante.” Página 147

Apesar da sinopse intrigante, acredito que ela está equivocada quando diz que Saetan, Lucivar e Daemon são inimigos viscerais. Na verdade, eles são homens poderosos que tiveram seus destinos separados e dilacerados pela ação de mulheres perversas. Nesse livro é interessante acompanhar o jogo de poder, especialmente entre os homens e mulheres. É uma sociedade em níveis, regida pela ordem das raças, mas especialmente, pela ordem das Joias. Mas, ao mesmo tempo, é claramente uma sociedade matriarcal, na qual as mulheres detêm o comando; existem Feiticeiras, Viúvas-Negras e Rainhas, sendo estas as mais importantes. Mas isso não significa que os homens não tenham voz ou poder; pelo contrário, a luta de poder existe, bem como os jogos de sedução. Existem homens que são escravos de prazer, obrigados a servirem em cortes às mulheres, satisfazendo seus desejos sexuais (e alguns outros); mas existem também as mulheres que são prostitutas e as que são abusadas, e existe até mesmo uma perturbadora parte do livro onde é abordado o tema da pedofilia.

Não, não é um livro leve. É pesado. Denso e complexo, mas abordado de um jeito natural – natural, não leviano – no qual você até mesmo aceita que um homem de 1.700 anos possa sentir amor (amor puro, amor servil e amor carnal) por uma menina de 12. Acredite, não vai parecer horrendo, mas sim natural naquele universo. Mas, sim, há passagens brutais, e uma ou duas chegaram a me deixar horrorizada - horror mesmo - e isso me agradou, pois esperava um livro apenas de fantasia, mas encontrei também uma narrativa sombria, uma história soturna, que muitas vezes alça vôos ao terror, repleta de toques de sensualidade e erotismo.

Sim, há muito erotismo em A Filha do Sangue. Todo o livro é recheado dele e há algumas cenas verdadeiramente picantes, mas nenhuma delas é despropositada e podem acreditar quando digo que todas enriquecem a obra. Mas, ao mesmo tempo, também há cenas extremamente ternas, de amor paternal, maternal, fraternal, e cenas doces de amizade. É um livro cheio de sensações e sentimentos, um livro para ser lido, mas também sentido.

É até difícil falar dele: é um livro tão rico, tão complexo, que qualquer coisa parece pequena diante de sua grandiosidade. A verdadeira “Filha do Sangue” a que se remete o título é uma menina chamada Jaenelle, uma personagem extremamente bem escrita, e ao redor dela gira toda a trama. Ela é a próxima Rainha, a Feiticeira, destinada a governar todo o reino e detentora de uma magia tão poderosa que assusta até mesmo Saetan, que é o Senhor do Inferno. Há uma teia delicada emaranhada entre os personagens que culmina em Jaenelle. Ao mesmo tempo que ela precisa ser educada e protegida, ela também é a mais forte entre todos no livro, capaz de gerar amor e temor na mesma intensidade.

“Estando perto o suficiente para observar aqueles olhos azul-celestes transformando-se em azul-safiras, era difícil pensar que se tratava de uma criança, era difícil não sentir um arrepio de apreensão diante da inteligência aguçada e selvagem por baixo da superfície, que tirava às próprias conclusões sobre o mundo.” Página 231

A narrativa é realizada em terceira pessoa, alternando entre vários personagens, não se mantendo apenas no trio de personagens chave. Na realidade, a única que não narra em nenhum momento é a própria Jaenelle, o que é ainda mais intrigante a seu respeito. Apesar da confusão inicial, depois de algumas páginas a narrativa começa a fluir com naturalidade e prazer, conduzindo o leitor cada vez mais fundo na história e nos mistérios daquele universo. Uma outra personagem bastante interessante é Surreal, uma mulher com uma história profunda e com uma importância vital na história, mesmo que não se perceba logo de cara; mesmo assim, todas as cenas com ela são vibrantes e interessantes. Falei muito de personagens nessa resenha porque esse é um livro essencialmente de personagens: muito bem desenvolvidos, cativantes, vibrantes e extremamente reais, são as suas relações, seus dramas, que dominam a trama.

A edição é caprichosa, e a Saída de Emergência Brasil está de parabéns. A capa dispensa comentários, é bela por si só, mas ainda tem o adicional de possuir um corte que mostra a primeira orelha, com uma bela ilustração da Rainha. A contracapa também é muitíssimo bem feita, bem como as páginas internas; a diagramação e o papel são confortáveis e encontrei bem poucos erros de revisão.

Sei que me alonguei nessa resenha, que ela parece confusa em vários momentos, mas minha única defesa para isso é que essa é uma obra difícil de explicar; é um livro ótimo, mas é um livro que deve ser lido e sentido e, somente assim, é possível compreendê-lo, mesmo que ele ainda tenha curvas tão misteriosas quando o corpo de uma bela mulher. O livro fechou muito bem e deixou um gancho ótimo para a continuação; aliás, há um pequeno trecho do primeiro capítulo nessa edição para dar um gostinho ao leitor. Sombrio, forte, denso, fantástico e sensual, A Filha do Sangue definitivamente foi uma ótima leitura e estou curiosa para a continuação, A Herdeira da Sombras. Os livros parte de uma trilogia – e, para minha satisfação, isso é informado logo na capa. Parabéns, SdE! E que venham as continuações dessa incrível obra de Anne Bishop!

site: http://poressaspaginas.com/resenha-a-filha-do-sangue
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Lily 23/08/2014

Sombrio e atraente.
Quando comecei a ler tinha as expectativas mais variadas, tinham dito que o livro era difícil de ler, que o mundo era complexo de compreender, e que os pormenores na história eram pesados, e inadequados para um leitor acostumados a livros leves. Depois de apresenta-los a história, direi o que penso dela.

A história se passa num mundo onde há magia, O reino distorcido, as pessoas recebem pedras preciosas, quanto mais escura a pedra, mais poder seu portador tem. O mundo está dominado por feiticeiras, e os machos são seres subalternos, até os de nascimento mais nobre podem ser transformados em escravos sexuais. Que são mantidos na obediência por anéis colocados em seu sexo, controlados pelas suas donas, podem infligir dor assim que eles não fizerem o que é esperado por elas.
Nesse mundo há mais duas dimensões, o inferno, onde estão os mortos, e o senhor das trevas, Saetan, um dos protagonistas. E a dimensão psíquica de cada pessoa, onde ela pode se perder para sempre se se aventurar a ir muito fundo nela.
A história se passa basicamente entre Jaenelle, uma criança muito especial destinada a ser a feiticeira mais poderosa que o reino já viu, como havia sido profetizado 700 anos antes. Daemon, O sádico, filho do senhor das trevas, é um escravo sexual anelado, um homem frio por causa de tudo o que foi obrigado a viver como escravo, mas que no fundo guarda um bom coração para quem souber acessa-lo (Ele é meu favorito!). Lucivar, irmão de Daemon, um pouco menos poderoso que ele, também escravo anelado. E Saetan, o senhor das trevas. Os três homens assumem a missão de proteger a pequena feiticeira dos perigos de um mundo que, comparado ao nosso, não tem regras, e no qual muitas pessoas se veem ameaçadas pelo poder da menina.
Nessa sociedade vence quem tem a pedra mais escura. E inocentes não protegidos podem sofrer com situações difíceis de imaginar, estupro, incesto, pedofilia, sadismo, todas essas coisas são corriqueiras nesse mundo( Vamos combinar que o nosso mundo não é tão melhor assim nesse aspecto!).

Apesar de tratar de temas pesados, o livro consegue ter momentos leves e alegres, mas não se iluda, também há momentos sombrios e tensos. De fato não é uma história que vá agradar qualquer pessoa, quem espera doces romances, alguma personagem docemente idealizada, e finais felizes não deve ler A filha do sangue. Esse é um livro de personagens calejadas pela existência num mundo hostil, sobreviventes. Não pessoas totalmente boas, talvez nem as crianças o sejam. Mas para quem gosta de tramas onde as pessoas são psicologicamente realistas, essa é a história perfeita. Apesar de ser um livro de fantasia, quebra com o que é esperado para esse gênero de história.
Acho que o livro é menos denso do que eu esperava, gostei do modo como a autora descreve as coisas, é detalhista, mas é de uma qualidade que seduz você para o mundo que ela cria. Quanto aos detalhes da história, apesar de serem muitos também não achei difíceis de lembrar, acho por exemplo, que A guerra dos tronos, é uma história menos acessível que essa nesse sentido. De modo geral achei a história incrível, original, bem estruturada com um enredo muito denso e sombrio, mas que ao mesmo tempo é muito sedutor. Não recomendo a todos, mas recomendo!
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Laura Richelle 16/09/2014

Por fim, na boca um gostinho de quero mais
Demorou um pouco, mas finalmente cheguei ao fim de "A Filha do Sangue", confesso que esperava um pouco mais e em alguns pontos deixou a desejar, e o principal: "faltava um mapa" :x, não sei se é pelo meu vicio de ter mapas.

Bem no começo senti um pouco de dificuldade em ler, por ser uma historia complexa e ter uma enorme quantidade de informações, com o tempo você se acostuma com o mundo do livro e fica bom. Na verdade "bom" mesmo, só achei na terceira parte, já que antes disso não teve historia, ficou na trama do que a feiticeira poderá ser no futuro deles e mal saia disso.

Mas por fim acabei me apaixonando pelos personagens (e infelizmente me apaixonei pelo Lucivar, que mal aparece), gostei das cenas impactantes e fortes, gostei de ficar chocada, estava precisando disso.

Agora basta esperar pela "A Herdeira das Sombras", que a Saída de Emergência lance logo!
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