Les villes invisibles

Les villes invisibles Italo Calvino




Resenhas - As Cidades Invisíveis


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Laura 19/08/2022

Leitura intensa e reflexiva que exige um nível de atenção alto no processo. Acabei de ler com o sentimento de que preciso ler novamente pra absorver mais o que não consegui absorver nessa primeira leitura.
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Rodriguinho @literario.rojo 14/08/2022

“As suas cidades não existem. Talvez nunca tenham existido. Certamente não existirão nunca mais. Por que enganar-se com essas fábulas consulatórias ?”
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O viajante Marco Polo descreve de forma onírica as inúmeras cidades que visitou para o imperador Kublai Kan, o enredo desse fantástico livro se inicia dessa forma simples, mas através da leitura o autor te conduz para uma viagem filosófica reflexiva que após término da leitura você se permite revisitar uma das 55 cidades que Marco Polo descreve, e por quê eu digo isso ?
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As cidades de Italo Calvino deixa de ser um conceito geográfico para se tornar símbolos complexos e inesgotáveis da nossa existência, um livro todo filosófico onde temos uma relação afetiva com o espaço tanto de forma positiva quanto negativa e a noção que temos com o espaço e como nos projetamos com o meio e da forma que a cidade nos influencia e como podemos influenciá-la pela nossa presença inserida nesse espaço, através da visão do personagem Marco Polo pensamos sobre essas relações cidade pessoa.
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Um exemplo de um capítulo que me marcou foi da cidade de Zora.
“Zora, cidade que quem viu uma vez nunca mais consegue esquecer. Mas não porque deixe, como outras cidades memoráveis, uma imagem extraordinária nas recordações. Zora tem a propriedade de permanecer na memória ponto a ponto, na sucessão das ruas e das casas ao longo das ruas e das portas e janelas das casas, apesar de não demonstrar particular beleza ou raridade…Mas Zora foi esquecida pelo mundo, desfez-se e sumiu.”
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Martony.Demes 15/07/2022

São cidades ou são seus sentimentos! Que livro legal! Esse Ítalo Calvino é genial!!!

Uma jornada por várias cidades e que na verdade é uma jornada pela mente e que cada um vai entender de forma diferente cada cidade, como é de fato nossa imaginação!
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Viny 21/06/2022

Do que é feito uma cidade além do que está visível para quem nela anda? É sobre isso esse livro, sobre o que constrói uma cidade em seus habitantes e também naqueles que a visitam e que muitas vezes veem a cidade na qual vivemos com um olhar mais cheio de frescor e por um novo ângulo do qual somos incapazes de olhar.
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Anthony 08/06/2022

Viagens
Calvino nos convida olhar para lugares distantes e nos mostrar o que está perto, muitas vezes, dentro de nós.
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Marcio 07/06/2022

Imaginação é muito bonita
Parabéns a Ítalo Calvino, ao descrever, de forma poética, as cidades ao Khan, leitura muito válida. Diferente.
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Fernanda 27/05/2022

As cidades invisíveis Italo Calvino
Marco Polo conta a sua visão das cidades que visitou para o Khan. Acabamos viajando junto com Marco Polo conhecendo as cidades que ele visitou através dos relatos ao Khan. Em meio a muitas narrativas fantásticas, tentamos descobrir o que é real e o que é fantasia de Marco Polo.
Um livro bem interessante, porém achei um pouco cansativo, mas nada que comprometa a leitura.
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Miguel 23/05/2022

li para um trabalho da faculdade e acabei ficando apaixonado, virou um dos meus favoritos da vida!!!!
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livrosmortificados 10/05/2022

se o livro me deu crise existencial ele vai ser favoritado sim.
bom usando o um próprio trecho do livro

"Eu falo,falo [...] mas quem me ouve retém somente as palavras que deseja. [...] Quem comanda a narração não é a voz: é o ouvido."

a interpretação humana, fora o fato de Calvino querer nos passar que querendo ou não nos humanos ouvimos o que queremos ouvir, duas pessoas podem compreender e reagir de diferentes formas a mesma frase, ou até a mesma pessoa em momentos diferentes da vida, porém com esse trecho Calvino meio que nos "deixa" livres para interpretamos o livro de diversas maneiras, não tem certo ou errado, sendo assim essa resenha é somente minha opinião e interpretação do livro.
nesse livro temos os dois protagonistas Marco Polo e a Kublai Khan, o "enredo" do livro é basicamente o Marco Polo descrevendo as diversas cidades que ele visitou em missões diplomáticas para o Kublai Khan.
parece bem simples mas o legal desse livro é justamente o misterio, essa alegoria que o Calvino faz, a metafora da cidade, nos nunca sabemos do que o Marco Polo realmente está falando e tentar meio que desvendar isso é o que torna o livro foda porque nesse processo de tentar desvendar, nos fazemos reflexões sobre o mundo, o existencialismo, a convivência humana e outras muitas coisas.
as cidades que eu achei mais interessantes e que mais mexeram e me fizeram pensar foi: valdara, trade, ademais,otavia, procopia, leonina e argia.

as cidades e os olhos 1 - valdara

"As vezes o espelho aumenta o valor das coisas, às vezes anula. Nem tudo que parece valer acima do espelho resiste a si próprio refletido no espelho. As duas cidades gêmeas não são iguais, porque nada que acontece Valdrada é simétrico para cada face ou gesto, há uma face ou gesto correspondente em invertido ponto por ponto no espelho. As duas Valdradas vivem uma para outra, olhando-se nos olhos continuamente mas sem se amar."

acredito esse texto tenha sido o que mais me tocou literalmente um soco na minha cara.
a mesma pessoa em tempos diferentes pode se tornar duas? creio que sim.
se formos analisar essa mesma pessoa que se torna duas em tempos diferentes, pegarmos uma foto e olharmos é "igual", mas se formos a fundo e analisar gestos, falas, pensamentos é realmente igual? ninguém saí ileso do tempo, das experiências, estamos em constante mudança.
as vezes as pessoas mudam de "proposito" por opiniões alheias, para não se machucarem e outros diversos motivos, e essa "versao nova" que se tornaram as vezes odeia a  "a versão antiga", mas à questão é que sem a antiga não tem a nova.
não sei se deu pra entender meu pensamento mas é isso, esse livro é lindo e com certeza virou meu fav
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Beatriz 03/05/2022

O inferno não é algo que será...
Marco Polo está contando para Kubai Klahn sobre as cidades que ele visitou. E enqto ele descreve essas cidades a sua imaginação vai vendo elas, vê cidades suspensas por pontes, cidades de vidro, cidades duplicadas etc. É possível achar paralelismos com essas cidades com outras q conhecemos. É possível reconhecer nelas o caráter de seus moradores. É possível reconhecer o peso q eles carregam.
Enqto Marco Polo descreve essas cidades vemos muitas coisas e junto com Kubai Klahn vamos pensando sobre nosso mundo, nossa cidade e em nós mesmos.
Esse livro é maravilhoso! Nos impele a viajar em nossa imaginação, a sentir esses lugares.
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Nazrat 27/03/2022

Sobre paradoxos e descrições
Será que está cidade existe mesmo? Seria só uma nostalgia do viajante? Cada cidade tem uma personalidade própria? Interessantes os questionamentos propostos neste escrito. Este livro é um bom exercício para trabalhar polaridades. Em alguns pontos foi um tanto quanto cansativa a jornada, pela aparente repetição, mas é uma experiência única acompanhar a estrutura narrativa deste livro.
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Jhon 07/03/2022

a bela escrita do que se faz incapturável
Nesse começo de ano as cidades tão com tudo kkkkk. Coincidentemente enquanto lia Rua de mão única me deparei com As Cidades Invisíveis. De cara, confesso que subestimei Ítalo Calvino. Não achei que a leitura seria grande coisa e quebrei a cara, pois me encontrei com um livro incrível de lindo. A riqueza de temas que ele traz em tão curtos trechos é algo que não consigo entender. Achei que talvez fosse ficar superficial e corrido pelo formato fragmentado, mas o modo como ele escreve é tão bom que o que fica são justamente os pequenos detalhes. Dentre tantas cidades ali descritas em breves palavras, imagino que o que pega cada um é um detalhe diferente. E cada um destes importa. Cada pequena descrição dá corpo (problematizando) o que seria a meu ver a questão central da obra: como estamos vivemos; e o que a cidade tem a ver com isso?

Enquanto me aventurava no livro, essa pergunta voltava a mim. Afinal, como descrever uma cidade? Falar dela não é falar de nós e vice-versa? E mais: é possível falar dela em sua totalidade? Abarcando a vida que ali transborda? Capturando e a reduzindo à rua x ou às edificações y? Pensando nas peças soltas que Calvino traz em sua narrativa, penso que o aqui brota é simplesmente a impossibilidade em falar do citadino num lugar de enrijecimento. Afinal, nada mais desmanchável que a vida (e numa cidade é talvez disso que se trate seu cerne). Como então falar dela senão em termos imprecisos? Importa se o que Marco Polo descreve é verídico/verdade? O que seria verdade? A visibilidade ordinária? As descrições objetivas e "fiéis" do que está sendo visto?

Uma outra coisa que preciso falar é a escrita magnífica desse livro. Uma das leituras mais lindas que já fiz. Poucas vezes vi algo assim. Há uma sensibilidade tão singela em cada cidade inventada com o autor, que em suas tantas diversidades eu só conseguia pensar: quanta vida há aqui!!! Antes dessa leitura, se eu descrevesse a cidade onde moro, provavelmente faria isso em termos de nomear as ruas, principais áreas, talvez falar um pouco das pessoas; enfim, tentando me prender ao evidente e um tanto quanto duro. Nada mais distante do que Calvino faz aqui: é a escrita não-nomeável de cidades cuja força é incapturável. Numa temporalidade outra, os limites lineares são destroçados; se atravessam tempos distintos, até que não saibamos delimitar. É isso! A ausência de delimitação, de forma. O livro jorra, vaza, transborda. Não há forma aqui. Os sentidos possíveis de serem criados com essas histórias são infinitas. Como falar da cidade senão de modo a abrir-se a esse infinito?

Daí fui ficando triste pensando em como as cidades estão cada vez mais padronizadas. As ruas e seus espaços cada vez mais semelhantes. A diferença parece ser aniquilada em prol de um uno identificador. Onde estão as esquisitices e raridades? Cadê a vida meu pooooovo?

Em relação a como li, particularmente não consegui ler de modo linear. Fui intercalando entre os temas das cidades e os diálogos entre Marco Polo e o imperador eu li todo de uma vez. Pretendo pegar esse livro algumas vezes em diferentes jeitos por curiosidade (acho que uma mudança pode se dar aí).

E em um dos últimos parágrafos mais marcantes que já li, fiquei pensando no empobrecimento que estamos vivenciando no modo como nos relacionamos com a cidade. Estamos de tal forma distantes da vida desse espaço que as cidades têm-se tornado um verdadeiro "inferno dos vivos" nas palavras do Marco Polo. Aí o autor me joga uma bomba dessa: como fazer nesse inferno? Aceitar, pagar de doido e tornar-se uma parte dele? Ou buscar o que não é inferno nele mesmo, criando vida ali? Enfim, essa resenha tá cheia de pergunta pois tô com várias questões papocando aqui. Foi um livro lindo que pretendo ler muitas vezes. Ansioso para outras obras do autor: expectativas foram criadas.
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Nina 17/02/2022

Uma ode a imaginação
Calvino escreve um livro para ser todo um instigador da imaginação.

Cada uma das cidades contadas por Marco Polo nos faz viajar por lugares completamente desconhecidos.
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OgaiT 16/02/2022

A cidade, a memória e o tempo
Por meio de um longo diálogo entre o mercador Marco Polo e o Cã Kublai Khan, Italo Calvino, permite a construção de espaços fantásticos e muitas vezes futurísticos. Nesse romance, Calvino rompe com paradigmas de espaço, tempo e memória:
"Zora tem a propriedade de permanecer na memória ponto por ponto, na sucessão das ruas e das casas, apesar de não demonstrar particular beleza ou raridade. O seu segredo é o modo pelo qual o olhar percorre as figuras que se sucedem como uma partitura musical da qual não se pode modificar ou deslocar nenhuma nota. [...] Essa cidade que não se elimina da cabeça é como uma armadura ou um retículo em cujos espaços cada um pode colocar as coisas que deseja recordar: nomes de homens ilustres, virtudes, números, classificações vegetais e minerais, datas de batalhas, constelações, partes do discurso. Entre cada noção e cada ponto do itinerário pode-se estabelecer uma relação de afinidades ou de contrastes que sirva de evocação à memória." (p. 19-20, A cidade e a memória 4).
Nesse sentido, é válido destacar que essas cidades são descritas pela visão do mercador Marco Polo, visão essa passível de uma intervenção falha da memória, bem com a repetição de uma mesma cidade durante a suas descrições. Outro diálogo interessante entre o Cã e Marco, é aquele em que o mercador estabelece a comparação entre cidades como forma de descrevê-la:
"— Todas as vezes que descrevo uma cidade digo algo a respeito de Veneza
— Quando pergunto das outras cidades, quero que você me fale a respeito delas. E de Veneza quando pergunto a respeito de Veneza.
— Para distinguir as qualidades das outras cidades, devo partir de uma primeira que permanece implícita. No meu caso, trata-se de Veneza.
— Então você deveria começar a narração de suas viagens do ponto de partida, descrevendo Veneza inteira, ponto por ponto, sem omitir nenhuma das recordações que você tem dela.
[...]
— As margens da memória, uma vez fixadas com palavras, cancelam-se — disse Polo— Pode ser que eu tenha medo de repentinamente perder Veneza, se falar a respeito dela. Ou pode ser que, falando de outras cidades, já a tenha perdido pouco a pouco." (p. 82).

Considerando o título a obra, podemos entender que dentro de uma cidade, existem outras cidades que estão escondidas nos labirintos ou que estão à sombra dos pontos turísticos de determinada cidade. Sobre isso, o narrador afirma:
"As cidades também acreditam ser obra da mente ou do acaso, mas nem um nem o outro bastam para sustentar as suas muralhas. De uma cidade, não aproveitamos as suas sete ou setenta e sete maravilhas, mas a resposta que dá às nossas perguntas." (p. 44).

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