Blade Runner

Blade Runner Philip K. Dick




Resenhas - Androides Sonham Com Ovelhas Elétricas?


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Gustavo Simas 21/09/2016

As Aventuras de K.Dick no Mundo do LSD
Philip K. Dick desenvolve uma história de um caçador de androides (que se sustenta ganhando US$3000,00 pra cada androide que "aposenta") misturando ficção científica, teologia e filosofia. Questiona o que é ser humano, o que é estar vivo, o que é a realidade. Apresenta personagens marcantes:

*Rick Deckard: o caçador-homem-comum, com sua esposa depressiva, nunca nos revelando se ele é mesmo humano ou androide.
*Rachel Rosen: a androide garota, com falsas memórias de um passado inexistente.
*Roy Batty: o androide sonhador, líder de uma fuga dos "replicantes" (termo utilizado somente no grande filme-adaptação Blade Runner de Ridley Scott)

Philip nos entrega um livro instigante e movimentado, cobrindo apenas 1 dia da vida de Rick Deckard (assim como vários outros clássicos da literatura fizeram, como Ulysses, de James Joyce).
Mesmo assim, creio que há certos pontos que poderiam ser melhor acabados - como o arco de alguns personagens que se encerra subitamente...

Prós:

*Clássico da Ficção Científica
*Ficção / Teologia / Filosofia
*Questionamentos

Contras:

*Arcos de alguns personagens mal finalizados
*Alguns momentos cruciais são tratados com pressa




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Gabi 06/10/2016

Vale a leitura
PKD (novamente) me surpreendeu, e desta vez conseguiu me cativar até mais do que na leitura de "O homem do castelo alto". Não há muito o que dizer. É um livro maravilhoso e cheio de interpretações que dependem, em sua maioria, do leitor. A leitura flui super bem e a escrita do Dick é um fator que facilita isso.
E não posso deixar de comentar sobre os extras, acredito que a leitura deles é super válida e até chega a complementar a leitura. Estou ansiosa para ler mais livros do PKD!
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PuddingPop 05/12/2016

Sonhamos com que futuro?
O futuro de Philip K. Dick é pós apocalíptico. É caótico! O planeta está praticamente devastado, a maioria da população imigrou para as colônias espaciais. Mas temos uma parte dos habitantes que preferiram permanecer no ambiente inóspito que se tornou a terra, alguns por opção, outros por conveniência. Mas o que se extrai deste mundo futuro do Dick é simples e cristalino: todo avanço tecnológico não é capaz de sanar os conflitos internos do homem, aliás eles estão mais exacerbados. Blade Runner é um filme fantástico! Mesmo revisto hoje, quase trinta e cinco anos após o lançamento. Mas o Rick Deckard do livro é muito mais complexo que que o caçador de androide interpretado por Harrison Ford – isso não é uma crítica ao filme, simplesmente são linguagens diferentes – ele se questiona o tempo todo sobre o que se tornou e qual seu papel nesse extrato social. E o que mantém ele “respirando” é a paixão pela vida, representada pelos animais, que são caros e raríssimos. Para confortar a alma se faz uso de animais robóticos, como a ovelha elétrico do título, o que gera mais frustação ainda. Mais duas observações: primeiro, o livro foi lançado em 1968, quando a questão ecológica era coisa de “bicho grilo” alucinado, e Dick joga uma luz vermelha piscante no seu futuro acético – tem duas passagens de arrepiar envolvendo animais –; Segundo: não é por acaso que a trama se desenvolve na futurista São Francisco – no filme é Los Angeles -, a cidade da diversidade, a relação Homem x Androide traz muitas reflexões.
Trechos do livro:
Reergui você do mundo tumular agora mesmo e vou continuar a reerguê-lo até que perca o interesse e queira deixá-lo de lado. Mas você terá de parar de procurar por mim porque eu nunca vou parar de procurar por você.... Você é uma pessoa altamente moral. Eu não. Eu não julgo, sequer a mim mesmo.... Antes que eu me esqueça, tenho algo seu aqui. – Abriu os dedos. Em suas mãos descansava a aranha mutilada, mas agora com as pernas restauradas.
Uma paisagem de ervas daninhas o confrontou, uma desolação. O ar cheirada a flores acres; tudo era deserto, e não havia chuva.... Um homem parou diante dele, uma triste luz em seus olhos cansados, banhados de dor... - Sou seu amigo – o velho disse, - Mas você precisa continuar como se eu não existisse. Consegue entender isso? – Estendeu as mãos vazias.... Não – respondeu Rick. – Não entendo isso. Preciso de ajuda.... Como posso salvá-lo – disse o homem -, se não posso salvar a mim mesmo? – Sorriu. – Você não vê? Não há salvação.... Então, para que serve isso? – Perguntou Rick. – Pra que você serve? ... - Para mostrar que você não está sozinho. Estou aqui com você e sempre estarei. Vá e faça sua tarefa, mesmo que você saiba que é errado... você será requisitado a fazer coisas erradas não importa para onde vá – disse o velho. – É condição básica da vida, ser obrigado a violar a própria identidade. Em algum momento, toda criatura vivente deve fazer isso. É a sombra derradeira, o defeito da criação; é a maldição em curso, a maldição que alimenta toda vida. Em todo lugar do universo.

#AntiResenha
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Lamboglia (@estantedotibas) 25/07/2017

" - Esse teste que você quer aplicar em mim... (a voz dela, agora começava a voltar) já se submeteu a ele? - Já (Ele assentiu). Muito tempo atrás; quando comecei a trabalhar com o departamento. - Talvez seja uma memória falsa. Os androides não saem por aí com memórias falsas de vez em quando?".

Autor: Philip K. Dick
Ano: 2014
Páginas: 272
Ed: Aleph

Rick Deckard é um caçador de recompensas. Ao contrário da maioria da população que sobreviveu à guerra atômica, não emigrou para as colônias interplanetárias após a devastação da Terra.

Phillip K. Dick é a mente perturbadora por detrás desta obra que conta uma estória impressionante e que aborda questões filosóficas profundas sobre a natureza da vida, religião, tecnologia e da própria condição humana.
Uma estória sombria que vai fazer a cabeça ficar confusa a cada passagem sem saber realmente a verdade sobre tudo. Repleto de metáforas, segredos e mistérios "Androides Sonham com Ovelhas Elétricas", que deu origem ao filme "Blade Runner", de Ridley Scott e a continuação "Blade Runner 2049", de Denis Villeneuve é um clássico do gênero sci-fi distópico
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etsilvio 14/08/2017

Uma obra a parte. O filme é melhor.
Mesmo sabendo que o livro e o filme (no caso, Blade Runner) são obras separadas, esperava ter algumas referências do filme no livro que não fossem apenas nomes de personagens e algumas características físicas e/ou morais. Achei o livro meio chato e os personagens muito bidimensionais. Foi o segundo livro de Philip K. Dick que li, e o menos interessante até o momento. E como tenho ainda mais 6 livros dele espero que as coisas melhores...
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Miguel Silva 08/10/2017

Afinal, 'Androides sonham com ovelhas elétricas?'
Quem não tá familiarizado com a mente louca e psicodélica de Philip K. Dick vai achar o titulo estranho. Mas são questionamentos assim que englobam a obra que inspirou Ridley Scott a criar o filme Blade Runner de 1982. O livro se passa em futuro distópico e decadente após a 'Guerra Mundial Terminus', o que levou melhores de residentes da Terra migrarem para as colônias marcianas, deixando os que restaram com os seus destroços. Aqui acompanhamos Rick Deckard, um caçador de recompensas que sonha em trocar sua ovelha elétrica por um animal de verdade. Nesse futuro, a grande maioria dos animais foram extintos após a guerra, tornando esses seres quase sagrados. É dado a Deckard a missão de "aposentar" uma nova espécie de androides que migraram para Terra ilegalmente, e pode ser essa a oportunidade de conseguir seu animal de verdade. O livro e o filme tem suas diferenças. Alguns personagens foram excluídos como a esposa de Deckard; outros tiveram o nome alterado; e alguns questionamentos feitos por Dick no livro não foram tão aprofundados no filme. Mas são duas obras incríveis. O próprio Philip tava bem animado com o que vinha sendo produzido com o filme que infelizmente não pode ver finalizado. O autor faleceu 2 meses antes da estréia do filme. Vale tanto a leitura do livro, e também assistir ao filme, que ganhou sua sequência essa semana após mais de 30 anos. Eu dei 4 estrelas, só não dei 5 pq me incomodei um pouco com a narrativa em algumas partes, e não sabia se era o narrador ou a personagem falando. Não sei se isso era proposital ou não. Mas o livro é incrível mesmo assim!
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wendelwonka 11/10/2017

Necessário para todo fã de sci-fi
Sendo talvez o livro mais conhecido de Philip K. Dick, você certamente já viu, ou ouviu falar, do filme Blade Runner – O Caçador de Androides (1982), de Ridley Scott. O filme é baseado no livro e, quando digo baseado, é bem por aí mesmo, por conta das enormes diferenças, mas que ainda tornam as duas obras espetaculares.

Lançado em 1968, o livro se passa numa São Francisco pós-apocalíptica, onde a Terra está praticamente devastada após uma guerra global. A radiação fez com que a maioria das pessoas fosse incentivada a migrar para colônias fora da Terra, e pôs em extinção quase todos os animais do planeta. Então temos nosso protagonista, Rick Deckard, um caçador de recompensas que sonha em ter uma ovelha de verdade, e caça androides rebeldes para ganhar a vida.

Com uma pegada filosófica, onde o tempo todo entra em questionamento o que é ser humano e o que mais nos difere dos androides, a história corre de um modo mais dinâmico do que aparenta. Diferente de outras distopias onde o mundo e o meio são bastante explorados, temos aqui um livro onde o autor abusa do psicológico dos personagens. O tempo todo você fica com dúvidas sobre quem é humano ou androide, e se os androides merecem “viver” ou ser exterminados pelos humanos remanescentes na Terra. Sem falar no mercado de animais, que nada mais é que um meio de ostentação e prova de que você é uma pessoa de bem.

Com trechos que lembram bastante alguns conceitos do Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley, este livro de P. K. Dick te leva numa viagem pela sobrevivência de uns e pela busca de humanidade de outros.

Publicado pela Editora Aleph, o livro possui diversos extras, como uma carta de Dick aos produtores de Blade Runner, enaltecendo o filme e profetizando seu sucesso, a última entrevista concedida pelo autor e um posfácio escrito pelo jornalista, escritor e tradutor desta edição, Ronaldo Bressane. O livro vai completar 50 anos da primeira edição e a Aleph anunciou para outubro uma edição exclusiva com capa dura e diversas ilustrações assinadas por artistas nacionais e internacionais, dentre outros extras. Nesse mesmo mês (mais especificamente hoje), também acontece o lançamento de Blade Runner 2049 (2017), uma continuação do filme de 1982 com o retorno de Harrison Ford ao papel de Rick Deckard.

http://www.afronte.com.br/resenha-androides-sonham-ovelhas-eletricas/

site: http://www.afronte.com.br/resenha-androides-sonham-ovelhas-eletricas/
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Tatah 15/10/2017

"Ela tem seios que sorriem"
Ler esse livro, pra mim, foi ter uma experiência bipolar. Eu realmente fiquei fascinada pelo universo desse mundo de 1992, depois de uma guerra que fechou o céu com uma poeira radioativa, que praticamente eliminou a humanidade e os animais e fez a Terra se tornar um local desolado. Toda a filosofia e mitologia construída sobre os androides, o que são humanos, qual a linha de diferenciação e essa ideia que a empatia também pode ser forjada é muito interessante. E é ótimo também ver como o filme eliminou certos aspectos mais absurdos e construiu horrores um monte de conceitos que estão só nas entrelinhas desse universo (exceto o estupro - curiosamente, a cena de sexo do livro é realmente interessante e não um abuso sexual como no filme), enfim, é intrigante.

Mas ao mesmo tempo, se aparecia uma mulher na história, androide ou não, não dava pra suportar. Não tem como eu me interessar por Deckard quando seu caráter é misógino ao extremo, e não sendo só uma construção de personagem. Isidore também é misógino, os androides machos são misóginos, e o autor/narrador principalmente também é. Eu me incomodei horrores com as descrições psicológicas extensas de muitos personagens masculinos e SOMENTE, literalmente SOMENTE descrições físicas e muito focadas nos SEIOS das personagens femininas. Chega ao ridículo de, no meio de uma discussão filosófica entre os androides, no meio de uma fala feminina que pontuava algo crucial sobre o entendimento deles mesmos, o autor vir descrever que os seios dela eram empinados e subiam e desciam. Tipo, sério mermo? Isso me tirou totalmente da narrativa diversas vezes, me fez ficar com raiva, desiludida e destruiu meu aprofundamento na história.

É bizarro ver que um autor como Philp K. Dick consiga ter ideias tão futuristas e interessantes sobre a humanidade mas não consiga tratar uma personagem mulher com o mínimo de dignidade. Sofrido.
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Gramatura Alta 18/10/2017

Escrito em 1968, ANDROIDES SONHAM COM OVELHAS ELÉTRICAS, o primeiro livro de uma série de Philip K. Dick com títulos esdrúxulos, é um clássico e um marco na literatura de ficção-científica. Muitas de suas obras, além de influenciarem vários escritores, já foram adaptadas para o cinema, como BLADE RUNNER (baseado neste livro e sobre o qual falo mais para a frente), MINORITY REPORT, TOTAL RECALL, SCREAMERS, NEXT, entre outras.

ANDROIDES SONHAM COM OVELHAS ELÉTRICAS se passa em 2019, em um futuro distópico, onde o planeta está exaurido devido a guerras e quase todos os animais foram extintos e substituídos por réplicas mecânicas. Possuir uma dessas réplicas é questão de status, e as pessoas usam esses animais para se exibirem. Quanto mais raro o animal replicado, mais dinheiro ele custa. Também foram criados androides idênticos a seres humanos, que são usados em explorações espaciais e têm apenas quatro anos de vida, uma vez que os cientistas não conseguiram resolver um problema de regeneração celular. A única forma de diferenciar um desses androides de um ser humano, é através de um teste de empatia.

Rick Deckard é um caçador de androides rebeldes que tem a missão de destruí-los. Em uma das missões, precisa “aposentar” seis modelos do tipo NEXUS-6, que são quase perfeitos. Para isso, ele procura auxílio da empresa responsável pela criação desses androides e acaba conhecendo Rachael Rosen, que é uma androide desse mesmo modelo. Ele se apaixona e começa a ter uma crise existencialista.

A síntese de ANDROIDES SONHAM COM OVELHAS ELÉTRICAS é sobre isso mesmo, existência. Afinal, como podemos determinar a existência ou não existência de algo ou alguém? Uma das androides perseguidas por Deckard é uma cantora, e através de sua performance, ela demonstra ter sentimentos que deveriam ser inerentes apenas a seres humanos. Rachael possui uma forma de pensar e agir que determina que ela se importa com Deckard, com sua segurança e sua felicidade. Ambas são produtos de uma fábrica, mas elas existem, elas agem guiadas por moral e algo que sintetiza sentimentos. Qual a diferença para um ser humano que age da mesma forma, cujos sentimentos são resultados de reações químicas e elétricas? Somos superiores só porque ao invés de sermos criados em um laboratório, nascemos do ventre de uma mulher? Como determinar quem tem direitos de continuar vivendo ou não?

Em uma determinada parte, após Deckard matar um dos androides, ele se pergunta se foi certo privar o mundo daquilo que o androide ainda poderia criar. Como perseguir seres que compreendem o conceito de vida e que tentam se proteger da destruição como qualquer outro ser vivo? Essas questões fazem com que Deckard comece a duvidar da sua própria existência, se ela não seria mais semelhante à dos androides do que ele inicialmente imaginava.

Então, feita essa breve análise do livro, chegamos à sua adaptação para os cinemas, BLADE RUNNER. Ridley Scott fez várias modificações, mas manteve a essência da história. Deu um nome à profissão de Deckard, Blade Runner, e um nome ao gênero dos androides, Replicantes. Criou uma atmosfera na cidade onde se passa a trama que foi copiada por quase todos os filmes de ficção-científica nos anos seguintes: um local escuro, superpopuloso, de ruas estreitas, chuvoso, caótico, ofuscado por gigantescos painéis de propaganda.

Deckard não é casado, não tem animais artificiais de estimação e tem uma presença mais confiante que sua versão literária. Essa faceta é aprimorada pelo porte carismático de Harrison Ford, perfeito para o papel. Sua relação com Rachael é mais intensa, e ela não tem a aparência assexuada do livro, mas, sim, a de uma mulher lindíssima e de uma presença forte.

Mas em termos de personagem, nenhum foi mais modificado do que Roy, o líder dos replicantes fugitivos. No livro, ele é apático, burro e em momento algum representa um desafio para Deckard. Já no filme, tornou-se um dos personagens mais memoráveis que o cinema apresentou. Interpretado por Rutger Hauer, desde a primeira cena em que aparece, ele consegue convencer a plateia do quanto é inteligente e perigoso. É ele o dono da cena e da frase que ficou na memória como uma representação perfeita do desperdício de conhecimento com a inevitabilidade da morte, e que eu marco logo abaixo:

“Eu vi coisas que vocês não imaginariam. Naves de ataque em chamas ao largo de Órion. Eu vi raios-c brilharem na escuridão próximos ao Portão de Tannhäuser. Todos esses momentos se perderão no tempo, como lágrimas na chuva. Hora de morrer.”

Embora Deckard e Roy sejam antagonistas, o replicante tem como último gesto a comprovação de que ele valorizava a vida mais do que um ser humano. Todos nós desconhecemos o tempo que temos, por isso conseguimos sonhar com um futuro. Os replicantes só tinham quatro anos de vida e morriam. O desespero de Roy não era apenas em fugir, mas, também, encontrar uma forma de prolongar sua existência e a de seus companheiros. Tem sentimento mais humano do que a vontade de prolongar a vida e salvar quem você ama?

BLADE RUNNER foi um fracasso quando estreou. Isso aconteceu, principalmente, porque os produtores vendiam o filme como algo que não era. BLADE RUNNER não é um filme de ação, de perseguições ou de lutas, mas um filme de reflexão. Suas cenas extensas, sua música alta, que faz estremecer o corpo, quer provocar na plateia momentos de meditação sobre o que somos, quem somos e se temos consciência do que representa um ser vivo, que merece viver plenamente. Isso foi compreendido anos depois, quando o filme começou a ser vendido e alugado nas vídeo-locadoras. Finalmente aconteceu a compreensão do que ele representa, não apenas como obra cinematográfica, mas, principalmente, como uma história sobre representatividade, sobre diversidade, sobre tolerância, sobre compaixão e sobre o quanto desconhecemos do segredo de simplesmente existir.

Nós não terminamos de falar sobre BLADE RUNNER neste post. Semana que vem, sábado, voltamos com a crítica da continuação do filme, BLADE RUNNER 2049. Não percam!

site: http://www.gettub.com.br/2017/10/blade-runnerandroides-sonham-com.html
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Lucas 24/10/2017

O que diferencia um ser humano de um objeto (ou andróide)? De acordo com o livro de Philip K. Dick é a empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro, de se importar. Mas se traçarmos um paralelo com a realidade, não estamos nos tornando (nós, quanto sociedade) mais apáticos?? Estamos num processo de "bagulhificação", processo que dita que o lixo tende a se multiplicar, seja através do consumismo desenfreado, seja através da nossa perda da capacidade de se importar que resulta na perda de humanidade e nos transforma em objetos apáticos (bagulho).
Andróides sonham com ovelhas elétricas é um excelente livro para deixar aquela pulga atrás da orelha.
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Julinho 14/12/2017

Um futuro distópico, pós-guerra nuclear, em que carros voadores e animais sintéticos contrastam com uma poeira radioativa onipresente e regiões desertas de um vazio desolador.

A humanidade colonizou outros planetas às custas de mão-de-obra androide, que vez por outra, se revolta e foge para a Terra. Rick Deckard é um caçador de recompensas responsável por aposentar esse tipo de máquina humanoide.

LEITURA OBRIGATÓRIA PARA FÃS DE FIÇÃO CIENTÍFICA E DISTOPIAS!
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Douglas 17/12/2017

2049 / Blade Runner / Androides Sonham Com Ovelhas Elétricas?
Conheci a obra só depois de ter visto os filmes 'Blade Runner' e 'Blade Runner 2049' anteriormente. As divergências e similaridades dos temas debatidos nos dois filmes e na obra que lhes originou torna a experiência da leitura algo muito particular. Para quem conheceu o livro antes de assistir aos filmes, a experiência pode ter sido diferente, talvez até melhor, considerando a maravilhosa surpresa no diálogo que se tornou um dos mais importantes da história do cinema.

Este livro é sem dúvida uma obra atemporal, que perdurou por gerações e continuará ecoando na cultura, à medida que essas discussões deixam cada vez mais o campo filosófico e tornam-se questões éticas que confrontaremos num futuro bastante próximo.
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Adriano M Baumruck 01/07/2019

A busca pela condição humana em um futuro distópico.
Ao terminar de ler “Androides sonham com ovelhas elétricas?” (Editora Aleph, 2017), obra do escritor Philip K. Dick, nos deparamos com uma dúvida muito comum nos nossos dias atuais: qual o nosso prazo de validade? O que é real e o que é fabricado? É interessante pensarmos que tais questões já eram colocadas na década de 60 quando o livro foi originalmente fabricado (mais precisamente em 1968) e, o que faz com que o texto de Philip se torne cada vez mais atual.

A banda inglesa Radiohead na música Fake Plastic Tree desenvolve uma narrativa que se encaixam perfeitamente na obra em questão. O homem que faz a cirurgia nas garotas dos anos oitenta e a garota triste que mora com ele, presentes na letra de Thom Yorke fazem uma alusão ao relacionamento entre Rachel e Deckard, mas ela parecia mesmo real... Em seu livro, Philip K. Dick, ao esbarrar em um clima parecido com dos filmes noir da década de 1950, o autor filosofa sobre as questões da impermanência, utilizando-se do personagem protagonista para nos levar em uma jornada.

“Blade Runner”, subtítulo do livro em questão, é muito mais do que um simples romance policial. Ele é uma história sobre descoberta e de rememoração em que as dúvidas sobre o passado e a origem dos personagens consegue ir além das páginas. Com sua prosa simples, Dick nos convida para entrarmos em um mundo futurista onde a imensidão e o vazio são marcas fortes da sociedade. Toda a sociedade do livro parece ser dividida entre velho e novo, entre progresso e avanço, entre fabricado e orgânico. Essa dualidade faz com que as dúvidas sobre quem é quem sejam colocadas na mesa e, ajudando a construir um certo mistério que acompanhamos em parte do livro.

Ao longo de seus 22 capítulos somos comparsas de Deckard em sua busca aos replicantes e presenciamos o crescente pavor que essa ameaça gera em todas as pessoas.A caçada torna-se muito mais do que um feito policial, pois ela é a tentativa de sobreviver à um mundo tão dilacerado e inumano. Ela é a busca por uma razão e a tomada de consciência para o que está acontecendo tanto no mundo em que os humanos habitam, quanto dentro de cada um dos personagens, sendo eles reais ou não.

Eu sugiro que ao ler o livro, o leitor deixe-se levar sem pressa pelas páginas, aproveitando de uma prosa que possui um sabor próprio, lento mas muito interessante. As imagens que o autor desenvolve na obra requerem certo tempo de maturação e, ler esse livro em uma marcha mais lenta, talvez seja uma boa opção. Assim como os personagens possuem dúvidas sobre a existência, nós também as temos e, tentar encontrar um norte, ou uma pequena fagulha que esclareça todas as nossas dúvidas, é algo que faz com que o que está sendo mostrado no livro sirva também para nós e, que ajude a manter “Androides sonham com ovelhas elétricas?” como um livro fundamental para aqueles que gostam de ficção científica ou de um bom livro.
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Aline221 05/05/2024

Nhe
Esse aqui eu li pra um trabalho escolar, então já comecei meio na má vontade, no começo eu achei extremamente chato só queria desistir, porem com o foco de tirar um 10 na prova eu continuei lendo.

o livro fica bom lá pra pagina 80 por ai, e em geral a história até que é boa viu, o protagonista tem o trabalho de caçar os androides de uma lista, mas ele só tem suspeitas e tem que usar um teste de empatia antes, e durante essa caça ele mesmo começa a se questionar sobre o sistema que ele vive e o que ele está fazendo, o porque...?

porque ele começa a ter empatia pelos androides, inclusive se apaixona por uma, essa parte da duvida, medo e confusão foi trabalhada muito bem, o final achei mais ou menos, mas teve sim uma mensagem legal e condizente ao personagem.

oia até que no final a escola me obrigar a ler isso não foi tão ruim.
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Joao.Vitor 30/07/2019

Resenha - Androides Sonham Com Ovelhas Elétricas
Andróides Sonham Com Ovelhas Elétricas? Esse é primeiro questionamento ao qual você é confrontado logo com o título do livro, esse que é a inspiração para um filme que tenho muito apreço, Blade Runner, pelo motivo que tanto filme quanto livro traz questionamentos existencialistas de uma forma muito inteligente e impactante. No futuro de 2019 (o livro foi escrito em 1968), a Terra está tomada por radiação por conta de uma grande guerra, a parcela da população abastada emigrou para colônias como Marte, o resto se vê obrigado a permanecer onde estão, tendo como principal aspiração neste mundo desolado possuir um animal de verdade, já que boa parte deles foi extinto. O protagonista é Rick Deckard, um caçador de recompensas, que tem como tarefa "aposentar" seis andróides da linha Nexus - 6, sua versão mais avançada e inteligente; são perseguidos porque fugiram das colônias as quais foram exilados para assim tentar uma vida melhor na Terra, é a partir do começo da caçada de Deckard que Philip K. Dick desenvolve todas as nuances do mundo e personagens que criou. O protagonista começa a questionar a moralidade do seus atos e desenvolver algo proibido para sua profissão: ter empatia pelos andróides.

Ao final da leitura o livro continua a ocupar meus pensamentos, talvez seja isso que faça uma boa ficção científica.
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