Graffiti Moon

Graffiti Moon Cath Crowley




Resenhas - Graffiti Moon


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Bianca Viegas 02/02/2017

Resenha: Graffiti Moon
Graffiti Moon traz a história de Ed e Lucy, dois jovens que vivenciam uma noite de diversão, amor, amizade, amadurecimento e arte! O casal já se conhecia antes dessa noite, eles estudavam na mesma escola, faziam aula de artes juntos e foi ali que Ed convidou Lucy para sair. Porém o encontro tão esperado por ambos não saiu como planejado e o menino acabou com o nariz quebrado. Alguns dias depois, Ed abandona o colégio e eles não se veem mais.

Dois anos se passam e o ensino médio termina. Lucy e suas amigas, Jazz e Daisy, querem comemorar o fim da escola e é nessa noite que os protagonistas voltam a se encontrar, porque os amigos de Ed, Leo e Dylan, que também acabaram os estudos querem celebrar. Todos vão parar na mesma lanchonete e Jazz se interessa por Leo, para não deixar a amiga sozinha Lucy vai junto e acaba fazendo dupla com Ed, já que Daisy e Dylan são namorados.
Entre uma conversa e outra, se revela o interesse das meninas, em especial da Lucy, por conhecer o Sombra, rapaz que faz graffitis nos muros da cidade, e o Poeta, amigo do Sombra que escreve textos ao lado dos graffitis. A partir disso, as meninas propõem encontrar os graffiteiros, visto que Dylan conta que os meninos os conhecem. Contudo, os jovens artistas podem estar muito mais perto do que elas imaginam.

Graffiti Moon foi uma surpresa maravilhosa! Gostei muito do livro, nunca tinha lido uma história que se passasse na Austrália. Os personagens principais são ótimos, assim como os secundários. Achei-os bem construídos, seus problemas eram reais. Lucy e Ed são iguais e diferentes ao mesmo tempo, uma vez que têm personalidades parecidas, todavia suas vidas são bem distintas. Ed precisa trabalhar para ajudar sua mãe com as despesas da casa. Lucy mesmo tendo uma vida simples, não tem essa necessidade.

Mesmo o livro se passando em uma noite é possível conhecer de forma aprofundada a história e seus personagens. A autora soube fazer isso muito bem. Além disso, sua escrita é ótima! A capa do livro é bem bonita, representa perfeitamente a história, e não encontrei erros.

site: https://www.instagram.com/estantevioleta
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Iris Figueiredo 01/11/2016

Amor em grafite
Lucy está apaixonada. Mas ela nunca viu o cara, apenas sua arte. O Sombra é um grafiteiro que espalha seus desenhos pelos muros da cidade: pássaros, paisagens urbanas, pessoas... Lucy se apaixona a cada grafite e ela está determinada a encontrá-lo. Após seu último dia de aula no colégio, ela planeja com as amigas a forma perfeita de comemorar o fim de um ciclo: ir atrás do Sombra pela cidade para encontrá-lo, conversar com ele. Ela sabe que ele é o único que poderia amar.

No meio da sua jornada, ela encontra Ed - que uma vez a convidou para um encontro que acabou com ela socando o nariz dele. Só que o garoto concorda em ajudá-la a procurar pelo Sombra, mas o que Lucy não sabe é que o que sempre procurou estava ao lado dela.

Narrado por Lucy e Ed, "Graffiti Moon" é um romance que se passa em apenas uma noite. Entre os capítulos do casal principal, há alguns poemas escritos pelo Poeta, o colega de Sombra que escreve seus textos nos muros da cidade, para completar as imagens feitas pelo grafiteiro.

A narrativa de Cath Crowley é maravilhosa! Os diálogos entre Lucy e Ed são super espirituosos e, apesar da história se passar no espaço de tempo de apenas uma noite, você consegue conhecer bem todos os personagens e seus conflitos. É muito fácil se aproximar da história de Lucy e Ed, seus segredos e como eles são descobertos ao longo do texto.

Acho muito difícil conseguir criar um romance tão bem amarrado e com todos os personagens apresentados de uma forma tão boa, sendo que o enredo compreende apenas algumas horas. A autora conseguiu fazer isso com maestria, nos apresentando um romance que é emocionante e cheio de nuances, com dois protagonistas cativantes e uma história de amor que deixa a gente sorrindo no final.

Eu me apaixonei por "Graffiti Moon", um dos Young Adult mais legais que li este ano. É muito bom!

site: http://irisfigueiredo.com.br
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Paula Juliana 23/06/2016

Resenha: Graffiti Moon - Um artista, uma sonhadora, uma noite, um significado. O que mais importa? - Cath Crowley

''E todos os pássaros daquele muro caem do céu. Eu os vejo caindo de barriga para cima. Uma tempestade deles cobre o chão. Mais tarde, vou pintar o céu vazio e dos pássaros caídos. Vou pintar, e saber que pior que estar preso num jarro é não estar em lugar nenhum.''

Vai além de cativante.
Graffiti Moon foi uma leitura melancólica, uma história leve, ao mesmo tempo que forte, um lirismo impressionante, uma sensibilidade que comove e envolve o leitor.
Difícil descrever um enredo que se passa tão rápido, em uma só noite, que conta uma história tão profundamente, de um modo tão inteligente, tão artístico. O livro tem muito do que costumo chamar de literatura por literatura, aquele apego ao poético, as descrições emotivas, o lado sensível das palavras.

A autora Cath Crowley escreve o tipo de história que pode ser lido por todos e que acaba encantado a todo o tipo de leitor, tendo um apelo especial aos fãs das artes, dos livros, das gráficas, desenhos, trabalhos manuais, poesia. As descrições em si são pura arte. Um prazer ler, acompanhar, conhecer Lucy e Ed, entrar em uma aventura de uma noite com eles e seus amigos. Jovens, românticos, espíritos livres, em busca de algo mais. Em busca de se encontrarem, de declararem ao mundo suas verdades, suas imperfeiçoes, suas histórias.

Lucy é uma sonhadora. Uma romântica, mesmo tendo quebrado o nariz de seu primeiro encontro quando o menino passou a mão em sua bunda, pobre coitado esse, que não sabia que seus caminhos ainda iriam se cruzar novamente. Lucy está se formando, trabalha com Al, sonha em estudar arte, faz trabalhos em vidro, e está completamente obcecada pelo menino que se apelida de Sombra.

Sombra é Ed, um artista. Grafiteiro, um garoto em busca de si mesmo, mergulhado em seu mundo, saiu da escola por ''não saber escrever'', a forma de Ed se expressar é desenhando, com suas linhas e suas cores, seus pássaros, e seus tons de azul. Ed se esconde e Sombra conta tudo pelos seus muitos muros pintados pela cidade. Filho de uma mãe solteira, preso em um mundo onde não vê grandes possibilidades.

Engraçado como o enredo de Graffiti Moon é de certo modo simples de ser contado e ao mesmo tempo tão complexo, como seus personagens tão bem formados e com seus bons diálogos conseguem contar uma história completa, contar vidas entre idas e voltas, entre o presente momento de uma noite que é onde se passa e se fecha essa história.

Graffiti Moon é uma história bonita, é contada de uma forma muito lirica, de uma forma muito poética, cheia de metáforas e figuras de linhagens, é também triste por mostrar realidades tristes, histórias que podem e acontecem com pessoas de carne e ossos, e que são tão sensivelmente contadas entre figuras e palavras, entre os desenhos e cores de Ed, os vidros de Lucy, os poemas de Leo, nosso Poeta.

Graffiti Moon foi uma leitura que me deixou melancólica, me envolveu, me fez sorrir, e sonhar, admirei a beleza da escrita e a simplicidade e fortaleza da história, a capa é completamente coerente com o enredo e seus personagens. Arte e poesia de uma forma que nunca vi. Recomendadíssimo para os fãs de boa literatura e de obras ricas!

''- Onde é o incêndio, Lucy Dervish? - pergunta meu pai.
Em mim. Por dentro, estou pegando fogo. Concluo que tenho o bastante e posso oferecer um pouco ao Ed. Decolo sob o céu escuro que desbota e clareia, rosa. Devo algumas palavras ao Ed. Com você. Me importo com você.''

Paula Juliana

site: http://overdoselite.blogspot.com.br/2016/06/resenha-graffiti-moon-um-artista-uma.html
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Bela Lima 19/06/2016

Graffiti Moon é sobre uma aventura de um dia em busca do amor
Lucy tem um amor platônico por Sombra, um artista desconhecido que grafita pelas ruas da cidade, mas ela nunca o viu. Ele ou seu parceiro Poeta, que escreve poemas para os desenhos, mesmo que ela não ache que falem das mesmas coisas, sempre interpretando-o de uma maneira diferente.

Para comemorar a graduação no terceiro ano, Lucy sai com suas amigas Jazz e Daisy para se divertir, juntando-se com Ed, Leo e Dylan, ex-atual-namorado de Daisy. Dylan acaba revelado que conhece os dois artistas e todos decidem ir à procura deles, mas, enquanto quase todos querem apenas se divertir e flertar (vulgo Leo/Jazz e Dylan/Daisy), Lucy deseja realmente encontrar Sombra, aquele que seria seu verdadeiro amor.

“(...) você tem que ir a uma festa procurar um cara que você nunca vai achar. Um cara que existe na sua cabeça, não o que pintou esse muro. Não o cara que sou eu.”

Logo na sinopse, percebemos que Ed é o Sombra, além de que isso é confirmado nos primeiros capítulos, que são divididos entre Ed e Lucy, com alguns poemas do Poeta espalhados. Não apenas isso tornaria o livro clichê, como o fato de Ed e Lucy meio que não se darem bem. Ela o socou e quebrou seu nariz quando ele passou a mão na sua bunda no primeiro encontro deles. Contudo não achei o livro chato e nem batido, tudo foi muito bem descrito e com personagens bem louquinhos.

“É disso que gosto na arte, o que você vê às vezes diz mais sobre quem você é do que sobre o que está na parede”

Lucy é uma sonhadora, mas isso não a torna fraca. Ela é bem forte e decidida. Sua idealização sobre quem é Sombra, como ele é, é a única constância em sua vida, além da dedicação que se sente por soprar vidros, pois... Lucy não sabe o que pensar sobre seus pais juntos, mas separados; ela morando na casa e ele na garagem; contudo, independente de tudo isso, eles continuam a dizem que estão apaixonados e que não irão se separar.

Ed é bastante inteligente apesar de todos acharem o contrario, ele apenas pensa de um modo mais vivido e colorido do que outras pessoas. Não aguentando mais a pressão que a escola fazia, Ed desiste da escola no primeiro ano e começa a trabalhar numa loja de tinta que pertence a seu amigo Bert, grafitando as paredes no seu tempo livre, mas... Bert morreu e ele agora se vê demitido.

“Ouço as pessoas falando do que sentem quando pintam coisas em lugares proibidos. Leo diz que sente o medo o percorrer rápido por dentro, ir do coração para todas as partes do corpo. Eu desenho para jogar os meus pensamentos para fora. Eu desenho para ficar calmo por dentro.”

Dylan e Daisy são aquele casal que se amam, mas não querem admitir, muitas vezes agindo como se fossem crianças. Mas o casal que me conquistou, em segundo lugar, pois os protagonistas são maravilhosos, foi Leo e Jazz. (A autora bem que poderia fazer um livro sobre eles) Jazz é uma vidente louca que quer ser atriz e troca de namorado sem nenhuma dificuldade, enquanto Leo tem muitos problemas na família, mas continua sendo uma boa pessoa que escreve poemas que tocam a todos pela sinceridade.

“Lembre que
O amor
Envolve com os dedos o seu coração
E o segura
Submerso
Lembre-se disso
Quando a próxima garota sorrir”

Graffiti Moon é sobre uma aventura de um dia em busca do amor; que o romance de um dia pode ser real, pode ter um começo, um meio e, quem sabe, não ter um fim; que não importa como o amor inicie, ele não precisa acabar.

site: http://sougeeksim.blogspot.com/2016/06/resenha-graffiti-moon.html
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Carol 13/06/2016

Sobre um livro com temas profundos escrito na forma amorzinho
Pelas ruas da Austrália e com o grafite proibido vemos o lindo trabalho de "Sombra" e de "Poeta", dois artistas ilegais que descarregam todos os seus sentimentos, anseios e sonhos em muros da cidade.

Lucy ama a arte, vive a arte e seu maior sonho é conhecer esse tal de Sombra, que faz trabalhos que ela tanto admira, que sente o mundo de forma intensa, forma essa que ninguém mais sente, que a ama a arte tanto quanto ela.

O que a garota não imagina é que ela já conhece Sombra e que ele na verdade o Ed, uma pessoa da qual ela não gosta nadinha...
O que passa menos ainda na sua cabeça é que aquele cara que sente e que faz coisas lindas na verdade tem uma vida onde tudo parece dar errado, onde ele não acredita mais no futuro nem em seu potencial... Não estuda mais, desempregado desde que seu chefe (e seu melhor amigo) morreu e sobrevive graças a pequenos furtos. O grafite e a sua arte na verdade são a sua válvula de escape, a sua forma de mostrar todas as suas frustrações.

Até que numa noite eles e mais alguns amigos se encontram e Lucy está determinada a encontrar Sombra. Uma noite que pode mudar tudo. A noite que Ed mais teme. A noite que Lucy mais sonha...
Essa noite tão temida por Ed pode ser a hora que ele finalmente volte a enxergar a luz que há muito
tempo já não vê mais.

"Graffiti Moon" é um livro honesto!
Nele vemos diálogos profundos, intensos e francos. Vemos a importância que a arte tem em nossas vidas, a importância que vem das primeiras coisas, a importância do sentir. O livro também aborda a importância da família e de pessoas que te obriguem a enxergar o melhor que tem, mesmo quando você já não está mais disposto a abrir os olhos e enxergar por si só.

Ed é aquele personagem que você tem vontade de sair e dar um abraço, carregar no colo e levar para a casa. Lucy já é esperta, curiosa e cheia de sonhos, aquele tipo de garota que temos a certeza de que irá conseguir alcançar todos.

"Graffiti Moon" possui uma linda capa e aquela diagramação toda trabalhada na explicação, marca registrada da Editora Valentina.
Foi um livro que me ensinou muito e, principalmente, me ensinou a sentir.
Leitura leve, agradável, doce, inteligente e repleto de ensinamentos nele.

“Quase sempre, quando observo os trabalhos do Sombra e do Poeta, vejo algo diferente do que as palavras me dizem. É disso que gosto na arte, o que você vê às vezes diz mais sobre quem você é do que sobre o que está na parede. Olho para o grafite e penso que todo mundo guarda algum segredo, algo adormecido, como esse pássaro amarelo. ”

site: www.nossaressacaliteraria.blogspot.com.br
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Mayara 03/03/2016

Pura poesia
Lucy está olhando os pássaros. Eu a observo e tento imaginar o que ela está pensando. Sonhando com um cara que não existe, eu acho. Um cara com um oceano jorrando da lata de spray, palavras jorrando da boca, dizendo coisas que ela quer ouvir. Eu me pergunto como será o Sombra que ela imagina.

Que atire a primeira pedra quem nunca teve um amor platônico. A protagonista de Graffiti Moon, Lucy, também faz parte deste clube. O problema é que ela nunca sequer viu o rosto do ser amado. Apaixonou-se pelas ideias, sonhos, emoções e paixões expressas nos grafites que o autodenominado Sombra espalha pela cidade. Decidida, Lucy empreende uma busca pelo habilidoso grafiteiro ajudada por Ed – o cara em que ela deu um soco no nariz no primeiro (e último) encontro deles. O que ela não vai demorar a perceber, é que o que tanto procura está mais perto do que imagina. E pode não ser bem o que sonhava.

Lançado no Brasil pela Ed. Valentina, Graffiti Moon, de Cath Crowley é um romance juvenil delicioso. A estória pode parecer um tanto simplória, mas a narrativa é tão rica, tão poética e envolvente, que torna o livro único, especial. O estilo de escrita da autora é realmente maravilhoso, pura poesia.

E o meu cérebro desligou e as minhas mãos ligaram e eu fugi para o muro: pintei um fantasma preso numa garrafa. Dei um passo para trás, para olhar o fantasma, e percebi que o triste não era que ele estava ficando sem ar. O triste era ele ter ar suficiente para a vida toda naquele espaço tão pequeno. O que você estava pensando, fantasma? Se deixando aprisionar desse jeito?
Lucy é uma romântica incurável. Seu encontro com Ed deu mais errado por causa das altas expectativas que ela tinha, do que por causa do que ele fez. Ao mesmo tempo em que é uma sonhadora com alma de artista, ela é decidida e forte, sem se abalar pela opinião alheia. Com os pais juntos-mas-separados e o fim do colegial, o fascínio pelo Sombra é a única coisa constante em meio à tantas mudanças. O que ela não imagina é que seu porto seguro está tão perdido quanto ela.

Ed está cheio de problemas. Largou a escola, acabou de perder seu guia e um dos melhores amigos, foi demitido. Para ajudar a mãe a pagar o aluguel, cogita cruzar a linha do que é certo e errado. Sua via de escape é a arte, o grafite, por meio do qual, juntamente com Leo (que se autoproclama Poeta), extravasa a miscelânea de sentimentos que não cabe mais dentro de si.

O livro ora é contado do ponto de vista de Ed, ora de Lucy, com alguns poemas ocasionais do poeta. A leitura é rápida e agrada pela qualidade do texto (realmente me apaixonei pelo estilo poético da autora – o livro está cheio de marcações das minhas quotes preferidas). As conversas dos dois são ótimas e o ritmo da estória também. Uma ótima escolha para passar o tempo e animar o coração.
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Jessica599 08/02/2016

Lindo! Arte evapora das páginas!
Vocês não fazem noção do quanto esse livro se tornou especial pra mim. É simples; leve; intenso e acima de tudo - tem arte. Muita arte evaporando pelas páginas e entrando na mente do leitor em forma de palavras, puras e delicadas - como o amor que nasce entre os personagens.

"É disso que gosto na arte, o que você vê às vezes diz mais sobre quem você é do que sobre o que está na parede."

O livro já começa com Lucy correndo pelas ruas tentando chegar a tempo de encontrar o Sombra fazendo mais um de seus grafites nos muros da cidade. Foi por pouco! Por cinco minutos! Mas ela não é o tipo de garota que desiste facilmente.

"Tenho que chegar a tempo. Tenho que encontrar o Sombra. [...] O cara que pinta no escuro. Pinta pássaros presos em muros de tijolos, pessoas perdidas em florestas fantasmas. Caras com corações feitos de grama e garotas empurrando cortadores de grama. Por um artista que pinta essas coisas, eu poderia me apaixonar. Completamente."

A narrativa é intercalada entre Lucy, Sombra e Poeta - o melhor amigo do Sombra que grafita poemas. A cada capítulo conhecemos um pouco de cada um deles, seus dramas pessoas, o que os motiva a serem o que são e como são, o que a arte significa para cada um deles e como a arte os ajuda a fugir dos problemas. O Poeta tem problemas em casa, com os pais e passou a morar com a avó. O Sombra tem dislexia, não consegue entender as palavras, tem dificuldade em ler, largou a escola e tenta trabalhar para ajudar a mãe a pagar o aluguel. Já a Lucy convive com o drama de seus pais que estão casados, mas não dormem na mesma cama, nem vivem na mesma casa.

Sabe o que mais gostei no livro? É que ele é pura arte, é poesia e sentimento o tempo todo! As referências a grandes obras e renomados artistas é algo sensacional. Depois de ler, pesquisei sobre todos os artistas e relembrei tudo o que aprendi sobre eles (estudei na faculdade de Artes Visuais) e me encantei mais ainda pela história e pelo modo como a autora trabalhou os elementos artísticos visuais. Todas as imagens ganham vida, ganham cheiro e cor. Ganham forma real. O livro é muito, muito vivo.

Toda a história se passa em apenas uma noite. Seis adolescentes saem em busca de aventura. Seis histórias diferentes. Seis vidas diferentes. Seis corações em busca de amor.

"Lembre que
O amor
Envolve com os dedos o seu coração
E o segura
Submerso
Lembre-se disso
Quando a próxima garota sorrir."

Vencedor do Prime Minister’s Literary Award de ficção infanto-juvenil e o Ethel Turner Prize de literatura para jovens, Graffiti Moon me conquistou de uma forma profunda, e ao mesmo tempo, delicada. E eu garanto a vocês - que gostam de romance - que irão se encantar da mesma forma. É uma leitura que vale MUITO a pena e deixa a gente com saudade dos personagens. Com certeza, lerei outras vezes.

site: www.arosadoprincipe.blogspot.com.br
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Viviane L. 08/01/2016

Melhor livro de todos os tempos
A primeira vez que li a sinopse desse livro, lembro que o desejei mais que tudo no mundo. Acredito que uma das razões para a gente amar um livro pela sinopse é justamente por ela sugestivamente nos fazer prever alguma coisa, então esse tipo de previsão pode ser poderosa. E isso mexeu tanto comigo!
...

O primeiro capítulo começa com a Lucy correndo pela cidade perseguindo uma pista atrás do Sombra com a ajuda de Al, seu chefe, após ele avisar que o Sombra e o Poeta grafitavam o outro lado da rua onde ficava o seu estúdio, e onde, coincidentemente, Lucy passava parte do seu tempo manipulando vidros. Mas outra vez ela os perdeu! Foi por pouco, por 5 minutos exatamente. Ela quer encontrá-lo porque, convenhamos, a atração começa com a afinidade, assim como o interesse pela curiosidade. Então por ela amar arte, é claro que ficaria curiosa sobre o cara com sensibilidade o bastante para pintar todos aqueles grafites maravilhosos que tanto diziam sobre ela. O que a gente super entende, acontece sempre com os livros. O Sombra parecia alguém ideal para ela, que a entendia, alguém que ela poderia se apaixonar. Mas o Sombra que ela projetava era só uma idealização bem “pés nas alturas”. Ela o endeusava quando ele era apenas um adolescente de dezesseis anos com problemas, um cara que se ela encontrasse, quando encontrasse, não sentiria nada de mágico nele, não o enxergaria. E é essa a grande pegada desse livro.

"Tenho que chegar a tempo. Tenho que encontrar o Sombra. [...] O cara que pinta no escuro. Pinta pássaros presos em muros de tijolos, pessoas perdidas em florestas fantasmas. Caras com corações feitos de grama e garotas empurrando cortadores de grama. Por um artista que pinta essas coisas, eu poderia me apaixonar. Completamente. "

É um livro de narração intercalada em três personagens (Lucy, Ed e Poeta), então você descobre que os problemas deles podem muito bem ser o de qualquer pessoa. Lucy, por exemplo, seus pais têm problemas, e deve ser um saco vê-los brigando e dormindo separados. Mas ainda assim ela tem os dois, diferente do Ed que só tem a mãe morando num bairro podre, e que se revira para sustentar a casa sozinha. Mas pior ainda é o Leo, o Poeta, tadinho, que mora com a avó e tem um irmão muito querido e bonzinho, porém mexe com besteiras (só que a parte da narração dele é só poesia, por isso “poeta”). Quanto a esses dois últimos, a vida deles não é ruim porque não têm a presença constante dos pais. É angustiante porque eles vivem em um ambiente hostil, aqueles bairros com traficantes cuja juventude é propensa a ser surrupiada por falta de oportunidade, e você fica vigiando a vida deles enquanto eles estão tentando remar contra a maré. Ficar angustiada porque eles estão pensando em tomar o caminho mais fácil quando é o caminho por onde eles nunca deveriam ir.

O livro pode servir como instituição, instrumento, mas ele é mais do que isso. O grande erro nas resenhas críticas é não considerarem o público alvo. É tudo sobre eles. Por exemplo, nesse livro, o Ed, o outro protagonista, tem dislexia, que é quando a pessoa não consegue escrever, não porque ela não sabe, mas porque simplesmente não consegue. E ele é tão mal interpretado por isso! Então os docentes, os discentes, apenas pensam que ele não quer nada com a vida. É tão, tão ruim ver que esse livro tem uma média de avaliação tão baixa no Skoob (contraditório para os prêmios culturais que ele ganhou lá fora). Porque ele fala sobre um personagem marginalizado, especial, e que poderia ser qualquer um. Pessoas que carecem de inspiração não precisam de personagens perfeitos, precisam de um reflexo do que elas podem ser. Querem algo mais...

Mas ao contrário do que eu devo ter demonstrado, o livro é tão leve! A narração é tão poética, tem forma, tem cheiro e cor. Por um lado temos a Lucy com seus vidros, o Ed com seus grafites, o Leo com suas poesias. O drama nem existe de fato, ele é só um detalhe (o que não deixa o livro muito pesado); o foco mesmo é na aventura de uma noite quando esses três se encontram, aí junta as duas amigas da Lucy, com mais dois amigos do Ed (incluindo o Leo), e temos aí três casais envolvidos em uma noite muito bagunçada. É quando a gente descobre que Lucy e Ed já se conhecem! Sim, e tudo começa a ficar divertido, mais divertido a Lucy ficar comparando o tempo todo o Ed com o Sombra e ficar jogando isso na cara dele. Numa noite mesmo acontece tanta coisa. Lucy e Ed se unem para encontrarem o Sombra, enfrentam uma festa, a presença psicológica de uma ex-namorada, são perseguidos a noite toda por um bandido muito malvado, e quando finalmente são alcançados, eu fiquei muito, muito nervosa com o quanto nossos pombinhos estavam expostos ao perigo. E então tem o grande erro da noite, e essa foi a parte – e talvez da história dos livros – em que eu torci por um final que não fosse aquele.

"Enquanto a gente caminhava para o cinema, eu mencionei O Sol É para Todos. Ele fez um silêncio maior do que o silêncio que estávamos antes. E agarrou minha bunda.

— Merda — gritou ele quando lhe acertei uma cotovelada no rosto. — Merda, acho que você quebrou o meu nariz.
— Você não devia ter pegado na minha bunda. Não se faz isso num primeiro encontro. O Atticus Finch nunca faria isso.
— Você tem namorado e está saindo comigo? — berrou ele.
— Não!
— Então que porra de Atticus Finch é esse?
— É do livro que a gente está lendo na escola.
— E você vem falar de livros? Comigo aqui sangrando pela rua? Merda. Merda."

Esta resenha não tem pontos negativos a apresentar, apesar da possibilidade de algumas pessoas mais exigentes o acharem simples pela forma que é escrito ou pelo enredo. Mas vale considerar aquele efeito fixo que ele causa na gente e na sensação de estarmos assistindo a um filme Indie, e vale também dizer que não existe uma forma de arrepender de ler esse livro. De qualquer forma tenho certeza de que lhe servirá, seja como passatempo, pela história ou pelo casal - principalmente pelo casal. Escolhi justamente escrever essa resenha porque Graffiti Moon é uns dos meus livros favoritos, e estou indicando esse livro porque ele vale a pena ser lido. Porque ele tem algo a dizer.

Obs: E porque ele é super romântico.


site: http://estilhacandolivros.blogspot.com.br/2016/01/resenha-graffiti-moon-cath-crowley.html
Alana.Freitas 08/01/2016minha estante
ah, eu amei esee livro também!! *-*


Viviane L. 08/01/2016minha estante
ele é perfeitinho demais. Vi até sua resenha lá. Li a um bom tempo e só fiz resenha agora, mas nunca esqueci ele. *-*




Ana Caroline 29/10/2015

Graffiti Moon da autora Cath Crowley, foi um livro que eu demorei até decidir ler. Sempre que eu lia uma resenha ela era positiva, mas eu acreditava que seria muito infato-juvenil. Quer erro. Ao finalmente decidir ler Graffiti Moon eu descobri uma história linda e muito bem contada.

Lucy acaba de terminar o ensino médio e decide ter uma noite de aventura com suas duas únicas amigas. Na verdade ela não estava muito interessada, mas quando ela descobre que vai poder usar essa noite "selvagem" com suas amigas para descobrir quem grafiteiro Sombra toda a situação ganha um novo significado. Até mesmo passar a noite na companhia do Ed é aceitável se até o fim da noite ela conseguir finalmente conhecer esse artista que ganhou o seu coração com grafites nos muros da cidade.

Lucy está passando por momentos difíceis em casa, pois seus pais estão morando separados, a sua mãe fica na casa e o pai fica no quintal. Apesar de ambos negarem que estão se separando, essa é uma situação muito difícil para Lucy aceitar e compreender.

Ed vive uma vida muito difícil, filho de mãe solteira e com uma grande dificuldade em aprender ele sente-se excluído e perdido. Atualmente ele perdeu a namorada, por achar que não era bom o suficiente para ela. E para piorar, ainda perdeu um grande amigo e sua única referência masculina na vida e consequentemente também perdeu o emprego.

Se antes de tudo isso Ed já estava perdido, agora ele está perdido e desesperado. Sem emprego ele não consegue pagar o aluguel e se não pagar o aluguel onde ele e sua mãe vão morar? Ela vai ter que largar a escola de enfermagem para poder trabalhar em mais turnos no seu emprego e assim pagar o aluguel, mas Ed não está disposto a deixar isso acontecer. Em tempos difíceis tomamos medidas desesperadas e, por isso, ele decide se juntar ao seu amigo Leo em uma noite perigosa em busca de dinheiro.

Lucy e Ed, cada um tem um objetivo nesta noite, mas eles acabam se juntando e assim seus objetivos se misturam. Lucy buscando o Sombra e Ed buscando dinheiro. Juntos com eles temos mais dois casais de amigos, Leo e Jazz e Dylan e Daisy.

Seis adolescentes, seis histórias diferentes que se unem de uma maneira incrível. Cath Crowley criou personagem tão reais que você consegue sentir suas emoções e se imaginar na pele deles. Uma única noite, uma noite que deveria ser uma grande aventura se torna muito mais, torna-se uma noite de descobertas, de aprendizado e de aceitação.

Quando você conhece inicialmente esses seis personagem você tem uma ideia precipitada, como um pré-conceito. Você os idealiza só para depois a autora destruir todo esse conceito e mostrar como cada um deles tem uma personalidade profunda e um amadurecimento enorme para adolescentes.

Graffiti Moon é um livro que vai conquistar você de uma maneira tão profunda, mas ao mesmo tempo de uma forma tão delicada. Você nem percebe que se apaixonou pela história até o momento que ela acaba e você simplesmente quer mais. Não digo isso pedindo uma continuação, por favor, que não tenha continuação, pois algumas histórias devem ser contadas em apenas um livro e não prolongadas porque podem acabar perdendo sua essência e eu não quero que isso aconteça com este livro.

Se você, depois de ler esse meu relado apaixonado desta história ainda assim não quiser ler, então eu preciso dizer para você: Arrisque! Faça como eu, que não queria muito ler o livro, mas dei uma chance e conheci uma história incrível. Se eu pudesse, faria miniaturas destes personagens e os colocaria em garrafas para mantê-los comigo para sempre.

Obs: Somente quem leu o livro vai entender esse comentário sobre miniaturas e garrafas (estou tentando deixar vocês curiosos para assim vocês lerem o livro *-* espero que funcione).

site: http://livrosleituraseafins.blogspot.com.br/
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Lorrane Fortunato 09/09/2015

Resenha - Graffiti Moon / Dreams & Books
“E todos os pássaros daquele muro caem do céu. Eu os vejo caindo de barriga para cima. Uma tempestade deles cobre o chão.
Mais tarde, vou pintar o céu vazio e os pássaros caídos. Vou pintar, e saber que pior que estar preso num jarro é não estar em lugar nenhum.”

Se você só ler a sinopse de Graffiti Moon pode ter a errada impressão que ele é previsível e clichê. Na sinopse você consegue pescar muita coisa, mas, acredite, não é nem de longe o suficiente. Essa é somente a ponta do iceberg.

Comecei a ler GM em busca de uma leitura mais leve, pra poder aliviar . As minhas leituras anteriores tinham sido mais densas e complicadas e precisava respirar um pouco. Mas, não encontrei o que buscava no livro.

Não de uma forma negativa e sim, de uma muito positiva! Graffiti Moon é engraçado em muitas partes e bem leve. Ao mesmo tempo em que mostra uma realidade cruel. Joga na nossa cara uma história que poderia ser real. E que é a história de muitos jovens.

Com certeza você conhece pelo menos uma pessoa que abandonou a escola, que teve que trabalhar cedo, que fez escolhas erradas e etc. Isso não é algo exclusivo de livros. Muito pelo contrário, está a nossa volta. É uma realidade que nos cerca sempre.

E esse foi um dos pontos que mais me atraiu ao livro. A autora conseguiu passar uma bela mensagem sobre valores, escolhas e oportunidades, sem se tornar algo chato ou parecido a levar um belo sermão. Ao mesmo tempo em que, conseguiu fazer seus leitores refletirem sobre sonhos, medos, metas, ideais, etc.

“Lembre que
O amor
Envolve com os dedos o seu coração.
E o segura
Submerso.
Lembre-se disso
Quando a próxima garota sorrir.”

GM é um livro acima de tudo, sobre amor. Amor ao próximo, amor a família, amor entre amigos e também o amor romântico.
É tocante. Passa muitas emoções e sentimentos. É poético e com certeza, muito inspirador.

Passa uma mensagem tão positiva! Dá vontade de levantar e ir fazer algo para ajudar outros. Ter uma porcentagem de ajuda na mudança do mundo, para melhor. Terminei Graffiti Moon com lágrimas nos olhos e um sorriso no rosto.

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Ah, quem gosta de arte vai se apaixonar por esse livro! Falando em arte, essa edição, em si é uma obra de arte! A capa é lindíssima, as páginas são amareladas e as letras tem um ótimo tamanho. No começo de cada capítulo há uma mancha de tinta, com o nome do narrador. O livro é narrado pelo Poeta, pela Lucy e pelo Ed.

É um livro que, com certeza, eu recomendo muito! É uma daquelas leituras obrigatórias. Todos precisam ler, pra ter uma noção de quão incrível é! Com certeza, entrou para a minha lista de favoritos!

site: www.dreamsandbooks.com
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liilo 03/08/2015

Rápido, ritmo bom e com humor bom
Não esperava uma história legal. Porque histórias de faixa etária escolar têm chichés à beça. E, Graffiti Moon não fica nos rodeios.

A história se passa numa única noite. Cada capítulo é narrado por um personagem. Devo dizer que a mudança de um personagem ao próximo é incrível. Ótima. Divertida. Dá um ritmo fabuloso. Não tenho mais adjetivos.

O cenário é a Austrália, mas está mais para "o cenário é as pessoas e seus sentimentos que, Ed, Lucy, e outros comparam com obras de artes", várias de autoria australiana. Nas que são visuais, é possível ir atrás. Foi mais que válido, parar um pouco a leitura para checar as obras menciondas.

Os trabalhos feitos pelos personagens são bem criativos. E como ao descritos, nem te deixa perdido, nem te dá uma fotografia da coisa. O que foi ótimo.

Recomendo o livro :-)
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Everything but the books 22/07/2015

Qual o resultado da seguinte mistura: um artista grafiteiro, seu amigo poeta, uma garota artesã de vidros feitos à base de sopro, sua amiga maluquinha que se considera vidente, um renomado artesão de vidro, o gentil dono da loja de tinta, um pai mágico, uma mãe extremamente amorosa, um marginal violento, etc.? Um livro surpreendente e divertido.

Os protagonistas de Graffiti Moon são Ed e Lucy, mas em nenhum momento os personagens secundários são meros coadjuvantes. Os melhores momentos do livro, para mim, saíram da bagunça que todos adolescentes fizeram juntos, e foi muito bom poder gargalhar lendo o livro.

O mais interessante de tudo é que o livro narra, na maior parte, os acontecimentos de apenas uma noite. Mas essa fatídica noite será aquela na qual um casal se reencontra, outro é formado, outro quase desfeito, e os 03 casais terão um tempo bem curto para resolver suas pendências, e a pendência financeira de seu amigo junto a um marginal bem asqueroso.



Conheçam alguns dos personagens:

Núcleo Ed:

Ed: codinome Sombra, é um artista muito pobre, anônimo, muito talentoso, um amante do grafite e dotado de uma alma sofrida, mas não pálida. Sua arte, ainda não reconhecida no comércio, é utilizada para embelezar a via pública de Melbourne, Austrália, e dar forma e cor ao sofrimento de Ed.

A mãe de Ed: simplesmente maravilhosa, uma mulher corajosa, protetora, altruísta e sonhadora, que aos 15 anos engravidou e foi abandonada pelo pai de Ed, a quem ama de uma forma inenarrável.

Leo: amigo de Ed, também atua no anonimato com o codinome Poeta, e seus lindos versos ganham um destaque especial no livro. Igualmente pobre, acaba por contrair uma dívida de 500 dólares junto a um marginal perigoso, e tem a ideia, nada brilhante, de pagá-la assaltando o departamento da escola de arte, junto com seus amigos.

Dylan: o amigo atrapalhado de Ed, que tem a brilhante ideia de esquecer o aniversário da namorada, celebrar o fim do ensino médio jogando ovos na mesma, e gastar o dinheiro das férias que passaria com sua amada simplesmente comprando um Wii.



Núcleo Lucy:

Lucy: uma das personagens mais sonhadoras que já conheci, é uma artesã talentosa, apaixonada pela arte da confecção de vidros feitos à base de sopro. Com pais, digamos assim, alternativos, possui um amor platônico por Sombra (a quem persegue regularmente), uma bicicleta adaptada e seu respectivo capacete cor de rosa, e um soco de direita tal e qual as melhores boxeadoras femininas.

Jazz: amiga maluquinha de Lucy e protagonista dos momentos mais engraçados do livro, acredita ser uma poderosa vidente.

Daisy: a amiga que fecha o trio, tinha a intenção de apenas comemorar o fim do ensino médio com suas amigas, esquecer que seu namorado Dylan lhe havia atirado ovos, mas acaba envolvida na noite mais atrapalhada de sua vida.



Conheçam os casais:

Ed e Lucy: fofos demais!!! Ed já conhecia Lucy de um encontro em que ele acabou no Hospital, resultado de uma combinação bem simples: Ed apalpou o traseiro de Lucy e a garota lhe acertou um soco digno de orgulhar Muhammad Ali. O reencontro dos dois servirá para que Ed conheça a artista que se esconde na garota, e Lucy, além de ser perdoada por Ed, conheça o garoto sofrido e problemático que se esconde no artista.

Prepare-se para gargalhar na fase do livro em que Ed tenta subir na traseira da bicicleta adaptada de Lucy!

“Ela empurra os pedais de novo, com força.

-Você pesa uma tonelada.

– Quer que eu pedale?

– Eu preciso de impulso, só isso. Desça.

– Você é muito charmosa, deve ouvir isso sempre.

– Desça – repete ela. Vou pedalando e você corre atrás e pula na bicicleta.

– Muitos caras convidam você para sair uma segunda vez?

– Só os corajosos.”

Ah, um dos cadernos que Ed levava consigo, trazia vários desenhos feitos pelo seu falecido patrão, e que folheados sequencialmente pareciam criar vida. Esse tipo de arte é muito bonito:
Leo e Jazz: quem diria que um poeta sensível e sofrido iria encontrar uma garota divertida, uma vidente de trancinhas, viciada em balas e pirulitos, e realmente apaixonar-se?

“(Jazz)Tudo bem. Vamos ter que pular por cima da parede para sair daqui.

Jazz sobe no vaso, escala o porta-papel higiênico e se lança para o outro lado.

(Lucy) Impressionante – digo, e só então a gente escuta a Jazz cair no chão.

– Nem tanto – comenta Daisy.

Dylan e Daisy:o casal mais yin yang do livro. Dylan terá apenas uma noite para se redimir com Daisy, e ver esse garoto, estilo ogro, tentando descobrir a causa de tanta briga, foi hilário.

“Tenho um jeito especial de arrancar a verdade do Dylan.

– Qual? – pergunto.

– Um chute no saco.”



Senti falta de:

– Conhecer mais do mundo das artes e poder compreender as referências que a autora colocou no livro, os artistas, suas obras, e até o estilo de grafite de Ed.

– Uma fonte diferente no livro, que pudesse separar os momentos em que os personagens falavam do presente, dos momentos em que os personagens reportavam-se ao passado.



Resultado final do livro: escolha da obra, capa e tradução perfeitos, parabéns à Editora Valentina.

site: http://blogeverythingbutthebooks.com/2014/05/23/resenha-graffiti-moon-de-cath-crowley/
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Alana.Freitas 25/05/2015

Preciso confessar algo há muito bastante evidente: amo capas lindas. E preciso dizer que essa capa da Valentina para Graffiti Moon ficou lindíssima. Não posso julgar por capas, mas já não consigo evitar. As vezes fico com ressaca literária e isso me salva, as vezes. Porque tem uns livros por aí com capa linda e conteúdo bosta.

Anyway, agora vamos ao que interessa.
Graffiti Moon é um livro curtinho e bem escrito, li em um dia. A obra trata de Lucy, uma garota que “acha” que é apaixonada pelo grafiteiro auto intitulado Sombra. Ele é conhecido por deixar sua marca de pássaros e oceanos pelos muros da cidade. Ele escreve desenhando, mundos, sentimentos seus alívios e suas tristezas, a fuga . Ela estava aficionada pelo grafiteiro e juntos com suas amiga Jazz e Daisy tentará encontrá-lo.
“_ A gente acabou de se conhecer, então vou perguntar com delicadeza: você é doida?
– Só por curiosidade, o que você diria se a gente já fosse amiga há mais tempo?
– Ele pode ser um serial killer ou, pior, pode ser velho, Lucinha.
– Serial killers não são criativos.
– Assista Dexter e volte a falar comigo.”

Lucy quer desesperadamente conhecê-lo porque sente que ele entende de arte, ela sente e entende o que ele coloca nos muros. Ela quer conhecê-lo e vai embarcar numa aventura com Ed, o cara com quem ela havia saído há alguns anos e tido um encontro estranho. Edward deixou a escola no primeiro ano porque tinha dificuldade para ler e se achava incapaz de continuar.

A estória intercala poemas do Poeta, e a narrativa Lucy e Ed. Cada um trás um pouco de suas histórias ate chegarem ali. O livro é leve, interessante, bonito, e você sente vontade de rir e chorar. Eu simplesmente amei o Bert. Por alguns momentos senti vontade de chorar e senti uma falta enorme dele, uma saudade estranha por alguém que nunca vi . A vida do Ed era muito ferrada e eu torcia para que tudo desse certo. Ele precisava de alguém, de um emprego... De tudo!



“E todos os pássaros daquele muro caem do céu. Eu os vejo caindo de barriga para cima. Uma tempestade deles cobre o chão. Mais tarde, vou pintar o céu vazio e os pássaros caídos. Vou pintar, e saber que pior que estar preso num jarro é não estar em lugar nenhum.”

A narrativa se desenvolve sem problemas e traz reflexões sobre autoconhecimento, citações interessantes, muitos poemas e personagens agradáveis e amistosos. Realmente amei todos os personagens. Geralmente fico com um pé atrás por causa de alguém, mas nesse livro gostei de todos.
O que também achei legal e interessante é que tudo se passa em uma noite. Já escrevi um livro assim e achei o máximo.
Ed e Lucy entram numa busca para achar o Sombra e a cada hora juntos, eles passam a conhecer um ao outro de verdade. Eles passam a se enxergar e criar novas perspectivas. Nem um dos dois será o mesmo depois dessa noite.
Depois de um livro decepcionante (A joia) ainda bem que decidi ler este romance fofo e interessante genteee.
Obs.: Sem querer me ater a termos médicos, quando Ed disse que era ruim com as palavras acreditei que ele era disléxico. A autora não disse isso, mas foi nisso que acreditei.

site: http://piecesofalanagabriela.blogspot.com.br/2015/05/resenha-graffiti-moon-cath-crowley.html
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Clã 19/04/2015

Clã dos Livros - Graffiti Moon
"Só não se esqueça: pinturas também provam que os homens das cavernas existiram. O sombra pode não ser o cara que você está esperando."

Lucy ama arte e sonha com o dia no qual conhecerá o Sombra, grafiteiro super talentoso que pinta os muros da cidade. Ela terminou o ensino médio, e para comemorar, decide procurar por aquele que pode vir a ser o rapaz por quem vai se apaixonar. Afinal, ele tem uma sensibilidade impressionante, com certeza ama arte e tem muito assunto relacionado ao tema para conversar. Não é verdade?

"Quase sempre, quando observo os trabalhos do Sombra e do Poeta, vejo algo diferente do que as palavras me dizem. É disso que gosto na arte, o que você vê às vezes diz mais sobre quem você é do que sobre o que está na parede. Olho para o grafite e penso que todo mundo guarda um segredo, algo adormecido, como esse pássaro amarelo."

O último encontro da moça, foi um desastre. Ela saiu com Ed, um rapaz muito interessante que fazia seu sangue ferver, só ao se olharem, mas Lucy não poderia imaginar que ele seria um cara totalmente sem assunto e ainda por cima daria um super vacilo. É claro, algumas atitudes se pagam com um soco, bem no nariz. E foi isso que Lucy fez, quebrou o nariz de Ed e o deixou lá, sangrando.

Mas ela não esperava que justamente Ed, a última pessoa com quem gostaria de passar a noite, fosse se oferecer para levá-la pela cidade em uma busca pelo Sombra.

Nas idas e vindas dos dois pelas ruas escuras, coloridas com os grafites do Sombra e em alguns momentos perigosas, Lucy vai descobrir que Ed é muito mais interessante do que pareceu em seu primeiro encontro.

Ed é um rapaz inteligente, mas tem uma dificuldade com as letras, e isso, aliado ao fato de precisar ajudar sua mãe com as despesas, fez com que resolvesse abandonar a escola. Ele é um artista, mas por conta de suas dificuldades, sente que não tem um futuro promissor.

"Sinto que só da arte eu encontrei o jeito. Palavras, escola, eu nunca saquei a coisa toda. Eu ficava lá, sentado, tentando bloquear o som das cadeiras se arrastando ( ... )"

Durante as aulas de artes, ficou fascinado por Lucy, uma menina linda com uma pinta no pescoço que o atraía, até que um dia tomou coragem e convidou-a para sair. Mas o que parecia um encontro dos sonhos, terminou com muito sangue.

Quando tempos mais tarde, Lucy aparece junto do seu grupo de amigos dizendo que deseja conhecer o Sombra, Ed acaba se tornando seu guia, mesmo que a princípio tenha sido contra essa jornada.

Ele guarda um segredo, mas fica a cada momento mais disposto a revelá-lo para a moça tão estranha e fascinante que roda pela cidade ao seu lado.

Graffiti Moon é lindo. Lindo!
Uma história repleta de poesia e arte. Luz, cores, vida e angústias pintadas pelo Sombra aqui e ali.

"Suas palavras são imagens, e eu as pinto no muro da minha mente enquanto ela fala."

A autora foi de uma sensibilidade incrível ao construir os personagens. Se descobrindo e se construindo. Amadurecendo.

Os dois passam por algumas aventuras ao longo da história. Tristes, engraçadas, tensas e interessantes, como a vida dos jovens costuma ser.

Os protagonistas são ótimos e nos presenteiam com diálogos interessantíssimos, mas os personagens secundários, são quase protagonistas também. Todos os personagens são reais em seu comportamento tão jovem e muitas vezes imaturo. Engraçados e as vezes sofridos, vivendo dramas familiares e financeiros muito reais.

Os capítulos intercalam o ponto de vista de Lucy, Ed e o Poeta, nos deixando curtir todos eles, um pouquinho de cada vez.

Terminei a leitura com um sorrisinho bobo no rosto e acabei abraçando o livro. Sério! Abracei mesmo. Uma vontade louca de ficar com Lucy e Ed para mim.
Nem preciso dizer que amei, certo! Mas eu digo mesmo assim =) Amei e super recomendo!

site: http://cladoslivros.blogspot.com.br/2015/03/resenha-graffiti-moon-de-cath-crowley.html
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