Belleville

Belleville Felipe Colbert




Resenhas - Belleville


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Thaise 12/02/2020

Esse foi o meu primeiro contato com o autor, e gostei bastante do livro. A história me prendeu do começo ao fim. Estava louca para saber qual o desfecho que o autor ia dar para Anabelle, Lucius e Belleville. Só não dei as 5 estrelas porque achei o final muito corrido.
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Gramatura Alta 26/03/2015

http://gramaturaalta.com.br/2020/03/06/resenha-belleville-felipe-colbert-novo-conceito/
Lucius chega a Campos do Jordão para estudar na faculdade da cidade, uma das melhores do país, e se formar no curso de Matemática. Com a ajuda do pai, ele aluga um velho casarão arrendado em um leilão e cujo proprietário não tinha intensões de ocupá-lo num futuro próximo. Apesar de não precisar de tanto espaço, o valor do aluguel era irrisório.


Logo que chega, Lucius fica curioso com uma grande biblioteca que existe na casa e acaba, acidentalmente, encontrando a foto de uma linda moça ruiva, que segura uma caixa ao lado de um pequeno buraco feito na terra, bem ao lado de uma estaca de madeira. A foto data de 1964. Curioso, Lucius desbrava o enorme terreno atrás da casa e se surpreende ao se deparar com o início da construção de trilhos. Procura a estaca onde a moça estava quando tirou a foto e, ao cavar o local, descobre a caixa que ela segurava. Dentro da caixa, uma carta endereçada ao futuro morador do local, onde Anabelle, a moça da foto, descreve o sonho de seu falecido pai de construir uma montanha-russa no terreno da casa, a que deu o nome de Belleville.

Comovido, Lucius resolve também escrever sua carta reforçando o pedido. Guarda as duas folhas dentro da caixa e volta a enterrar. Cinquenta anos no passado, Anabelle desiste do intenção de deixar a carta enterrada. Para sua surpresa, ao abrir a caixa, depois de a retirar do buraco, encontra uma outra carta junto da sua, escrita por alguém chamado Lucius.

Esse é o início da obra criada por Felipe Colbert. Uma mistura de romance com viagem no tempo. Lucius e Anabelle se comunicam através das cartas enterradas no terreno, e os dois acabam se apaixonando, mesmo sem se conhecerem pessoalmente.

A primeira metade do livro é centrada no convencimento de que os dois realmente estão se comunicando através de um espaço temporal de cinquenta anos. As cartas que trocam são tocantes e engraçadas. Primeiro, a indignação de participarem de uma brincadeira de mau gosto; depois a curiosidade sobre a possiblidade de estarem vivendo algo fantástico; a constatação de que realmente os dois se comunicam através do tempo, e, finalmente, a descoberta de que a vida de Anabelle pode estar em perigo.

Isso porque, nessa metade do livro, o tio de Anabelle surge para reclamar a autoridade sobre a sobrinha e sobre a herança deixada pelo irmão. O homem é um monstro de maldade e transforma a vida de Anabelle em um inferno, direcionando a história para a urgência de Lucius evitar uma tragédia, mesmo estando cinquenta anos no futuro.

Lucius é um personagem obstinado, com as qualidades de quem abre mão de seu futuro acadêmico com o intuito de realizar o sonho do pai de uma garota que não conhece e que viveu cinquenta anos antes dele. Anabelle é corajosa e enfrenta seu destino nas mãos do tio com o tipo de força que compete a mulheres de fibra, mesmo tendo apenas 18 anos. Os dois encontram nas palavras de suas cartas, a força para abrirem mão de seus sonhos. Ou, como se descobre no fim, da possibilidade de destruírem suas vidas para a realização dos sonhos um do outro. E esse é o significado do verdadeiro amor: abstinência da própria segurança pela pessoa amada.

BELLEVILLE é uma leitura deliciosa, ingênua, romântica, despretensiosa, simples. Existem alguns defeitos, sim, como a narrativa, que é em primeira pessoa, feita por Lucius e Anabelle, e nem sempre em capítulos alternados. Não existe uma identificação no início do capítulo sobre quem está narrando, obrigando, às vezes, o leitor a passar por algumas linhas até conseguir descobrir se é Lucius ou Anabelle quem está contando a história. Outro problema, é que as cartas dos dois protagonistas estão em uma fonte que imita a letra humana. É bonito visualmente, mas torna a leitura cansativa, porque o leitor precisa tentar decifrar uma palavra ou outra devido à fonte.

A obra de Felipe Colbert não possui nenhuma real novidade se comparada a histórias semelhantes, mas a escrita é impecável e o romance dos dois protagonistas é comovente. Na segunda metade do livro, eu simplesmente não conseguia deixar de ler para descobrir o destino de Anabelle e Lucius. E isso só autores competentes conseguem transmitir através das palavras.

Descobri BELLEVILLE acidentalmente em uma bienal aqui de Belo Horizonte. Estava no stand da Leitura e vi em um canto uma pilha de livros com o desenho de uma ruiva na frente de uma montanha-russa. Pela sinopse envolver viagem no tempo, acabei comprando de curiosidade. Fora esse momento, e apesar de estar sempre à procura de novidades para ler, nunca vi nenhuma propaganda do livro, o que demonstra a constante falta de iniciativa na divulgação de obras nacionais de escritores iniciantes. Isso é uma pena.

site: http://gramaturaalta.com.br/2020/03/06/resenha-belleville-felipe-colbert-novo-conceito/
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Ceile.Dutra 03/04/2014

Mágico
Depois de perder a mãe e ser surpreendido com um problema de saúde do pai, Lucius se muda para Campos do Jordão para cursar matemática . Lá tem o melhor curso e, com o apoio financeiro do pai, ele aproveita o momento para desfazer amarras, mesmo que se preocupe muito com a saúde do "velho". Lá, ele encontra uma casa bem antiga, mas considerando o valor, estava ótimo. Depois de instalado, ele encontra uma fotografia de uma garota enterrando algo perto de um pilar - até onde ele vai e encontra uma caixa com uma carta. Nesta carta, a garota fala do sonho do pai dela, que não pode ser realizado, e pede para que o próximo morador dê continuidade: construir uma montanha-russa para sua pequena no quintal de casa. Trata-se de Belleville.

"O que eu não sabia, ainda, é que não era eu quem construía os trilhos. Eles já estavam lá, a minha espera."

Apesar de empolgado com o desafio, ele percebe que é impossível, deixando a missão para o próximo - reiterando o pedido inicial de Anabelle com outra carta. O que ele não esperava é que ela encontrasse o papel naquele mesmo lugar junto da dela - 50 anos antes. Inicia-se assim, uma troca de cartas entre os dois: desacreditados e achando serem alvos de algum desocupado. Como aquela garota achava estar em 1964? Como aquele cara era do futuro? Talvez essas coisas não tenham explicação, mas o que surge a seguir parece fazer parte deste encanto - amizade, paixão e amparo.

Não há outra palavra para definir minha sensação com este livro a não ser: encantada. Essa é, definitivamente, uma história mágica. Mas não daquelas em que os personagens são transformados de uma página pra outra, acreditam em tudo em que lhe vêm - definitivamente não. Lucius e Anabelle me acompanharam no estranhamento aos fatos. Gente, como assim você conversar por cartas com alguém que está no mesmo lugar que você, mas, hm... 50 anos antes?

"Eu precisava me expressar, manter aquele contato. Era o único refúgio para a vida solitária em que encontrava. Só que, dessa vez, deveria escrever de maneira mais objetiva. Apenas dessa forma a história pararia de rebobinar na minha cabeça."

Foi impossível não lembrar de A Casa do Lago (já assistiu? Um dos romances mais lindos que vi) onde os personagens moram na mesma casa, mas com um tempo de diferença (parece confuso, porque o tempo presente de um é passado para o outro) só que em Belleville temos uma diferença gritante - muitos anos, muitos costumes e problemas os separam. É sempre complicado trabalhar com esta questão de viagem no tempo, porque, bem, não existe uma explicação, né? Até as teorias me são absurdas. Então, é preciso estar aberto aos paradoxos.

O livro é narrado pelos dois personagens (Lucius e Anabelle) e as vozes são levemente diferentes. O autor teve o cuidado de inserir - sutilmente - expressões e palavras utilizadas em cada época (seja no nosso presente ou no passado), assim como lembrou de expressar a confusão dela ao se deparar com certos termos. Fiquei ansiosa pelas cartas - elas deram um charme muito especial ao livro.

"Todavia, o papel que tinha nas mãos agora era uma carta de esperança, não de desistência. E a fábula de nós três - Belleville, Lucius e eu - ainda demoraria para ter um final."

A única coisa que me causou estranheza foi, perto do início, Lucius falar que com Anabelle se sentia à vontade, poderia ser ele, mas me parecia que eles não tinham essa intimidade. Por outro lado, por não se conhecerem pessoalmente, eles puderam mostrar exatamente o que eram depois. Fiquei tão agoniada perto do final do livro que sonhei com a continuação da história! Estava muito tensa, sério! Eu sofri tanto por Anabelle que nem sei dizer.

Me remexi inquieta tantas vezes enquanto lia, porque eu sou taurina, extremamente pé no chão e o protagonista fez umas coisas que... meu Deus, eu jamais teria coragem, ainda mais se tratando de dinheiro! Eu nunca tomaria as atitudes que ele tomou (ou seja: eu jamais poderia viver algo parecido rs). Eu temia pelo que ele teria que enfrentar, quando a realidade se abatesse sobre ele. Mas isso é algo pessoal, né?

Ultimamente tem sido difícil eu dar 5 estrelas para um livro, mesmo que eu goste muito. Mas Belleville é tão perfeito que não consigo avaliar de outra forma. Ambientes vívidos, história linda e apaixonante. Mais do que indicado.


site: www.estejali.com
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Gustavo Araujo 13/01/2015

Sessão da Tarde
Lucius e Anabelle são dois jovens que vivem em Campos do Jordão, na mesma casa, todavia separados por exatos cinquenta anos no tempo. Apaixonam-se depois de uma improvável troca de cartas que resulta, ainda, na decisão por parte do rapaz de construir uma montanha russa no quintal da propriedade para atender um desejo do falecido pai da garota.

A premissa interessante me deixou entusiasmado, mas a expectativa de uma obra marcante não se confirmou.

Felipe Colbert, o autor de Belleville, é um narrador hábil, mas sua reconhecida competência ficou aquém do esperado no que se refere à construção dos personagens. Tanto Lucius como Anabelle carecem de profundidade. Não há conflitos de personalidade, não há dúvidas, não há maldade versus bondade. Enfim, padecem de um bom-mocismo artificial e por vezes enervante.

Os demais personagens seguem a mesma linha, infelizmente. O professor Miranda é um clichê enorme: óculos, nerd, solitário, mestre em física. Ed e os “cones”, veteranos da faculdade em que Lucius estuda, porém, ganham o troféu Malhação de desempenho. Em todos os momentos que esses garotos aparecem fiquei com a sensação de estar lendo algo “high school”; difícil acreditar que se tratava de gente na faculdade.

Mesmo o tio Lino, que é o “vilão” da história, soa artificial – e reparem que ele tinha tudo para ser o melhor personagem do romance. Seu surgimento não é explicado de modo satisfatório, já que ele surge do nada às portas da casa de Anabelle. Fiquei imaginando que o autor optou por inseri-lo no romance depois que a escrita estava em andamento. Além disso, a relação entre Anabelle e tio Lino não convence, eis que lhe falta substrato psicológico a ambos. No caso do último, dizer que ele “retornou transtornado da guerra” não é suficiente para que o tenhamos como o psicopata pretendido. Diversas passagens em que ele aparece soaram forçadas, como sua maldade gratuita em relação à sobrinha e seu desejo por prendê-la. Tudo sem explicação, numa casa onde convenientemente todas as janelas estavam emperradas.

Também o desenvolvimento da história apresentou falhas. A maneira como Lucius encontra a foto de Anabelle, a dedução de que ela estava enterrando a caixa, o fato do professor Miranda – um nerd solitário – conseguir reunir toda a faculdade para ajudar Lucius, a recusa de Anabelle fugir, mesmo quando ameaçada de morte, por causa do gato, são alguns exemplos que me fizeram torcer o nariz.

Entendo que é uma opção do autor elaborar uma narrativa pouco profunda, dinâmica e sem direito a digressões. Entendo que isso, na opinião de alguns, reflete o espírito da literatura infanto-juvenil atual. Entendo mas não concordo.

Felipe Colbert deveria ter ousado mais. Ao escolher uma trama rasa e pouco inspirada em termos psicológicos, mostrou que prefere o lugar comum, a segurança em detrimento de algo que surpreendesse de verdade.

Leitores adolescentes – público ao qual o livro parece se direcionar --, precisam ser desafiados tanto quanto os adultos, e não simplesmente entretidos. É como entendo.

De qualquer forma, não se pode classificar o romance como ruim. A história, ainda que não original – lembrou-me o maravilhoso conto “Lapsos Temporais”, da Andreza Barroso – segue o padrão de tantas outras publicadas recentemente.

O êxito de Belleville, é esse: ser mais do mesmo, um romance com gostinho de sessão da tarde. Nada mais, porém.

site: entrecontos.com
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Kenia 04/01/2015

"Tinha algo a ver com pensar que a Via Láctea é pequena demais para acharmos que estamos tão longe assim um do outro, e que uma simples reta imaginária me ligava a ela, não importava onde ela estivesse. O mesmo sentimento que eu começava a ter em relação a Anabelle."

Sabe quando você quer muito ler um livro por se apaixonar pela capa? Bom, esse foi um dos motivos que me fez querer ler o livro que com muita empolgação vou resenhar agora. Na verdade o outro motivo é que já li uma outra obra do escritor Felipe Colbert, em parceria com a querida escritora Lu Piras, chamada A Última Nota, outro livro maravilhoso e de escrita sensacional. Fui então motivada a ler Belleville, mas como não estou no Brasil, tive que conter minha ansiedade e esperar pelo presente de fim de ano que foi uma promoção do e-book que eu não sabia que existia. Acabaram-se as desculpas, e consegui finalmente me deliciar com essa história fantástica. Espero que curtam a resenha de Belleville! ♥

"Hoje é o seu dia de sorte. Você acaba de ser premiado com um passeio de montanha-russa! Espere, não estou brincando. Não despreza as minhas palavras. Leia a carta até o final para descobrir o que eu quero dizer."

A trama tem inicio no ano de 2014 com a chegada do jovem Lucius à cidade de Campos de Jordão, para cursar Matemática em uma universidade local. Seu pai conseguiu alugar uma casa antiga, e conhecendo seu novo lar pelos próximos 5 anos, o rapaz percebe uma formação de estacas fincadas no chão, em um caminho sinuoso perto de um bosque que se localiza nos fundos do terreno da casa.
Vasculhando a biblioteca de sua nova casa, ele encontra por acidente uma foto em preto e branco. Na foto, uma jovem parece estar enterrando uma caixa pequena bem próximo de um dos pilares da estranha formação que lhe chamara a atenção mais cedo e que agora instiga ainda mais sua imaginação.
Sua curiosidade o leva a querer entender aquilo, e ele não só encontra a caixa, como dentro dela há uma carta da garota da foto que se identifica como Anabelle. A moça aparenta ser a antiga moradora do casa, pois a data da carta é de 50 anos atrás, do ano de 1964.

"Quero acreditar com todas as forças que é a própria Anabelle que as está escrevendo, por mais insano que isso possa parecer. Espero não estar sendo enganado. Porém, mesmo que posteriormente alguém pule na minha frente dizendo que tudo não passa de uma enorme e fútil brincadeira, nada vai apagar a emoção que estou sentindo nesta hora em que escrevo. Nada."

Na carta, a jovem escreve para um futuro morador da casa. Ela explica que a formação é o inicio da construção de uma pequena montanha-russa, o sonho de seu falecido pai. Ele tinha interesse de presentear a filha com a montanha-russa chamada Belleville.
Porém, com sua morte, o projeto acaba se tornando também o sonho de Anabelle para concluir ela mesma, em memória ao pai. Mas sem condições, ela pede em sua carta que a pessoa que a está lendo pudesse realizar o sonho de seu pai.
Lucius até fica comovido com a carta, mas como é só um estudante, não tinha dinheiro para terminar o projeto. Por isso ele escreve uma outra carta, pedindo para que o próximo morador pensasse na proposta. E a enterra no mesmo lugar.
O que Lucius não esperava é que sua carta chegaria até Anabelle, voltando 50 anos atrás! Quando ele volta a desenterrar a caixa, encontra dentro outra carta, uma resposta de Anabelle, e daí eles começam a se corresponder dando início a uma paixão arrebatadora, sem conseguir explicar como algo tão extraordinário fora possível.

O problema é que o tempo não será o único empecilho para esse relacionamento.

"É bem provável que em algum momento essas cartas parem de atravessar as décadas que nos separam, porque milagres não são eternos. Tenho medo de que com o tempo, tudo se torne uma lembrança estranha, algo afastado de minha mente. Não sei como serão os próximos cinquenta anos que terei que enfrentar sem você. Espero que um dia voltemos a nos encontrar, seja nesta realidade ou em outra. E, se acontecer, que os deuses sejam generosos e permitam que eu a toque."

Bom, o que falar desse livro? A escrita do Colbert é muito bem construída, de uma leveza incrível e flui de um jeito inexplicável! Ele consegue mexer bastante com os sentimentos e emoções do leitor, e a cada página, a cada carta trocada entre os dois, nos faz torcer por um final bacana, seja pelo sonho da montanha-russa, como de um amor que parece impossível. Se prepare para se emocionar, teve uns capítulos que dá um aperto no coração, que a gente não quer que aconteça, é literalmente uma montanha-russa de emoções!
É uma história de amor, esperança e superação. Recomendo de longe esse livro que foi perfeito como última leitura de 2014. Leiam e se emocionem!
E não deixem de apoiar a literatura nacional com tantos talentos e obras maravilhosas!

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juuh.carol.3 05/02/2022

História linda
Em uma casa na cidade de Campos do Jordão há uma montanha russa incompleta chamada Belleville e um sonho de pai e filha de que um dia ela seja terminada.
Em 2014 Lucius aluga essa antiga casa p/ estudar na nomeada faculdade de matemática da cidade e encontra nos fundos do casarão uma construção inacabada.
Enquanto isso, em 1964, exatamente 50 anos antes, Anabelle perdeu o pai e ficou órfã. Antes de morrer seu pai havia prometido construir para ela uma montanha russa e agora se torna o sonho da menina vê-la pronta.
Parece uma história boba sobre sonhos não realizados, mas é aqui que encontramos seu diferencial:
Lucius encontra uma carta escrita por anabelle 50 anos atrás pedindo q os próximos moradores se inspirassem por essa história e tentassem terminar Belleville. Emocionado com a carta e triste por não ter condições para tal feito, o rapaz escreve outra carta reforçando a idéia para os próximos q vivessem na casa, pedindo q tentassem mesmo ajudar e a enterra junto com a outra.
Ao ver a foto de Anabelle, fica encantada e deseja poder estar 50 anos no passado para conhecê-la.
No mesmo dia e horário, porém em 1964, Anabelle ve a terra perto de Belleville remexida onde enterrou sua carta ha alguns meses, ela mexe e encontra outra carta de um tal de Lucius.
A partir daí, eles passam a se comunicar pelas cartas sem entender como não se encontram pela casa ou pelo terreno e pq ambos colocam anos diferentes na assinatura.
Essa é uma história linda e diferente de qualquer outra que eu já vi. Você torce para que eles se encontrem mesmo sabendo da diferença de 50 anos e sonha junto com eles para Belleville ser terminada.
Sobre eles, Lucius tem problemas em arranjar amigos e com os planos de construir uma montanha russa fica mais difícil ainda, mas ele consegue a ajuda de um professor de física e de um mecânico.
Já Anabelle, apenas com seu gato Tiao, está totalmente falida e sem dinheiro nem para comprar comida. Ao que se pensava que a fome fosse ser o pior, seu tio aparece dizendo q ela ainda não tem idade p/ viver só.
Há muito sofrimento, mas também esperança!
.
FINAL COM SPOILER:
2014- Lucius desiste do sonho da faculdade e gasta todo o seu dinheito investindo na construção de Belleville.
1964- O Tio da menina começa a agredir ela verbamente e fisicamente, a obrigando a virar empregada dele e fazendo ela passar por humilhações. Mas, mesmo presa no seu quarto, o fato de saber que a montanha russa está sendo construída faz Anabelle ter esperanças. Pelo menoS até o dia em que o Tio Lino descobre aquilo e, bêbado, destrói todo o progresso.
2014- Lucius fica arrasado com o que aconteceu e com o fato de ter descoberto que no futuro dele Anabelle tinha sido assassinada pelo seu tio, então entra em desespero e resolve voltar pra sua casa natal.
1964- O Tio Lino obriga Anabelle a dançar com ele e tenta beijá-la na boca, mas ela o morde. Então, ele dá um murro na cara dela que a faz desmaiar. Ele se vinga matando o gatinho :( Arrasada sem o gato e sem Bellevile, a menina tenta atacar o tio quando ele retorna a seu quarto, mas ele, muito mais gordo e forte, a nocauteia e a prende no sótao passando frio e fome por dias, vivendo como uma animal.
2014- Lucius se despede de todos e vai resolver suas diferenças com o valentão em um ato de altruísmo. Quando acha que está tudo perdido e se preparando para voltar pra sua cidade, o professor de física aparece com o valentão e seus amigos da universidade (que trabalham no diretório acadêmico e conseguem verba pra contruir a montanha russa como um ponto turístico da cidade). Eles finalmente conseguem contruir depois de 3 meses.
1964- Anabelle está quase morta, recebendo comida só de vez em quando. Ela percebe, então, a presença de uma mulher na casa e tenta fazer um barulho para pedir ajuda, mas não tem força nenhuma. A mulher, como um anjo, desconfia que o homem guardava algo terrível lá e consegue entrar e resgatar a menina. Porém, o tio acorda e espanta a bondosa mulher, ficando sozinho com Anabelle. Ela pega uma faca e consegue ameaçar ele a ir pra fora da casa, mas quando chega lá fica maravilhada com Belleville construída. O Tio Lino aproveita para enforcá-la.
2014- Antes de ir embora, Lucius resolve andar na montanha russa depois que todos já foram embora e durante os sessenta segundos que dura a volta, ele fecha os olhos e deseja por Anabelle. Quando ele abre os olhos, ele está em 1964 assistindo sua amada ser enforcada por um gordo monstruoso. Ele a salva e juntos entram em Belleville e vão para 2014, viverem felizes!!

site: https://www.instagram.com/p/BfvU7SvBedA/
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Andrea 05/09/2015

Fã de Felipe Colbert desde que li seu livro "A última Nota", feito em parceria com a escritora Lu Piras, fiquei ainda mais sua fã depois de ler Belleville!
Confesso que histórias de amor que viajam através do tempo, sempre foram meu ponto fraco, quando se trata de livros e filmes de romance.
Apenas para citar algumas das minhas histórias favoritas:
O filme "Em algum lugar do passado", estrelado pelo saudoso Christopher Reeve, onde um jovem autor teatral se apaixona por uma moça de um retrato, em um antigo hotel, sempre foi meu filme favorito na adolescência!
Já adulta tive a honra de conhecer pessoalmente na Bienal do Livro do Rio, a escritora Audrey Niffenegger, autora do livro "A mulher do viajante do tempo", que foi adaptado para o cinema e produzido por Brad Pitt sob o nome "Te amarei para sempre".
Outro filme que também fala de uma história de amor que ultrapassa as fronteiras do tempo é "A casa do lago" onde, assim como em Belleville, há uma troca de cartas entre os protagonistas que vivem em épocas diferentes.
Belleville é um romance maravilhoso e já entrou para a minha lista de livros favoritos!
Como não poderia deixar de ser, em se tratando de Felipe Colbert, o livro é incrivelmente bem escrito, traz uma trama complexa e bem amarrada que mistura passado e presente, causa e consequência e nos mostra o poder que os sonhos e o amor têm.
Os capítulos sempre narrados na primeira pessoa, intercalam as experiências vividas por Lucius e Anabelle, cada um em sua respectiva época, separados por uma espaço de tempo de 50 anos.
A comunicação, feita através de cartas que são enterradas aos pés de uma das vigas da montanha russa, viajam misteriosamente pelo tempo até chegar ao destinatário.
O que para eles a princípio parecia ser uma brincadeira de mau gosto, ou mesmo uma "pegadinha", torna-se cada vez mais sério e real a medida que os personagens vão se conhecendo por meio dessa correspondência.
Um dos protagonistas é Lucius, um rapaz introvertido que sempre gostou mais da companhia dos livros do que das pessoas, e que enfrenta os desafios de morar sozinho pela primeira vez longe dos olhos do pai. O ano é 2014 e ele acaba de entrar na faculdade de matemática de Campos do Jordão. Para ficar perto da universidade, Lucius se muda para uma casa antiga nos arredores da cidade.
A outra personagem é Anabelle, filha do proprietário da mesma casa, e que mora no local em 1964. Aos 18 anos, Anabelle encontra-se órfã, morando sozinha e sem poder se sustentar. Como companhia conta apenas com um gato preto chamado Tião, e um sonho que iniciou com seu pai. Construir uma montanha-russa de madeira chamada Belleville nos fundos de sua casa.
Belleville é daqueles livros que a gente não consegue largar, pois precisa desesperadamente saber o que vai acontecer, como a história vai se desenrolar e como vai terminar, nem que seja pela madrugada adentro.
Impossível não se apaixonar e torcer pela história de Lucius e Anabelle.
Recomento MUITO!
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Tammy 30/08/2017

Conto lindo
Nunca tinha ouvido falar nesse fantástico autor. O conheci na Bienal de SP e não me arrependo. A história nunca tinha lido antes, e achei muito linda, fantasiosa mas tem seu ideal. Se passa em campos do Jordão, me identifiquei muito, Recomendadíssimo.
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Camila 16/02/2020

Belleville foi minha primeira leitura nacional de 2020. Encontrei o livro na vitrine de uma livraria da minha região e comprei porque já queria conhecer a escrita do Felipe. Foi uma ótima escolha. Uma das cenas finais me cativou. Ficou guardada na memória. No mais, me apaixonei, me emocionei e senti muita raiva. Não dá pra negar que mexeu com as emoções!
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Barbara.Franca 24/07/2017

M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O
Sem palavras para descrever esse livro o qual acabei de terminar. Estou anestesiada com essa linda estória. Excelente escrito, leitura emocionante... Encontrei apenas 2 erros de correção o que é fantástica. A leitura é simples, fluida. Tem um vocabulário sensacional e a história é muito bem contada. Indico demais.
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Berenice.Thais 01/06/2019

A alma encontra o seu par,em qualquer época.
Essa história é doce, delicada com toques de melancolia
Começa quando Lucius entra na faculdade e aluga um imóvel, esse imóvel o dono nunca esteve lá então não sabe como é, curioso sobre uma coisa nos fundos do imóvel ele encontra uma construção inicial que seria uma montanha-russa; entrando novamente na casa como se estivesse voltando no tempo, com seus barulhos de casas muito (tempo) esquecida, ele localiza uma grande sala Com muitos Livros esquecidos no meio dos livros empoeirados uma foto de uma moça em preto e branco onde os olhos lhe chamaram a atenção e o caminho para uma surpresa uma carta da jovem seu nome Anabelle...
Sem conseguir explicar ele começa a intensa troca de correspondência ele em dois mil e quatorze e ela em sessenta e quatro, uma relação composta inicialmente por desconfiança evolui até chegar em amor e para um pedido de socorro, foi uma experiência única quase devorei as páginas ávida pelos acontecimentos inesperados desses dois jovens em épocas diferentes onde o amor vence a lógica e a razão.
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Bruna 18/04/2014

leitura nacional de excelente qualidade
O livro conta a história de Lucius, que vai morar em Campos do Jordão para fazer faculdade e acaba por acaso alugando uma casa cheia de mistério. Nos fundos do terreno há uma montanha-russa inacabada e algumas contribuições do destino fazem com que Lucius encontre a história por traz do brinquedo, e mais supreendentemente ainda, consiga se comunicar com Anabelle por cartas. Anabelle é uma jovem de 18 anos que vive em 1964 e para quem a montanha-russa iria ser construída. Sim, a troca de cartas também é uma viagem constate no tempo, que fica entre passado e presente durante todo o livro.
Quando peguei o livro para ler após dar uma olhada na sinopse eu achei que seria uma história muito bonita, mas o livro me surpreendeu muito mais do que isso. Também não esperava por uma história passada na Brasil, e só depois de ler “Campos do Jordão” foi que percebi que era um autor brasileiro... e que escrita maravilhosa.
Belleville é narrada com capítulos que alternam entre o ponto de vista de Lucius e o de Anabelle. Ele em 2014 e ela em 1964, e a história é muito bem narrada em ambas as épocas, com suas particularidades e detalhes históricos. Uma história muito gostosa de ler, desde o início te dá vontade de continuar lendo cada capítulo sem parar, para saber o que aconteceu com Anabelle, saber se Belleville será construída até o fim, saber se Lucius continuará morando naquela casa. É difícil explicar, mas é uma história intensa, com alguns momentos bastante pesados, mas sem deixar de ser um romance leve... não é um livro que você fica angustiada com as coisas ruins que acontecem, apenas torce para que tudo dê certo no final. Fiquei encantada com a criatividade da história e toda a beleza que ela transmite.
Quanto a capa e diagramação o livro é lindo! A capa chama bastante atenção e traz bem a essência da história. A diagramação é muito boa, com fonte em ótimo tamanho e espaçamento, e fonte diferenciada para a transcrição das cartas. As páginas são amarelas e os capítulos sempre iniciam na página da direita. Simplesmente maravilhoso, recomendo a todos! Uma excelente sugestão de literatura nacional.
Nota final: 5 de 5.

site: http://bybrunakitty.blogspot.com.br/
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Mari Checoni 22/12/2015

Confesso que no começo fiquei com um pé atrás pois achei que o livro seria uma nova versão do filme "A Casa do Lago", mas... que lindo engano da minha parte.
O livro conta a história de Lucius e Anabelle simultaneamente, porém com um pequeno detalhe: 50 anos de diferença. Isso mesmo, os dois moram na mesma, porém Anabelle vive a 50 anos no passado. Inexplicavelmente, eles começam a trocar correspondências e foi nesse ponto que acreditei que o livro seria parecido com o filme que citei acima. Mas as semelhanças param por aí. Lucius então se envolve nesse mistério e faz de tudo para ajudar Anabelle a realizar seu sonho: terminar a montanha russa que seu pai sonhara um dia ter.


"(...) é como um vício. Acho que estamos a todo momento à procura de aventuras como essa, que fogem à realidade." - página 301


É difícil falar sobre algo que gostamos bastante, pois tudo que escrevemos parece não chegar aos pés do que realmente sentimos ao ler o livro, assistir ao filme, ouvir a música, entre outras coisas. Meu sentimento ao acabar esse livro foi somente de felicidade, ao longo da história, o autor tem o dom de nos fazer sofrer junto com os personagens e quando acaba... O sentimento de felicidade nos invade. Acompanhamos os dias de Lucius e Anabelle, a luta que a moça enfrenta contra seu tio, que acha que tem domínio sobre ela, as dificuldades da construção da montanha russa e toda a história que o livro proporciona. Os personagens são cativantes e muito bem construídos, a narrativa é feita de uma forma deliciosa e impossível de largar. Além de tudo, a capa é maravilhosa e contribui para a nossa imaginação na hora de ler o livro.


"Sei que, da próxima vez que você olhar para uma montanha russa, será de forma diferente." - página 301


Foi exatamente isso que aconteceu, todas as vezes, desde que li o livro, que olho para uma montanha russa, fico imaginando histórias... Tanto a história dela, quanto as milhões de histórias que ela carrega de quem já passou por lá. Recomendo para todos que gostam de um bom romance, e acima de tudo, os apaixonados por montanhas russas, igual a mim.
Terminei o livro com lágrimas nos olhos e um sorriso enorme nos lábios, pois tinha certeza que acabara de ler uma das histórias mais marcantes e lindas que já havia lido.

site: http://marianacheconi.blogspot.com.br/
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Vanessa Sueroz 24/07/2014

Neste livro conheceremos Lucius, um jovem de 20 anos, nerd estudante de matemática e que adora desenhar projetos. Lucius costumava trocar cartas com sua mãe, mas sua mãe veio a falecer e ele nunca mais escreveu uma carta. Nos deparamos com Lucius quando ele chega em Campos do Jordão para começar sua faculdade, que seu pai está batalhando para pagar, incluindo casa que irá ficar enquanto isso.

Em um dos dias conhecendo o lugar e explorando a nova casa ele encontra algo bem diferente, vários pilares de madeira arrumados de forma estranha no quintal, projetos e projetos de um lugar chamado Belleville, e para completar o mistério ele encontra uma caixa de madeira com um pedido de ajuda de uma moça que viveu há 50 anos, e nela também contém instruções para que Belleville fosse construída, uma montanha russa inspirada na primeira montanha russa que usava carros que nasceu na França.

Intrigado com a montanha russa ele escreve uma carta para o próximo morador explicando tudo, mas a coisa começa a sair do controle quando alguém responde a sua carta. Quem invadiu sua casa para responder a carta? Como saibam que ele havia escrito?

[...] A não ser que eu passasse a acreditar em milagres alguém estava pregando uma peça em mim.[...] O autor da brincadeira tinha boa disposição e muito tempo de sobra, inclusive para copiar a letra da primeira carta. E eu não compreendia porque havia sido escolhido como alvo.

Resenha completa:

site: http://blog.vanessasueroz.com.br/belleville/
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