Belleville

Belleville Felipe Colbert




Resenhas - Belleville


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LUA 24/11/2014

A Efemeridade do Tempo.
Um clima de mistério no ar...
Quando recebemos o livro Belleville, da Parceria Novo Conceito, para resenhar, eu logo me animei a ficar com ele. Primeiro: eu sou a "loka" das capas e essa é muito delicada. Segundo: o livro é nacional e eu ando muito empolgada com a "nova" literatura nacional.
Mesmo a Agatha dizendo no nosso Correio de Tinta de março que o tema do livro seria sobre "Amor por correspondência e que isso seria demodé", eu quis ficar com o livro. Afinal, eu amo romance e - amém! - não me arrependi. Mas chega de falar dos motivos para eu ter lido, e vamos à história!
Belleville começa com uma carta escrita em 1964 por uma moça chamada Anabelle. Nesta carta ela pede ajuda para a construção de Belleville que é um antigo sonho de seu falecido pai.
E o que seria Belleville? Belleville é uma montanha russa caseira. Pode parecer estranho mas montanhas russas caseiras não são tão incomuns.
E quem encontra essa carta em 2014 é Lucius. Um rapaz de vinte anos que vai morar em Campos de Jordão para estudar Matemática.
Lucius aluga uma casa antiga cheia de canos que fazem barulho, tábuas que rangem e com uma estranha construção no "quintal". Uns batentes de madeira enterrados, e com uma estranha simetria.
Intrigado com a construção, Lucius vai até a biblioteca da casa e encontra uma foto de uma linda jovem de brilhantes olhos verdes, próxima à construção, e com uma caixa na mão. Curioso, Lucius vai até o local e percebe a terra remexida, e escavando desenterra a caixa. Nela está a carta que inicia o livro.
A princípio Lucius comove-se com o drama de Anabelle, mas construir uma montanha russa? Sozinho? E ele também não tem muito dinheiro, o que tem está destinado a se manter em Campos de Jordão e estudar. Além do que o projeto consumiria seu tempo, que ele pretende destinar à universidade.
Assim, Lucius resolve escrever uma carta ao próximo morador da residência, unindo-se ao pedido de Anabelle, caso seja possível, que ele então construa a montanha russa.
O que eu não sabia, ainda é que não era eu quem construía os trilhos. Eles já estavam a minha espera.
Bom, é nesse momento que a magia e o mistério do livro acontece:
O livro retorna a 1964 e mostra Anabelle encontrando a carta de Lucius e respondendo-a. Mas como? Pois é ...
Anabelle e Lucius, cada um no seu tempo, acreditam estarem sendo vítimas de uma brincadeira, mas certos fatores vão mostrando a eles que o impossível é possível.
A troca de cartas se intensifica e o que parece uma brincadeira, vai se tornando uma amizade e culmina em uma paixão!
...A Via Láctea é pequena demais para acharmos que estamos tão longe assim um do outro e que uma simples reta imaginária me ligava a ela, não importava onde ela estava. O mesmo sentimento que eu começava a ter em relação a Anabelle.
Assim os capítulos vão se alternando entre 1964 e 2014, seja com a troca de cartas, seja o momento da vida dos personagens.
O autor foi muito feliz na construção da história. Ele consegue diferenciar muito bem as duas épocas, seja nas cartas, nas atitudes e até no linguajar dos personagens.
Você acaba se apegando ao "nerd" Lucius e a fofa Anabelle. Sofre com seus dramas e com a "busca" de um pelo outro e, claro, com o mistério, que na verdade é muito simples e está "às claras" o tempo todo. (E acho que só eu não percebi).
Outra coisa legal é que como o Lucius é matemático há toda uma explicação viável para a possibilidade da construção de Belleville. Felipe não soltou um vamos construir... Ele faz o personagem se consultar com um físico, sobre os projetos encontrados, uma alteração, um desvio. Ele consegue um mecânico, não há nada que não seja fundamentado.
Pode não ser um tema novo, até porque o livro parece ser inspirado no filme a Casa do Lago, mas é uma linda história e no final, se foi essa mesma a inspiração, digo que o livro consegue suplantar o filme e aquece nos corações.
Só não ganhou cinco estrelinhas porque depois do mistério resolvido, eu queria um prólogo maior, na verdade eu queria um pouquinho mais de Lucius e Anabelle, mas mesmo assim termina de uma forma bem satisfatória.
Um livro simples, bonito, e que mostra que para o amor não há barreiras.
Se eu fosse você, repensaria e andaria de montanha- russa. É bem divertido.
Eu me encantei com o livro. Espero que você possa lê-lo e se encante também.
Aproveitando, o livro também foi lido para o Desafio Literário do Skoob - mês junho, tema Autor Nacional.
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Quatro Amigas 23/07/2014

Resenha para o blog www.quatroamigaseumlivroviajante.com
LUCIUS saiu de sua casa e foi para Campos do Jordão fazer faculdade de Matemática. Para trás, ele deixou seu pai, comerciante e cultivador de Orquídeas, e muitas saudades de sua falecida mãe. Lucius é como tantos outros estudante que se afastam de suas casas para estudar, está um pouco confuso com tantas mudanças e o dinheiro no banco é contado para as necessidades básicas e pequenos imprevistos.

Para a temporada em Campos, Lucius alugou uma antiga casa um pouco afastada do centro da cidade. A casa está bem judiada e possui um enorme terreno nos fundos, muitíssimo arborizado.

Depois de uma primeira semana de aula a ser esquecida, Lucius decidi conhecer melhor a propriedade que deverá ser sua casa nos próximos quatro anos. Dirigindo-se aos fundos do terreno ele encontra algo totalmente inusitado, estacas de madeira perfiladas formando um caminho sinuoso.

No terreno há ainda um galpão onde ele encontra uma motocicleta Vespa abandonada, um carrinho de madeira (que ele deduz ser para a montanha-russa) e algumas folhas com um projeto rabiscado. Como bom matemático que é, e depois de analisar os desenhos nas folhas de papel, Lucius conclui: Alguém começou a construção de uma montanha-russa neste terreno.

Já no interior da casa, ele se dirige a biblioteca pela qual só havia passado brevemente os olhos. Removendo um livro de lugar uma foto antiga cai no chão. A foto está desbotada e é muito antiga, mas nenhum destes detalhes o impede de identificar uma linda garota - com olhos que ele jura serem verdes - ajoelhada na terra segurando uma caixa de madeira nas mão. A foto mostra a clara intenção da garota em enterrar a caixa onde parece estar o pila principal da construção nos fundos da casa.

Com a foto em mãos, Lucius vai até o local onde a garota da foto parece estar ajoelhada e decidi tentar a sorte, pega uma pequena pá e começa a cavar. Em poucas tentativas ele encontra a caixa. Dentro, uma carta confirma suas suspeitas, realmente alguém começou a construir uma montanha-russa, no caso, o pai da garota na foto. A garota se chama ANABELLE, e ela pede a quem encontrar aquela caixa que acabe de construir o que era o sonho de seu pai, a montanha-russa BELLEVILLE.

A partir dai, Lucius e Anabelle iniciam uma troca de carta através do tempo, mais precisamente 50 anos, ela em 1964, ele em 2014.

Agora imagina: você acabou de chegar em um lugar onde não conhece ninguém, está prestes a iniciar seu primeiro ano de faculdade, seu dinheiro é praticamente contado e alguém pede para você construir uma montanha-russa!

Conheço o excelente trabalho do escritor FELIPE COLBERT há algum tempo, todos sempre muito bem escritos, mas preciso dizer: neste livro ele foi nada menos que perfeito.

A narrativa acontece em “tempo real”, considerando o intervalo de anos, é claro. Lucius é um rapaz com todos os dilemas vividos no início da vida adulta, Anabelle é uma garota órfã com uma vida extremamente sofrida e um futuro dilacerante a sua espera.

Ok, eu sei que parece loucura, mas na minha opinião eles estão REALMENTE no mesmo lugar! Explico, é como se eles estivessem sobrepostos, eles não podem se ver com os próprios olhos, mas "se vêem" e interagem através da construção de Belleville. De alguma maneira as cartas vão e voltam 50 anos no tempo, sempre em um intervalo de 24 horas entre quem envia e quem recebe. A conexão é tal que posso jurar que o que um sentia - dor, alegria, seja o que for - automaticamente, refletia no outro.

Achei o envolvimentos dos protagonistas muito bem trabalhado - por vezes engraçado, por vezes tristes - mas sempre sensível e apaixonante. É claro que é preciso sempre contar com a intrínseca “conexão dos predestinados”, que eu tanto costumo citar nas resenhas. Porque sejamos justos, sem uma boa dose de sincronicidade entre protagonistas os livros teriam, pelo menos, umas mil páginas.

O Lucius é adorável e inteligentíssimo, gostei muito da maneira que ele conduziu tudo - por mais louco que fosse – ao seu redor. A história em nenhum momento deu espaço para desconexões. É uma ficção científica absolutamente verossímil.

Preciso dizer, eu sofri tanto com a história de vida de Anabelle que em alguns momentos eu parava de ler, tomava uma água, respirava fundo e voltar ao livro. Eu mais sofri que chorei, mas aviso: os mais sensíveis não abriram mão do uso de um bom lenço.

Mas a pergunta que fica é: Qual a chance de Lucius e Anabelle se encontrarem?

Sim, também ouvi vários comentários sobre a semelhança do enredo de Belleville com o do filme “A Casa do Lago”. Sinceramente? Se não fosse pelas cartas eles não teriam absolutamente nada em comum. É como se eu dissesse que histórias sobre vampiros que se envolvem com humanos são sempre iguais!

CLARO, não podemos deixar de falar sobre o trabalho primoroso de diagramação da NOVO CONCEITO, e dessa capa que é LIN-DAAA!



Título: Belleville
Autor: Felipe Colbert
Páginas: 301
Editora: Novo Conceito
Resenha por: Alessandra
Classificação: 5/5 ♡

site: http://www.quatroamigaseumlivroviajante.com/2014/07/resenha-belleville-felipe-colbert.html
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Vicky 27/12/2014

História para se ter a sensação de estar andando de montanha-russa...
Com todo o respeito, eu gostaria de começar dizendo que essa sinopse mais complica que explica, certo? Bom, pelo menos eu achei isso... Felizmente, parte do leitor decidir ler o livro para concluir que isso não faz diferença alguma. E que a obra é fantástica. Felipe Colbert conseguiu criar uma história cativante, onde inconscientemente você acaba torcendo para que os personagens encontrem seus caminhos, que tudo dê certo para eles... É uma coisa de louco, talvez até difícil de se compreender às vezes.


O destaque do livro já começa com o enredo. Lucius se muda para Campos do Jordão a fim de estudar Matemática na universidade local. A casa que ele mora, tão bem descrita no livro, é cheia de mistérios. Por meio de uma foto onde uma bela jovem enterra uma caixa no terreno, Lucius começa a viver a maior aventura de sua vida. Ele desenterra a caixa e lê a carta deixada por Anabelle, a moradora que viveu naquela casa cinquenta anos antes, na qual ela expressa o desejo de que o próximo morador continue o projeto e sonho de seu pai: a montanha-russa Belleville, inacabada. Lucius decide responder a carta, deixando o pedido para que o morador depois dele realize o desejo de Anabelle, já que ele mesmo não pode.

Até aí tudo bem; uma história normal. Acontece que, nos anos sessenta, a órfã Anabelle recebe uma carta estranha, em resposta a sua, escrita em 2014. De início, ela acha que é uma brincadeira de mal gosto, da mesma forma que Lucius, no século 21, cinquenta anos à frente. Inicialmente, ambos se correspondem com ironia, para depois passarem para a simpatia e finalmente à uma paixão incontrolável, assim como ao desejo aparentemente impossível de se encontrarem. A partir desse momento, mil acontecimentos do lado dela e do lado dele tornam a relação cada vez mais estreita, e na mesma medida mais perigosa...

Bem, com isso, percebe-se que Belleville não é um livro qualquer. Antes de qualquer coisa, não, a troca de correspondência entre duas pessoas que vivem com cinquenta anos separando-as não é nada confuso. Eu mesma pensei que seria, e me surpreendi quando vi que Colbert sabe equilibrar as coisas, a modo que o leitor não se sente confuso; se sente envolvido. Eu, particularmente, nunca vi uma história tão bonita e sensível, tão verdadeira e emocionante. De repente, durante a leitura, eu me via questionando ao nada: "Bem, quem garante que Lucius na verdade não é Felipe? Ou quem sabe ao contrário? Felipe pode ser Lucius...". Isso porque o protagonista tem uma presença muito forte, profunda. Caramba, Colbert não deixou passar nada!

A narração é feita em primeira pessoa, por meio de Lucius e Anabelle. Honestamente, eu me senti mais confortável com a narração da Anabelle, talvez porque a narrativa fica mais sensível e delicada quando Anabelle ganha voz. Lucius não fica atrás; sua narrativa também é delicada, mas ainda assim masculina. Sim, garotas, podem pirar! Lucius é um fofo!

A escrita de Felipe começou na corda bamba. Eu não sei, parecia que no começo do livro ele ainda se sentia desconfortável com a história, não estava totalmente conectado. Relevei, pois ele logo recupera isso e recupera com tudo, trazendo uma escrita fina e talentosa. Gostei disso. Felipe tem uma escrita diferente e que faz com que o leitor se sinta bem próximo dele, como se Lucius e Anabelle estivessem bem ao nosso lado, contando essa história surpreendente com todos os detalhes que tem direito, com toda a emoção e pureza.

O final me surpreendeu. Pois é, eu não fazia a mínima ideia de que aquilo aconteceria, por isso quebrei a cara quando li e disse a mim mesma: "pois é, Vick, você acaba de ser pega de surpresa. O Felipe é um escritor realizado!". Gostaria de deixar aqui minhas sinceras felicitações ao autor pelo livro que escreveu. Ninguém conseguirá escrever um livro tão doce e mágico, ao mesmo tempo que fisga a atenção do leitor para que ele se envolva com a história de uma forma fantástica. Talvez o livro tenha sido tão impactante para mim porque eu não tinha muitas expectativas, mas não importa. Eu amei. Me surpreendi. Quero mais desse escritor talentoso. Felipe sabe contar uma história e emocionar o leitor de fato, sabe capturar nosso coração e despertar nossa inocência e pureza. Gente, é simplesmente lindo a forma como tudo acontece; a forma com que nos envolvemos com Lucius e Anabelle. Inesquecíveis!

É isso. Talvez eu não tenha conseguido expressar todo o meu sentimento, mas dei o meu melhor. Felipe me conquistou, eu tenho certeza disso. Belleville também. Leiam esse livro para entender do que estou falando. É um livro para se ler e reler, e sempre sentir a mesma mágica.

site: http://omundosecretodavick.blogspot.com/
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PseudoEstante 22/07/2014

Quando Belleville chegou na leva dos lançamentos do mês de abril da Editora Novo Conceito, a primeira coisa que me chamou atenção foi a sua bela capa. Porém, como eu andava totalmente sem tempo por causa da faculdade, não dei a devida atenção que o livro merecia. Tudo mudou em um determinado evento do selo Novas Páginas, em que ouvi um pouco sobre a história de Lucius e Anabelle do próprio autor Felipe Colbert. Desde então, Belleville não saiu da minha cabeça! Assim, apostando alto que eu teria uma leitura muito gostosa, comecei o livro sem demoras e terminei sem arrependimentos!

Lucius é um menino de 20 anos que está prestes a começar a sua vida: ele acabou de se mudar para Campos do Jordão para cursar a faculdade de Matemática na Universidade local, saindo da casa do pai para morar sozinho durante o tempo do curso. Apesar deste passo ser difícil para ele, já que desde que sua mãe morreu ele se apegou demais ao pai (que possui a saúde frágil), Lucius precisa pensar no futuro e ganhar sua liberdade.

A liberdade, porém, não é algo tão legal assim, já que ele precisa morar sozinho numa casa alugada velha e com alguns probleminhas. Sem contar que, se Lucius pensou que suas dificuldades de socializar e fazer amizades seriam resolvidas na faculdade, ele estava muito enganado... Mas tudo isso deixa de importar quando o menino descobre que existem algumas coisas muito impressionantes no terreno ao redor de sua nova casa: um galpão com ferramentas, uma Vespa velha e... plantas do projeto de uma montanha-russa!

É assim que ele descobre o que devem significar as madeiras de uma possível construção, localizadas numa clareira no terreno nos fundos da casa. Depois, os fatos acontecem em sequência: Lucius encontra uma foto antiga de uma menina linda enterrando uma caixa no terreno, descobre exatamente o local, encontra a tal caixa e também uma carta dentro dela...

Era uma carta datada de 1964, de uma menina de 18 anos chamada Anabelle, pedindo para que o "morador do futuro" daquela casa terminasse a construção de Belleville, a montanha-russa que seu pai idealizou e iniciou antes de falecer. Impotente pela limitação de recursos e conhecimentos, Lucius decide deixar uma segunda carta na caixa antes de enterrá-la novamente, reforçando o pedido da menina para um outro futuro morador construir a montanha-russa. O que o menino não sabia era que, com esse gesto, acabaria vencendo a barreira do tempo e do espaço para viver uma linda história de amor!

Eu não imaginava que Belleville fosse me encantar e cativar tanto! Eu falei bem pouco sobre Anabelle, mas ela é definitivamente uma protagonista forte e grandiosa, que aguenta e enfrenta todo o sofrimento que a vida proporciona de cabeça erguida. Os capítulos alternam entre a narração do presente por Lucius e do passado por Anabelle, ambos separados exatamente por 50 anos de diferença. Cada um vive sua vida em seu tempo, mas eles passam a ter um vínculo por causa do objetivo maior de construir Belleville e criam um relacionamento através da comunicação entre as cartas que escrevem um para o outro. É uma situação mágica e incrível, que no início causa incredulidade em ambos, mas depois se torna a salvação para os dois!

Felipe Colbert mostrou-se um autor talentosíssimo, com uma escrita suave, sensível, romântica, envolvente e muito gostosa. A trama da história é muito bem planejada, cada detalhe é muito bem embasado, os personagens secundários são bem aproveitados e o amor que atravessa décadas se torna plenamente verossímil mediante a magia da história e da construção da montanha-russa Belleville!!

Eu gostaria de poder falar mais sobre o livro, mas acredito que lendo os sentimentos se tornam muito mais intensos e a história ganha muito mais cor. Deixo aqui a indicação de um livro nacional muito especial, marcado por um romance doce que toca a alma e uma leitura maravilhosamente deliciosa!

site: http://pseudoestante.blogspot.com.br/2014/07/resenha-belleville-felipe-colbert.html
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Adriana 12/07/2014

Muito bom!
Uma história sensível e bem escrita que me emocionou e me proporcionou horas de muita tensão e expectativa.
O final conseguiu me ganhar completamente, amei o desfecho.
Super recomendado!

site: http://bloggarotaecletica.tumblr.com/image/91603234891
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Lari 30/06/2014

Perfeito!!
Quando pequeno Lucius costumava trocar carta com sua mãe, fosse para falar pequenas ou grandes coisas, no entanto sua mãe faleceu e com isso ele perdeu o hábito e a vontade de escrever cartas. Estudante de matemática e ligeiramente "nerd" Lucius é um protagonista fascinante. A história começa com sua chegada em Campos do Jordão exclusivamente por causa de sua universidade em uma casa comum, até ele se deparar com o primeiro pilar de Belleville onde por um acaso descobre uma caixa contendo uma carta pedindo ajuda para construção de Belleville uma montanha russa inspirada na primeira montanha russa que usava carros ao invés de trenós nascida na França.

" [...] A não ser que eu passasse a acreditar em milagres alguém estava pregando uma peça em mim.[...] O autor da brincadeira tinha boa disposição e muito tempo de sobra, inclusive para copiar a letra da primeira carta. E eu não compreendia porque havia sido escolhido como alvo." - Página 59

Ele se sente tocado por esse pedido e depois de certo tempo resolve deixar uma carta ao próximo morador, pois ele não possuí dinheiro e nem equipamento para construir Belleville. Ao enterrar essa carta junto com a anterior ele nem poderia imaginar que uma surpresa o esperaria pouco depois aparece uma resposta aquela carta datada de 1964 e após muitas brigas tanto por parte dele quanto da antiga moradora eles acabam por acreditar que podem realmente se corresponder apesar da diferença de 50 anos.

Continue a ler no site.

site: http://penacomtinta.blogspot.com.br/2014/06/belleville-felipe-colbert.html
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Neiva 23/06/2014

Nunca mais olharei para uma montanha-russa sem lembrar de Belleville!
Lucius tem 20 anos e acabou de se mudar para Campos do Jordão, onde iniciará na faculdade de matemática, sua grande paixão. Em sua mente, como bom matemático que é, já está tudo planejado. Seu pai arranjou uma casa enorme e mau conservada onde será seu lar pelos próximos 5 anos. A casa está mesmo precisando de uma reforma ou uma repaginada que seja, uma vez que parece que ninguém habitou nela no último milhão de anos rsrs. Ainda bem que o corretor, na hora de lhe mostrar o imóvel, fez o obséquio de informar que o encanamento fazia um barulho assustador, do contrário Lucius teria se amedrontado, sozinho, naquela enorme espelunca. Verdade seja dita, apesar de estar naquelas condições, a casa lhe acolhia como um verdadeiro lar, Lucius se sentia em paz nela.
Nas imediações do terreno ele percebe uma construção que nunca foi acabada, aos seus olhos parece um projeto de uma montanha russa, mas como parece muito improvável, é apenas um leve pensamento.
Na faculdade, como calouro teve que enfrentar as gracinhas dos colegas, e como não se deixou intimidar, não demorou muito a criar inimizades com o grupo babaca de valentões.
Durante sua primeira semana, Lucius decide conhecer os arredores da casa onde está morando. Nos fundos do terreno, coberto por inúmeras árvores, ele encontra um velho galpão. Com dificuldade consegue abrir as portas emperradas e se surpreende com o que vê em seu interior. Logo sua atenção é chamada para uma moto Vespa, antiguíssima e decidi que irá mandar reformá-la e a usará para ir até a cidade e a faculdade (o lugar onde ele mora fica retirado da cidade).
Outra coisa que encontra dentro do galpão é um carrinho, ferramentas e o esboço de um projeto amador: sim, para sua total admiração o antigo dono da propriedade pretendia fazer no pátio de sua casa uma montanha-russa.
Lucius fica intrigado com tudo aquilo, mas como sua prioridade é a faculdade, decide usar um pouquinho do dinheiro que tem na poupança (para pagar todos os anos de faculdade) e arrumar a Vespa, assim facilitando-lhe a vida.
Ao avaliar a biblioteca abastecida de livros, ele não resiste e acaba retirando um da estante, só que ao fazer tal gesto, uma fotografia antiga cai de dentro do livro e ele se depara com a imagem de uma menina, de vestido, agachada com uma caixinha nas mãos. Mesmo a foto sendo em preto e branco ele pode jurar que a menina tem olhos verdes. Atrás da garota estava estacionada a Vespa e aos seus pés um buraco visivelmente recém escavado e uma pá atirada perto dali.
A curiosidade de Lucius foi a mil e quando se deu conta estava a procura do pilar do projeto da montanha-russa, onde calculava que a foto havia sido tirada. Escavou naquele ponto, sempre tendo a foto em mente e quase teve um ataque cardíaco quando encontrou a caixinha, a mesma que a garota segurava na foto. Mas o melhor ainda estava por acontecer: ao abri-la encontrou uma carta e ao lê-la levou um choque maior ainda. Era uma carta datada de 1964 onde a garota da foto pedia para que o próximo morador da casa realizasse o sonho de seu já falecido pai, terminando de construir a montanha-russa, que deveria se chamar Belleville.
Lucius não sabia se ria ou se chorava. Jamais teria condições daquele absurdo entretanto as palavras da garota o comoveram a tal ponto que decidiu escrever outra carta pedindo também ao próximo morador que realizasse o deseja da garota que agora ele sabia se chamar Anabelle. Enterrou a caixa e foi embora, ainda incrédulo.
Só que o fato de ter sido tão babaca a ponto de escrever uma carta e enterrar o deixou inconformado e no dia seguinte foi até lá para retirar sua carta. E algo inexplicável havia acontecido. Sua carta não estava mais lá, ao invés disso havia uma outra... acredite se quiser, de Anabelle.
No início ambos pensaram estar sendo vítimas de uma piada de mal gosto. Anabelle estava em 1964, Lucius em 2014, ou seja, não seria possível estarem trocando cartas com exatos 50 anos de distância no tempo.
Ainda assim eles seguem trocando cartas até que percebem que um já não pode mais viver sem outro. É então que Lucius percebe que está em suas mãos realizar o sonho do pai de Anabelle e por consequência o dela também. E decide construir Belleville.
Você pensa que terminou por aí? Que nada! O tio de Anabelle decide assumir a casa para si e ela é obrigada a seguir suas regras absurdas. Ela e seu gato Tião.
Juntos, com 50 anos a separá-los, ela e Lucius tentarão encontrar uma maneira de acabar com aquela história de ma forma pacífica.
Mas como poderão ficar juntos?
Vocês terão que ler para descobrir.
De minha parte, nunca mais voltarei a olhar para uma montanha-russa sem me lembrar de Belleville.


site: http://neivameriele.blogspot.com.br/2014/06/resenha-belleville-felipe-cot.html
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Marcela 25/02/2015

Surpreendente, inspirador e emocionante
É completamente fora de contexto, fora de explicações Físicas ou Matemáticas o que aconteceu nesse livro, mas acabei parando para pensar: Você acredita na razão ou na emoção? Eu sempre fui uma emotiva assumida, por isso, quando o livro começou a vingar e eu entendi a proposta do autor, simplesmente deixei-me levar. Eu gostaria de ter inventado, ou até ainda inventar, uma máquina do tempo ou algo milagroso como esse. Não só para conhecer de perto os costumes da época, mas para conhecer pessoas que já se foram. Entretanto, Lucius, mesmo não criando uma máquina do tempo, consegue se comunicar, em 2014, com Annabelle, 1964, por meio de cartas. Se você vai acreditar nessa história e não acha-la tão fantasiosa, depende. De qualquer forma, o autor vai te conquistar que o amor não tem razão, ele tem emoção.

Lucius acabou de entrar em umas das melhores faculdades de Matemática do país, Campos do Jordão. Decidido a fazer valer a pena cada centavo posto na sua conta pelo seu pai, um viúvo jardineiro, ele fará o possível para não se meter em problemas. Porém, quanto menos você procura, mais rápido o problema te encontra.
Para residência, acabou comprando uma casa abandonada. O terreno era bem explorador e no fim de um trilho que mais parecia uma grande mata, tinha uma construção parecida com uma... montanha-russa? Quem faria isso? Colocando a cabeça para funcionar, após encontrar uma foto de uma linda garota naquele galpão, ele desenterra uma caixa de madeira com detalhes em prata. Lá, havia uma carta. Annabelle, 1964.

Annabelle conheceu a morte de perto. Com 18 anos, é órfã e mora sozinha em uma casa relativamente grande para apenas uma garota e um gato preto. Antes de morrer, seu pai, um fotógrafo, sonhava em ir muito mais além do que registrar momentos felizes, ele queria ser responsável por esse momento. Para isso, no fundo de sua casa, decidiu construir uma pequena montanha-russa. Sua saúde, porém, não o deixou finalizar a obra. A filha então, decidiu escrever uma carta para o próximo morador. Lá, continha seu desejo de continuar a obra do pai, mesmo não conseguindo por relações financeiras.

Sendo o segundo morador da casa, Lucius encontrou a carta com o pedido de Annabelle. Comovido, porém, sem quaisquer dinheiro para levar a obra adiante, ele decide escrever mais uma carta e deixar para o terceiro morador, para que ele lesse, se apaixonasse e comovesse, e assim, levasse a montanha-russa pra frente. O que nenhum dos dois esperava, porém, era que essa carta ultrapassaria 50 anos, chegando nas mãos de Annabelle.

Uma troca de cartas deu origem a um sentimento completamente novo para ambos. Annabelle e Lucius, fugiam da solidão escrevendo cartas entre si, e além disso, uma paixão atemporal surge entre eles. Mas como lidar com um sentimento sem futuro? Annabelle e Lucius nunca se veriam, isso era fato. E suas trocas de correspondências, tanto surgiu do nada, como poderia sumir de repente.

Lutando contra seus princípios e a vontade do pai, Lucius começa a reconstruir a montanha-russa, apenas para fazer Annabelle, onde quer que ela esteja no presente, feliz. Ao mesmo tempo, a vida da garota começa a mudar com a chegada de seu tio Lino, um ex-marinheiro viciado em álcool, folgado e principalmente... maléfico.

Eu posso escrever uma resenha enorme, daquelas impossíveis de serem lidas em uma sentada só, e nada conseguiria descrever o que eu senti ao ler cada página desse livro nacional. Como vocês puderam perceber (espero), o livro não conta com um romance, e eu posso garantir que ele não é focado nisso. Existe uma relação amorosa, porém, o foque do livro vai muito além.

Nunca tinha reparado neste livro, muito menos nesta capa. Eu soube da existência dele, no fim do mês passado, quando fui pela primeira vez em um Clube do livro daqui da minha cidade. Como sugestão de uma das leitoras, esse livro e mais A garota mais fria de Coldtown serão debatidos neste sábado agora (28).

A obra é mágica. O autor, sendo homem, achei que traria uma história mais voltada á ação. Mas não foi isso que aconteceu. Felipe possuí um dom da escrita, um poder de disseminar suas ideias em páginas e páginas que te deixa boquiaberta. Não tem como não amar cada página.

Bem na metade do livro, a história começa a ter um desenvolvimento completamente diferente e muito mais dinâmico. O autor incrementou mistério e ação para cada linha e eu comecei a ter uma sensação de acolhimento com os protagonistas, principalmente Annabelle.

Se você está em dúvida entre ler este livro ou não, leia. Eu nunca dei nada a ele, e agora estou aqui, recomendando para todo mundo. Ele tem tudo: História, Física, Matemática, romance, drama, ação e cartas. O livro é recheado de cartas, o que, surpreendentemente, foi o que eu mais gostei na história. Aliás, acho que eu gostei de tudo.

Um dos melhores livros lidos em 2015 até agora!

site: http://ocantinholiterario.blogspot.com.br/
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Tati Florêncio 02/03/2015

Esse livro conta a historia de Anabelle e Lucius e uma montanha russa chamada Belleville. Tudo começa quando ele vai estudar matemática em Campos do Jordão, para começar a vida ali ele aluga uma casa, que além de ser muito antiga, ele percebe que há uma construção diferente no quintal.

Além da construção, ele descobre uma foto com indicações de um lugar onde uma jovem enterrou uma caixa, e com a curiosidade falando mais alto ele vai descobrir o seu conteúdo. A partir desse momento ele descobre o nome da moça da foto – Anabelle -, descobre do que se trata a construção que está em seu quintal e o sonho de um pai para um filha, e depois quando o mesmo morre, o sonho de uma filha para um pai.

Após chegar a conclusão de que ele não poderá realizar esse sonho, ele coloca uma carta para a próxima pessoa que irá encontrar a caixa, mas para sua surpresa, começa uma misteriosa troca de mensagens entre pessoas que estão a 50 anos de diferença.

Assim começa a historia de amor dos dois e a historia da construção ou não construção de Belleville, onde alguns sonhos são abandonados para outros serem realizados.

Infelizmente para mim a historia não colou, achei a escrita dos personagens principais muito fracas, sem personalidade basicamente, em momentos eles são muito fortes, em momentos são tão fracos que chega a ser irritante.

Fora que a historia de amor foi muito mal construída, o Lucius aparece de repente apaixonado, sem motivação maior para isso além da foto e de algumas cartas que ele escreveu e recebeu, e o cumulo chega a ser tanto, que ele coloca nas mãos dela a decisão dele abandonar toda a sua vida, o sonho de seu pai, que é vê-lo formado, para que ele possa construir Belleville e ver o sonho do pai da Anabelle realizado.

Para mim somente as ultimas 100 paginas (mais ou menos) valeram a pena, onde entra o personagem mais bem descrito da historia toda, o tio de Anabelle, apesar dele ser de caráter duvidoso, é o que cria o clímax de toda a história e finalmente me vi presa e com vontade de ler, mas infelizmente, o livro já estava chegando ao fim, que acaba de uma forma igualmente estranha e decepcionante.

Bem, foi isso, para quem gosta de romance e está procurando somente uma distração, o livro pode ser okay, caso vocês leem e gostem, venham me contar.

Att: Esse livro fez parte do clube do livro do mês de fevereiro, mês que comecei a participar e é realizado na cidade de Ribeirão Preto, para quem quiser saber mais sobre esse projeto mara é só clicar aqui e para saber mais do queridíssimo autor que idealiza esse projeto, Danilo Barbosa, é só dá uma olhada na página dele no Facebook.

site: http://entaotudoaconteceu.blogspot.com.br/
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Gabriela Amoroso 16/06/2014

Belleville
Belleville é um livro diferente de tudo que já li. Ele une presente e passado de uma forma mágica e consegue sensibilizar o leitor de uma maneira única.

O ano é 2014 e o protagonista é Lucius. Ele se mudou para uma antiga casa em Campos do Jordão com o intuito de fazer faculdade de matemática. Sem conhecer ninguém na cidade e entediado com as matérias que ele já dominava, Lucius começa a explorar a casa. Por obra do destino ele encontra uma caixa enterrada no terreno e dentro dela uma carta que vai mudar sua vida.

Em 1964, Anabelle morava sozinha nessa mesma casa, após a morte de seus pais. Suas únicas companhias eram seu gato (Tião) e suas velhas lembranças. Sabendo que o grande desejo de seu pai sempre foi terminar a montanha russa caseira que ele começou a construir no quintal, ela escreve uma carta, expressando seu desejo para que o próximo morador da casa termine de construir o sonho do seu pai.

Quando Lucius encontra a carta de Anabelle, ele fica tocado com a pureza da escrita e do desejo da garota. Sabendo que seria impossível terminar de construir uma montanha russa na sua posição atual, Lucius decide escrever uma carta para reforçar o desejo de Anabelle e deixar claro que o próximo morador precisa levar o desejo adiante. O que ele não imaginava é que sua carta seria respondida, por ninguém menos do que a própria Anabelle e daria inicio a um relacionamento improvável e encantador.

Confesso que o Lucius não me convenceu logo de início. Achei-o muito desanimado e desmotivado para alguém que acabou de entrar na faculdade. Mal as aulas começaram e ele já tinha perdido o foco e estava pronto para passar mais tempo em casa do que tentando fazer alguma coisa produtiva no curso.

Já Anabelle é uma daquelas personagens que é impossível não gostar. Ela é muito inocente, mas ao mesmo tempo tem muita força e determinação. É uma personagem que perdeu tudo, levou uma rasteira da vida e depois precisou passar por uma provação ainda maior. Nem por isso ela fica se lamentando e chorando pelos cantos. Anabelle é uma daquelas pessoas que encara a vida de frente.

Os capítulos alternam a narrativa entre Lucius e Anabelle. Essa narrativa em primeira pessoa consegue mostrar bem a confusão que os personagens sentem quando encontram as cartas. Nenhum dos dois encara isso de forma natural, e isso trás mais veracidade para o livro. Eles sabem que é impossível viajar para o futuro/passado, mas, ao mesmo tempo, eles estão recebendo pequenas provas de que nenhum dos dois está mentindo. O autor também teve toda uma preocupação com vocabulário e descrições que enriqueceram ainda mais a história.

Outro ponto bacana é quando Lucius, no auge de sua obsessão por Anabelle, passa sem saber por lugares que a garota frequentou cinquenta anos antes. Gostei bastante da experiência de imaginar os lugares e as pessoas no passado e no presente. Vale ressaltar que a edição do livro está uma graça. No início de cada capítulo existe uma pequena ilustração e a capa é totalmente condizente com a magia da história.

Como eu disse lá em cima, Belleville é uma história diferente. Une presente, passado, amor, confiança e descobertas. Tudo isso de uma forma fantástica e totalmente crível. É impossível não se encantar.

site: http://pitadadecultura.blogspot.com.br/
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Marina.Garcia 02/04/2015

Belleville conta a história de Lucius e Anabelle, dois jovens unidos pelo seu amor e pela vontade em construir uma montanha-russa. Apesar de viverem há 50 anos um do outro, ele encontram um meio de se corresponder, e ajudar um ao outro. Em meio as dificuldades e as provações ao amor dos dois. A história conta também com amizades inesperadas, um tio que não entende o que é ser família, a busca de sonhos e as maneiras como lidamos com a frustração.

Gente, estou apaixonada pela escrita de Felipe Colbert, e olha que quando escolhi o livro não sabia do que se tratava, e nem conhecia o autor, mas não me decepcionei nem um pouco. Não consegui largar o livro até que ele estivesse terminado. Que história surpreendente e cativante, que só mostra e comprova a competência dos autores brasileiros. Confesso que fiquei aflita em vários momentos da troca de correspondência entre Lucius e Anabelle, e em tantos outros momentos quis entrar no livro para poder ajudá-los de alguma forma. Sei que um livro merece cinco estrelas quando além de me cativar, me faz querer ser parte dele.

Outra menção honrosa a esta obra é a escolha de capa, que é linda e transmite todos os sentimentos de Anabelle em relação a montanha-russa. A edição e diagramação também são um ponto alto do livro, não encontrei erros de português e nem palavras fora do lugar, o que ajudou na dinamização da leitura.

Para mim, no entanto, o que deixou o livro mais especial foi a transcrição completa das cartas trocadas pelos dois amantes. A carta que é um gênero tão perdido, e muitas vezes ignorado nos dias de hoje, tem papel central na estória de Colbert, e não decepciona. Não existe nada melhor do que ler as palavras sinceras de dois amantes e poder conhecer o que se passa no íntimo de alguém, e esse recurso foi usado com maestria pelo autor.

site: http://ninaliteraria.blogspot.com.br/
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Fer - Mato Por Livros 02/07/2015

Um Amor Além do Tempo
Iniciei essa leitura bem ansiosa. Tudo porque minha amiga Mariane que indicou e disse que amou. Como sei que seu gosto é bem apurado para livros estava MUITO ansiosa.
Mas confesso que estava com um pouco de receio da leitura.

Eu já li o livro A Última Nota, obra do mesmo autor em parceria com a Lu Piras, e confesso que não gostei muito da obra. Na verdade meu problema foi o final (eu e esse meu problema com os finais). E enfim eu adorei a história, mas quando cheguei ao final acabei me decepcionando. Senti falta de uma explicação para os acontecimentos.
Eu gosto de histórias de fantasia, mas mesmo que sejam explicações surreais, eu necessito dessas explicações sabe? Será que vocês me entendem? Kkkk. Enfim é muito difícil explicar. Resumindo, eu gostei da obra, mas fiquei decepcionada com o final. Mas parece que terá uma continuação - eu espero que em breve, então, vamos ver como me sentirei.

Mas voltamos a falar de Belleville.
Quando comecei gostei muito da narrativa e da forma como Felipe me fez sentir já apegada a seus personagens. Mas confesso que a impressão lá da outra obra ficou, e por um momento eu quase desisti da leitura. Estava com medo de me decepcionar muito com seu final, tanto que cheguei a perguntar para minhas amigas lindas que já haviam lido, o que eu fazia.
E todas me convenceram a continuar.

Sorte a minha ter amigas tão boas e que sabem que conselhos dar.
Se eu houvesse abandonado a obra. Teria perdido uma história de uma beleza e sensibilidade singulares. Que obra bem escrita. Que história mágica e encantadora.
Um romance fantástico que me levou através de um mundo de sonhos, em uma viagem no tempo, que me fez acreditar que tudo é possível.

Viver por aqueles dias ao lado de Lucius e de Anabelle, me trouxe uma paz, uma sensação tão boa ao meu coração, que fica difícil explicar esse sentimento.
Apesar de existir na história um exemplo do que um ser humano pode ter de pior, fomos apresentados também ao que os seres humanos podem ter de melhor:
Seu amor pelo próximo, o dom de perdoar, de amar e de acreditar que tudo é possível quando sonhamos e temos fé, mas quando vamos atrás de nossos sonhos, sem deixar que os amargores da vida nos façam desistir.



Se o final teve uma explicação lógica ou surreal?
Não, não teve. Mas a forma como o enredo foi conduzido, não podia ter outro final. Ali uma explicação, acabaria com toda a magia, com todo o sonho. E uma obra tão especial, não poderia terminar assim.
Não vou comentar mais sobre esse final. Pois assim quebraria todo o encanto, toda a magia e fantasia que possa haver ainda em nossos corações.
Não vou dizer se foi um final triste ou feliz. Se me surpreendi ou se foi totalmente esperado. O que posso dizer é que o final nos manda procurar por novas histórias, novas aventuras.
E aqui me despeço de vocês. Talvez eu ainda possa encontrar minha Belleville.


site: www.matoporlivros.com.br
Mariane 02/07/2015minha estante
Owwwn fico tão feliz que amou Belleville!!


Fer - Mato Por Livros 02/07/2015minha estante
Ameiiii e obrigada por falar dele com tanto carinho a ponto de me fazer querer tanto lê-lo.

Beijosss




Marina @outononoslivros 19/07/2015

Uma viagem no tempo
Durante muito tempo ouvi falar positivamente deste livro mas acabei priorizando algumas outras leituras mesmo porque ainda não possuía o livro. Eis que em agosto do ano passado, na Bienal de São Paulo tive o prazer de conhecer o autor e acabei comprando o livro.
Quando lemos a sinopse do livro podemos compreender que a história é sobre Lucius e Anabelle, a troca de carta entre os dois e o sonho em comum de construir uma montanha russa chamada Belleville. Apesar de logo no início da sinopse informar que se pudesse Lucius aterrissaria em 1964 a fim de ajudar Anabelle, em nenhum trecho deste resumo deixa claro que Anabelle se encontra há 50 anos de diferença de Lucius e que ambos se correspondem através do tempo. Logo, este fato foi uma grande surpresa para mim. Entretanto isso acabou me incomodando um pouco pois me lembrou muito a história do filme A Casa do Lago com Sandra Bullock e Keanu Reeves no qual ambos se vivem na mesma casa em épocas diferentes e se correspondem através de cartas e acabam se apaixonando.
Mas voltando ao livro...
Lucius é um estudante de Matemática solitário e introvertido que se muda para uma casa em Campos do Jordão a fim de cursar a universidade. Nesta casa ele acaba encontrando vestígios de uma antiga moradora (Anabelle) bem como de um início de uma construção de uma antiga montanha russa (Belleville). Entre as coisas de Anabelle, Lucius encontra uma carta escrita pela mesma e resolve responde-la mesmo sabendo que a carta foi escrita há cinquenta anos. O que ele não esperava era que Anabelle receberia a carta. A partir deste momento a vida dos dois toma rumos inesperados e mágicos.
Neste livro somos transportados para Campos do Jordão e, ao final desta leitura apesar dos momentos de tristeza e ódio, me pego com um sorriso no rosto e uma vontade absurda de visitar neste inverno esta deliciosa cidade. Este não foi um livro que me arrebatou, mas é uma ótima escolha para uma tarde fria e um chocolate quente.
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