Belleville

Belleville Felipe Colbert




Resenhas - Belleville


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Adriana 12/07/2014

Muito bom!
Uma história sensível e bem escrita que me emocionou e me proporcionou horas de muita tensão e expectativa.
O final conseguiu me ganhar completamente, amei o desfecho.
Super recomendado!

site: http://bloggarotaecletica.tumblr.com/image/91603234891
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Marcela 25/02/2015

Surpreendente, inspirador e emocionante
É completamente fora de contexto, fora de explicações Físicas ou Matemáticas o que aconteceu nesse livro, mas acabei parando para pensar: Você acredita na razão ou na emoção? Eu sempre fui uma emotiva assumida, por isso, quando o livro começou a vingar e eu entendi a proposta do autor, simplesmente deixei-me levar. Eu gostaria de ter inventado, ou até ainda inventar, uma máquina do tempo ou algo milagroso como esse. Não só para conhecer de perto os costumes da época, mas para conhecer pessoas que já se foram. Entretanto, Lucius, mesmo não criando uma máquina do tempo, consegue se comunicar, em 2014, com Annabelle, 1964, por meio de cartas. Se você vai acreditar nessa história e não acha-la tão fantasiosa, depende. De qualquer forma, o autor vai te conquistar que o amor não tem razão, ele tem emoção.

Lucius acabou de entrar em umas das melhores faculdades de Matemática do país, Campos do Jordão. Decidido a fazer valer a pena cada centavo posto na sua conta pelo seu pai, um viúvo jardineiro, ele fará o possível para não se meter em problemas. Porém, quanto menos você procura, mais rápido o problema te encontra.
Para residência, acabou comprando uma casa abandonada. O terreno era bem explorador e no fim de um trilho que mais parecia uma grande mata, tinha uma construção parecida com uma... montanha-russa? Quem faria isso? Colocando a cabeça para funcionar, após encontrar uma foto de uma linda garota naquele galpão, ele desenterra uma caixa de madeira com detalhes em prata. Lá, havia uma carta. Annabelle, 1964.

Annabelle conheceu a morte de perto. Com 18 anos, é órfã e mora sozinha em uma casa relativamente grande para apenas uma garota e um gato preto. Antes de morrer, seu pai, um fotógrafo, sonhava em ir muito mais além do que registrar momentos felizes, ele queria ser responsável por esse momento. Para isso, no fundo de sua casa, decidiu construir uma pequena montanha-russa. Sua saúde, porém, não o deixou finalizar a obra. A filha então, decidiu escrever uma carta para o próximo morador. Lá, continha seu desejo de continuar a obra do pai, mesmo não conseguindo por relações financeiras.

Sendo o segundo morador da casa, Lucius encontrou a carta com o pedido de Annabelle. Comovido, porém, sem quaisquer dinheiro para levar a obra adiante, ele decide escrever mais uma carta e deixar para o terceiro morador, para que ele lesse, se apaixonasse e comovesse, e assim, levasse a montanha-russa pra frente. O que nenhum dos dois esperava, porém, era que essa carta ultrapassaria 50 anos, chegando nas mãos de Annabelle.

Uma troca de cartas deu origem a um sentimento completamente novo para ambos. Annabelle e Lucius, fugiam da solidão escrevendo cartas entre si, e além disso, uma paixão atemporal surge entre eles. Mas como lidar com um sentimento sem futuro? Annabelle e Lucius nunca se veriam, isso era fato. E suas trocas de correspondências, tanto surgiu do nada, como poderia sumir de repente.

Lutando contra seus princípios e a vontade do pai, Lucius começa a reconstruir a montanha-russa, apenas para fazer Annabelle, onde quer que ela esteja no presente, feliz. Ao mesmo tempo, a vida da garota começa a mudar com a chegada de seu tio Lino, um ex-marinheiro viciado em álcool, folgado e principalmente... maléfico.

Eu posso escrever uma resenha enorme, daquelas impossíveis de serem lidas em uma sentada só, e nada conseguiria descrever o que eu senti ao ler cada página desse livro nacional. Como vocês puderam perceber (espero), o livro não conta com um romance, e eu posso garantir que ele não é focado nisso. Existe uma relação amorosa, porém, o foque do livro vai muito além.

Nunca tinha reparado neste livro, muito menos nesta capa. Eu soube da existência dele, no fim do mês passado, quando fui pela primeira vez em um Clube do livro daqui da minha cidade. Como sugestão de uma das leitoras, esse livro e mais A garota mais fria de Coldtown serão debatidos neste sábado agora (28).

A obra é mágica. O autor, sendo homem, achei que traria uma história mais voltada á ação. Mas não foi isso que aconteceu. Felipe possuí um dom da escrita, um poder de disseminar suas ideias em páginas e páginas que te deixa boquiaberta. Não tem como não amar cada página.

Bem na metade do livro, a história começa a ter um desenvolvimento completamente diferente e muito mais dinâmico. O autor incrementou mistério e ação para cada linha e eu comecei a ter uma sensação de acolhimento com os protagonistas, principalmente Annabelle.

Se você está em dúvida entre ler este livro ou não, leia. Eu nunca dei nada a ele, e agora estou aqui, recomendando para todo mundo. Ele tem tudo: História, Física, Matemática, romance, drama, ação e cartas. O livro é recheado de cartas, o que, surpreendentemente, foi o que eu mais gostei na história. Aliás, acho que eu gostei de tudo.

Um dos melhores livros lidos em 2015 até agora!

site: http://ocantinholiterario.blogspot.com.br/
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RUDY 15/06/2014

Resumo sinóptico
Ainda estou sem fôlego com a intensidade que esse livro me transmitiu... Acabei de lê-lo e tive de vir logo fazer a resenha para não perder o sentimento de felicidade que sinto. Claro que não conseguirei imprimir em palavra a emoção que sinto, entretanto, vou tentar repassar o que uma boa leitura me causou.



E aqui vou ressaltar a impressão que vem crescente: nossos autores nacionais, não ficam a dever em nada aos autores estrangeiros. Tem sim criatividade, sentimentos e forma de expressões próprias e firmes e nos fazem viajar em uma boa leitura, a apreciar uma boa escrita, a divagar em uma estória fictícia e envolvente.



Ficção é um dos estilos de leitura que mais gosto desde a infância, onde até arrisquei escrever alguns contos. Agora... falo da boa ficção, bem escrita e até com uma certa lógica plausível. E juntar à ficção, um romance que transcende tempo e espaço, isso sim é usar a criatividade e imaginação.



Inexoravelmente Felipe Colbert soube usar a ciência física, os questionamentos de viagem no tempo, as leis de Einstein a favor da construção de um belo exemplar literário, onde a leitura instiga à pesquisa dos “buracos de minhoca”, das viagens atemporais e claro, ao impulso magnético de um amor verdadeiro que transporta as barreiras de espaço e tempo, tornando possível a realização de um sonho.



Para alguém como eu que tem uma visão romântica da vida e acredita em tudo até que provem o contrário, ler Belleville foi um presente. Presente sim, porque trouxe um refrigério aos momentos de tensão que tenho vivido, por ter me feito sonhar acordada e reavivar preceitos que havia esquecido durante um tempo...



É um livro bem escrito, um romance que transpassa 5 décadas com um final bem dentro do que é esperado.

Completo! É o que posso dizer...LEIAM!!!!E agradeço ao Felipe por tão boa ficção romântica perfilada em letras.




site: http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/2014/06/resenha-42-belleville-felipe-colbert.html
Michelle 05/09/2022minha estante
fiquei com vontade de ler




Lari 30/06/2014

Perfeito!!
Quando pequeno Lucius costumava trocar carta com sua mãe, fosse para falar pequenas ou grandes coisas, no entanto sua mãe faleceu e com isso ele perdeu o hábito e a vontade de escrever cartas. Estudante de matemática e ligeiramente "nerd" Lucius é um protagonista fascinante. A história começa com sua chegada em Campos do Jordão exclusivamente por causa de sua universidade em uma casa comum, até ele se deparar com o primeiro pilar de Belleville onde por um acaso descobre uma caixa contendo uma carta pedindo ajuda para construção de Belleville uma montanha russa inspirada na primeira montanha russa que usava carros ao invés de trenós nascida na França.

" [...] A não ser que eu passasse a acreditar em milagres alguém estava pregando uma peça em mim.[...] O autor da brincadeira tinha boa disposição e muito tempo de sobra, inclusive para copiar a letra da primeira carta. E eu não compreendia porque havia sido escolhido como alvo." - Página 59

Ele se sente tocado por esse pedido e depois de certo tempo resolve deixar uma carta ao próximo morador, pois ele não possuí dinheiro e nem equipamento para construir Belleville. Ao enterrar essa carta junto com a anterior ele nem poderia imaginar que uma surpresa o esperaria pouco depois aparece uma resposta aquela carta datada de 1964 e após muitas brigas tanto por parte dele quanto da antiga moradora eles acabam por acreditar que podem realmente se corresponder apesar da diferença de 50 anos.

Continue a ler no site.

site: http://penacomtinta.blogspot.com.br/2014/06/belleville-felipe-colbert.html
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Marina.Garcia 02/04/2015

Belleville conta a história de Lucius e Anabelle, dois jovens unidos pelo seu amor e pela vontade em construir uma montanha-russa. Apesar de viverem há 50 anos um do outro, ele encontram um meio de se corresponder, e ajudar um ao outro. Em meio as dificuldades e as provações ao amor dos dois. A história conta também com amizades inesperadas, um tio que não entende o que é ser família, a busca de sonhos e as maneiras como lidamos com a frustração.

Gente, estou apaixonada pela escrita de Felipe Colbert, e olha que quando escolhi o livro não sabia do que se tratava, e nem conhecia o autor, mas não me decepcionei nem um pouco. Não consegui largar o livro até que ele estivesse terminado. Que história surpreendente e cativante, que só mostra e comprova a competência dos autores brasileiros. Confesso que fiquei aflita em vários momentos da troca de correspondência entre Lucius e Anabelle, e em tantos outros momentos quis entrar no livro para poder ajudá-los de alguma forma. Sei que um livro merece cinco estrelas quando além de me cativar, me faz querer ser parte dele.

Outra menção honrosa a esta obra é a escolha de capa, que é linda e transmite todos os sentimentos de Anabelle em relação a montanha-russa. A edição e diagramação também são um ponto alto do livro, não encontrei erros de português e nem palavras fora do lugar, o que ajudou na dinamização da leitura.

Para mim, no entanto, o que deixou o livro mais especial foi a transcrição completa das cartas trocadas pelos dois amantes. A carta que é um gênero tão perdido, e muitas vezes ignorado nos dias de hoje, tem papel central na estória de Colbert, e não decepciona. Não existe nada melhor do que ler as palavras sinceras de dois amantes e poder conhecer o que se passa no íntimo de alguém, e esse recurso foi usado com maestria pelo autor.

site: http://ninaliteraria.blogspot.com.br/
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Fer - Mato Por Livros 02/07/2015

Um Amor Além do Tempo
Iniciei essa leitura bem ansiosa. Tudo porque minha amiga Mariane que indicou e disse que amou. Como sei que seu gosto é bem apurado para livros estava MUITO ansiosa.
Mas confesso que estava com um pouco de receio da leitura.

Eu já li o livro A Última Nota, obra do mesmo autor em parceria com a Lu Piras, e confesso que não gostei muito da obra. Na verdade meu problema foi o final (eu e esse meu problema com os finais). E enfim eu adorei a história, mas quando cheguei ao final acabei me decepcionando. Senti falta de uma explicação para os acontecimentos.
Eu gosto de histórias de fantasia, mas mesmo que sejam explicações surreais, eu necessito dessas explicações sabe? Será que vocês me entendem? Kkkk. Enfim é muito difícil explicar. Resumindo, eu gostei da obra, mas fiquei decepcionada com o final. Mas parece que terá uma continuação - eu espero que em breve, então, vamos ver como me sentirei.

Mas voltamos a falar de Belleville.
Quando comecei gostei muito da narrativa e da forma como Felipe me fez sentir já apegada a seus personagens. Mas confesso que a impressão lá da outra obra ficou, e por um momento eu quase desisti da leitura. Estava com medo de me decepcionar muito com seu final, tanto que cheguei a perguntar para minhas amigas lindas que já haviam lido, o que eu fazia.
E todas me convenceram a continuar.

Sorte a minha ter amigas tão boas e que sabem que conselhos dar.
Se eu houvesse abandonado a obra. Teria perdido uma história de uma beleza e sensibilidade singulares. Que obra bem escrita. Que história mágica e encantadora.
Um romance fantástico que me levou através de um mundo de sonhos, em uma viagem no tempo, que me fez acreditar que tudo é possível.

Viver por aqueles dias ao lado de Lucius e de Anabelle, me trouxe uma paz, uma sensação tão boa ao meu coração, que fica difícil explicar esse sentimento.
Apesar de existir na história um exemplo do que um ser humano pode ter de pior, fomos apresentados também ao que os seres humanos podem ter de melhor:
Seu amor pelo próximo, o dom de perdoar, de amar e de acreditar que tudo é possível quando sonhamos e temos fé, mas quando vamos atrás de nossos sonhos, sem deixar que os amargores da vida nos façam desistir.



Se o final teve uma explicação lógica ou surreal?
Não, não teve. Mas a forma como o enredo foi conduzido, não podia ter outro final. Ali uma explicação, acabaria com toda a magia, com todo o sonho. E uma obra tão especial, não poderia terminar assim.
Não vou comentar mais sobre esse final. Pois assim quebraria todo o encanto, toda a magia e fantasia que possa haver ainda em nossos corações.
Não vou dizer se foi um final triste ou feliz. Se me surpreendi ou se foi totalmente esperado. O que posso dizer é que o final nos manda procurar por novas histórias, novas aventuras.
E aqui me despeço de vocês. Talvez eu ainda possa encontrar minha Belleville.


site: www.matoporlivros.com.br
Mariane 02/07/2015minha estante
Owwwn fico tão feliz que amou Belleville!!


Fer - Mato Por Livros 02/07/2015minha estante
Ameiiii e obrigada por falar dele com tanto carinho a ponto de me fazer querer tanto lê-lo.

Beijosss




Marina @outononoslivros 19/07/2015

Uma viagem no tempo
Durante muito tempo ouvi falar positivamente deste livro mas acabei priorizando algumas outras leituras mesmo porque ainda não possuía o livro. Eis que em agosto do ano passado, na Bienal de São Paulo tive o prazer de conhecer o autor e acabei comprando o livro.
Quando lemos a sinopse do livro podemos compreender que a história é sobre Lucius e Anabelle, a troca de carta entre os dois e o sonho em comum de construir uma montanha russa chamada Belleville. Apesar de logo no início da sinopse informar que se pudesse Lucius aterrissaria em 1964 a fim de ajudar Anabelle, em nenhum trecho deste resumo deixa claro que Anabelle se encontra há 50 anos de diferença de Lucius e que ambos se correspondem através do tempo. Logo, este fato foi uma grande surpresa para mim. Entretanto isso acabou me incomodando um pouco pois me lembrou muito a história do filme A Casa do Lago com Sandra Bullock e Keanu Reeves no qual ambos se vivem na mesma casa em épocas diferentes e se correspondem através de cartas e acabam se apaixonando.
Mas voltando ao livro...
Lucius é um estudante de Matemática solitário e introvertido que se muda para uma casa em Campos do Jordão a fim de cursar a universidade. Nesta casa ele acaba encontrando vestígios de uma antiga moradora (Anabelle) bem como de um início de uma construção de uma antiga montanha russa (Belleville). Entre as coisas de Anabelle, Lucius encontra uma carta escrita pela mesma e resolve responde-la mesmo sabendo que a carta foi escrita há cinquenta anos. O que ele não esperava era que Anabelle receberia a carta. A partir deste momento a vida dos dois toma rumos inesperados e mágicos.
Neste livro somos transportados para Campos do Jordão e, ao final desta leitura apesar dos momentos de tristeza e ódio, me pego com um sorriso no rosto e uma vontade absurda de visitar neste inverno esta deliciosa cidade. Este não foi um livro que me arrebatou, mas é uma ótima escolha para uma tarde fria e um chocolate quente.
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Neiva 23/06/2014

Nunca mais olharei para uma montanha-russa sem lembrar de Belleville!
Lucius tem 20 anos e acabou de se mudar para Campos do Jordão, onde iniciará na faculdade de matemática, sua grande paixão. Em sua mente, como bom matemático que é, já está tudo planejado. Seu pai arranjou uma casa enorme e mau conservada onde será seu lar pelos próximos 5 anos. A casa está mesmo precisando de uma reforma ou uma repaginada que seja, uma vez que parece que ninguém habitou nela no último milhão de anos rsrs. Ainda bem que o corretor, na hora de lhe mostrar o imóvel, fez o obséquio de informar que o encanamento fazia um barulho assustador, do contrário Lucius teria se amedrontado, sozinho, naquela enorme espelunca. Verdade seja dita, apesar de estar naquelas condições, a casa lhe acolhia como um verdadeiro lar, Lucius se sentia em paz nela.
Nas imediações do terreno ele percebe uma construção que nunca foi acabada, aos seus olhos parece um projeto de uma montanha russa, mas como parece muito improvável, é apenas um leve pensamento.
Na faculdade, como calouro teve que enfrentar as gracinhas dos colegas, e como não se deixou intimidar, não demorou muito a criar inimizades com o grupo babaca de valentões.
Durante sua primeira semana, Lucius decide conhecer os arredores da casa onde está morando. Nos fundos do terreno, coberto por inúmeras árvores, ele encontra um velho galpão. Com dificuldade consegue abrir as portas emperradas e se surpreende com o que vê em seu interior. Logo sua atenção é chamada para uma moto Vespa, antiguíssima e decidi que irá mandar reformá-la e a usará para ir até a cidade e a faculdade (o lugar onde ele mora fica retirado da cidade).
Outra coisa que encontra dentro do galpão é um carrinho, ferramentas e o esboço de um projeto amador: sim, para sua total admiração o antigo dono da propriedade pretendia fazer no pátio de sua casa uma montanha-russa.
Lucius fica intrigado com tudo aquilo, mas como sua prioridade é a faculdade, decide usar um pouquinho do dinheiro que tem na poupança (para pagar todos os anos de faculdade) e arrumar a Vespa, assim facilitando-lhe a vida.
Ao avaliar a biblioteca abastecida de livros, ele não resiste e acaba retirando um da estante, só que ao fazer tal gesto, uma fotografia antiga cai de dentro do livro e ele se depara com a imagem de uma menina, de vestido, agachada com uma caixinha nas mãos. Mesmo a foto sendo em preto e branco ele pode jurar que a menina tem olhos verdes. Atrás da garota estava estacionada a Vespa e aos seus pés um buraco visivelmente recém escavado e uma pá atirada perto dali.
A curiosidade de Lucius foi a mil e quando se deu conta estava a procura do pilar do projeto da montanha-russa, onde calculava que a foto havia sido tirada. Escavou naquele ponto, sempre tendo a foto em mente e quase teve um ataque cardíaco quando encontrou a caixinha, a mesma que a garota segurava na foto. Mas o melhor ainda estava por acontecer: ao abri-la encontrou uma carta e ao lê-la levou um choque maior ainda. Era uma carta datada de 1964 onde a garota da foto pedia para que o próximo morador da casa realizasse o sonho de seu já falecido pai, terminando de construir a montanha-russa, que deveria se chamar Belleville.
Lucius não sabia se ria ou se chorava. Jamais teria condições daquele absurdo entretanto as palavras da garota o comoveram a tal ponto que decidiu escrever outra carta pedindo também ao próximo morador que realizasse o deseja da garota que agora ele sabia se chamar Anabelle. Enterrou a caixa e foi embora, ainda incrédulo.
Só que o fato de ter sido tão babaca a ponto de escrever uma carta e enterrar o deixou inconformado e no dia seguinte foi até lá para retirar sua carta. E algo inexplicável havia acontecido. Sua carta não estava mais lá, ao invés disso havia uma outra... acredite se quiser, de Anabelle.
No início ambos pensaram estar sendo vítimas de uma piada de mal gosto. Anabelle estava em 1964, Lucius em 2014, ou seja, não seria possível estarem trocando cartas com exatos 50 anos de distância no tempo.
Ainda assim eles seguem trocando cartas até que percebem que um já não pode mais viver sem outro. É então que Lucius percebe que está em suas mãos realizar o sonho do pai de Anabelle e por consequência o dela também. E decide construir Belleville.
Você pensa que terminou por aí? Que nada! O tio de Anabelle decide assumir a casa para si e ela é obrigada a seguir suas regras absurdas. Ela e seu gato Tião.
Juntos, com 50 anos a separá-los, ela e Lucius tentarão encontrar uma maneira de acabar com aquela história de ma forma pacífica.
Mas como poderão ficar juntos?
Vocês terão que ler para descobrir.
De minha parte, nunca mais voltarei a olhar para uma montanha-russa sem me lembrar de Belleville.


site: http://neivameriele.blogspot.com.br/2014/06/resenha-belleville-felipe-cot.html
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LAPLACE 15/09/2015

Belleville - Felipe Colbert
Belleville foi, até o momento em que escrevi essa resenha, o melhor livro que li em 2015, e a primeira obra que favoritei desde quase um ano de novas leituras. Eu já conhecia a escrita do Felipe Colbert através de A Última Nota, que ele escreveu em parceria com a Lu Piras, porém essa sua nova obra (que já não é a mais recente, pois ele já lançou o Para Continuar) me pegou de forma diferente.

Notei uma grande diferença na escrita do Felipe entre Belleville e seu outro livro que li. A forma como ele descreve a história de Lucius e Anabelle é singular, o autor faz com que criemos uma conexão e empatia com os personagens de um jeito que não me recordo de ter acontecido comigo antes.

No livro acompanhamos Anabelle e Lucius, que vivem em épocas diferentes. Ela em 1964 e ele em 2014. Apesar da diferença de período, os dois encontram uma forma de se comunicarem e um se torna o porto seguro do outro diante das dificuldades da vida que estão enfrentando. O choque de realidade entre eles é engraçado e fascinante, quando Anabelle fica sabendo pela primeira vez de termos como Internet. O Felipe trabalhou bem essas diferenças das duas épocas, não deixando nenhuma ponta solta.

O livro é realmente incrível, vale muito a pena conferir.
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Juliana 04/10/2015

Belleville conta a história de Lucius, um rapaz de 20 anos que se muda para Campos do Jordão para fazer faculdade. Ele aluga uma casa na cidade, desocupada há bastante tempo e toda mobiliada. Logo no começo de sua vida ali, ao mexer nas coisas que já estavam na casa, ele se depara com uma fotografia antiga e instigante, de uma garota segurando uma caixa, ao lado de um buraco recentemente cavado junto a um pilar de madeira.

Provocado pela fotografia e atraído pelo olhar da menina, que parecia encantadora, Lucius resolve verificar se o que quer que fosse que a garota havia enterrado ainda estava ali. Ao chegar ao fundo da casa, ele vê que a estrutura de pilares ainda se encontra no terreno e, então ele cava até encontrar uma caixa, com uma carta dentro.

Ao ler, Lucius descobre que a estrutura de pilares que ele vê são as fundações da construção interrompida de uma montanha-russa que o pai de Anabelle, a moça da foto e que escreveu a carta, pretendia construir para ela. Por ter sido interrompido em sua tarefa, por uma doença que o matou, Anabelle resolve escrever a carta, em um passo de fé, pedindo ao próximo morador que a encontrasse para terminar a construção.

Cinquenta anos se passaram desde que a carta foi escrita. Lucius, porém, comovido pela história que havia lido, quando encontrou os projetos da construção, que provavelmente haviam sido desenhados pelo pai de Anabelle, fica cismado com esse assunto e, apesar de suas poucas economias, resolve tentar realizar o sonho de Anabelle.

O livro é contado pela perspectiva de Lucius e de Anabelle. Separados por décadas, cada um conta uma parte da história de Belleville, a montanha russa de madeira que é o ponto de encontro desses dois personagens.

As cartas de Anabelle e de Lucius, por algum motivo, conseguem escapar às barreiras do tempo e tornam possível algo apenas imaginado, mas praticamente impossível de acreditar. Torcemos pela história de Belleville, ao mesmo tempo em que nos angustiamos pelo desejo de Lucius de atender o pedido de Anabelle, ainda que ela não possa desfrutar do seu presente.

A história é contada de forma bastante poética, com uso de um vocabulário rico, que dá ao livro um tom mais emocionante. Apesar de ter gostado da história, este não foi um dos livros que li tão rapidamente, não pela qualidade da escrita, mas sim, pelo estilo dramático, já que atualmente estou buscando leituras mais leves e descontraídas, para me animar.

Mesmo assim, Belleville é uma história linda, cuja leitura recomendo!

site: http://www.cafecomlivros.blog.br/2015/02/26/resenha-belleville-felipe-colbert/
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Gabriela Amoroso 16/06/2014

Belleville
Belleville é um livro diferente de tudo que já li. Ele une presente e passado de uma forma mágica e consegue sensibilizar o leitor de uma maneira única.

O ano é 2014 e o protagonista é Lucius. Ele se mudou para uma antiga casa em Campos do Jordão com o intuito de fazer faculdade de matemática. Sem conhecer ninguém na cidade e entediado com as matérias que ele já dominava, Lucius começa a explorar a casa. Por obra do destino ele encontra uma caixa enterrada no terreno e dentro dela uma carta que vai mudar sua vida.

Em 1964, Anabelle morava sozinha nessa mesma casa, após a morte de seus pais. Suas únicas companhias eram seu gato (Tião) e suas velhas lembranças. Sabendo que o grande desejo de seu pai sempre foi terminar a montanha russa caseira que ele começou a construir no quintal, ela escreve uma carta, expressando seu desejo para que o próximo morador da casa termine de construir o sonho do seu pai.

Quando Lucius encontra a carta de Anabelle, ele fica tocado com a pureza da escrita e do desejo da garota. Sabendo que seria impossível terminar de construir uma montanha russa na sua posição atual, Lucius decide escrever uma carta para reforçar o desejo de Anabelle e deixar claro que o próximo morador precisa levar o desejo adiante. O que ele não imaginava é que sua carta seria respondida, por ninguém menos do que a própria Anabelle e daria inicio a um relacionamento improvável e encantador.

Confesso que o Lucius não me convenceu logo de início. Achei-o muito desanimado e desmotivado para alguém que acabou de entrar na faculdade. Mal as aulas começaram e ele já tinha perdido o foco e estava pronto para passar mais tempo em casa do que tentando fazer alguma coisa produtiva no curso.

Já Anabelle é uma daquelas personagens que é impossível não gostar. Ela é muito inocente, mas ao mesmo tempo tem muita força e determinação. É uma personagem que perdeu tudo, levou uma rasteira da vida e depois precisou passar por uma provação ainda maior. Nem por isso ela fica se lamentando e chorando pelos cantos. Anabelle é uma daquelas pessoas que encara a vida de frente.

Os capítulos alternam a narrativa entre Lucius e Anabelle. Essa narrativa em primeira pessoa consegue mostrar bem a confusão que os personagens sentem quando encontram as cartas. Nenhum dos dois encara isso de forma natural, e isso trás mais veracidade para o livro. Eles sabem que é impossível viajar para o futuro/passado, mas, ao mesmo tempo, eles estão recebendo pequenas provas de que nenhum dos dois está mentindo. O autor também teve toda uma preocupação com vocabulário e descrições que enriqueceram ainda mais a história.

Outro ponto bacana é quando Lucius, no auge de sua obsessão por Anabelle, passa sem saber por lugares que a garota frequentou cinquenta anos antes. Gostei bastante da experiência de imaginar os lugares e as pessoas no passado e no presente. Vale ressaltar que a edição do livro está uma graça. No início de cada capítulo existe uma pequena ilustração e a capa é totalmente condizente com a magia da história.

Como eu disse lá em cima, Belleville é uma história diferente. Une presente, passado, amor, confiança e descobertas. Tudo isso de uma forma fantástica e totalmente crível. É impossível não se encantar.

site: http://pitadadecultura.blogspot.com.br/
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Gyovanna.Campelo 27/12/2015

Emocionante
Livro que te prende do início ao fim, aventura, ansiedade e desejo para que tudo no fim aconteça como eles imaginam. Muito bom!
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Rhaisa 16/02/2016

Resenha Belleville
"Quando você olha para a capa de Belleville a última coisa que espera é uma história fora do real. Achava que era um romance romântico, um casal vivendo a vida, algo simples e corriqueiro, MAS PELO AMOR! O que foi isso que eu encontrei? Uma história de destinos, de linhas traçadas, de amores destinados, de sofrimento, de alegria, de angústia e imaginação."
Continue lendo a resenha no blog: Livro? Só nas Férias

site: http://livronasferias.blogspot.com.br/2016/02/45-postagem-resenha-belleville.html
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