Cândido

Cândido Voltaire




Resenhas - Cândido


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Fabi 28/09/2023

É preciso cultivar nosso jardim
Como eu gostei de ler Cândido de Voltaire. Uma sátira filosófica em que eu comecei rindo em vários trechos e terminei pensando em como aquela passagem era séria e por incrível que pareça, atual. Enquanto Cândido, após ser expulso do "seu paraíso", percorre o mundo tentando driblar as peripécias da vida de forma a reencontrar Cunegunda, seu amor, Voltaire expõe suas críticas disfarçadas de alegorias hilárias. Críticas à sociedade, instituições, amor, amizade, hierarquia, classes sociais, privilégios, trabalho, escravidão, submissão, exploração... Um livro para ler em várias camadas. Gostei demais das mensagens de várias personagens. Duas frases me marcaram muito (mas não darei spoilers" "É por esse preço que vocês comem açúcar na Europa" e "É preciso cultivar o nosso jardim". Acredito que essa última cada um vai interpretar de um jeito. Os textos extras dessa edição nos ajudam a entender mais a importância da obra assim como as várias referências e inspirações futuras. Enfim, ótima experiência, um livro que não acaba na última página.
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Natália 24/09/2023

Será o melhor dos mundos possíveis?
Cândido é um livro de crítica à filosofia do Otimismo.
O personagem passa por deveras dificuldades e acontecimentos problemáticos, mas tendo aprendido que vive no melhor dos mundos possíveis, tenta justificar até o fim corriqueiro essa filosofia.
Foi uma boa leitura, as vezes me fazendo rir.
"concluiu que os humanos haviam nascido para viver em meio às convulsões da inquietude ou na letargia do tédio."
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Diogo Crema 14/09/2023

Cândido ou o Otimismo - Voltaire - França - 1759

Um sátira, muito bem escrita, com uma narrativa super veloz, onde Voltaire crítica, ridiculariza o pensamento Otimismo.

Precisamos lembrar, que o Otimismo na época de Voltaire era uma linha de pensamento filosófico, e não utilizado como nos dias de hoje.

Cândido, é claramente um ataque ao pensamento "fatalista", que tendia a justificar todas as coisas através de um "destino" ou uma "vontade divina".
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Renata 06/09/2023

Definitivamente Voltaire não é pra mim.
Foi um suplício do começo ao fim essa leitura não via a hora de terminar ???
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Tefi 06/09/2023

"Devemos cultivar o nosso jardim"
Cândido é um clássico citado em diversos outros livros e presente na lista de livros citados por Rory Gilmore em Gilmore Girls (Rory Gilmore Book Project) que fiquei extremamente feliz por ter lido.

O livro conta a história de Cândido, um otimista - no sentido filosófico do termo - que mesmo após perder tudo e passar por inúmeros sofrimentos, segue tentando acreditar que o mundo em que vive é o melhor mundo possível. A obra foi lançada em 1759, mas consegue conversar e é possível se traçar inúmeros paralelos com a contemporaneidade.

A história é engraçada, tem um ritmo frenético, com críticas a escravidão, a misoginia (mesmo sem tratar nesse termo), a nobreza, a igreja e a todos. É uma sátira em que tudo de ruim que pode acontecer IRÁ acontecer, mas o leitor ir enquanto acompanha.

Tem uma frase no livro que gostei muito, "Vamos trabalhar sem filosofar. É o único jeito de tornar a vida suportável", que pode ser traduzida pela máxima: a ignorância é a mãe da tranquilidade.

Cândido é um dos melhores livros que li em 2023, e a edição da Antofágica é primorosa como sempre. Preciso ressaltar os textos do posfácio que tornam a obra AINDA melhor, além das ilustrações, tradução original e dicas de novas leituras.

Assim como Cândido e a Europa após o lançamento do livro passaram a repetir a máxima "Devemos cultivar o nosso jardim", eu repito: leiam Cândido. É uma leitura indispensável para a formação de qualquer leitor.
Mel Fernandes 18/09/2023minha estante
Estou lendo ainda e estou adorando cada página.




Itallo Nardi 04/09/2023

A sátira como ferramenta de crítica
Um livro de muitas nuances onde, ao mesmo tempo, observamos que embora a vida possa ser suspensa por uma sucessão de desgraças quase finais para cada existência, há também alguma beleza irrefutável no caminho de, em meio a todos os desafios, "cultivar o jardim" - parafraseando o próprio livro.

Se a caneta de Voltaire, ao escrever esta obra obra, de tempo em tempo após tocar o papel, também pudesse cutucar de forma incomoda a pele de alguém, tal pele certamente seria a de Leibniz: no tempo e espaço dessa obra, Voltaire tem na sátira uma ferramenta de crítica ao sistema de Leibniz que enunciava que "tudo vai bem no melhor dos mundos possíveis". Pois, se tudo vai tão bem como pode ser, nenhuma outra afirmação jamais caberia - mas seguimos cultivando o jardim.
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Giovani 31/08/2023

Livro sensacional! Baita indicação do meu querido amigo Cairão. A história é envolvente e realmente nos faz pensar sobre a concepção relacionada à forma como enxergamos o mundo e a sequência de acontecimentos cotidianos.
A análise de Italo Calvino, em "Por que ler os clássicos", também é excelente:
"Hoje, em Candide, não é o 'conto filosófico' o que mais nos fascina, não é a sátira, não é o tomar forma de uma moral e de uma visão de mundo: é o ritmo" (...) "O grande achado do Voltaire humorista é aquele que se tornará um dos efeitos mais seguros do cinema cômico: o acúmulo de desastres a grande velocidade".
Leitura mais do que recomendada!!
Gustavo616 01/09/2023minha estante
10/10




William LGZ 26/08/2023

A resposta para os meus sofrimentos
Li este livro logo após um que me deixou realmente mal da cabeça e, apesar deste aqui não ter resolvido os meus problemas internos logo de cara, ele me mostrou um belo caminho para superá-los através de uma muito divertida e excêntrica sátira.

Aqui temos Cândido (que por sinal foi inspiração para o Candinho de "Êta Mundo Bom!") expulso de um luxuoso castelo após ter beijado a filha do barão, sua prima Cunegundes, e obrigado a desbravar um mundo caótico e cruel porém sempre seguindo os preceitos ensinados pelo seu mestre Pangloss, que afirma que embora as atribulações eles viviam no melhor dos mundos e sempre há algo de bom para se tirar em qualquer situação.

A graça do livro está no fato dessa filosofia ser realmente colocada à prova ao longo da narrativa das mais variadas e absurdas formas possíveis, o que faria até o mais positivo dos homens ficar completamente doido, entretanto o protagonista se mantêm convicto nos seus ideais e alcança uma conclusão e resolução espiritual que vale muito a pena acompanhar.

É uma leitura essencialmente cômica, e que vai divertir pela maior parte do tempo, mas que traz mensagens realmente muito boas e que engrandecem ainda mais a experiência. Para mim, uma obra-prima do gênero e definitivamente sugiro que todos a incluam em suas listas pois compensará demais!
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ares 22/08/2023

Foi uma leitura bem divertida, apesar de um pouco lenta.
A visão otimista do protagonista é destruída ao longo da narrativa, nos apresentando partes da filosofia de voltaire junto com a crítica a de leibniz, em, na minha opinião, uma narrativa bem inteligente.
Achei a história um pouco lenta por se tratar de um livro curto, mas os acontecimentos são tão aleatorios que chegam a ser engraçados.
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Luci_books 20/08/2023

Não peguei a vibe.
Conclui o livro apenas por ser uma leitura conjunta com algumas amigas, caso contrário teria abandonado pela metade. O ritmo do livro é muito repetitivo, um capítulo é de pura desgraças e no próximo a situação se ameniza, por aí vai? assim como todos os livros tem sua mensagem e seus pontos fortes, mas aos meus olhos ressaltou muito os pontos baixos. Pretendo ler sobre a obra e sobre Voltaire em um futuro próximo para compreender melhor este clássico.
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Marina629 18/08/2023

Um otimismo ingênuo
Sabe, "Cândido, o Otimista" é daqueles livros que te pegam de surpresa e, quando você percebe, já está completamente envolvido na história. Eu não esperava que um livro do século XVIII pudesse ser tão atual e ter tanto a ver com a minha própria vida.

Acompanhar as desventuras do Cândido me fez refletir sobre como a gente enfrenta situações difíceis com um otimismo muitas vezes ingênuo, assim como ele. É como se a vida estivesse sempre nos testando, lançando desafios absurdos e a gente, teimosamente, insistindo em ver o lado bom das coisas.

E aquela busca incansável pelo "melhor dos mundos"? Quantas vezes eu mesma me vi perseguindo algo parecido, talvez não em lugares exóticos como ele, mas na busca por um emprego perfeito, um relacionamento ideal, uma vida sem problemas. E no final, percebi que essa busca frenética muitas vezes nos impede de enxergar a beleza nas pequenas coisas, nos momentos simples que a vida nos oferece.

E não posso deixar de falar da ironia afiada do Voltaire, que critica com maestria a sociedade da época e suas instituições, revelando a hipocrisia e a falsidade por trás de tudo. Isso me fez pensar em como ainda hoje, tantas coisas continuam igualmente absurdas, e como muitas vezes precisamos de um olhar mais crítico para enxergar além das aparências.

Em resumo, "Cândido, o Otimista" é uma obra que me fez rir, me fez refletir e, acima de tudo, me fez sentir que não estou sozinha nessa jornada de encarar a vida com um sorriso, mesmo quando as coisas parecem estar desabando ao nosso redor. É como se o próprio Cândido fosse um espelho da nossa busca constante por um mundo melhor, mesmo que às vezes isso pareça um pouco ingênuo demais.
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Thai 15/08/2023

Cândido, ou o otimista foi uma surpresa muito agradável para mim, esperei ler uma obra extremamente difícil e que seria praticamente impossível compreende-la, entretanto a obra é muito cativante e surpreendente, arranca risos e um tanto de angustia do leitor. Uma sátira muito bem construída que impacta desde o início. É impressionante ler uma obra de um filósofo como Voltaire, do século XVIII e ela ficar cessante na mente, é simplesmente a magia por trás da eternidade que é a literatura.
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Fabio.Nunes 07/08/2023

Contra a positividade tóxica do sec XVIII
Cândido, ou o otimismo - Voltaire
Editora: Antofágica, 2021

Quer ler um livro leve e engraçado em um ou dois dias?
Quer começar a ler clássicos mas não sabe por onde?
Seus problemas acabaram.

Voltaire nos brinda com esse pequeno livro, porém uma gigantesca obra, publicado nessa belíssima edição pela editora Antofágica, em que acompanhamos Cândido, nosso protagonista, uma pessoa ingênua, idealista e bem-intencionada numa aventura por vários lugares do mundo.
Uma sátira com forte carga de humor onde o autor faz emergir várias discussões profundas por meio de uma história leve e fluida, ainda que trágica, e que resistiu ao desgaste do tempo.

Voltaire, com a publicação deste livro em 1759, critica a escravidão, o tráfico negreiro, o clero, a guerra, a igreja católica, a nobreza, a submissão das mulheres aos caprichos dos homens (por estupro, escravidão e prostituição) e, acima de tudo, critica a filosofia de Leibniz e Alexander Pope, que entendiam que o mundo já era sua melhor versão possível, ainda que com todos os males (Voltaire contra a positividade tóxica).

Atenção para os únicos locais onde Cândido presencia a felicidade: exatamente onde a civilização europeia não espraia seus tentáculos.

Uma obra muito prazerosa e que pode nos levar a interessantes reflexões.

"É preciso cultivar o nosso jardim".
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palomalm14 21/07/2023

Até onde chegará/te levará o seu otimismo?
Iniciei a leitura totalmente tranquila, sem gerar expectativas e deixando-me ser conduzida por Voltaire e as percepções de cada personagem ? o posicionamento de Cândido não é o único que existe.

Na narrativa, as críticas são pontuadas de forma bem-humorada, há várias referências históricas/filosóficas/literárias e o leitor é induzido a várias reflexões fundamentais e, algumas vezes, até dolorosas.

Que experiência agregadora! A obra é instigante, sarcástica e inteligente. É possível enxergar o amadurecimento dos personagens, as mudanças comportamentais e, inevitavelmente, crescer e transformar-se junto com eles.
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_bbrcam 14/07/2023

Que experiência foi essa!!!!!
Eu simplesmente AMEI esse livro, mesmo tendo começado sem esperar nada! Tem tantas camadas que mal posso explicar em um texto aqui, mas COM CERTEZA um livro que consegue misturar sátira e críticas com muito equilíbrio. A tradução FICOU MUITO boa! Sem palavras!
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