Cândido

Cândido Voltaire




Resenhas - Cândido


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igsuehtam 15/12/2023

"As sombras realçam as cores"
Tá todo mundo sofrendo, morrendo, doente, sendo traído, fugindo de guerra, sendo atacado, mas ele está lá, dizendo que esse é um dos melhores mundos possíveis!

Mesmo com tanta coisa ruim acontecendo é um livro rápido e engraçado. Livro muito bom. Com certeza mais pra frente vou reler. Trás muitas reflexões que não dá aqui.
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joanadarkcruz 12/12/2023

Reconhecido como a obra máxima de Voltaire, Cândido, ou o Otimismo investe no deboche para satirizar a tolice dos filósofos e a petulância dos poderosos.
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Maria6328 06/12/2023

Voltaire é meu mais novo autor preferido.
GENTE PENSA NUM LIVRO BOM. MAIS MUITO BOM DE LER.
Eu particularmente me apaixonei pela filosofia, e pensava que livros de filosofia era só uma falação que nunca chegava num destino. Mas eu conheci esse carinha por meio de um outro livro - A vida invisível de Addie Larue. E nossa eu pensei - Ah vou pesquisar sobre esse autor né e caí na Amazon onde ele estava caríssimo e pesei, - Kindle - dele ter. Fui no Kindle e no que eu deparei? CÂNDIDO E OTIMISMO. Na hora eu peguei para ler kakaka e foi o livro de filosofia que eu li com mais gosto e interesse da minha vida.

Depois que eu comecei a ler pensei hum blz o cara sabr escrever e sabe ser um cara de honra né. E engatei a ler.

Para as considerações do livro eu pensei muito com ele, tanto porque o livro constrói a escrita com palavras simples e comparações "comuns" de se entender facilitando a leitura.

Ele propõe coisas simples, e transforma esse pensamento numa complexidade que eu fiquei pasma de ler kakakak. O cara é um gênio. Ainda porque no final do livro tem os autores e tradutores explicando o livro. Para o melhor compreendimento.

As referências que ele colocava eram geniais e a forma em que ele colocava. Nossa eu amei isso.

Vou deixar umas partes que eu marquei para vocês entenderem do que eu estou falando:

Eu li Cândido em uma manhã. E foi mais um reencontro do que uma descoberta. Este livro esteve do meu lado o tempo todo. Ele escrevia em 1700 e pouco, mas falava exatamente do mundo em que eu vivia. E o mundo que eu vivia para odiar.

a explicação é simples: se Deus é bom e Deus criou o mundo, logo o mundo é bom. Mas o mundo filosófico não bate com o mundo de verdade.

Sem spoiler, mas com um pouquinho de spoiler: este livro é pior do que um episódio de Game of Thrones.

A sátira não tem compromisso com resolver nada. A sátira só aponta e ri. Ri de si mesma, inclusive, quando é boa sátira. Sabe aquele ditado ?quando você aponta um dedo para alguém, outros quatro dedos apontam para você?? A sátira é isso, mas menos boazinha. A posição da mão se inverte: aponta quatro dedos para os outros e deixa um mindinho de ridículo voltado para si mesmo.

?otimismo?, conceito novo no século XVIII, usado para evocar as pessoas que acreditavam que Deus havia criado o melhor mundo possível e que tudo tinha um motivo para existir/acontecer.

todos os que afirmam que tudo está bem falam uma besteira. Deveriam dizer que tudo está em seu melhor estado possível.

? É preciso ? dizia ele ? que os homens tenham corrompido um pouco a natureza, pois eles não nasceram lobos, apenas se tornaram lobos. Deus não deu a eles canhões enormes nem baionetas, eles fabricaram baionetas e canhões para se destruírem. Eu poderia também lembrar as bancarrotas e a justiça, que toma os bens dos falidos para frustrar os credores.

O senhor não acredita no livre-arbítrio? ? perguntou o homem. ? Sua Excelência vai me desculpar ? disse Pangloss. ? Mas a liberdade pode conviver com a necessidade absoluta. Pois era necessário que fôssemos livres, já que, no fim, a liberdade determinada? Pangloss estava no meio da frase quando o membro da Inquisição fez um sinal de cabeça a seu funcionário, que lhe serviu vinho do Porto ou d?Oporto.

?Assim que as minhas companheiras puderam caminhar, elas foram obrigadas a andar até Moscou. Eu fui entregue a um boiardo28, que fez de mim jardineira e me dava dez chicotadas por dia.

Quis me matar cem vezes, mas ainda estou viva. Essa fraqueza ridícula talvez seja uma das nossas tendências mais funestas: pois será que há algo mais estúpido do que carregar continuamente um fardo de que queremos sempre nos livrar? Ter horror ao próprio ser, mas se agarrar a ele? Enfim, acariciar a serpente que nos devora até que ela coma o nosso coração?

Faça um agrado a si mesma: peça a cada passageiro para lhe contar a sua história. E, se a senhorita encontrar um único que não tenha o costume de amaldiçoar a própria vida, que não tenha dito a si mesmo muitas vezes que era o mais infeliz dos homens, me jogue de cabeça no mar.?

Quando não temos onde cair mortos em um mundo, temos que procurar no outro. É um prazer enorme ver e fazer coisas novas.

É um jesuíta, é um jesuíta! Vamos nos vingar e fazer um belo banquete! Vamos comer jesuíta, vamos comer jesuíta!

? O que é otimismo? ? perguntou Cacambo. ? Ai de mim! ? disse Cândido. ? É o furor de defender que tudo está bem quando estamos mal.

Há um caos, uma pressa em que todos buscam o prazer e quase ninguém o encontra, ao menos pelo que vi.

A música de hoje é apenas a arte de executar coisas difíceis, e o que é apenas difícil não agrada no longo prazo.

Perguntei algumas vezes aos sábios se eles se entediavam tanto quanto eu durante a leitura. Todas as pessoas sinceras me confessaram que o livro lhes caía das mãos, mas que ainda assim era preciso tê-lo na biblioteca como um monumento da Antiguidade e como as medalhas enferrujadas que não podem ser vendidas.

Eu só leio por mim. Só gosto do que me é útil.

É ? respondeu Pococurante. ? É bonito escrever o que pensamos. É um privilégio da humanidade.


? Eu queria saber o que é pior: ser violentada cem vezes por piratas negros, ter uma nádega cortada, ser espancado pelos búlgaros, ser chicoteado e enforcado em um auto de fé, ser dissecado, remar em uma galé, ou seja, passar por todas as infelicidades pelas quais todos passamos, ou ficar aqui sem fazer nada? ? É uma boa pergunta ? respondeu Cândido. Aquele discurso fez nascer novas reflexões, e Martinho, especialmente, concluiu que os humanos haviam nascido para viver em meio às convulsões da inquietude ou na letargia do tédio. Cândido não concordou, mas também não afirmou nada. Pangloss confessou que sempre havia sofrido muito, mas, depois de defender que tudo era o melhor possível, ia continuar sustentando aquilo, apesar de não acreditar naquela máxima.

O trabalho afasta de nós os três grandes males: o tédio, o vício e a necessidade.

? Vamos trabalhar sem filosofar ? concluiu Martinho. ? É o único jeito de tornar a vida suportável.


Voltaire ridiculariza o que, para ele, representaria um desatino. Embora fosse homem de ação, o poeta filósofo expunha seu crescente desalento diante da sucessão de percalços, sofrimentos e tragédias que surpreendiam os cidadãos. Por meio de sua pena ferina, nosso autor espinafra as teorias que insistiam em ver algum sentido para tanto padecimento. A miséria e a dor estão em toda parte.

O leitor tem em mãos não apenas um livro que o auxilia a compreender os debates e as polêmicas do século 18, mas também uma obra literária provocativa, engenhosa e instigante. Lemos e relemos Cândido com curiosidade e prazer. E o mais impressionante é que essa obra, de uma época tão distante da nossa, convida-nos
a refletir sobre a vaidade humana, o papel fundamental do conhecimento baseado em fatos comprováveis em detrimento de crenças e fanatismos, a importância de cultivarmos um espírito crítico e o respeito às diferenças.

A maneira veloz de narrar antecipa o cinema cômico do século 20, cuja comicidade é criada pela rápida sucessão de infortúnios do protagonista, dissociando o riso do leitor da reação lamuriosa do protagonista em face ao sofrimento.

Cândido é, portanto, muito mais do que apenas uma paródia filosófica, do que a sátira de uma doutrina filosófica transformada em moda naqueles anos terríveis em que se desenrolava a Guerra dos Sete Anos. O conto, como paródia do romance, é também paródia do amor: o amor de Cândido por Cunegunda se desfaz com o tempo e uma série de sofrimentos que marcam o corpo da antiga amada. No primeiro capítulo, o desejo de Cândido e a relação entre Paquette e Pangloss são corporais. São a pele e as formas de Cunegunda que seduzem o jovem Cândido, bem como são as lições de física experimental (ato sexual) de Pangloss a Paquette que inspiram as carícias entre os dois jovens. Não há sentimento amoroso, são relações epidérmicas. Ao final do conto, o desejo de Cândido de desfrutar de uma relação com a mais bela das princesas deste mundo se desfaz juntamente com a juventude e beleza de Cunegunda. O tempo do conto, que tarda a fazer efeito sobre o caráter de Cândido, rapidamente marca Cunegunda em seu corpo e, logo em sua primeira reaparição, ela já não é mais uma jovem, mas uma mulher experiente e sofrida. Ao final do conto, nada de amor, nada de beleza, apenas o respeito pela palavra dada e pelas desventuras por que passou para chegar até ali.

Recomendo a leitura para todods aqueles que querem começar a ler filosofia.
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Salim 01/12/2023

Crítica mordaz
"Tudo vai bem no melhor dos mundos." A crítica mordaz constante, presente no livro, me remeteu a outro livro, que também gostei muito, que é "As Viagens de Gulliver". Ridendo castigat mores, ou seja, é através do riso que se corrigem os costumes...
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Sofia136 22/11/2023

Cândido ou o Otimismo
A leitura, apesar de ser do Voltaire e bem filosófica, é muito fluida. A filosofia é abordada por meio de um pequeno conto tragico e engraçado que é super fácil de acompanhar cada parte. Tem 30 capítulos e 132 páginas, cada capítulo tem umas 3 ou mais páginas e um título que resume o próximo acontecimento. Muito bom para saber como era o pensamento de Voltaire. Se você conhece filosofia e história vai gostar das referências. Rápido de ler!
Sofia136 22/11/2023minha estante
E não parece com uma leitura filosófica como dostoiévski, é bem mais direto KKK não sei se isso é bom ou ruim mas apenas um ponto um pouco surpreendente




Erica.Barone 18/11/2023

Um verdadeiro clássico. Como um livro escrito no século XVIII diz tanto sobre o homem do século XXI. Será a natureza humana imutável? Será que sempre estaremos cercados de guerras, de fanatismo religioso e cobiça? Felizes sao somente os ingênuos e alienados!
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Matheus Andrade 29/10/2023

Cândido ou o otimismo
Cândido, um moço belo, nascido e criado em um dos maiores e belos castelos já existentes da Alemanha, era ele uma pessoa doce, educada, inteligente e otimista. Tendo uma educação exemplar com um dos maiores professores e filósofos da época, e uma alma e espírito rico, sua vida era vivida em um paraíso terrestre, era um dos criados da corte e até um suposto filho da irmã do rei barão, dono do castelo conhecido como o paraíso terrestre. Sua vida mudará de rumo quando, o mesmo se apaixonara pela filha do barão uma certa "princesa" do castelo, era ela uma mulher gordinha, linda e bela, voltada para a ciência e com um desejo de se tornar uma sábia, a mesma se apaixonara por Cândido e com um beijo ela o beijara. A vida de Cândido começou a mudar naquele instante, o barão viu aquela cena com maus olhos e com pontapés, murros e até com linguajas impróprios o expulsou o mesmo do seu paraíso e, sua filha só não a fez expulsá-la. Sua vida era como água, limpa, pura e cristalina, agora se tornará como água suja, podre. Provações, medo e angústia. Tudo isso, por ser expulso do paraíso por amor e, agora vivendo como "mendigo" e vendo e vivendo em um mundo como realmente é. Já não era do jeito que Deus o fez.

Romance, conto ou filosofia, chamem do que quiserem, o mesmo tem tudo em um pequeno livro. Com filosofias sobre a vida otimista e pessimista de personagens adeptos a suas próprias vidas.

Cândido: (personagen principal) aprendiz de um filósofo, aprenderá que a vida será, estará bem como realmente ela é, apesar das dificuldades, aprenderá que será a melhor forma de inspiração para viver otimista.

Panglos o filósofo: Ensinará para Cândido sua filosofia de que tudo está nos conformes mesmo estando ruim, verá que, sua filosofia não é bem isso que pensa quando se passara por muitíssimas dificuldades, provações e misérias existentes no mundo.

Martinho: um homem que não acredita no que Pangloss ensina e nem oque Cândido aprendeu. Sua filosofia será que, o homem só suportará viver, seja ela na riqueza ou na pobreza com tédio, remorso ou angústias.
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Vehalcantara 27/10/2023

1001 Livros Para Ler Antes de Morrer | Cândido, O Otimismo
Que livro incrível! Nunca na minha vida eu achei que iria rir tanto, especialmente de um livro que eu não teria lido se não tivesse me deparado com 1001LPLADM.
Sério, foi tão engraçado ver o otimismo do Cândido mesmo diante da pior das situações, uma ironia do autor, imagino eu.
E os acontecimentos tão absurdos que nem seriam verossímeis, mas que fortaleciam os motivos do Cândido para continuar sendo positivo. Na contramão, Martinho dizendo que tudo era horrível, sério, achei que iria chorar de tanto rir com os diálogos entre os dois.
Eu esperava um livro denso, chato e arrastado. Ganhei risadas, reflexões e um livro que vou levar para a vida. Amei!!!!
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Giulendo 24/10/2023

Cândido, ou o Otimismo
Primeiro livro de Voltaire que li. Não foi lá a melhor surpresa do mundo, então não está nos meus planos repetir a experiência tão cedo.
"Cândido, ou o Otimismo" é uma leitura forçadamente dinâmica, fácil e irônica, cheia de temas discutíveis e interessantes. É lenha na fogueira dos debates.
O problema é que, para mim, o livro pareceu mais discursivo do que qualquer coisa. Entendi o que Voltaire quis trazer, mas a que custo? Não me diverti ou me envolvi na história, lendo o livro como se lê algo didático. Falta emoção e poesia.
Recomendo "Cândido, ou o Otimismo" para pessimistas e fãs de filosofia.
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Mel 18/10/2023

1° Voltaire
Simplesmente sensacional! Muito bem escrito, em ritmo alucinante, trazendo muitas e muitas reflexões filosóficas pelo caminho. ?Este é o melhor dos mundos possível?. Que livro!! Digno de releitura!
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elliot's tornados 13/10/2023

Esse livro critica a filosofia da sua época, Cândido sempre pensando com otimismo, inclusive sempre procurava pela Cunegundes, sua amada! é um bom livro
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Giovanavski 13/10/2023

É um livro bem diferente do que eu imaginava.
Muitas vezes engraçado, tem uma história cativante, mas um pouco cansativa com tantas idas e vindas de Candido. Aconteceu um milhão de coisas em um livro tão pequeno. Interessante!!
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Igor13 09/10/2023

Segunda leitura e achei ainda melhor
Gostei ainda mais porque nos anos de intervalo li muitos livros históricos. Inclusive comecei e não terminei uma biografia de Voltaire.

O livro critica sua época, mas ainda é válido nos dias atuais.
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