Um teto todo seu

Um teto todo seu Virginia Woolf




Resenhas - Um Teto Todo Seu


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Gabi.Rodrigues 20/02/2024

?uma mulher escrever? o que de bom viria de sua escrita??
Escrito em 1928, ?Um Teto Todo Seu? trata-se de um ensaio que se refere à condição necessária para que as mulheres possam desenvolver seu potencial criativo e intelectual de forma independente, simbolizando não apenas a necessidade de um espaço físico privado, mas também a independência financeira e emocional que permite que as mulheres sejam livres para explorar suas próprias ideias e expressar sua voz sem restrições externas.

A obra é uma verdadeira fusão de crítica literária, história social e autobiografia, enquanto Virgínia Woolf examina as condições materiais e intelectuais que moldaram e limitaram as mulheres ao longo dos séculos. Com uma sensibilidade única, a autora nos convida a reconhecer e celebrar as vozes silenciadas de tantas escritoras ao longo da história, sob o julgo de uma sociedade estritamente é extremamente patriarcal.

Woolf sugere que a opressão das mulheres e a negação de suas realizações foram fundamentais para a autoestima masculina, pois a existência de uma classe subjugada serviu para reforçar a sensação de poder e controle dos homens sobre a sociedade. Além disso, escreve sobre o impacto psicológico e emocional da opressão sistemática das mulheres, destacando como a falta de liberdade e oportunidades pode minar a confiança e a autoestima das mulheres, impedindo-as de alcançar seu pleno potencial.

Em suma, "Um Teto Todo Seu" de Virginia Woolf continua a ser uma obra seminal que ecoa através do tempo, desafiando-nos a questionar e desmantelar as estruturas de poder patriarcais que limitam o potencial das mulheres. Ao celebrar as conquistas das mulheres e ao mesmo tempo reconhecer as barreiras que ainda enfrentam, "Um Teto Todo Seu" continua a ser uma chamada à ação para a realização da plena igualdade de gênero e para a criação de um futuro onde todas as pessoas possam florescer livremente, sem limitações impostas pelo gênero.
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Clarice 15/02/2024

Uma mulher escrever? mas o que de bom viria de sua escrita?
"mas ela está viva, pois os grandes poetas nunca morrem; são presenças duradouras, precisam apenas de uma oportunidade para andar entre nós em carne e osso. essa oportunidade, acredito, está agora ao alcance de vocês."
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ThaynA 14/02/2024

A dificuldade das mulheres em terem um teto todo seu????
O livro tem um desenvolvimento muito bom, mas como não sou tão acostumada em ler esse tipo de livro, para mim, se torna um pouco arrastado. Mas a construção dos pensamentos da autora é muito boa e pautada sempre com fatos.
Era muito complicado uma mulher escrever um livro com toda a responsabilidades impostada a ela antigamente (e quem sabe ainda nos dias atuais), e o livro vai além desse ponto. O livro é realmente bem interessante.
-"... Se Shakespeare tivesse tido uma irmã de igual talento, teriam os dois as mesmas possibilidades de trabalho?" (Sabemos que não)
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thalitaab 08/02/2024

Ela vive em vocês e em mim"
Já tinha experiência em leituras de clássicos antes de ler esse, mas sinceramente é bem cansativo os capítulos. No entanto, isso não tira o mérito e a grandiosidade desse livro, principalmente para nós mulheres. Obra muito moderna e inteligente, que não só demonstra a dificuldade da mulher de se tornar escritora, porém também muitos outros desafios e o grande patriarcado existente na época descrita e até hoje.
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Amado Livro da Lua 07/02/2024

Alguns trechos favoritos
Uma mulher escrever? Mas o que de bom viria de sua escrita??

?Por que, após tantas conquistas, ainda quero ser mais e melhor do que sou??

?Dê-lhe um espaço, um teto todo seu e quinhentas libras por ano, deixe que ela diga o que lhe passa na cabeça e deixe de fora metade do que hoje ela inclui, e ela escreverá um livro melhor algum dia.?

?Quando vasculho minha própria mente, não encontro sentimentos nobres sobre sermos companheiras e iguais e influenciarmos o mundo para fins mais elevados. Descubro-me dizendo, breve e prosaicamente, que é muito mais importante ser aquilo que se é do que qualquer coisa. Não sonhem influenciar outras pessoas, eu diria, se soubesse fazê-lo de forma mais brilhante. Pensem nas coisas como são.?
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Gabriela3837 03/02/2024

Destaques favoritos:
?Considerando que Mary Carmichael não era um gênio, mas uma garota desconhecida escrevendo o primeiro romance numa quitinete, sem ter o suficiente do que seria de desejar?tempo, dinheiro e ócio?, ela não se saiu mal, pensei. Dê a ela mais cem anos, concluí, lendo o último capítulo?o nariz e os ombros descobertos das pessoas apareciam sob um céu estrelado, pois alguém havia puxado as cortinas da sala de estar?, dê-lhe um espaço, um teto todo seu e quinhentas libras por ano, deixe que ela diga o que lhe passa na cabeça e deixe de fora metade do que ela hoje inclui, e ela escreverá um livro melhor algum dia. Será uma poetisa, disse eu, colocando A aventura da vida, de Mary Carmichael, no final da prateleira, dentro de cem anos.?

Minha legenda (reduzida) para meu post em Londres kkk

?A indiferença dos pés apressados as teria apagado em meia hora. Aqui vem um menino de recados; ali, uma mulher com o cachorro na coleira. O que fascina nas ruas de Londres é que não há duas pessoas semelhantes; cada uma parece comprometida com seus assuntos particulares. Havia os negociantes com suas sacolinhas; os andarilhos batendo seus bastões nas grades da região; personagens amáveis, para quem as ruas eram um clube, saudando os homens nos coches e dando informações pelas quais ninguém perguntara. Também havia cortejos fúnebres, aos quais os homens, subitamente lembrados da efemeridade do próprio corpo, tiravam o chapéu. E um cavalheiro muito distinto que descia devagar as escadas e parou para evitar uma colisão com uma senhora agitada que havia, de um jeito ou de outro, adquirido um esplêndido casaco de pele e um buquê de violetas-de-parma. Todos pareciam à parte uns dos outros, absortos nos próprios afazeres. Nesse momento, como acontece em Londres com frequência, houve uma completa calmaria e a suspensão do tráfego. Nada descia a rua; ninguém passava. Uma única folha desprendeu-se do plátano no final da via e, durante aquela pausa e suspensão, caiu. De alguma forma, era como se um sinal caísse, um sinal indicando a força de coisas despercebidas. Parecia apontar para um rio que, correndo invisível, contornando a esquina, descendo a rua, apanhava as pessoas e as redemoinhava, como a correnteza em Oxbridge havia apanhado o estudante em seu barco e as folhas mortas. Agora trazia de um lado para o outro da rua, na diagonal, uma garota de botas de couro de montaria, e depois um jovem de sobretudo castanho; também trouxe um táxi, e trouxe todos os três juntos a um ponto exatamente abaixo da minha janela, onde o táxi parou, a garota e o jovem pararam e entraram no táxi, e então o carro deslizou como se tivesse sido varrido pela corrente para outro lugar.?

* O posfácio foi fantástico
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Gio 02/02/2024

Gosto do jeito que a Virginia consegue colocar o ponto de vista feminino mas chega uma hora que fica cansativo?
Nao sei se é o fato de ser um ensaio ou sei lá
No mais, gostei da leitura
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Nina 02/02/2024

Livro maravilhoso!! Virginia Woolf tem uma sensibilidade incrível, o jeito que ela percebe as coisas é muito avançado para a sua época, sempre lutando por aquilo que acredita. Gênia
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elis_amancio 31/01/2024

Um bom livro
Este é meu primeiro contato com Virgínia Woolf. Confesso que por alguns momentos divaguei na leitura como a própria autora, hahaha.

O livro é ótimo. Apesar de curto há realmente muitas divagações que parecem fugir ao tema central. Percebo que livros adaptados de palestras e discursos, tendem a ter esta característica ou será que tem a ver com o autor?

As reflexões de Woolf sobre a mulher e a literatura nestes poucos séculos que temos informações da escrita feminina é bem importante. Me fez ter interesse em ler mais a própria Virgínia - que fim trágico ela teve ? - Jane Austin e George Eliot. Autoras clássicas que ainda não li.

Gostei ainda mais da parte final do livro, das conclusões dela incentivando a escrita e produção literária de mulheres e a parte do diário. Que precioso ler as sensações dela à época da palestra, revisão e lançamento de Um teto todo seu. E não é que ela acertou no que pensou de como seriam as críticas sobre o livro?

Muito bom, recomendo.
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yasmin 31/01/2024

Gostei muito da leitura! foi minha primeira vez lendo a autora e achei a escrita bem fluida. além disso, parece ser algo bem à frente de seu tempo a maneira como ela questiona a posição do homem e da mulher na sociedade é pertinente
giuraposinha 31/01/2024minha estante
quero ler esse amg vc acha q combina comigo?


yasmin 01/02/2024minha estante
giu, ele é mais informativo, sabe? pra falar da situação da época. talvez vc gosta




Na Tancredi 29/01/2024

Faltou qualquer coisa
Infelizmente não to me dando bem com a Virginia.

Em Um teto todo seu ela começa dizendo que vai falar sobre isso, sobre as condições materiais das mulheres e a relação disso com a escrita. E no final ela age como se tivesse falado. Mas no desenvolvimento ela nao fala nada com nada, não competa nada, não diz quase nada. Ela divaga demais. Quando parece que ela vai chegar em algum lugar ela desvia e começa outra coisa e no fim não temos nada. Ao terminar de ler só me pareceu que ela tava em cima do muro, que queria desviar da pergunta feita (e desviou muito bem) sem nunca responder e me tentar na verdade. Fiquei muito decepcionada. O posfácio da Noemi Jaffe foi muito mais prazeroso de ler.
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Karina599 26/01/2024

Magnífica
Que isso, Sra. Woof!!!!!!! Lacrou muito no final!!!! Que escrita senhoras e senhoras.
Só não foi 5 estrelas porque o capítulo 1 foi um pouco lento pra mim e me desanimou de cara, mas todo o restante valeu muito a leitura.
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Patty 26/01/2024

Incrível
Achei muito interessante a análise dos textos clássicos feito pela Virginia, deve ter sido uma experiência incrível assistir esse discurso na época em que ela apresentou.

Uma mulher só precisa de dinheiro e de um teto todo seu para que possa escrever textos tão bons ou melhores do que aqueles escritos por homens.

Toda mulher deveria ler e entender o que nos torna diferente de homens, toda a cobrança que recebemos desde nossos primeiros anos de vida.
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Baconzitas 26/01/2024

Parabéns aí para quem gostou
Aqui foi um parto para terminar de ler

Leitura tranquila, linguagem fácil e acessível, tema pertinente

Mas achei chatão, não faz meu estilo
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Diego 22/01/2024

O texto é um seminário realizado pela autora para falar sobre as mulheres e a literatura. Ela esboça uma história da literatura feminina na Inglaterra, demonstrando que a escrita feminina era fortemente influenciada pelas condições materiais das mulheres. Daí o título da obra, uma mulher para ser escritora precisa ter uma renda e um quarto onde possa estar sozinha enquanto escreve, para não ser incomodada.

O mais interessante é a forma da narrativa. É um ensaio/palestra que pode ser lido como se fosse um romance. Com uma série de tiradas irônicas e muita perspicácia, ela constrói seu argumento através de uma história fictícia que inventou sobre uma estudante universitária que está tentando se tornar escritora e se lança em uma pesquisa para entender a relação entre as mulheres e a literatura. Primeiramente compara a diferença de tratamento recebido nas faculdades tradicionais, que à época eram exclusivamente masculinas, e nas faculdades permitidas às mulheres. Depois passa a explorar a crítica literária e os livros produzidos acerca das mulheres pelos homens. Passa então a analisar a escrita feminina propriamente dita.

Apesar de ter sido escrito há quase um século, algumas questões levantadas ainda seguem muito pertinentes.
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