cindyy28 26/04/2024
Velhos hábitos morrem gritando.
Um livro doloroso mas muito necessário.
Esse é um livro curtinho que mostra apenas o ponto de vista da Lily pela primeira vez na vida sem o Loren. Achei extremamente importante esse período ser narrado pra ver como a Lily iria se sair agora que estava pra lidar sozinha com os próprios problemas.
Eu adorei como tive um vislumbre de como a Lily é separada do Loren e seu processo de melhora. Óbvio que ainda não está perfeito, mas foi um início bom, um pontapé inicial que ela precisava.
Esse livro se tratou, do início ao fim, sobre a Lily arrumando forças dentro de si pra lutar contra seu vício e aceitar que pode receber ajuda. Foi muito importante pra ela começar a fazer terapia e se comprometer com o seu tratamento, se preocupar consigo mesma também além do Lo.
Fiquei muito orgulhosa do progresso que a Lily conseguiu fazer, jogando a pornografia fora, permanecendo celibatária por 90 dias e finalmente se abrindo pra um profissional ajudá-la. Claro que haviam momentos em que ela tinha problemas até porque recuperação não é um mar de rosas. Aquela cena dela se masturbando loucamente no barco, não conseguindo parar e depois entrando em colapso nervoso por isso acabou comigo. Nem consigo imaginar como deve ser passad por um vício mas tenho noção do quanto é difícil, principalmente com algo natural do corpo. Mas me deixou feliz ver ela se comprometendo e querendo melhorar, diminuindo aos poucos e reeducando a si mesma para controlar seu vício.
Pra ela obviamente tava sendo muito difícil e foi bem angustiante ler as cenas dela em pânico e chorando querendo melhorar mas as vezes falhando. Tentando abandonar um hábito e um vício que está com ela quase sua vida inteira. Lily passou mais tempo sendo viciada do que tem de idade e isso é triste demais. Ela nesse livro a total demonstração de que velhos hábitos morrem gritando.
Eu estava muito curiosa pra saber como iria ser abordado essa questão do vício dela com a terapeuta mas fiquei muito satisfeita como foi tratado. A terapeuta não tentou medica-la e mostrou que ela precisa controlar isso, estar no controle da situação. Ainda não entendi muito bem como isso vai funcionar, mas pelo que percebi ela vai começar a regrar o sexo e reeducar a si mesma sobre a prática até reequilibrar naturalmente seus niveis de ocitoxina. É muito legal isso porque a terapeuta em momento nenhum proibiu ela de ter sexo com o namorado, inclusive acha isso errado, porque como falado, é algo natural do corpo e de relacionamentos. Celibato não é indicado nesse tipo de vício. Eu to achando fascinante como tá sendo abordada essa questão porque tenho MUITA curiosidade sobre como isso vai funcionar.
Também tô curiosa pra se vão descobrir a raiz do vício da Lily, o que despertou isso nela e se foi algo que despertou. Tenho minhas teorias de que tem algo haver com rejeição familiar mas não vou falar muito disso até ter certeza, porque pode nem existir um motivo e ser algo inexplicável do corpo e da mente dela. Mas enfim, quero muito que as narrações de sessões de terapia continuem porque tá muito interessante acompanhar isso.
Eu tô muito curiosa pra saber como vai ser a dinâmica dela e do Loren agora que ele tá saindo da reabilitação porque tebho certeza que vai ser desafiador para os dois. Pro Loren porque ele vai ter que lidar com a vida sem dinheiro e ter acesso livre ao álcool e pra Lily por ter o Loren ali a disposição pra sexo e ter que se segurar.
Enfim, nesse livro tiveram mais cenas de Connor e Rose e queria exaltar de novo esse casal porque eles são INCRÍVEIS. Eles roubam a cena toda vez que aparecem, meu deus como pode?! To ansiosa demais pro livro deles!
E a Daisy apareceu bastante nesse livro e eu queria bater nela toda vez. Meu deus, será que aos 15 anos eu também era insuportável assim? Puuta merda! Eu queria entrar no livro e socar a cara dela o tempo todo. Sei que é normal pra idade dela ser uma chata mas ela passa de TODOS os limites. Ela é uma pirralha chata, mimada e egoísta, louca por atenção. A cena dela despirocando no meio da viagem e indo pular de um penhasco foi ridícula, torci secretamente pra ela morrer ali mesmo só pra eu não precisar mais ler sobre ela.
De qualquer forma, foi uma leitura sensível mas agradável. Confesso que to apreensiva pro próximo e com muito medo de recaída dos dois, mas to colocando minhas esperanças e torcendo para que eles enfim achem uma forma de se ajudar sem que sejam tóxicos e codependentes um do outro.