spoiler visualizarSaulo.Fragoso 29/01/2023
Como aconteceu no final de Revelada, Zoey fez uma burrada muito grande e, sentindo-se extremamente culpada, entregou-se à polícia de Tulsa para receber sua punição. Na prisão, acredita que o que merece é a morte, então isola-se e pede para não receber a visita de ninguém, inclusive de vampiros. Obviamente, seus amigos, namorado e sua avó não iriam permitir que ela ficasse se lamentando enquanto há coisas muitos piores acontecendo na cidade.
Neferet está mais poderosa do que nunca. Também está completamente louca, e essa loucura está a levando a cometer atos terríveis e repugnantes. Ela auto-intitulou-se Deusa das Trevas e está decidida a criar um templo e adquirir muitos adoradores, nem que para isso ela precise se utilizar do medo e de suas nojentas criaturas das trevas. Assim, ela começa a espalhar o caos a partir do centro de Tulsa, fortificando-se e tornando-se cada vez mais difícil de ser vencida.
Zoey e seu círculo precisam estar muito unidos nesse momento se quiserem realmente derrotar Neferet. Mas Zoey é a única vampira no mundo que tem poder suficiente para enfrentar a poderosa ex-Grande Sacerdotisa de Nyx e ela precisa descobrir sozinha como fazer isso. A magia antiga é a solução para seus problemas, mas Zoey se recusa a usar novamente a pedra da vidência depois dos males que causou quando foi afetada por ela.
Com o apoio de seus amigos, o conhecimento das vampiras Sacerdotisas que estão ao seu lado, a sabedoria de sua avó e sua intensa ligação com Nyx, Zoey precisa descobrir como controlar suas emoções e sentimentos para que consiga utiliza a magia a seu favor, encontrando assim uma forma de libertar o mundo de uma vez por todas das crueldades de Neferet.
O enredo começa bem lento, mais da metade do livro é enrolação sobre o drama da Zoey e os surtos da Neferet, que eram meio chatos de acompanhar, então o livro demorou para prender minha atenção. Quando a ação começou de fato, eu até consegui achar interessante. Não achei o desfecho grandioso como eu esperava para uma série tão longa, mas ele foi satisfatório. Eu consegui imaginar formas piores de acabar enquanto ia lendo, então gostei do que as autoras bolaram para finalizar a história. Porém, continuo achando que 12 livros é demais. Elas podiam ter enxugado mais a enrolação e ter feito livros menores e mais interessantes.
A narrativa é em primeira pessoa nos capítulos que são narrados pela Zoey e em terceira pessoa nos demais. Acompanhamos o ponto de vista de diversos outros personagens, principalmente da Neferet, então sabemos tudo que está acontecendo na história, tanto do lado bom quando do mau. Sempre tem muitos momentos de reflexão de cada um, e acho que é isso que acaba tornando a leitura mais lenta.
A diagramação está boa, seguindo os outros livros da série, com letras grandes e páginas amareladas. Encontrei vários erros de digitação ao longo da leitura, mas nos anteriores também já havia notado. Apesar de dizerem que essa capa é a mais bonita da série e que o dourado é especial, eu nunca gostei muito dessas capas. Sempre achei simples demais e não muito significativas.