Mila F. @delivroemlivro_ 17/11/2011
Mensagem
Mensagem, Fernando Pessoa, São Paulo: Martin Claret, 2010, 176 pág.
Mensagem, publicado originalmente em 1934, foi o único livro de Fernando Pessoa editado em vida. Fernando António Nogueira Pessoa, conhecido como Fernando Pessoa, nasceu em Lisboa no ano de 1888 e faleceu, também em Lisboa, no ano de 1935. É considerado um dos maiores poetas da Língua Portuguesa e, por conseguinte, da literatura universal.
Esta obra de Pessoa é composta por poesias de cunho nacionalista dividida em três partes, a primeira é denominada Brasão e é subdividida em: Os Campos, Os Castelos, As Quinas, A Coroa e O Timbre; a segunda parte é denominada Mar Português e a terceira parte em O Encoberto, também subdividida em: Os Símbolos, Os Avisos, Os Tempos.
Em toda a extensão do poema nos deparamos com alusões a mitos (como o do Sebastianismo) e nomes de personalidades históricas de Portugal bem como suas proezas. Também é saliente na obra certo misticismo, elementos cabalísticos e a própria poesia está envolta de um teor épico. Como é um poema em que se pode identificar um sentimento nacionalista é completamente banhado da história portuguesa e, portanto, compete que o leitor deste poema tenha certo conhecimento da história de Portugal para que assim possa compreender o poema.
O poema Mensagem é relativamente curto, mas é de imensa grandeza histórica e literária. Ainda presente nesta edição da Martin Claret, a qual tive acesso, podemos encontrar uma Antologia composta de Poesias de Fernando Pessoa Ele Mesmo; Poesias Inéditas; Poesias de Alberto Caeiro (incluindo O Guardador de Rebanhos); Odes de Ricardo Reis; Poesias de Álvaro de Campos.
Em suma, apesar de apresentar uma linguagem culta e necessitar de um conhecimento prévio sobre a história de Portugal, Mensagem, trata-se de uma obra riquíssima, e devo admitir que quando mais leio Fernando Pessoa, percebo que é cada vez mais há coisas para se descobrir dele, sua obra vastíssima é um espólio para toda a humanidade. Não poderia deixar de indicar esse clássico para todos os amantes de poesia, pois continuo fiel a minha postura de que os clássicos têm muito a nos ensinar e merecem ser lidos!
Camila Márcia