A festa da insignificância

A festa da insignificância Milan Kundera




Resenhas - A Festa da Insignificância


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Luna e o caos 29/02/2020

Amei
Conhecer Milan Kundera foi fantástico, essa obra é, sem dúvida, um favorito da minha vida! O caráter poético e filosófico, a capacidade de me fazer questionar e colocar uma pulga atrás da orelha, ter uma leitura não para passar o tempo, mas para me questionar e pensar sobre depois. Era quase que impossível largar o livro. Foi fantástico!
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Adriana 07/02/2020

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Gosto muito desse autor e da forma como ele conversa com os leitores ou talvez consigo mesmo. Neste livro observamos o quanto a insignificancia é prevalente em nossos dias e tudo bem ser assim. Que sejamos sábios em reconhecê-la e que saibamos conviver com ela em tempos de redes sociais. Leitura que flui rapidamente, porém não é fácil, precisa ser contemplada e digerida... vou ter que reler algum dia.
De todo jeito foi uma alegria reencontrar Kundera, autor de um dos meus livros preferidos: A insustentável leveza do ser.
Fábio Justus 07/02/2020minha estante
Muito bom, vou lê-lo!




eglair 27/01/2020

O amor ao que é inútil e/ou a desilusão pela humanidade.
A existência humana é realmente insignificante. Se você ainda não se deu conta disso, perceberá de imediato ao ler este breve livro sobre a comédia humana. Com o modo de vida contemporâneo – repleto de futilidades – nada mais essencial do que cultivar o amor ao inútil, ao insignificante.

Com uma narrativa despretensiosa, Kundera nos leva a momentos de reflexões suaves, retratando com humor irônico temas como o erotismo, narcisismo, esquecimento e a desilusão pela humanidade.

Kundera navega com naturalidade entre Paris de hoje e a União Soviética de Stálin, numa narrativa de ensaio. Gosto muito deste gênero.

Me apaixonei pelo estilo de Kundera ao ler “A lentidão”. Neste caso, senti que fui tirada da zona de conforto e pude participar intensamente da narrativa. Gosto da maneira gentil e constante que ele imprimi em seus romances. Sempre fico pensando dias depois sobre o que li e volto para rever alguns momentos que ficam registrados na memória.

No caso de “A festa da insignificância”, senti que Kundera reuniu intencionalmente ideias sutis, escritos diversos e os “catalogou” como insignificantes, resolvendo assim fazer a sua festa.

Quando um escritor mistura filosofia, arte e sociologia, é muito fácil abrir um abismo entre seu texto e o leitor, mas Kundera faz isso com uma maestria experiente e pacificada. Sinto que essas características tão envolventes torne seu texto fácil de ser lido, mas com um grau de reflexão amplificada.

Não levar o mundo à sério – além das percepções sobre o erotismo do umbigo – são as ideias que mais gostei. Achei uma leitura prazerosa, suave e despretensiosa, algo para “filosofar” e se aventurar no melhor que a insignificância pode proporcionar.

site: https://devaneiosliterarios.wordpress.com/
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Vanessa - @livrices 24/10/2019

Tente decifrar a insignificância.
Tive uma relação bem curiosa com esse livro. O vi pela primeira vez na biblioteca de São Carlos, me interessei pela beleza da edição (quem nunca?) e abri em uma página aleatória. Cai na passagem em que um dos personagens conta uma anedota atribuída a Stalin, sobre as 24 perdizes. Fiquei intrigada, mas estava com pressa, e passou. Recentemente, o vi novamente na biblioteca municipal daqui. Teria passado batido mais uma vez, não fosse a boa e velha folheada: me depararei com um livro todinho rabiscado pelo antigo dono. Pronto. Um papel que conversou tanto com seu leitor não pode ser desinteressante (para o bem ou para o mal). Então, claro, trouxe pra casa, e, realmente... o livro é surpreendente!

Pra começar, já confesso que com certeza não compreendi a totalidade da obra. Aliás, se alguém entendeu, meus sinceros PARABÉNS (cê é foda mesmo!).

O autor apresenta quatro amigos, personagens principais, cujas histórias vão e voltam entre lembranças marcantes da infância e episódios atuais. São capítulos curtos, com algumas ligações entre si, mas sem tanta linearidade. Na verdade, os personagens aqui pouco importam, tanto é que só sabemos os respectivos nomes e outras coisas sem importância. Os amigos são meras representações metafóricas do que o autor pretende abordar.

Kundera, que foi expulso do partido comunista por duas vezes, na Rússia revolucionária, se exilou na França, e lá permanece até hoje. Nessa linha, A festa da insignificância tem um forte viés crítico ao regime stalinista, pontuando sempre a limitação não só da liberdade, mas, principalmente, da espontaneidade do povo (exemplificada, no livro, pela perda da capacidade de compreender piadas e lidar com o humor).

Descrevendo situações e acontecimentos aparentemente simples, o autor, já com seus oitenta e poucos anos, por meio de metáforas (muitas delas ainda indecifráveis para mim), aborda também temas como a falta de sentido nos comportamentos dos jovens atuais, na busca de preencherem todo o seu tempo com futilidades e, ao mesmo tempo, apresentarem um descaso com a história e memória de seu país e do mundo. Em outros momentos, desmascara a vaidade e a ilusão a ela inerente, alfinetando a duvidosa solidariedade que demonstramos diante daqueles que sofrem e, por outro lado, a instrumentalização do falso sofrimento por aqueles que, porque felizes, não são aceitos. A desgraça sempre encontra amigos a lhe amparar, mas a alegria genuína raramente é suportada pelos outros.

Entrelaçando umbigos, Kant, Hegel, Eva, individualismo, inveja, esperança, orgulho, culpa, angústia, erotismo, nacionalismo, vinhos e abortos simbolizando utopias e ~desculpâncias~ (só lendo para entender!), o autor coloca em xeque a essência do ser humano, que, seja ela qual for, é insignificante.

(insta @livrices)

site: https://www.instagram.com/livrices/
Ana Clara 26/04/2020minha estante
Adorei a resenha, identifiquei muito a minha experiência de leitura. Quando terminei que percebi que já te seguia na sua conta no insta e tudo fez sentido! haha Curto muito seu trabalho, parabéns! ?


Vanessa - @livrices 27/04/2020minha estante
Oi, Ana Clara! Que bom que se identificou! Seu recadinho alegrou o meu dia :) obrigada! beijos!!




gabi 19/09/2019

insignificante
a insignificância, meu amigo, é a essência da existência. Ela está conosco em toda a parte e sempre. Ela está presente mesmo ali onde ninguém quer vê-la:nos horrores, nas lutas sangrentas, nas piores desgraças. Isso exige muitas vezes coragem para reconhecê-la em condições tão dramáticas e para chamá-la, é preciso amar a insignificância, é preciso aprender a amá-la".
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Alessandra @euamolivrosnovos 14/06/2019

Fiquei no vácuo.
Primeiramente, gostaria de salientar que essa não é uma resenha fácil de fazer pois, além de ser meu contato inicial com Milan Kundera, me deparei com um livro um tanto quanto difícil de compreender. Portanto, serei apenas breve nos meus comentários.

São diversos temas jogados ao acaso, não havendo nesse romance começo, meio ou fim, o que atrapalha na hora de absorver alguma coisa substancial do livro.

Temos alguns amigos discutindo e refletindo sobre assuntos diversos em capítulos extremamente curtos. De stalinismo a ausência materna, muitas vezes não há congruência ou conexão nos temas abordados, o que me deixou perdida e sem saber o que de fato estava lendo.

Encontrei resenhas dos mais variados sentimentos em relação a essa leitura, com pessoas achando o melhor livro já lido na vida e aqueles que, como eu, estão achando que pegaram o bonde andando sem saber onde parou.

A escrita é super agradável e gostosa, devo esse elogio ao autor, mas só posso avaliar melhor se me identifico com ele depois de ler outro romance e, aí sim, formular melhor a minha opinião.

Talvez tenha faltado alguma maturidade para que eu pudesse ter um entendimento melhor de tudo. Se alguém já tiver lido e quiser discutir um pouco o que achou esse espaço estará aberto para você!

site: https://euamolivrosnovos.blogspot.com
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belaffig 27/02/2019

"E nós vamos viver, em nosso milênio, sob o signo do umbigo..."
Entre anjos caídos e umbigos, nossa história começa. Se bem que, não tem bem um começo, nem bem um fim. Milan Kundera, com sua escrita de certo modo vaga e direta, que no começo estranha mas logo adquire uma leve fluidez, nos coloca em meio a um enrolar de contos que não possuem uma data certa, que podem acontecer em qualquer época, com qualquer pessoa.

E é exatamente isso que os encontros e desencontros dos quatro amigos, seus passados entremeados com o passado da História — afinal, não é tudo a mesma coisa? — e seus futuros tão incertos quanto qualquer amanhã. Em suma, todos somos os mesmos. E a vida é um eterno ato de se deleitar em sua própria insignificância, enquanto anjos caem, e governos são derrubados, e ditadores se levantam, e a História se repete de novo e mais uma vez. E seguimos, nesse emaranhado de repetições, à procura de algo especial, de alguém especial, de um encontro, de um adeus. Nossos personagens sem feições, com nada além de um nome (e nenhum sobrenome), somos nós. O quanto fazemos parte do desenrolar da grande festa da vida? O quanto ela faz parte de nós?
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Leandro 28/12/2018

Rápido e interessante.
Apesar de eu nao ser tão bom com referências históricas, eu gostei bastante do livro. Os capítulos pequenos tornaram a leitura fluida e emocionante em muitos capítulos. Muito bom para relaxar e se divertir. Recomendado!
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Biblioteca Álvaro Guerra 16/10/2018

"Apesar do sentimento de compaixão que experimentara no fim do encontro no Jardim de Luxemburgo, Ramon não podia modificar o fato de que D’Ardelo pertencia à espécie de pessoas que não lhe agradavam. E isso, mesmo tendo ambos uma coisa em comum: a paixão de encantar os outros; de surpreendê-los com uma reflexão engraçada; de conquistar uma mulher na presença deles. Só que Ramon não era um Narciso. Ele gostava do sucesso, mas ao mesmo tempo tinha medo de despertar inveja; gostava de ser admirado, mas fugia dos admiradores".

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!



site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/978-85-359-2466-4
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Valeska 10/03/2018

As vinte e quatro perdizes e umbigos....
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Felipe 24/01/2018

À lá Kundera
Não me pegou tão bem quanto "a insustentável leveza do ser". Mea culpa, talvez porque seja muito mais complexo do que posso entender agora. Mas ainda, percebe-se, é uma obra muito rica.
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Nádia 02/05/2017

#resenhapomarliterario A festa da insignificância
"A redescoberta de um sentimento que havia muito ele deixara de experimentar era para ele de uma indizível beleza."
Eu sou um pouco suspeita pra falar sobre os livros do Milan. A escrita dele me fascina do início ao fim. O dom de falar sobre as complexidades do humano e da vida de maneira simples e bem humorada é incrível.
Eu sabia que ia amar o texto por ser Kundera (♥) e por se tratar de algo que acredito faz tempo: a importância de enxergar nossa insignificância torna a vida mais leve e feliz e mais: ele valoriza muito o bom humor e critica a futilidade do mundo. Já posso entrar em êxtase? Além disso, o livro mostra a beleza de se envelhecer destacando que não dar importância é o melhor caminho possível.
Apesar de ser intitulado romance e contar a pseudo história de 5 amigos que se reencontram em Paris na idade madura, o livro na verdade mascara alguns contos, crônicas e fragmentos poético-filosóficos. Com passagens extremamente interessantes e bem humoradas, transitando entre a Paris de hoje em dia e a União Soviética de antigamente, o autor continua lúcido e sarcástico. O texto provocador dessa obra, consegue fazer com que o leitor ria de si mesmo, consequentemente da sua própria insignificância.
Indizível amor ♡

site: https://www.instagram.com/p/6c92lwGv0o/?taken-by=pomarliterario
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Jéssica - Janelas Literárias 25/03/2017

Depois de mais de 10 anos sem publicar romances, eis que Milan aparece com "A Festa da Insignificância". O autor tcheco que vive atualmente na França, foi expulso de seu país de origem pelo Partido Comunista em 1970. Kundera já ganhou diversos prêmios e tem como obra-prima o livro "A Insustentável Leveza do Ser". Reconhecido por sua narrativa filosófica e crítica, reúne fãs por todo o mundo.

"Por que Kundera é um dos poucos grandes escritores vivos? Porque, para ele, entre a filosofia e a literatura não há diferença" (Kierkegaard, Nietzsche)

Ao contrário de "A Insustentável Leveza do Ser", o livro "A Festa da Insignificância" não adentra tão intensamente nas mentes dos personagens, mesmo porque é bem mais curto e conta com o mesmo número de personagens ou até mais que o primeiro. Na verdade, parece que os personagens e seus pensamentos estão ali apenas para dar vazão às críticas encontradas no livro. De resto, o estilo de Kundera permanece o mesmo, escrita simples, mas com requinte, crítico e suave.


De maneira eclética e por vezes despretensiosa, "A Festa da Insignificância" retrata eventos cotidianos da vida de Alain, Charles, Calibã e Ramon, que se vem imersos em uma sociedade cada vez mais vazia e insignificante.

A erotização do umbigo, "o charme secreto de uma doença grave", uma suicida que, epifanicamente, se torna uma homicida, as dificuldades de entendimento entre pessoas de tempos diferentes, são temas que Kundera, incrivelmente e a seu modo, consegue conectar e explorar.
"-- A inutilidade de ser brilhante, sim, eu entendo. -- Mais que inutilidade. Nocividade. Quando um sujeito brilhante tenta seduzir uma mulher, ela acha que tem que entrar em competição. Também se sente obrigada a brilhar. A não se entregar sem resistência. Ao passo que a insignificância a libera."
Os amigos se encontram na festa de aniversário de D'Ardelo e perdidos em meio a dilemas pessoais e pessoas pelas quais não possuem a mínima afinidade, alternam o bom humor com o mal estar, se sentido cada vez mais sozinhos e desiludidos.

Críticas ao stalinismo pontuam a história, bem como reflexões sobre a superficialidade da sociedade francesa, que se vê em meio a coquetéis despidos de significado, que lota exposições de arte pelas quais nem mesmo se interessa e que não mais se recorda de personagens históricos (inclusive Stalín).
"-- O ser humano é apenas solidão [...] Uma solidão cercada de solidões"

Em meio a um "paquistanês fictício" criado por Calibã para se divertir nos coquetéis em que trabalha e as explicações de Alain para ser um "desculpante", Kundera costura uma trama leve e delicada, que questiona os conflitos pessoais, satiriza a sociedade contemporânea e deixa muito de sua essência nas entrelinhas.

Típico de Milan, os títulos sempre antecedem o cerne dos capítulos e partes (o livro se divide em 5 partes) e é normal que a narração parta de um personagem para o outro, mostrando várias perspectivas do mesmo fato, o que dinamiza a leitura.

"Com efeito, essa queda é sinal de quê? De uma utopia assassinada, depois da qual não haverá mais nenhuma outra? De uma época que não deixará mais traços? Dos livros, dos quadros jogados no vazio? Da Europa, que não será mais Europa? Das gozações que não farão mais ninguém rir?"

Um livro sutil e delicado, mas ao mesmo tempo irônico e perspicaz, que chega como quem não quer nada, mas tem muito a dizer. Filosófico, no estilo Kundera de ser, e fluido, "A Festa da Insignificância" consegue incitar uma reflexão muito profunda sobre o sentido da vida e a "ilusão da individualidade".

"A insignificância, meu amigo, é a essência da existência. Ela está conosco em toda a parte e sempre. Ela está presente mesmo ali onde ninguém quer vê-la: nos horrores, nas lutas sangrentas, nas piores desgraças. Isso exige muitas vezes coragem para reconhecê-la em condições tão dramáticas e para chamá-la pelo nome"


site: https://www.instagram.com/janelasliterarias/
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valeria rodrigues 09/01/2017

Umbigo
Sensível aos problemas político-sociais, Kundera “pensa” os valores hoje, imbutidos na sociedade. O que eu poderia escrever sobre “umbigo”? Talvez, em uma análise aprofundada, conseguiria dizer meia dúzia de palavras. Ele escreve um livro, e, mostra como todos nós, seres humanos, somos insignificantes. Apesar do meu foco ter mudado continuo insignificante. Não adianta eu pensar apenas no meu próprio umbigo.
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