A letra escarlate

A letra escarlate Nathaniel Hawthorne




Resenhas - A Letra Escarlate


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Regis 14/05/2022

O livro conta a história de Hester, que chega sozinha a Nova Inglaterra e permanece aguardando a chegada de seu marido.
Após um ano de espera, creditando em sua morte, Hester se envolve em segredo com outro homem, engravidando. Sendo assim presa e condenada a usar a letra A de "adúltera" como condição para sua liberdade.  

A personagem principal mostra uma força de caráter, e uma mansidão benevolente que chegam a ser desconcertantes diante de todo o julgamento e condenação impingidos a ela.
Hester se mantem fiel a si mesma e aos seus princípios, vivendo sua vida na caridade, servindo ao próximo sem distinguir entre eles aqueles que a apedrejaram. Passando assim a ser respeitada por parte da comunidade.

Vemos no decorrer da leitura como a letra escarlate de certa forma a libertou, e ao mesmo tempo aprisionou seu marido e o amante, condenando-os a se esconderem nas sombras, completamente amargurados.

"Bem-aventurada é você, Hester, que usa a letra escarlate abertamente em seu peito! A minha queima em segredo"

É um livro maravilhoso que representa uma época que ainda ecoa nos tempos de hoje.
É uma leitura com muito aprendizado e que eu certamente recomendo.
Alex 14/05/2022minha estante
Devorou o livro. Ótima resenha. Quem ver a resenha sentirá o convite para ler o livro.


Regis 14/05/2022minha estante
Obrigada!
Do meio para o fim a história te deixa com muita vontade de saber a conclusão.
Vi muitas pessoas criticando essa leitura, mas eu gostei bastante.


Adriana 26/05/2022minha estante
Ótima resenha ??? adorei ? é uma história antiga q ainda não li...mas com certeza já vai para minha estante ??


Regis 26/05/2022minha estante
Esse ano estou lendo muitos clássicos Drica, e não imagina como todas essas leituras têm me surpreendido e emocionado.
Desejo que leia e sinta por si mesma e que tenha uma ótima leitura assim como eu. ?


Adriana 26/05/2022minha estante
Os clássicos são sempre os clássicos ? grandes obras e muitas vezes inesquecíveis. Obrigada linda, estou cada dia mais empolgada, quero ler tudooo ?? e um pouco mais ??


Adriana 26/05/2022minha estante
Lendo a tua resenha atentamente, pude me recordar do filme q estreou em 1995 com a talentosa Demi Moore. O filme é maravilhoso ??? quando puderes assista também, tu vais te apaixonar ??


Regis 26/05/2022minha estante
Eu já vi o filme Drica, e lembro dos vários comentários sobre os banhos em excesso da Dami. Rsrsrs
Ela era a pessoa mais limpa entre os peregrinos.


DANILÃO1505 04/06/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro




Bel * Hygge Library 16/09/2020

Somos todos pecadores
O livro começa com uma introdução do autor de conteúdo autobiográfico, na qual detalha o cargo que ocupava. E foi quando trabalhou como superintendente da alfândega que encontrou a ideia para o romance. A introdução é cansativa e prolixa, todavia, vale a pena conhecer de onde veio a inspiração para essa história.

O romance começa com Hester Prynne saindo da prisão segurando sua bebê, Pearl. Ela foi considerada adúltera, por conseguinte, pecadora, por ter engravidado um bom tempo depois que chegou à cidade. Era de conhecimento da população que era casada, entretanto, ninguém sabia se o seu marido estava vivo ou se havia morrido no mar. Com isso, ela é obrigada a confeccionar um adereço para pregar às suas roupas e usá-lo pelo resto da vida, como um símbolo marcado a ferro quente pelo pecado cometido. O adereço é uma leta A vermelha e com fios dourados. Depois que sai da prisão, Hester Prynne é castigada a ficar sobre uma plataforma em público para que todos a vejam, assim como a marca de seu pecado e, é claro, a julguem. A partir desse ponto, acompanhamos como Hester Prynne vive às margens da sociedade, sofrendo com julgamento e as consequências de seus atos. O romance possui um toque sobrenatural que dá um clímax incrível mais próximo do final da história.

É de impressionar o quanto esse livro é transferível e aplicável aos dias de hoje, e como se relaciona com a cultura do cancelamento, a capacidade/permissão que as pessoas ACHAM que possuem de julgar as atitudes do outro, mesmo sem ao menos conhecer o contexto ou saber se, de fato, a pessoa errou, e sem, também, antes fazer uma auto-crítica e auto-julgamento, analisando se age pior ou não que a pessoa referida. É a necessidade de apontar constantemente o erro do outro para parecer mais santo perante outros e si mesmo.

Quando li a cena na qual Hester Prynne é colocada sobre a plataforma para ser vista e julgada pelo seu pecado, pensei comigo se não seria a internet essa nova plataforma dos dias de hoje, expondo pessoas, às vezes, injustamente, rotulando-as e julgando-as. No fim, achei o livro um verdadeiro tapa na cara, uma lição para essa geração atual.

site: https://www.instagram.com/hyggelibrary/
João 16/09/2020minha estante
Tem algumas novas religiões que discordariam do "somos todos pecadores". Você seria cancelada.


Bel * Hygge Library 16/09/2020minha estante
É um trecho do próprio livro. Hahahaha! Teriam que cancelar até o Hawthorne, coitado... Nem depois de morrer ia ter paz!


Luana Sousa 17/09/2020minha estante
ow, mas querem cancelar O vento levou; A divina comédia (lá na Itália), pediram pra trocar nome de livro de Agatha (10 negrinhos para E não sobrou nenhum), outro que mudou o nome é A lista negra da Jennifer Brown, e querem mudar nomes no espaço, como Buraco Negro... onde vamos parar?


Luana Sousa 17/09/2020minha estante
Como se mudar o nome, acaba com tudo o mais. Vai entender esse povo.


Bel * Hygge Library 14/10/2020minha estante
Até o livro da Jennifer Brown querem mudar o nome? Isso tá ficando ridículo!


Luana Sousa 16/10/2020minha estante
Me lembrei dos versículos em Mateus 7:3-5 que diz: E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.




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Dhewyd 01/04/2022minha estante
É bom mesmo? Sempre tive vontade de lê-lo.


Ster 01/04/2022minha estante
É bom sim, mas pode ser um sonífero poderoso em algumas partes, rsrs.


Dhewyd 01/04/2022minha estante
Eita rsrs


DANILÃO1505 06/06/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!




Pandora 11/07/2017

O Clássico A Letra Escarlate, romance histórico escrito no século XIX, conta uma história acontecida em Salem durante durante o século XVII no meio de um comunidade de cristãos puritanos vindos da Inglaterra. Até ai nada de novo sobre a face do abismo, afinal o século XIX foi muito rico nesse tipo de livro - época do romantismo e do apogeu do capitalismo - e o gênero em voga foi utilizado para fins didáticos, políticos e lúdicos.

Ao folhear a obra de Nathaniel Hawthorne esperava honestamente uma narrativa pesada e didática com cara de aula de História - necessária porém cansativa - em síntese não esperava nada lúdico, e sim algo fechado em si mesmo, sopa de pedra. Qual não foi a surpresa em ver uma história provocativa, instigante, nada didática, muito lúdica na qual o narrador convida o leitor e a leitora a abrir mão de possíveis preconceitos. Ele nos convida a questionar a aparência das coisas e pensar na quantidade de vezes nas quais uma feição nobre encobre sujeira e uma aparência rude pode encobrir um coração gentil e nobre.

Temos a história de Hester Prynne, membro de austera, dura e fria comunidade de cristãos puritanos estabelecidas nos Estados Unidos da América há séculos. Quando nós encontramos com ela, ela está sendo julgada, pesada e encontrada em falta: ela está sendo condenada pelo crime de adultério e sua pena é sustentar de forma visível letra "A" bordada em tons de escarlate e fios dourado no peito e suportar o escarnio publico com segurando junto ao peito a criança, fruto de seu crime.

Após o espetáculo publico de sua culpa, Hester é excluída do convívio social, empurrada para viver e educar sua filha a margem da sociedade sem gozar de direitos, bens ou serviços básicos. Se torna uma paria, um nada, um fantasma. (Mas, onde está a outra pessoa que pecou junto com ela? Acaso crianças se fazem sozinhas? Pois é!) Tomando tons de heroína ela assume sozinha o vexame público e seu parceiro de "pecado" a tudo assiste em silêncio. Ela jamais o denuncia seu amante, nem mesmo quando seu marido a interroga o nome sai de seus lábios.

Hester Pryne, portadora da LETRA ESCARLATE é uma das personagens mais integras já escritas pela literatura. Com sua filha, Perola, sempre ao seu lado, ela se ergue e enfrenta a sociedade, os seus traumas, medos e infortúnios com dignidade e verdade. Tudo nela é verdadeiro, terno e generoso, exceto sua aparência marcada a comunidade a exclui e destrata, mas ela resiste e cresce enquanto sustenta a verdade do que ela é e do que fez.

Na ponta oposta, o homem com o qual transgrediu os costumes severos da sua comunidade passa como santo, puro, imaculado. Porém, vale para ele aquele ditado: "por fora, bela viola, por dentro, pão bolorento.". Ocultando seu pecado o amante se torna uma pessoa cada vez mais atormentada, fraca, fragilizada, facilmente hostilizada por pessoas maliciosas, ele míngua mergulhado em segredos perturbadores enquanto é adorado, amado e admirado por toda comunidade.

Somado a força desse paralelo entre uma verdade/falsidade, Hawthorne narra sua história em constante dialogo com o leitor. Para cada fato narrado ele nos oferece diferentes hipóteses interpretativas abrindo inclusive espaço para que nós formulemos nossas próprias hipóteses. O romance caminha para o lado psicológico detalhando os caminhos da psique dos personagens, suas forças e fragilidades. Dependendo de quem ler pode ser lúdico ou didático, para mim foi provocativo. Um clássico por direito e excelência. Recomendo.

P.S.: Se decidi ler, pule o prologo/introdução deixe para ler no final.

site: http://www.doqueeuleio.com.br/2017/07/a-letra-escarlate-nathaniel-hawthorne-resenha.html
Lorena 11/07/2017minha estante
Ótima resenha, deu vontade de ler ;)


Pandora 11/07/2017minha estante
Obrigada! O livro merece ser lido!


Dora Sales 11/07/2017minha estante
Adorei a resenha!
Sempre quis ler A letra escarlate, gosto muito do filme com a Demi Moore XD


Pandora 17/07/2017minha estante
Acho que vou atrás desse filme Dora!




Deza 18/01/2022

A Letra Escarlate
Sempre tive vontade de ler esse livro, porque, pela sinopse, parecia ser interessante. E, de fato, seria... Tinha tudo pra ser, se levarmos em conta somente a história em si. Mas o autor faz questão de se prolongar excessivamente em detalhes e mais detalhes sobre tudo, absolutamente tudo... Tornando maçante demais a leitura, chega um ponto que fica insuportável tanta descrição de tudo, enquanto a história mesmo mal tem andamento, vc lê parágrafos e mais parágrafos sem fim de pura descrição a ponto de nem se lembrar mais onde a história parou de acontecer, somente pro autor ficar dando detalhes de tudo ao redor dos personagens...
Não sou nenhuma expert em literatura, portanto a minha opinião é somente a minha opinião e também posso ter dado o azar dessa edição em si ser assim, enquanto outras sejam mais fluídas a leitura... Mas não recomendo.
Allan Coelho 18/01/2022minha estante
Credo, sempre tive interesse de ler esse livro, mas já vi que algumas pessoas tiveram a mesma impressão que ti.
Vou botar lá embaixo da minha lista. Que pena que foi uma experiência tão ruim pra você, mas espero que não desanime dos clássicos. Tem uns que realmente valem muito a investida, e outros até mesmo a insistência. ?


MWeirich 18/01/2022minha estante
Que droga ?


Deza 18/01/2022minha estante
Eu já tinha visto algumas resenhas negativas dele tbm... Triste que não rolou.
Não vou desanimar, não Allan, pode deixar ^^ obrigada!!


Deza 18/01/2022minha estante
MWeirich... Siiim ??




Anica 07/04/2009

A Letra Escarlate (Nathaniel Hawthorne)
Li no final de semana passado, e simplesmente devorei o livro. Sim, ele é curto e é bem fácil devorá-lo em um final de semana. Mas não é só por ele não ser um tijolão, é porque a narrativa flui muito bem e Hawthorne consegue manter sua curiosidade do início ao fim da história de Hester Prynne. Na puritana Nova Inglaterra do século XVII, a mulher é acusada de adultério e deve usar uma letra A escarlate para mostrar para todos o crime que cometeu.

A questão de como Hawthorne prende nossa curiosidade se dá primeiro porque Prynne se mantem firme na idéia de não revelar quem era seu amante (aliás, que fique claro: em nenhum momento há dúvidas se ela traiu ou não). E o autor vai lançando dicas aos poucos, e só entrega a identidade dele quando já fica óbvio para o próprio leitor. Depois disso, a curiosidade se dá em saber o que acontecerá com o amante, e com a própria Prynne.

É um romance pesado, carregado. Não fica suave nem mesmo com o humor do Hawthorne, porque ele é muito cáustico. Não é leitura daquelas para te fazer sentir mais feliz sobre a humanidade, porque mostra o pior da humanidade: seja nos puritanos que fazem de Prynne uma pária por ela ter se envolvido com outro homem, seja pelas reações do amante [spoiler: selecione o texto para ler] que é um covarde, convenhamos. Eu fiquei com muita raiva da primeira vez que a Pérola pergunta “Você vai ficar aqui amanha conosco? Vai segurar em nossas mãos como está fazendo agora?” e ele responde que o fará no juízo final[/fim do spoiler].

É interessante também como Hawthorne apresenta Pérola, a filha de Prynne com o amante. Prynne chega a vestir a menina de escarlate, tal como a letra que carrega no peito - um prolongamento do pecado da mãe. Apesar de ser uma criança, Pérola é a personagem que melhor visão tem de todos os acontecimentos, inclusive ela deixa claro que sabe quem é o homem por trás da letra A, quando comenta com a mãe que ele está sempre com a mão no coração.

Uma história da dualidade humana, bem versus mal, mas extremamente sutil. A pena é que Hawthorne erra um pouco a mão no fim e tenta fazer um final feliz (pelo menos para Pérola), achei um pouco desnecessário. Mas mesmo assim não estraga o todo e é certamente um daqueles que caberia em uma estante de “livros que todos deveriam ler”. Tem uma versão para o cinema com Demi Moore e Gary Oldman, mas lá no Meia Palavra já li comentários de que mexem muito na história e ela fica bem pouco fiel.
19/10/2011minha estante
Gostei da resenha...estou com o livro nas mãos, pretendo lê-lo em breve e ver algumas visões sobre o mesmo me ajudará a ficar mais atenta à história.


Anica 19/10/2011minha estante
Obrigada, Nanda =] Depois me conte o que achou ;D


Sharon 26/11/2018minha estante
O final arrematadinho era necessário para a época. Também acho desnecessário, porque na introdução sabemos que Hester morre velhinha e querida pela cidade etc etc. :)




Nati Sampaio 07/09/2023

Incrível
Então temos aqui Hester Prynne, que como todos já sabem, cometeu lá um pecado e pagou por ele tornando-se uma pária da sociedade e carregando no peito a letra A, escarlate. Ok, essa é a trama. Mas há muito mais que isso nessa história.
Hester Prynne é uma mulher incrível. Forte, corajosa, convicta e orgulhosa. Carrega a letra escarlate no peito sem jamais esperar simpatia ou pena dos demais. Cria sua filha sozinha, afastada da sociedade puritana, sendo dona de seu próprio sustento, através de seus maravilhosos bordados.
Hawthorne nos traz aqui uma personagem que pecou, mas deixa claro todo o tempo que esse pecado é conceito dos homens, e que a religião puritana é criada pelos homens. O autor exprime em diversos momentos uma certa aversão aos puritanos, e acredita que a punição da Hester se dava pela rigorosidade da religião.
Hester e Dimmesdale pecaram, mas cada um fez de forma diferente. Enquanto a mulher não esconde o pecado, e o encara com sobriedade, Dimmesdale sofre durante todo o tempo, sendo egoista e autocentrado. Hester não vê como algo mau o que fez: o pecado a levou à Pearl, seu mais precioso tesouro. Hester ama Pearl e Dimmesdale, e não se arrepende - ao passo que Dimmesdale já aparenta grande arrependimento.
Enfim, o livro tem muitas nuances e camadas psicológicas muito interessantes. Fora as críticas religiosas do puritanismo da época.

Foi certamente uma das minhas melhores leituras desse ano de 2023. Recomendo demais.
Michela Wakami 07/09/2023minha estante
Uau, parece incrível. Vou por na minha lista.
Parabéns pela resenha.????


Nati Sampaio 07/09/2023minha estante
Obrigada! Espero q goste!! :)


carolina 25/01/2024minha estante
Resenha maravilhosa




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Estevam.Moraes 14/11/2021minha estante
Ressaca do puro ódio hahahaha livro ótimo pra obrigar uma pessoa a ler no castigo, se dormir vai ter q ler de novo do início kkk #TorturaLiteraria


Prefácio às Claras 15/11/2021minha estante
Não gosto nem de falar nele hahaha




DIRCE 09/09/2010

Os pecadores.
A LETRA ESCARLATE, é um tipo de literatura que aborda uma temática que eu gostaria de poder dizer: Que bom que essa temática está superada.Que bom que ela inexiste nos dias atuais. Que bom que é uma temática que se perdeu ao longo do caminho da História. Mas, lamentavelmente, não posso dizer nada disso, pois quando se trata da infidelidade conjugal, a mulher é a penalizada, e a história parece não ser uma looonngaaaa reta, e sim, um Roda Viva, haja vista, que manchetes com letras garrafais nos informa que uma mulher iraniana que manteve " relações ilícitas" recebeu 99 chibatas e possivelmente será condenada a morte por apedrejamento. Bem, agora surgiu um papo de envolvimento no homicídio do marido. Será?
Assim como essa iraniana, a protagonista do romance: Hester Prynne, uma mulher transgressora que viveu no século XVII em uma sociedade americana com princípios morais e religiosos rígidos, recebe, por ter mantido um relacionamento extra-conjugal, uma severa punição: carregar no peito a letra "A" de adúltera.
Hester e a filha Pearl (fruto desse relacionamento e que é considerada um mal pela sociedade da época ) vivem isoladas em uma cabana completamente ignoradas.
Interessante notar como a intolerância e uma moral rígida leva um erro assumir a proporção de um pecado tão mortal a ponto de fazer o " pecador" (reverendo Dimmesdal )definhar em vida e a "pecadora" (Hester) a necessidade de ostentar seu estigma mesmo quando desobrigada a isso. A religião e a sociedade conseguiram incutir no reverendo Dimmesdal e na Hester Prynne a idéia de que seus erros, necessitavam ser severamente punidos até por eles mesmos:os "pecadores" .
Achei um romance muito bom, muito bem escrito, sem muitos floreios e que me levou QUASE a concordar com uma tese que li , ou ouvi em algum lugar - atribuída a Nietzsche - de que o homem não é bom por sua natureza, e sim por temer Códigos Doutrinais Divinos ( se não for exatamente isso, é algo parecido).
Lamentei não saber o real destino de Pearl. Oxalá ela pudesse representar a mulher que respeita e é respeitada, não por temor a qualquer tipo de punição, mas sim como consequência natural do amor e do companheirismo.

Gininha 22/11/2011minha estante
Mais uma resenha dessa admirável leitora, Dirce, a quem o título do romance de Jane Austen - Razão e Sensibilidade - cai como uma luva. Como sempre, toda vez que leio as resenhas dessa sensivel e ao mesmo tempo racional paulista de Sorocaba fico com vontade de ler o livro resenhado. Já são alguns. Provavelmente, quando eu ler A Letra Escarlate, não farei resenha, porque a que teria de fazer, pelas filigranas do texto, creio que seria essa aí.


DIRCE 23/11/2011minha estante
Gininha,
Só posso lhe dizer que eu me sinto muito envaidecida e honrada com o seu comentário.
Obrigadíssima.




Ricardo Rocha 13/07/2011

romance de sombras, aumenta a estranheza por uma época de condescendência como a nossa, de crianças e adolescentes ditadores e sem limite e todavia não é em absoluto uma época assim diferente...
Leonardo.H.Lopes 07/09/2016minha estante
Quero muito ler esse livro.


Ricardo Rocha 07/09/2016minha estante
é um livro mto bom livro. digo tranquilamente pq não é meu tipo de livro, em princípio: um texto que comenta as cenas. mas no estilo é um livro mto bom




Gustavo.Melo 21/08/2021

Ideia boa, execução arrastada
Peguei esse livro de paraquedas, sem saber de nada; fui com zero expectativas e ainda assim posso dizer que achei a leitura bem massante. O proposto pelo autor é bem interessante e a escrita é envolvente de certa forma, porém é muito prejudicada pelo andamento lento da narrativa. Mesmo sendo um livro até curto (ignorando a introdução enorme da história), foi uma leitura cansativa. O estilo prolixo dele de certa forma ajuda e atrapalha o andamento da história, embora admita que até curti isso. No fim, achei bem mais ou menos, e poderia ser melhor.
Paulo Sousa 21/08/2021minha estante
eu gostei e foi mto dessa leitura. um exemplo de construção tradicional de um romance, com voz em terceira pessoa, retratando um história da época vitoriana. mto bom mesmo?




Paulo Sousa 30/12/2019

A letra escarlate, de Hawthorn
Lista #1001livros ?
Título lido: ?? letra escarlate
Título original: The scarlet letter
Autor: Nathaniel Hawthorne
Tradução: Christian Schwartz
Lançamento: 1850
Esta edição: 2017
Editora: Penguin/Companhia das Letras
Páginas: 336
Classificação: 5/5
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"Não existe lei, nem respeito à autoridade, tampouco observância das regras e opiniões humanas, do certo e do errado? (pág 150).
.
Começo esta resenha, sobre o último livro que leio em 2019, fechando mais um ano que, apesar das turbulências enfrentadas, me rendeu ótimas leituras e momentos de sofreguidão em meio ao caos nacional e às já comuns batalhas da vida...
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Em ?A letra escarlate? acompanhamos o relato dramático da triste existência de Hester Prynne, moradora de Boston, uma comunidade puritana no interior da Inglaterra. O puritanismo foi uma corrente religiosa extremamente rígida e ortodoxa, à qual em suas mãos nossa personagem e heroína acaba se tornando uma espécie de mártir viva. Acontece porque Prynne, recém chegada de uma outra colônia, de onde aguarda a vinda tardia do marido, acaba se envolvendo com um homem e dessa relação nasce sua filha Perl, fato por si só execrado e punido com um tempo na prisão. Uma vez questionada pela sociedade da colônia de Boston de quem era a garota, Hester se nega a revelar sua identidade, do que é obrigada, por seu ator e adultério, a exibir bordada em seu peito a letra ?A? (de adúltera), que seria a marca de seu crime-pecado.
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Sendo um romance que explora a força interior da mulher, Hester, mesmo sendo exposta ao vitupério e ao degredo (ela acaba indo viver com a filha numa cabana no meio da floresta), não aceita a condição. Busca, ao invés, praticar atos de bondade ao povo que ora a bane e a molesta. Vai de encontro a regras sociais utilizando-se de uma força interior que deveras torna nossa personagem uma mulher de fibra.
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Mas o livro vai além, explora não só a impiedade com que são tratados os que erram, mas Hawthorn também explora o lado prático da hipocrisia, da consciência deturpada e obscurecida pelo segredo. O reverendo Dimmesdale, pároco local, mantém um pecado oculto da comunidade da qual tem a função de pastorear. Sua angústia é levada ao grau da quase loucura, quando deixa que sua fé esmoreça e sejam abalados os pilares de sua religião.
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O livro traz outros personagens menores, mas é no trio formado por Prynne, Dimmesdale e um médico inclinado para as artes obscuras, Roger Chillingworth, que gira toda a história, além da própria Perl, um relato sobre pecado, culpa, hipocrisia e redenção, tão bem escrito e tão atual em se tratando de um livro de meados do século XIX. É notável a semelhança estilística de Hawthorn com nosso escritor maior, Machado de Assis. Em muitas passagens enxerguei o realismo cru e inquietante do Bruxo. A terceira voz que destrincha e avassala alma, pensamentos e intenções das personagens está ali na forma de longos e bem escritos parágrafos, o que me faz pensar no tão bom escritor que Nathaniel Hawthorn é.
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Sobre o livro em si, mais não digo para não estragar outros aventureiros que porventura o leiam, mas posso adiantar que um livro com já largos anos se mantém estranhamente atual nesses tempos em que se tornam tão frágeis as certezas humanas. Fechar um ano de leituras com um livro de tamanha envergadura é um deleite que lhes entrego, o que renova as expectativas para novas e marcantes leituras em 2020. Um salve!
jota 16/02/2022minha estante
Você soube aproveitar o livro melhor do que eu, perceber mais coisas, tenho de reconhecer...




Mar 08/08/2011

Um livro que mostra que não devemos desejar e sncumbir o que não nos pertence, pois pode-se ocorrer coisas indesejaveis no futuro que nos faça lembrar de tal traição.


Juh Saint 29/01/2021

Um dos classicos mais chatinhos e ainda é importante igual
Nesse livro vemos duas mulheres terem suas reputações destruídas por conta dos valores da epoca e perderem o sossego, suas liberdades, várias vezes. A mãe comete adulterio e tem uma filha bastarda, ambas serão as protagonistas dessas estória. Por cartas deixadas, a mãe relata para a filha muita coisa triste que aconteceu em sua vida, por conta da punição que tomou da igreja conservadora da época pela filha que teve fora de um casamento, e é claro que o pai da criança não recebeu punição alguma e ainda saiu de bom moço. Ela foi deixada com o que da titulo A Letra Escarlate que marca um A de Adúltera em seu próprio corpo, uma tatuagem para as pessoas lembrarem dela com vergonha e nojo. Foi atormentada por isso. Agora a filha precisa enfrentar um tratamento diferente por ser bastarda, descobrir coisas sobre o passado da mãe. É claro que não vai ser tão fácil quanto o esperado. Acho que a história contando assim é bem interessante mas nossa que leitura chata, uma das mais chatas que já fiz. Machismo da época e o fanatismo religioso, o fundamentalismo, é tratado com honras. O que me deu preguiça do livro é a escrita chata de um clássico, cheio de coisas desnecessárias, os personagens secundários também são todos chatos e entediantes. O que ocorre no decorrer da estória demora muito e fica interessante no final. Dizendo essas coisas, acho que é um livro importante igual e quem gosta mais de clássicos e é tranquilo com linguagem difícil e enrolada, precisa ler!!
Bruna.Santos 13/02/2024minha estante
Esse demorei pra ler. Misericórdia, muito chato! O tema é importante mas a escrita é muito arrastada! Amo clássicos, mas esse é um dos poucos que o filme é melhor do que o livro ?




DIÓGENES ARAÚJO 27/05/2016

Ótima história, leitura cansativa
Não vou contar detalhes da história pois a maioria das avaliações já descrevem bem, mas minha avaliação sobre o livro é que tem uma história excelente, tipo uma novela dramática de época, mas por muitos momentos é cansativo, daria uma avaliação melhor não fosse a narrativa.
Dandara Quadros 06/08/2016minha estante
Concordo! É maravilhoso porém cansativo. ...




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