marcosandrade.e 29/04/2022
Magnus Chase é legalzinho
Ler Rick Riordan é divertido. Acho que isso eu posso afirmar com certeza. Quando mais jovem eu li as outras duas séries de Percy Jackson e agora retornando com Magnus Chase e os Deus de Asgard para a escrita do tio Ricky entendo porque me atraiu como jovem: é engraçado, é bem humorado, é dinâmico, é simples.
Mas por outro lado, ser apenas engraçado, bem humorado, dinâmico ou simples, demais, me traz outras sensações não tão boas em relação à leitura. Em primeiro lugar, justamente por termos aqui uma escrita que tenta sempre ser engraçada e leve demais, temos uma narrativa que raramente se tensiona e tudo parece sempre bobinho e pouco sério. Thor que assiste série pelo martelo, batalhas sanguinárias cheias de piadinhas, esses são alguns exemplos.
Em segundo lugar, a estrutura narrativa é repetitiva: Magnus e sua turma sempre tem mini-desafios dentro de mini-desafios; é necessário fazer acordo com alguém, mas pra isso é necessário fazer acordo com outrém antes, que por sua vez exige uma competição ou outro desafio, para só assim voltar ao primeiro problema. E isto se repete muitas vezes. Por um lado, isto nos permite conhecer o universo fascinante que é o da mitologia nórdica, por outro, cria uma narrativa que com o tempo se torna entediante por dar voltas demais.
O trunfo dessa nova história está em trazer uma mitologia diferente, personagens bastante cativantes e muita diversidade. Rick Riordan não falha no humor e nem em criar interesse em seu público, mas talvez falte nuance para que Magnus Chase e os Deuses de Asgard seja ainda mais memorável. Vejamos os próximos volumes...