Resenhas - A Lenda de Ruff Ghanor

Bella 14/10/2014

Se gostou de O Nome Do Vento, esse é um livro a ser lido.
Um livro muito bom, de leitura fácil e viciante.

Ruff é um menino arredio que se torna um homem incrível, com seus defeitos, mas com uma força de vontade nunca antes vista no vilarejo ao redor do Mosteiro de São Arnaldo.
Ha muitas lutas, muitos sangue hobgoblin jorrando, um dragão de dar medo e uma donzela, haaa, essa donzela...
É um livro extremamente bem escrito, a parte do hobgoblin meio humano me deixou de boca aberta, tenho um que de sempre tentar adivinhar o que tal ação vai acarretar a tal personagem e Leonel conseguiu que eu acertasse somente uma coisa, não é um livro nem um pouco maçante e não é nem um pouco previsível, quem gostou de "O NOME DO VENTO" vai gostar muito de "A LENDA DE RUFF GHANOR", na minha concepção, Ruff e Kvothe seriam sérios desbravadores das terras desconhecidas.

Alberto 08/05/2021

Arrastado na maior parte
Como muitos, eu escutei o podcast do Jovem Nerd no qual eles jogam partidas de RPG ambientadas anos após os fatos ocorridos no livro, que não existia na época. De fato, foi por causa dessas partidas que surgiu a ideia do livro, que conta a lenda de um herói daquelas terras, que havia derrotado um dragão.

Com isso em mente e tendo gostado demais das partidas de RPG do grupo, e por achar o autor, Leonel Caldela, talentoso e gente boa, resolvi me aventurar no livro, cheio de expectativas. E não gostei. Ao menos não de boa parte do livro. Largava a leitura com frequência, pois a história demorou demais a ficar boa. Os personagens são pouco explorados, com exceção do protagonista, que por sua vez não convence. Contudo, na parte final, a história melhora bastante e fica difícil largar. Pena que não aconteceu mais cedo.

Adib 02/02/2022

....
O livro é simplesmente muito fluido. E saindo de uma ressaca foi um excelente remédio.
O trabalho que foi feito na construção da lenda que fez parte dos rpgs do jovem nerd é incrível. A forma como Leonel Preenche o mundo é absurda.
Sabemos parte da história, sabemos o fim. Mas a jornada até lá é que trará as grandes emoções.
espro

neo 07/03/2015

Esse livro foi uma decepção imensa. Considero (considerava?) Caldela um dos melhores escritores de fantasia aqui no Brasil em grande parte graças à qualidade da escrita e das ideias que encontrei em O Código Élfico, livro que li há mais ou menos dois anos atrás. Em O Garoto-Cabra, porém, não encontrei nada disso; a escrita passa longe de ser boa e a história é incrivelmente cliché e genérica.

Ok, eu sei, não havia muito a se fazer acerca da história, que (pelo que eu li por aí, já que não sou familiar com o NerdCast) veio de um sistema (cenário? Sim, sou noob em RPG de mesa, sorry) de RPG genérico/sem muita originalidade. Mas bem, histórias clichés também podem ser divertidas se forem bem construídas, tiverem uma escrita boa e personagens marcantes, e O Garoto-Cabra não tem nada disso. Lembro de ter achado os personagens de O Código Élfico bem mornos, mas pelo menos eles escapavam das tropes mais óbvias do gênero; os de O Garoto-Cabra, por outro lado, são tão unidimensionais que mais parecerem clichés disfarçados de personagens e nenhum chega a ser desenvolvido de verdade.

Ruff Ghanor, o protagonista, é sem dúvida o pior de todos. Ele é especial porque é especial. É poderoso porque é poderoso. Não tem defeito algum além de uma pseudo-arrogância que só faz uma aparição e nunca mais dá as caras. A única garota a ter alguma importância para a história é obviamente seu par romântico e seu melhor amigo serve basicamente para mantê-lo "humano" durante a história, tendo pouca personalidade ou utilidade para além disso. O prior é a encarnação da já desgastada trope do mestre severo e implacável, e Thondin, o anão imortal, seria até interessante se não fosse tão superficial quanto uma poça de lama. Nenhum personagem dessa história me convenceu e todos me irritaram.

O romance então... Uma tragédia. Quando foi que Ruff e Áxia se apaixonaram, pelo amor de todos os deuses? No primeiro momento em que a narrativa dá a entender que Ruff pode estar talvez começando a gostar dela eles já estão se beijando e pronto, o amor-verdadeiro-e-enlouquecedor brota daí para contaminar o resto do livro sem ter desenvolvimento nenhum e sem o leitor chegar a ver qualquer tipo de interação entre os dois que nos convença de que há alguma lógica por traz de todos os "meu amor" que eles falam. Eu sou chata pra cacete com romance, principalmente em livro de fantasia, e não engulo essa tendência que as obras do gênero apresentam de que se tiver um cara e uma garota no mesmo lugar ao mesmo tempo e eles trocarem um olhar, puff, é amor eterno e indestrutível e os pombinhos ficarão apaixonados para todo o sempre. Esse casal só dá pra engolir porque é algo que você espera que vai acontecer, de tão cliché que a coisa é.

Ou seja, se é pra ter romance (ou qualquer tipo de relacionamento, sério) em um livro, que haja algum desenvolvimento e que ele não aconteça de qualquer jeito apenas porque todo mundo já vai estar esperando por isso. Essa é uma das falhas que mais vejo em livros de fantasia por aí: o se apoiar em tropes e clichés para não desenvolver a história de verdade. Nenhum dos relacionamentos de O Garoto-Cabra me pareceu verossímil.

E a Áxia... Nossa, ela poderia ter sido uma personagem incrível, mas acabou meio que jogada de qualquer jeito na história. Se bem desenvolvida ela teria sido minha favorita de longe (mesmo eu não concordando muito com algumas decisões dela), já que é a única que apresenta algum tipo de rastro de personalidade. Mas né, tarde demais.

A escrita não ajudou muito na construção dos personagens e dos relacionamentos entre eles. É cheia de tell onde deveria haver show e os diálogos são sofríveis (quando Ruff chamou Korin - melhor amigo que mencionei ali em cima - de mentecapto eu cheguei a contemplar a ideia de jogar o livro pela janela de tão irritada que fiquei). As descrições são bem rasas e graças a isso o livro não tem um tom definido e o mundo acaba parecendo ainda mais genérico.

Ritmo também foi um problema. Como a história acompanha Ruff desde que ele tinha uns seis ou sete anos, há vários "pulos" para mostrá-lo crescendo e com isso cria-se a impressão de que o livro não está se dirigindo ao clímax. Enquanto lia, senti o tempo todo que a história era uma linha reta, mais um amontoado de fatos do que qualquer outra coisa. Ou seja, não houve tensão e os conflitos não despertavam emoção alguma.

Eu já disse que o Ruff era poderoso, né? Pois tenho que repetir. Ele é um dos maiores Gary Stus que já vi, tão forçado que consegue se tornar o maior [spoiler] do mundo em dois anos, sendo que várias e várias pessoas tentaram fazer isso por centenas de anos e todas falharam. Mas ele consegue porque força de vontade, sabe? Pois é. Tá certo.

A única coisa que salvou esse livro pra mim foi o plot twist no final, que sim, é muito, muito bom e é praticamente a causa de O Garoto-Cabra ter ganhado mais de uma estrela. Pena que a história não compensa. Estava planejando ler os outros livros do Caldela em breve, mas confesso que agora perdi a coragem. Talvez eu tente reler O Código Élfico pra ver se houve uma queda na qualidade mesmo ou se fui eu quem ficou mais chata. Enfim, 2.0 estrelas.

site: chimeriane.blogspot.com

Helena 19/10/2014

não conseguia parar de ler!
Li em 7 (SETE) horas. Sem mais.

Claudinei 09/12/2022

Demorei muito pra me envolver com a leitura
Eis que sou apresentado a mais um universo de fantasia fantástica nacional, concebido da mente do autor Leonel Caldela. Com ambientação medieval com direito a diversidade de raças, onde humanos coexistem com Hobglobins , Dragão, anões e elfos (esses últimos apenas citados) além de alguns humanos que desenvolvem a arte da magia. Em um povoado simples fica localizado o Mosteiro de São Arnaldo, santo que presa pelos miseráveis, assim seus clérigos cuidam e auxiliam dos menos abastados, e determinado dia dois desses clérigos enquanto procuravam uma cabra perdida, juntamente de Korin, um garoto da aldeia, acabam encontrando um misterioso menino em uma caverna, tal menino de difícil comunicação salva a vida dos três de um ataque de lagartos mutantes liberando um misterioso poder. Abismados os clérigos levam o garoto ao mosteiro que acaba recebendo o título de garoto cabra dada as circunstâncias que o fizeram chegar até ali.
No mosteiro o "garoto cabra" chama a atenção do Prior, que reconhece marcas no menino que o caracterizam como alguém de uma profecia, que teria poder suficiente para vencer o Tirano do reino, o grande dragão Zamir. Descobre-se que o nome do Garoto é Ruff e posteriormente descobre-se seu sobrenome Ghanor, assim o garoto desenvolve uma amizade com Korin e depois com Axia, uma garota do povoado bastante perseguida por conta de sua família , e o desenvolver da história gira em torno desses três personagens que crescem juntos, compartilham de dores e alegrias juntos até o momento de enfrentar o destino profetizado sobre o garoto cabra.
Leonel Caldela tem uma ótima escrita, porém apesar de um livro curto me pareceu extenso demais pois o autor se atia a tantos detalhes que em alguns momentos a história parecia que não ia pra frente. O ponto positivo foi a personalidade do protagonista que foi bem trabalhada até chegar o momento em que ele resolve assumir o controle de sua vida, renegando qualquer sina imposta a ele por alguma divindade. O interessante é que a princípio parece que há a religião cristã aqui, mas só por um breve momento mesmo, pois Ruff Ghanor tem apoio do seu santo protetor mesmo se inclinando para alguns "prazeres mundanos".

LoboAlado 11/04/2024

O Garoto Cabra
Eu acompanho o NerdCast há quase 10 anos e o NerdcastRPG é sempre um evento.

Leonel é um ótimo escritor assim como um ótimo mestre, conseguiu construir uma história coesa e interessante utilizando de pequenos fragmentos da história de Ruff Ghanor presentes no primeiro NerdcastRPG.

Uma história com personagem cativantes que nos prende. Meus personagens favoritos são o Prior e Axia.

Viva o RPG! Viva a Fantasia! Viva a literatura brasileira!

Gabriel.Bavaresco 09/05/2021

Se você já participou de uma mesa de RPG e viajou intensamente na história, universo e personagens daquele momento, este livro é excepcionalmente apaixonante. Leonel Caldela representa a fantasia medieval de uma forma ímpar, desde suas histórias em Tormenta até aqui na saga de Ruff Ghanor.

IgorNascim 18/10/2014

Cativante, Trágico, Fácil de ler
Como dito por nosso querido Deive Pazos (vulgo Azaghal) o livro te captura de tal forma que você não consegue parar de virar as páginas.

Muito provavelmente esse fato se deve pela escrita simples que ajuda o leitor descompromissado a mergulhar com todo o interesse nos personagens e no inexplorado mundo rpgístico da história.

Acompanhamos desde o início a dura e solitária jornada do garoto Ruff Ghanor. Encontrado ainda jovem por acólitos de um mosteiro poderia ser um simples encontro de um garoto perdido na montanha mas por possuir "poderes" ele é visto como um enviado dos santos para salvar o povo do poderoso tirano Zamir. O rapaz que inicialmente é sério e de poucas palavras começa a amadurecer com o apoio e os ensinamentos daqueles a sua volta.

Todos muito cativantes por sinal seja o rígido prior, Os irmãos Dunnius e Niccolas, o cativante Korin ou a misteriosa Áxia (a qual ainda não cheguei a um consenso quanto a pronúncia do nome).

Leonel consegue manipular e criar perfeitamente em cima desse mundo já estabelecido. Com ótimos personagens. Cenários familiares a jogadores de rpg. Uma mitologia interessantíssima. O crescimento e o amadurecimento do elenco.

Enfim, Gostei mesmo.

É isso, Se ainda está em dúvida se adquire ou não o livro eu lhe digo: Já está demorando demais para fazê-lo!

PS: E o que foi esse final? Minha cabeça explodiu.

Best 29/06/2022

Gostei do andar da caminhada
Sinceramente gosto de mundos de fantasia no geral, e tenho que dizer que em diversos momentos a leitura foi um bocado angustiante, talvez não no sentido mais literal mas sim que esse mundo não é uma fantasia exacerbada (tem seus momentos) mas na maioria das situações é um mundo triste e cinzento, era agoniante somente ouvir como era lago de pó, que é um dos reinos desse livro, isso não é ruim em nenhum ponto, apenas me tira a espectativa que eu tinha, que seria algo engraçadinho e bonito, no geral gostei da escrita do Leonel caldela, a momentos em que considerei corrido a escrita e olha eu não sei isso como mas isso só me deixou com mais expectativas para os próximos livros já que aparenta ter bastante conteúdo. Sou um leitor novo e deslumbrado então não tenho como bater um martelinho e dizer que a trechos clichês como muitos citam achei uma leitura rápida e prazerosa no mínimo surpreendente só não coloco como favoritas pois foi umas das primeiras que li.

Pedro H. 22/10/2014

Incrível.
Do começo ao fim estimulou com extrema desenvoltura o que tenho por um dos principais combustíveis da boa leitura: a imaginação. E assim foi natural e muito prazeroso absorver as letras enquanto ia formando personagens e cenas diante dos olhos.

Ver as cavernas e questionar os treinamentos malucos do Prior ranzinza; rir sozinho dos diálogos entre Ruff e o divertidíssimo Korin; imaginar a fornalha e o metal cantando em meio ao calor e seus demônios; perguntar o que seria mais brilhante, o ouro derretendo ou aquela luz/espada..

E é obvio que sim, vez ou outra senti falta de alguns detalhes, aprofundamentos, minúcias. Só que em contrapartida não faltou nada. Acho que o que eu queria mesmo era "a sobra", tamanho anseio por adentrar mais e mais na história. Mas não troco esse desejo de 'quero mais' pelo cansaço de ler livros massantes e muito floreados.

Enfim, se você leu esse livro e não se arrepiou - literalmente - ao menos duas ou três vezes, por favor: leia-o novamente. Ou então peça seu dinheiro de volta ao Azaghal, hahah..

Parabéns, equipe JN.
Que venha logo a continuação.

@lendocomjulian 19/03/2022

Surpreendido
Ouvi faz muito tempo o Nerdcast de RPG medieval, e fiquei animdado para ler esse livro. Finalmente consegui (por audiolivro) e gostei bastante. Não sei muito o que esperava dessa história fora o Martelo que em alguma hora precisaria aparecer. Gostei bastante do Ruff, do Corin, Axia, Prior, até mesmo Zamir.
Recomendo!

Fran289 11/10/2023

Uma história de fantasia sobre... humanidade?
Tô enrolando faz muito tempo pra ler As Crônicas de Ghanor, mas finalmente criei coragem, afinal, eu sou apaixonada pelo Nerdcast RPG, amo a escrita do Leonel, então bem... o que eu estava esperando?
Pois o financiamento coletivo de Ghanor foi o gás que eu precisava pra finalmente engatar na leitura e, nossa... como eu perdi essa obra de arte por tanto tempo?
Confesso que no começo, essa historia de São Arnaldo me deixava muito incomodada pois rematava a igreja católica, e eu não sou lá fã de religião, mas resolvi ler de coração aberto, e me surpreendi.
Num universo de dragoes, de criaturas abissais e magia, o que mais me surpreendeu nesse livro foi a humanidade. Vemos o Ruff crescendo com a promessa de que salvará o mundo, a pressão que é jogada sobre ele, e os erros que ele comete, pois apesar de ser o herói prometido, ele é só um garoto.
Vemos Axia, que sofre o que sofre, faz suas escolhas que a tornam cheia de magia, mas ao mesmo tempo, uma mulher insegura e amargurada com seu passado.
E aí temos o Korin, que nunca errou e é perfeito. HAHAHAHA
O final me deixou de queixo, e olha que acompanhando o nerdcast eu já tinha uma noção do que viria. Mas preciso ler o 2, o 3, e logo logo o 4 pra ver de que forma o Leonel vai explodir nessa mente dessa vez.
Perfeito!

Josias.Galdino 12/10/2022

Narrativa exótica
Livro tem um começo um pouco lento, mas adorei a dinâmica depois da maturação do personagem Ruff. A dinâmica de parecer que estamos vendo uma histórica que está sendo jogado em forma de RPG é bem interessante, me faz lembrar a narrativa de Stranger Things 4. Esse livro até me inspirou a criar uma história dentro do tempo de Noé! Ou seja, se conseguiu me inspirar quer dizer que ele foi maravilhoso!

fabio.hingst.1 21/06/2021

Esperava mais.
O livro consta com um momento chave que me agradou, que é todo o início até os pormenores acerca da vida passada do Prior do Mosteiro de São Arnaldo.
A partir daí, tecida através de uma escrita repetitiva que me incomodou, a narrativa caminha para um norte clichê, previsível e sem graça. Nem o final ou a grande revelação derradeira me levaram a adicionar 3 estrelas a esta obra.
Enfim, eu não gostei tanto desde livro, infelizmente, mas não desistirei do autor e buscarei conhecer outras obras dele, como a Trilogia da Tormenta.