Maisa @porqueleio 17/10/2022Resenha / O voo da libélula /@porqueleioNa noite de 23 de dezembro de 1980, um avião cai na fronteira da França com Suíça, tendo a bordo 168 pessoas. Após o impacto, um incêndio tomou a nave, não dando chances para ninguém.
Entretanto, os bombeiros encontram um bebê de 6 meses próximo aos escombros, numa distância tal que o incêndio amenizou o frio – um milagre. Acontece que dois bebês embarcaram no voo, e as técnicas da época não permitiam a identificação por exame de DNA. Com os pais mortos, sem características marcantes, um embate jurídico tem início: de um lado, a família pobre dos Vitral, de outro, a família rica dos Carville. Um detetive é contratado para desvendar o mistério.
18 anos se passam, e quando o detetive desiste de buscar a verdade, encontra a resposta que procurou todo esse tempo ao rever a nota do acidente que saiu no jornal à época. E é assassinado... uma corrida contra o tempo tem início, e finalmente a verdade poderá trazer a paz para as famílias envolvidas. Mas, 18 anos depois, é possível encontrar algum conforto?
Com uma narrativa que mescla passado e presente, o livro traz o desenvolvimento do mistério de uma forma lenta, com uma estória que se passa em poucos dias, privilegiando outros pontos além do suspense, como um amor proibido, jogo de poder, traições, traumas, mágoas...
Lylie, a garota alvo de todo o processo, aparece pouco, e temos nosso olhar voltado sobretudo para Marc, empenhado em descobrir se a garota é sua irmã. Impulsivo, tomou algumas decisões bem discutíveis, mas foi perseverante.
Ainda que eu tivesse tomado partido logo no início – o autor leva a gente para o lado errado propositalmente, fui ficando angustiada, porque nenhuma resposta me parecia justa. Mas, sabe aquele sabor de ter a resposta desde o início, e não ter percebido?
Um bom thriller, daqueles de ler bem rapidamente, com um final justo para a trama proposta.
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