Ana Brison 05/07/2021
Mark é um garoto que brinca com sua melhor amiga, vai à escola e tem um cachorro chamado Beau, contudo, sua vida desde sempre exigiu cuidados médicos que por vezes o impediram de ser quem ele gostaria.
Em um dia qualquer, após um telefonema, Mark chega ao seu limite e decide sair rumo à jornada de sua vida, que tem passagem apenas de ida.
Fugindo de casa no meio da tarde e com o plano traçado em sua mente, ele deixa para trás seus pais, Jessie e o conforto de seu lar, levando consigo Beau, uma mochila com alguns itens essenciais e uma máquina fotográfica, o destino? Nada menos do que o topo do Monte Rainier e ele espera conquistá-lo nem que isso seja a última coisa que faça em sua vida.
É possível que o hate do pessoal venha depois desse post, mas como uma leitora adulta de 29 anos, não consigo ignorar a irresponsabilidade e o egoísmo dos atos de Mark. É muito bom saber que a jornada o transformou, que o ódio que existia em seu coração foi se dissolvendo a cada dificuldade, contudo, pensar em todos os riscos a que ele se expôs desnecessariamente e levando Beau consigo, até o limite da sobrevivência me irritaram bastante,
Até que ponto nossa dor tem mais valor do que a dor do outro? Entendo perfeitamente a situação dele e não quero entrar em detalhes para evitar spoilers, mas seus pais e Jessie também sofriam e estavam ao seu lado, por isso, não acho que a promessa feita anos atrás, em outro contexto, possa validar um risco tão alto.