Dois Garotos Se Beijando

Dois Garotos Se Beijando David Levithan




Resenhas - Dois Garotos se Beijando


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maria 25/10/2019

ahhh ??
david me conquistou com todo dia, porém eu li um outro livro dele que me frustou.Então dois garotos se beijando foi um teste que ele passou com louvor,e tão emocionante acompanhar um pedacinho da vida dos protagonista e ainda saber um pouco mais sobre as lutas do passado,Não consegui parar de chorar durante toda a leitura,esse livro me fez refletir tanto...todas as familias deveriam ler um livro como esse, nada melhor para aprender a se pôr no lugar do outro e refletir sobre suas atitudes.Obrigado por mais essa maravilha david
vicki4you 03/03/2021minha estante
Olá ,
como você está? Meu nome é Srta. Vicki Dickson, vi seu perfil hoje e me interessei por você, quero que envie um e-mail para meu endereço de e-mail privado (vdickson200@gmail.com) porque tenho um assunto importante que quero compartilhar com você




Luann 25/04/2022

MEU DEEEEUS no final eu já estava fazendo a contagem regressiva junto com eles aff super fofinho e bonitinho esse livro, recomendo muito.
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Lucas.Crissanto 28/03/2018

Todo jovem gay deveria ler esse livro
Um livro que pela sinopse parece ser razo, mas que logo nos primeiros capítulos você vê que se trata de algo muito mais profundo, fala diretamente nós que já fomos adolescentes gays, fala do tempo de aceitação de você mesmo e das pessoas a sua volta, mostra o que passamos e pensamos, e principalmente mostra que todos nós passamos pelas mesmas perguntas, mesmo caminho até chegar onde estamos, é de se emocionar ao relembrar o que passamos para estar aqui, nos identificamos com cada pensamento, com cada ato; e como nos fazem ser grato pelos nossos antepassados por terem lutado a nossa luta com coragem e maestria, nos dando a oportunidade de viver uma vida melhor (mas que ainda deve melhorar muito), a grande questão do livro é mostrar que não estamos sozinhos e todos passam pelo mesmo processo de aceitação...e essa mensagem grandiosa se camufla com a primícia de que o livro se trata de dois garotos se beijando.
Theus 22/06/2021minha estante
Ah eu amo!




Dani 25/03/2020

Livro necessário.
É uma leitura muito necessária! Relata de assuntos e sentimentos bem únicos e que precisam ser falados. Acho que se torna um livro crucial pra toda uma sociedade. Envolve você do começo ao fim sem decepções. Leiam o mais rápido possível! Sensação incrível.
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Guilherme 12/06/2023

Um balde de emoções
"Dois garotos se beijando" é muito mais do que uma história de romance gay, onde dois garotos se beijam. Esse livro me mostrou algumas perspectivas que eu nunca tinha pensado ou me aprofundado muito.
É contado para o leitor a história de vários personagens LGBTQ+ que de alguma forma estão conectados entre si (e não estamos todos?). O livro intercala em diferentes partes a narração em terceira pessoa dos personagens. Fiquei encatado com a forma como a história é narrada, já que nunca tinha lido algo assim.
Talvez possa haver uma ou outra parte do livro entediantes, mas ele não deixa de ser um livro necessário que com certeza todos deveriam ler. Falo isso, porque vejo que de alguma forma esse livro mudou a minha vida e por mereceu as 5 estrelinhas.
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Nilsinho 30/04/2021

Esse livro me fez reviver tantos sentimentos ao mesmo tempo, não consigo nem descrever a importância que ele teve para mim agora.
Perfeito em todos os sentindos!!
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Rickelmy.Pessoa 07/05/2021

Terminei esse livro todo arrepiado
No começo da leitura fiquei um pouco incomodado em como a história era narrada, mas ao longo dos capítulos eu estava completamente apaixonado e querendo saber cada vez mais, a leitura me proporcionou uma sensação de abraço, uma sensação de um calor no coração.
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Rafael Mussolini 28/05/2017

Dois Garotos se Beijando
Hoje enquanto parei em um banco de praça pra retomar o fôlego de um dia de trabalho eu vi dois garotos de mãos dadas, e não fui só eu que vi, alguns olhos raivosos também viram. E enquanto os dois garotos andavam, indiferentes a indignação alheia, fiquei pensando o que poderia acontecer se eles estivessem abraçados, ou muito melhor, se estivessem se beijando. Esse episódio fez com que eu retomasse a ideia de escrever sobre um dos livros que li recentemente: "Dois Garotos se Beijando"(Galera Record, 2015) do escritor norte americano David Levithan.

A história do livro gira em torno de um beijo de 32 horas e alguns minutos entre os personagens Harry e Craig, que com isso pretendem quebrar o recorde do Guinness Book de beijo mais longo. Beijo que é também um protesto contra a homofobia e mobiliza uma cidade e a mídia enquanto as histórias paralelas de Peter e Neil, Ryan e Avery e Cooper se cruzam a dos garotos se beijando. São histórias diferentes que acontecem ao mesmo tempo e que segundo o próprio autor são inspiradas em fatos reais.

Quando decidi ler o livro do Levithan a motivação inicial foi sanar uma curiosidade sobre o que andam escrevendo por aí sobre garotos gays e seus relacionamentos, no que intitulam de literatura para jovens adultos - e confesso que é algo que gostaria de ter tido a oportunidade de ter lido aos quinze anos de idade.

Comecei a leitura também com três receios, primeiro pela qualidade literária do texto, segundo pela minha eterna desconfiança de livros que são sucesso de mercado e terceiro por uma ligeira implicância com o título do livro, que inicialmente achei vazio e meio bobo. Pois me surpreendi com a criatividade e fluidez da narrativa, com a inteligência dos diálogos, com a grande sacada do autor que é a figura do narrador, quer dizer, dos narradores. A história é contada pelos fantasmas de gays do passado, por homossexuais que passaram pela epidemia de AIDS, por agressões violentas à diversidade e militantes responsáveis por muitos dos avanços que testemunhamos hoje. O interessante disso tudo é que esses narradores onipresentes acabam por fazer links com o passado ao acompanhar a histórias dos personagens, fazendo um paralelo do que era ser gay a algumas décadas atrás e o que é ser gay hoje.

"Vocês não tem como saber como é para nós agora; sempre estarão um passo atrás. Agradeçam por isso. Vocês não tem como saber como era para nós antes; sempre estarão um passo à frente. Agradeçam por isso também. Acreditem em nós: existe um equilíbrio quase perfeito entre o passado e o futuro. Enquanto nos tornamos o passado distante, vocês se tornam o futuro que poucos de nós poderiam ter imaginado."

Assim somos introduzidos na narrativa de "Dois garotos se beijando". Lendo o livro fui desconstruindo meus receios, possíveis preconceitos com título, autor e lista de mais lidos do The New York Times e David foi justificando, ao menos para mim, todo o propósito do título do livro e após o seguinte trecho que transcrevo abaixo eu me entreguei completamente à história:

"Dois garotos se beijando. Vocês sabem o que isso quer dizer. Para nós, era um gesto tão secreto. Secreto porque sentíamos medo. Secreto porque sentíamos vergonha. Secreto porque era uma história que ninguém estava contando. Mas que poder isso tinha. Quer nós disfarçássemos com a desculpa de Você será o garoto e eu serei a garota, quer chamássemos de forma desafiadora pelo nome correto, quando nos beijávamos era quando sabíamos o quanto era um gesto poderoso. Nossos beijos eram sísmicos. Quando vistos pela pessoa errada, podiam nos destruir. Quando compartilhados com a pessoa certa, tinham o poder da confirmação, a força do destino. Se juntarmos armários suficientes, temos o espaço de um quarto. Se juntarmos quartos suficientes, temos o espaço de uma casa. Se juntarmos casas suficientes, temos o espaço de uma aldeia, de uma cidade, de uma nação, do mundo. Sabíamos do poder particular de nossos beijos. Depois veio a primeira vez em que fomos testemunhas, a primeira vez que vimos acontecer abertamente. Para alguns de nós, foi antes de termos sido beijados. Saímos de nossas cidadezinhas, fomos para a cidade grande e, ali nas ruas, vimos dois garotos se beijando pela primeira vez. E o poder agora era o poder da possibilidade. Ao longo do tempo, não era só nas ruas ou nas boates ou nas festas que organizávamos. Estava no jornal. Na televisão. Nos filmes. Todas as vezes que víamos dois garotos se beijando assim, o poder aumentava. E agora... ah, agora. Há milhões de beijos para serem vistos, milhões de beijos a um clique de distância. Não estamos falando de sexo. Estamos falando de ver dois garotos que se amam se beijando. Isso tem muito mais poder do que o sexo. E mesmo se tornando lugar-comum, o poder ainda está presente. Todas as vezes que dois garotos se beijam, o mundo se abre um pouco mais. Seu mundo. O mundo que deixamos. O mundo que deixamos para vocês. Este é o poder de um beijo: Ele não tem o poder de matar você. Mas tem o poder de trazer você à vida."

De vazio e bobo o livro não tem nada. Está cheio de posicionamento político, discussões de direitos humanos, representatividade, diversidade, entre outros temas universais aos relacionamentos humanos sejam eles gays, héteros, bissexuais, enfim. Não é um livro bobo, é um livro sério que faz uma retrospectiva sem didatismo pedante, sobre a trajetória de luta dos homossexuais para que a geração de hoje pudesse estar vivendo com um pouco mais de dignidade e que muitas vezes parecemos esquecer daqueles primeiros militantes que começaram a lutar contra o processo de invisibilização dos LGBT's.

Dois garotos se beijando é colocado no livro como um ato de amor mas também um ato político. O título do livro trás consigo leveza e dor ao mesmo tempo, pois para muitos dois garotos se beijando é algo muito simples e bonito, como um beijo deve ser, e para outros é visto como algo abominável e que pode gerar ondas de violência, discursos de ódio e negação de direitos. O que estou dizendo pode ser comprovado simplesmente pela exposição da capa do livro e as expressões faciais que a mesma gera. Inclusive a capa da edição americana de Two Boys Kissing gerou um grande burburinho quando o livro foi lançado, e ela nada mais é do que a fotografia de dois garotos se beijando e que portanto é o tema do livro.

Dois garotos se beijando é uma bandeira de igualdade e liberdade. É um grande avanço que livros como esse estejam sendo publicados no Brasil em tempos de tanta mediocridade e hipocrisia. Com isso não estou de forma alguma dizendo que essa temática nunca foi tratada no país por escritores nacionais, pois temos e tivemos escritos primorosos de figuras como Caio Fernando Abreu, João Silvério Trevisan e Hebert Daniel que são citados numa coluna que li sobre "literatura gay" como "aqueles que ousaram e ousam a escrever sobre o amor que não se diz o nome". Literaturas como essa, que reconhecem "minorias" e contribuem com a representatividade de pessoas e grupos perseguidos acabam por cumprir um papel transformador nas mentes e na sociedade pois como dizia Sartre "só a liberdade pode tornar inteligível uma pessoa em sua totalidade, mostrar essa liberdade em luta contra o destino, primeiro esmagada por suas fatalidades, depois voltando-se contra elas, digerindo-as pouco a pouco (...)"

site: http://opedagogento.blogspot.com.br/2016/03/dois-garotos-se-beijando.html
Mari 28/06/2017minha estante
Oi Rafa!! Só passei por aqui para te dizer que eu achei sua resenha muito linda e bem construída, parabéns pela domínio da sua escrita!!!
Eu só tenho a dizer que esse livro tão especial também me surpreendeu muito e eu espero que o nível dos livros com esse tema possa se superar cada vez mais nos trazendo a importância do respeito e da tolerância com todas as pessoas.
Um beijo, um abraço e um cheiro!!!


Rapha Écool. 17/05/2018minha estante
Obrigado pela resenha incrível, conseguiu passar tudo que senti lendo o livro, com uma sensibilidade maior ainda, fiquei muito feliz pela sua perspectiva e pela sensibilidade em escrever.
Obrigado por compartilhar conosco!




VinAcius49 08/06/2021

Que maravilha, meus amigos!
A escrita do David, que nunca me decepciona, se mantém direta, mesmo com todos os detalhes necessários para aprofundar uma sequência e/ou seus personagens. E por falar em personagens *clap clap*, temos diversidade natural, temos representatividade tangível, temos profundidade sem se estender, temos beleza!
O ponto alto, sua narrativa, eu não esperava... É incrível! A verdade é que eu não esperava por nada através da capa, sinopse e mesmo sendo algo de um dos meu autores favoritos da atualidade (I'm sorry, David).
Que maravilha, meus amigos!!!
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Luan 26/06/2021

Esse livro é muito lindo
David trás assuntos de estrema importância, com histórias de superação, em um livro que encanta e emociona com extrema leveza. Com personagens extremamente cativantes, carismáticos e relacionáveis. A obra contém ? um enredo que acaba se tornado muito interessante. No começo do livro a forma com que o autor narrou o exemplar acabou me gerando um grande incômodo? e algumas vezes cheguei a ficar confuso, porém ao longo dos capítulos fui me acostumando com a forma de David narrar todas as histórias contadas no livro e me fazendo ficar cada vez mais encantando pelo enredo.
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Allessandra. 08/05/2021

Um livro necessário
Acho que mais do que um livro que é rapidinho, é algo que você acaba carregando pra vida toda. Em Dois Garotos Se Beijando temos uma narrativa que intercala entre adolescentes (onde nem todos necessariamente se conhecem) unidos por algo em comum: o fato de quererem ser apenas o que são.

O que diferencia o livro é ser narrado por uma geração que já não está mais mais viva, mas que esta lá, olhando e torcendo e aguentando firme junto aos jovens do momento atual. Várias vezes me peguei com um bolo na garganta, porque foi a partir daqui que eu refleti no quanto pessoas LGBTQIA+ tiveram de lutar e resistir para que eu e outras tantas pessoas pudessem ter algo que ainda é tão mínimo, mas ainda assim necessário.

David Levithan consegue abordar tudo de uma maneira fluída mas não menos angustiantes. Você ainda sente o bolo na garganta, principalmente recordando que coisas assim acontecem o tempo todo e no mundo inteiro, mas ao menos aqui temos o fator de que muitas coisas terminam bem.

Durante toda a narrativa, tudo o que eu conseguia pensar era "Como as pessoas se incomodam com algo tão simples quanto um beijo?", os comentários homofóbicos e o fato de que, se fosse um casal hétero tentando quebrar o recorde de maior beijo, ninguém se incomodaria. Mas em meio a esse incômodo, tem também a narrativa dos outros adolescentes e como isso também impacta na vida dele. Como aquele momento pode não parecer tão importante assim, como pode ser esquecido dali a pouco, mas com certeza será lembrado pela comunidade como um ato de coragem e resistência.

Com certeza vou levar essa história por muito tempo ainda, refletir sobre... Minhas 4/5 estrelas são unicamente porque eu queria um pouco mais, queria conhecer mais esses personagens... Mas entendo também ter acabado daquele jeito, tal qual o começo.
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Lucimary 13/06/2020

pontos positivos:
+ fatos reais (até certo ponto)
+ avery e ryan

pontos negativos:
- saudades de uma personagem principal feminina, né minha filha?
- o fato de não ter capítulos numerados me incomodou, por isso demorei tanto pra começar a ler
- muita metáfora
- umas frases de efeito DO NADA
- basicamente a mesma fórmula de garoto encontra garoto: 3 casais, muitos homens e poucas mulheres, 1 personagem trans, 1 família homofóbica, 1 indiferente e 1 aceptiva.
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Barão 17/11/2015

Amo os livros do Levithan!
Dois garotos se beijando, um dos últimos lançamentos do David Levithan no Brasil, apresenta-nos um livro totalmente diferente de tudo que li em 2015. Aqui vamos conhecer não só um casal de personagens com uma história comum, mas sim sete indivíduos, que possuem uma coisa em comum: gostar de pessoas do mesmo sexo.

Começamos com o ex-casal e agora bons amigos, Craig e Harry, que para ajudar a um amigo decidem tentar quebrar o Recorde do beijo mais demorado da história, e para isso eles devem passar exatamente trinta e duas horas, doze minutos e dez segundos se beijando, e as regas são: eles têm que ficar em pé, não podem “descolar” a boca um do outro (para nada) e tudo tem que ser gravado. Porém, eles decidem fazer isso no lugar mais público possível da cidade. Será que esses dois adolescentes conseguiram quebrar esse Recorde?

Levithan também nos apresenta o casal (muito fofo) Neil e Peter, adolescentes que estão aos poucos descobrindo os prazeres de um relacionamento. Conhecemos Avery e Ryan, outros dois personagens que são bem marcantes nesse livro, eles se encontram pela primeira vez em um baile gay que foi oferecido pela escola do Ryan. Logo de cara começa a rolar um clima entre os personagens, que possuem características e histórias bem envolventes. Será que o segredo que Avery guarda pode influenciar os sentimentos de Ryan?

Outro personagem cuja história é contada é a de Cooper, adolescente que quase não possui amigos e que passa as noites em claro no computador, criando uma vida online, em salas de batepapo, sites e apps, onde seduz homens que jamais conhecerá na vida real. Até que um dia o seu pai descobre esse passatempo proibido, e então o mundo dele muda completamente.

Nesse livro também são narradas histórias de pessoas que já faleceram, que viveram situações tristes há muitos anos atrás, que são guias nessa narrativa, usados para esclarecer fatos no presente a partir de suas vivências no passado.

Esse é um livro que particularmente me fez repensar muito sobre a homossexualidade, preconceito sofrido por diversas pessoas diariamente. Como também nos mostra como o amor entre duas pessoas do mesmo sexo pode ser tão lindo.

Quando comecei a reta final desse livro, eu ficava segurando a respiração torcendo para todos os eventos darem certo, para que os casais que iriam se formar ficassem juntos e pessoas não cometessem as loucuras que talvez fossem cometer. David Levithan mais uma vez me fez chorar com outra obra magnífica dele, creio que esse livro teria que ser lido por todo cidadão seja ele heterossexual, bissexual ou homossexual.

Então leitores eu adorei a leitura desse livro, devorei ele em dois dias, é uma leitura leve e muito fluida, se você já leu algum livro do David Levithan deixe aqui o seu comentário. E se não leu ainda, corra e vá ler porque os livros desse autor são maravilhosos!


site: meninoliterario40.blogspot.com.br
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Andy 02/12/2017

Não são apenas dois garotos se beijando
Julgando pela parte traseira do livro, é de se acreditar que ele vai tratar apenas de dois garotos tentando bater o recorde de maior tempo se beijando. Meio óbvio né? Mas é aí que vocês se enganam. Admito que se fosse apenas por esse fato (e eu acreditava que era só isso que aconteceria no livro) eu não leria este livro. Iria ser apenas mais um Young Adult abandonado. Mas o nosso querido Levithan faz o favor de nos surpreender com sua escrita diferente e ousada.
O livro não trata apenas do “casal” Craig e Harry, que estão tentando bater o tal recorde. Temos também Peter e Neil, Avery e Ryan, e Cooper, que não forma casal com ninguém. Eu sei, triste. Obviamente temos dramas com todas as personagens envolvidas no livro, sejam elas principais ou secundárias. Peter e Neil são um casal de verdade, e um deles vive em uma casa onde nada é dito sobre sua sexualidade. Avery precisa descobrir uma maneira de dizer à Ryan que ele é transexual, enquanto Cooper passa por altos e baixos sozinho depois que sua família descobre que ele é gay.
Olhando assim parece fácil de se confundir com tantas personagens, mas o autor consegue nos direcionar em cada história individualmente e faz nós nos apaixonarmos por todas.
Grande parte da narração é feita em 3ª pessoa, e aí que entra um ponto MUITO interessante. Ela é feita por pessoas mortas. Pois é, pessoas mortas. Mais especificamente homens gays mortos ou há muito tempo ou há pouco tempo. Eles nos mostram como era ser gay em uma sociedade anterior à nossa, e nos contam como era horrível e doloroso ver seus amigos morrendo devido as complicações da AIDS e/ou por puro preconceito. Há partes em que sentimos a agonia dos fantasmas de não poder ajudar os personagens e também tudo o que eles passaram para que a nossa vida hoje, se tornasse pelo menos um pouco mais aceitável.
Concluindo, esse livro vai te fazer chorar, sorrir, esperniar de agonia, chorar de novo e perder todo o seu ar, e não vai ser por conta de um beijo de 32 horas.
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Tiago 23/12/2017

Ser gay. Ser humano. Ser você mesmo.
"Se você se livrar de toda a merda idiota e arbitrária com a qual a sociedade controla a gente, vai se sentir mais livre, e, se você se sentir mais livre, vai se sentir mais feliz"


Esse livro é tão lindo que chega a ser poético. Em várias partes destaquei de tão lindo que eram as frases. Um livro que te faz pensar como a sociedade começou a etiquetar as pessoas e a separa-las entre boas e ruins de acordo com seu julgamento. Se você fizer uma pesquisa rápida no Google vai ver que antigas civilizações como Egípcia, grega e entre outras, tratavam a homossexualidade como uma coisa normal. Nem chegavam a etiquetar. A palavra homossexualidade nem existia. Há relatos no antigo egito de homens vivendo com homens. Há relatos na antiga Grécia de homens vivendo com homens. Então quando foi que começaram a falar que amar alguém do mesmo sexo é uma coisa profana? Muitos vão dizer que foi a religião mas, pensando bem, foram as pessoas que utilizaram a religião para dar embasamento para suas teorias preconceituosas e retrógradas. Hoje me pergunto quando tive conhecimento pela primeira vez da palavra gay. Lembro que me dei conta muito cedo que meninos me atraía, porém não sei quando percebi que teria que esconder isso pois a sociedade não aceitaria.

Esse livro tem uma narração muito delicada e mostra a vida de um grupo de meninos gays, alguns se conhecem e outros não, mostrando a dificuldade que cada um tem ao enfrentar a vida sendo um homossexual querendo ser eles mesmos. O narrador da história é a geração passada que enfrentou a AIDS, um período difícil, com poucas informações e muito sofrimento.

Um livro para ser lido várias e várias vezes pois, a cada releitura, ele renderá mais reflexões que te farão muito bem.

Sei que todo gay que vive oprimido tenta encontrar a força certa em meio a tanto caos. Mas que não se desespere, não pense em acabar com tudo se suicidando. Ao invés disso estude, trabalhe, estude mais e trabalhe ainda mais. Quando você tiver uma vida só sua, sem ter que dar satisfação para alguém, sem a necessidade de se esconder, verá que ser você mesmo é INCRÍVEL.
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