C. Aguiar 23/06/2015Nossa história começa com monge eletrônico sentado em cima da sua égua, e ele estava fazendo o que sabia fazer de melhor... acreditando em coisas. Coisas? Sim, coisas!
“Monges Eletrônicos acreditam nas coisas por você, livrando-o daquela que vinha se tornando uma tarefa cada vez mais árdua: acreditar em todas as coisas em que o mundo espera que você acredite”.
Depois de alguns acontecimentos e um truque de mágica quase impossível de ser feito, temos Richard (um engenheiro de computação) saindo apressado em direção a casa de sua namorada, para tentar roubar a fita da secretária eletrônica dela, pois havia deixado uma mensagem e se arrependerá logo em seguida. Como se fosse a coisa mais normal do mundo ele escala o prédio de Susan e consegue entrar no apartamento da mesma.
Richard não imaginava que iria ser visto por Dirk Gently (um antigo colega de faculdade). Então Dirk liga para o apartamento de Susan e Richard por algum motivo atende, e conversa com o mesmo. Depois de marcarem um encontro a namorada de Richard chega em seu apartamento acompanhada de outro homem (que a levou para jantar) e dá de cara com Richard no escuro.
Contudo a mesma acha que Richard está lá para fazer as pazes com ela e não para roubar a fita que contém as gravações da sua secretária eletrônica.
Como se não bastasse uma noite confusa o jovem engenheiro é acusado de assassinato, pois o irmão de Susan foi morto na mesma noite em que ele escalava o prédio dela, mas só acaba sendo acusado porque ao ser parado pela polícia (bem antes de ir para a casa de Susan), o mesmo disse ter atropelado seu patrão (irmão da Susan).
Os policiais achavam que Richard estava estressado, por isso pensou ter tido atropelado seu patrão. Afinal, quem é que ia saber que um fantasma ia aparecer naquele momento?
Depois que a situação começa a degringolar, Richard acaba indo recorrer a Dirk, que promete lhe ajudar nessa loucura. E com isso temos a história mais louca que eu já li esse ano!
As aventuras de Dirk foram escritas após o termino de O Guia do Mochileiro das Galáxias, porém o autor faleceu em 2001 e acabou escrevendo apenas dois livros das aventuras de Dirk. Nessa época enquanto escrevia sobre Dirk, o autor estava se dedicando a escrever os roteiros de Doctor Who.
No começo o livro não me prendeu muito e eu estava ficando cansada da leitura, mas o mesmo começa a ficar interessante quando vai se aproximando do final. Por isso me mantive firme e forte até o desfecho da história, mas pensei em abandonar algumas vezes.
Para quem é fã do autor esse livro contém todos os elementos "necessários" para ser identificar o estilo de escrita do mesmo. Porque só quem leu algo do Adams sabe como ele pode ser insano e criativo ao mesmo tempo.
Se você nunca leu nada do autor, talvez se sinta confuso, perdido e até comece a achar que está ficando maluco, porém faz parte da experiência. Afinal, o que se pode esperar de uma história que contém um monge, uma égua, um fantasma, assassinato e uma máquina do tempo?
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