A Cidade Murada

A Cidade Murada Ryan Graudin




Resenhas - A Cidade Murada


79 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Tainá 12/02/2024

Muito bom
Apesar do livro tratar de vários temas pesados, tem uma escrita super fluida e cativante, de um jeito que você sempre quer continuar lendo para saber o desenrolar.

Os personagens são bem construídos e tem ótimas motivações, o que dá sentido pro enredo.
Não gosto do "amor à primeira vista" que acontece, principalmente pelo contexto em que os personagens se conhecem, mas acho que o desenrolar desse relacionamento é agradável.
As demais relações, encontros e desavenças são bem entrelaçados e desenvolvidos, e mostra, mesmo que sutilmente, várias camadas que envolvem os personagens.

Sinto que alguns temas, como o funcionamento da cidade murada e a política ao redor disso, poderiam ser mais explorados, mas entendo que por ser inspirado em um lugar que realmente existiu isso poderia ser "polêmico".
comentários(0)comente



AndyinhA 13/09/2015

Trecho de resenha do blog MON PETIT POISON

Um livro cuja a leitura vale mais pelo motivo que a autora resolveu escrever sobre do que pela história em si. Confesso que com tantas coisas positivas faladas sobre o livro fiquei esperando muito mais do que foi apresentado. Até a gente entender a essência do livro, o mesmo tem uma narrativa bem enfadonha, talvez seja o motivo de ver tantas pessoas desistindo do mesmo nos sites gringos.

O livro é narrado por três personagens – duas meninas e um menino. As meninas, a gente entende realmente qual é a relação entre elas e o motivo de estarem naquela situação, uma situação triste e que acontece em muitos cantos do mundo, aqui no Brasil inclusive. Este ponto do livro que choca e nos revolta, principalmente porque as pessoas que deveriam ajudar são as mesmas que colocam as pessoas nessa situação.

Porém, a narrativa das duas meninas não é tão interessante, ela é devagar, repetitiva e um pouco limitada até metade do livro, não tem muita coisa a descobrir e se você for um leitor menos persistente pode acabar largando a leitura antes de chegar na virada. Onde realmente a história fica interessante e a gente avança muito mais rápido.

O motivo da virada e a parte mais interessante é a narrativa do rapaz. Ele é misterioso, a gente não sabe porque ele está ali, para onde vai e o que busca. A primeira parte do livro é basicamente sustentada por ele, porém tanto mistério acaba dando a sensação que quando as coisas forem reveladas será ‘A’ coisa e nem é. As expectativas que o livro cria não condizem com a realidade apresentada.

PS: A nota deste livro fica entre o Suave e o Tóxico, como não há notas quebradas no blog, classifiquei como Suave.

site: http://www.monpetitpoison.com/2015/07/poison-books-cidade-murada-ryan-graudin.html
comentários(0)comente



Samuel Simões 11/09/2015

Uma boa leitura,mas nada TÃO incrivel!
Como definir esse livro? Gostei bastante da historia,mas acredito que o problema é que ao menos pra mim a autora vai fazendo com que a historia chegue no seu clímax e que algo surpreendente aconteça..MAAAAAAAAS..não acontece! Vira tudo muito clichê e acaba como esperado. Uma boa leitura! Muito fluida! Mas nada demais..4 estrelas!
comentários(0)comente



magdiel 31/08/2015

Daria um bom filme
Hak Nam, também conhecida como “Cidade Murada“, é um lugar bastante perigoso. Sua população se resume a comerciantes, ladrões, mendigos, traficantes e prostitutas. Não se vê mulheres nas ruas, pois todas são apanhadas para trabalharem em bordeis pela irmandade. A cidade já foi uma grande fortaleza (a China parece ter fascínio por muralhas), mas ao passar do tempo se transformou em uma enorme favela.

Hak Nam, foi baseada em uma cidade que realmente existiu. A autora (sim, eu também achava que Ryan Graudin era um homem) é uma mochileira que já rodou o mundo e pirou quando ouviu falar de Kowloon (nome da verdadeira cidade murada) — uma cidade sem lei, extremamente pobre e dominada por quadrilhas — parece até cenário de ficção distópica. Tanto que A Cidade Murada é uma daqueles livros que você lê e pensa “isso daria um bom filme”.
(Resenha completa no link abaixo)

site: codigo137.blogspot.com
comentários(0)comente



Lane @juntodoslivros 01/08/2015

Corra, Fuja, Sobreviva
“Existem três regras para sobreviver na Cidade Murada:
1. Correr muito.
2. Não confiar em ninguém.
3. Andar sempre com uma faca.” Página 11

Já nas primeiras palavras do livro temos as regras de sobrevivência. Não parece fácil viver na Cidade Murada. A cidade tem uma área pequena, mas compensa em altura e o tamanho das ruas: prédios altos, ruas estreitas e sujas. Um lugar onde se situam as piores espécies de criminosos. Uma cidade com a lei do mais forte sobrevive. Um lugar onde fazer parte de uma gangue ou grupo é a melhor saída para sobreviver. Se ficar sozinho, sua vida pode ser bem mais curta. Três personagens não querem essa vida. Querem fugir da cidade, mas não será nada fácil.

Jin Ling é uma garota de 14 anos. Sempre teve a aparência de menino, o que vai ajudá-la a ficar disfarçada e passar despercebida. Ela está atrás de sua irmã Mei Yee, que foi vendida por seu pai bêbado e espancador. As duas vieram de uma província distante. Filhas de um agricultor, ambas nunca tiveram uma vida digna e não aprenderam a ler e escrever. Estavam sempre no arrozal ou em outra tarefa e ainda viviam em estado de miséria, pois o pai só pensava em beber.

As duas irmãs sempre foram muito próximas. Jin, apesar de ser três anos mais nova que Mei, sempre foi a mais forte das duas. Sempre fazia com que seu pai lhe batesse primeiro e o instigava ainda mais, assim ele poderia cansar e não iria atrás de sua mãe e irmã.
Quando Mei foi vendida para os Ceifadores, Jin não pensa duas vezes e segue a van que trouxe a irmã para Cidade Murada, Hak Nam. Por dois anos, ela tentou encontrá-la sem sucesso.

“Às vezes me sinto com uma formiga operária, correndo pelos túneis escuros e sinuosos num circuito sem fim. Sempre procurando. Nunca encontrando.” Página 30

A Irmandade é a mais perigosa organização de Hak Nam. Donos de um dos bordéis mais famosos da cidade, eles se acham o dono dela. É com eles que Mei Yee está. Ela vive uma vida de rainha na Irmandade. Tem comida, um quarto confortável, roupas chiques entre outras coisas. Tudo por um 'pequeno' preço: seu corpo.

“- Não tem como fugir. Esquece sua casa. Esquece sua família. – A voz do mestre era fria, impassível. Tão sem vida quanto seus olhos pesados de ópio. – Você é minha agora.” Página 22

A fuga não é uma opção. Se você for pego fugindo, seu destino é pior que a morte. Sem ter como escapar desse destino, Mei passa seus dias em seu quarto aguardando seu único cliente aparecer e se satisfazer. Isso até um garoto oferecer um destino melhor e mudar tudo.

Dai Shing chegou a cidade de maneira misteriosa. Algo terrível aconteceu a ele há alguns anos. Ele veio da Cidade de Fora, Seng Ngoi. Em busca de redenção, Dai acaba se envolvendo com a principal organização de Hak Nam, a Irmandade. Com um passado doloroso, ele precisa de algo que o Longwai, chefe da Irmandade, tem para poder escapar e para isso precisa ganhar sua confiança. Além de precisar encontrar um corredor rápido e sorrateiro para fazer entregas de drogas.

Contada em três pontos de vistas, as histórias desses personagens vão se entrelaçar e desencadear uma teia de acontecimentos que podem salvá-los de uma vida miserável ou causar mais catástrofes.

O livro trás uma realidade já vivida antes. Realmente existiram cidades muradas e foi de uma delas que Ryan se inspirou para escrever sua história: a Cidade Murada de Kowloon, em Hong Kong. Uma cidade que foi por muitas décadas separada de todo o resto de Hong Kong. Lá tinha suas próprias leis, até 1987 onde o governo anunciou a demolição da cidade.

Esse livro não serve para uma simples leitura sem compromisso. A narrativa nos agarra, mas nem por isso você consegue ler o livro de uma vez só e não sentir o impacto que ela nos trás. Elementos fortes são inseridos na história: tráfico de mulheres, violência contra a mulher, drogas, assassinatos, condições miseráveis, etc. Condições essas que vemos todos os dias na televisão, em jornais ou na casa de um vizinho. As cenas do livro são um tanto chocantes. Três jovens lutando pela vida e tendo que enfrentar situações de ricos. Sentimos o sofrimento de Jin, Mei e Dai a cada dia transmitido na história. Um livro que traz reflexão e aprendizado.

No começo achei a história um pouco parecida com outro livro, mas conforme fui lendo e me envolvendo com os conflitos que nossos protagonistas foram enfrentando, não pude deixar de notar que essa é uma história única. Mesmo sendo um infanto-juvenil, o livro ultrapassa o gênero em que está inserido. Cheio de adrenalina e emoção, Ryan soube aplicar e utilizar o lirismo nessa história.


site: http://www.asmeninasqueleemlivros.com/2015/07/edicao-1-editora-seguinte-ano-2015.html
comentários(0)comente



PorEssasPáginas 24/07/2015

Resenha: A Cidade Murada - Por Essas Páginas
Quando a Editora Seguinte anunciou esse lançamento, eu me interessei por ele, mas não o quanto ele merecia. Não foi aquele interesse do preciso-ler-agora, mas sim um interesse mais calmo, do tipo, “preciso ler algum dia”. Nós o solicitamos e confesso que ele ficou um tempinho na minha pilha, apenas esperando. Após algumas leituras, digamos, não tão promissoras, eu o peguei entre os dedos e avisei, quase ameacei “espero que você seja ótimo!”. Ele me ouviu. A Cidade Murada é daqueles livros marcantes, capazes de fazer um leitor guardá-lo na memória para sempre; sensível e empolgante, belo e brutal, você não irá esquecê-lo.

Você sempre sabe quando está diante de um livro bom. Na verdade, nem é justo dizer apenas “bom”; um livro espetacular, daqueles que se tornará um dos seus favoritos da vida. É aquele momento sublime que você bate os olhos nas primeiras páginas, às vezes nas primeiras linhas, e diz para si mesmo: “uau!”. Porque um bom escritor, um escritor espetacular, se revela logo nas primeiras palavras; um livro realmente ótimo não precisa de muito tempo para segurar um leitor: ele o agarra e arrebata logo de cara. Quando você também escreve, como eu, logo vem à cabeça aquele pensamento “queria escrever tão bom quanto isso algum dia”. Um sentimento quente de admiração que preenche o peito.

Foi assim que me senti com A Cidade Murada.

“Há momentos pelos quais a gente espera. E há momentos pelos quais a gente espera. Momentos para os quais passamos todos os outros momentos nos preparando. Pontos da vida que estalam e giram. Nos lançam numa direção inteiramente nova.” Página 272

O lugar é uma China não muito distante, apenas do final do século passado: a cidade murada fictícia de Hak Nam, em Seng Ngoi, inspirada na cidade murada de Kowloon, que realmente existiu em Hong Kong até 1987. O livro é dividido em dias, numa misteriosa e angustiante contagem regressiva que começa em 18. Há três narradores em primeira pessoa: Jin Ling, Dai e Mei Yee, três jovens que vivem dentro da cidade murada e cujos destinos estão mais interligados do que imaginam.

Jin Ling é quem inicia o livro. Logo de cara você percebe que ela é uma personagem excepcional: daquelas personagens que dão orgulho na gente. Inteligente, corajosa, altruísta; alguns anos antes, sua irmã foi vendida pelo próprio pai, e Jin não hesitou: pegou uma bicicleta e seguiu atrás dela, com o firme propósito de encontrá-la e resgatá-la a qualquer custo ou sofrimento. A busca fez com que Jin chegasse à Cidade Murada e, para se proteger, ela corta os cabelos e finge ser um menino, que sobrevive fazendo corres e pequenos furtos. É assim que Dai a encontra.

Dai é de fora da Cidade Murada, e logo descobrimos que ele é bem educado e de uma família com posses, mas por algum motivo não pode deixar o inferno de Hak Nam. Ele precisa fazer algo muito arriscado para alcançar sua liberdade e tem apenas alguns dias para isso, caso contrário, tudo estará perdido. Enquanto isso, Mei Yee está presa em um bordel, vivendo como uma prostituta de luxo junto a outras garotas que também foram vendidas como ela ou sequestradas (e cada uma dessas garotas tem personalidade e brilho próprio, apesar de serem coadjuvantes na história). Hak Nam certamente é um lugar sórdido e terrível para se viver.

“Aquela menina. Seus olhos impetuosos. Poderia ser eu. Minha irmã. Qualquer uma de nós.” Página 14

É muito difícil falar desse livro, daquele jeito maravilhoso que é complicado falar de livros muito, muito bons. Dá medo e até vergonha resenhar uma obra tão incrível, porque você se sente sempre abaixo dela para dizer qualquer coisa a respeito. Em A Cidade Murada temos um tema forte e rico, com várias linhas a serem exploradas, e percebe-se claramente que Ryan Graudim tem total controle da história que escolheu contar. Não apenas ela tem isso em mãos, como criou personagens complexos, cativantes e reais, com linhas do tempo que os moldaram como pessoas antes mesmo do livro começar – como todos os bons personagens são, como todos deveriam ser; eles saltam das páginas e entram direto no coração do leitor, que não tem outra opção senão abraçá-los e sentir suas dores como se fossem suas, torcer e vibrar por eles com todas as suas forças.

A narrativa é excepcional, um show à parte. Como não poderia ser quando a história é contada por personagens tão excepcionais? Ryan Graudim é uma escritora que sabe realmente o que faz com as palavras. Ela as conecta como fibras de uma fina tapeçaria, uma verdadeira obra de arte. Cada palavra está lá por um motivo, cada palavra é poesia, e isso sem ser pedante, muito menos enfadonho; o livro tem um ritmo invejável e emocionante, que faz o leitor ser obrigado a virar páginas e páginas, embevecido e angustiado pelo desfecho.

E que desfecho! Não há nenhuma ponta solta, nada que não seja amarrado pela mente e mãos habilidosas da autora. Não é sempre que aprecio livros que fecham redondinhos, mas quando alguns se prestam a fazê-lo, podem ser realmente primorosos. A Cidade Murada é um desses livros. Juntando-se um texto incrível com a edição de altíssima qualidade da Editora Seguinte - que jamais decepciona em suas edições -, A Cidade Murada é nada menos que perfeito, e passar mais um dia sem lê-lo é quase um pecado.

site: http://poressaspaginas.com/resenha-sorteio-a-cidade-murada
comentários(0)comente



Sheylla 16/07/2015

Jin Ling é um garota que se passa por menino pelas ruas da Cidade Murada procurando pela sua irmã que foi vendida pelo pai. Dai é um rapaz que vive assombrado pela lembrança do irmão que morreu enquanto ele comprava drogas na Cidade Murada. Mei Yee é a irmã mais velha de Jin e vive trancafiada em um bordel.
A Cidade Murada não tem leis. Um quadrante dominado pelos bandidos e donos de bordeis, e é onde vivem os três protagonistas da historia.

Jin Ling corre pelas ruas da cidade, fazendo pequenos furtos para sobreviver enquanto procura sua irmã pelos bordeis da cidade. Ela se passa por garoto pois se descobrirem sua verdadeira identidade ela acabará como a sua irmã, em um bordel.

Dai está com os dias contados na cidade. Em troca do perdão da policia pela morte de 3 pessoas, entre elas o seu irmão, ele terá que entregar o nome dos membros da Irmandade do Dragão e o livro de registros do bordel de Longwai, chefes do tráfico em Hak Nam.

Mei Yee sobrevive trancada no seu quarto do bordel de Longwai, vendida pelo pai que vivia bêbado que batia nela, na irmã e na mãe. O seu cliente exclusivo no bordel é o Embaixador Osamu, ele sempre traz presentes a garota mas o que ela deseja mesmo é ser livre.

A vida dos três se encontram no momento em que Dai, com a ajuda de Jin faz um trabalho para Longwai e tenta se infiltrar no bordel para conseguir o que deseja. Ele também conta com a ajuda de Mei Yee para descobrir o nome dos membros da Irmandade, com a promessa de libertá-la em troca da ajuda. O que ele não sabe é que Mei Yee é irmã de Jin e que Jin é na verdade um menina.

A luta pela sobrevivência faz com que os três não percam esperança de se verem livres dos muros de Hak Nam, e é dessa esperança que eles tiram a força necessária para lidar com os problemas e crueldades que aparecem por eles.

Com muita aventura e tratando de temas polêmicos e atuais (trafico de drogas e prostituição de menores) apesar de ser um livro infanto-juvenil é uma ótima recomendação e leitura para todas as idades.

site: http://www.loucura-literaria.com/2015/07/resenha-cidade-murada-ryan-graudin.html
comentários(0)comente



Cheruti 08/07/2015

A Cidade Murada
Um infanto juvenil para gente grande. Leitura com bom ritmo até o fim. Uma cidade violenta na visão de 3 adolescentes.
comentários(0)comente



Carla Maria 05/07/2015

Mais que favoritado!
Jesus Maria José! Que história totalmente eletrizante foi essa que finalizei ontem? "A Cidade Murada" é simplesmente INCRÍVEL, APAIXONANTE e FASCINANTE... Peguei esse livro para ler ao ver a indicação dele em algum desses vlogs literários que rolam aos montes no youtube. E minha gente! Estou numa tremenda ressaca literária e pra falar a verdade, ele está entre os melhores que já li este ano, senão o melhor... Se você está procurando um livro que te prenda do início ao fim, sem que o nível de interesse caia, não perca tempo, porque "A Cidade Murada" é uma história sensacional que merece fazer parte do seu time de favoritos.

A autora Ryan Graudin, nos surpreende ao narrar uma história que se passa na histórica Cidade Murada, que existiu até os anos 80 em Hong Kong. Era uma cidade sem lei, dominada pelo tráfico de drogas e de mulheres. A prostituição rolava solta nos bordeis; crianças jogadas a sua própria sorte, viviam nas ruas a mercê de todo e qualquer tipo de infortúnio; uma miséria surreal em seus becos onde nem a luz do sol conseguia mais alcançar; uma cidade totalmente alheia as autoridades governamentais.

Não pensem duas vezes, esse é o livro!
10 Estrelas, opa!, quero dizer, 5 Estrelas e SUPER FAVORITADO.
comentários(0)comente



Danielle 03/07/2015


Toda trama de A Cidade Murada se passa na China, e o mais interessante é que a Cidade Murada realmente existiu e a autora se baseou na estória do lugar como plano de fundo para o desenvolvimento da trama.
A Cidade Murada na verdade era uma fortaleza militar que acabou virando uma favela vertical, considerada a maior favela vertical do mundo. Dentro dos muros tinha tráfico, jogos de azar, prostituição e violência, residindo nela também trabalhadores e pessoas de bem.
O livro é narrado em primeira pessoa por três personagens Jin Ling, Mei Yee e Dai, vou apresentá-los para melhor compreensão da trama.
Mei Yee – Uma linda jovem camponesa que foi vendida pelo pai para uma casa de prostituição na Cidade Murada.
Jin Ling – Irmã de Mei Yee que fugiu de casa para tentar encontrar a irmã na Cidade Murada, ela se veste de menino para que seja mais fácil se virar no local.
Dai – Um jovem misterioso que acaba conhecendo Jin Ling e fazendo uma parceria com ela para arrumarem dinheiro levando drogas a pedido da irmandade que domina o local.
Não se preocupem que tudo que mencionei sobre os personagens não tem spoiler.
Toda a trama gira em torno da busca de Jin Ling pela sua irmã e como vamos ler os pontos de vistas de três personagens vamos ver o quanto Jin Ling está perto da irmã sem saber e teremos a agonia de não poder avisar a ela como proceder.
Dai vai ser um personagem fundamental para a trama e tem todo um mistério envolvendo o motivo de estar na Cidade Murada que aos poucos vai sendo revelado ao leitor, percebe-se logo de cara que ele tem um trauma relacionado ao irmão mais novo e Jin Ling o faz lembrar demais do irmão.
Um outro personagem que eu amei na trama foi o gato de Jin Ling chamado Chma, de acordo com ele é o barulho que o gato faz ao espirrar, eu me apaixonei por esse bichano e pela amizade existente entre Jin Ling e ele.
Comecei a leitura de A Cidade Murada com expectativa muito alta e posso dizer que o livro superou minhas expectativas através de uma estória envolvente do início ao fim, mostrando a realidade de um lugar esquecido pela sociedade e tudo de ruim que um lugar desse pode oferecer para os seus moradores.
As cenas são tão perfeitamente escritas que o leitor já visualiza como um filme em sua cabeça.
Indico muito a leitura para quem gosta de ler sobre a realidade dentro de favelas como trama de fundo para uma linda estória. Outro ponto positivo da trama é poder mergulhar nos costumes e cultura da China, sempre gosto muito de ler livros que me façam saber um pouco mais sobre os costumes orientais, que são tão diferentes dos nossos e ao mesmo tempo tão interessantes.
Para que quiser saber um pouco mais da história da Cidade Murada que inspirou a autora, segue o link do Wikipedia que conta um pouco sobre.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cidade_murada_de_Kowloon


site: www.delirioselivros.com.br
comentários(0)comente



Blog MDL 30/05/2015

Jin nasceu nos campos de arroz e sempre teve uma personalidade feroz. Para ela era inconcebível deixar que o seu pai maltratasse a sua mãe e a sua irmã, e por isso sempre brigava com ele de modo que acabava surrada e cheia de cicatrizes. Essas memórias tristes ficaram para trás e deram lugar a uma realidade muito pior, pois após ver Mey ser vendida para homens perigosos de Hak Nam, a Cidade Murada, não lhe restou nenhuma saída a não ser se transformar em um garoto e correr pelos becos apertados do lugar em busca da sua irmã. Apesar de achar difícil conseguir encontrá-la e resgatá-la, ela não desiste do seu propósito e continua tentando. Em suas tentativas, ela conhece Dai, um garoto que parece não pertencer aquele lugar e que lhe oferece um acordo muito perigoso, mas que acaba se revelando uma das poucas chances de conseguir salvar a sua irmã.

Se há dois anos alguém dissesse para Dai que ele estaria vivendo nas ruas imundas da Cidade Murada, ele jamais acreditaria. Mas depois de tudo o que aconteceu na sua vida, não era tão difícil para ele entender porque tinha que estar ali. O que não tornava as coisas mais fáceis para ele, já que se colocando em situações cada vez mais arriscadas, ele precisa se aproximar do homem que tirou tudo dele em busca da sua redenção final. Ele imaginava que conseguiria fazer tudo sozinho, no entanto, depois de muito relutar, ele admitiu que era impossível fazer o jogo de gato e rato necessário para escapar daquele inferno e recruta Jin para ser o seu corredor. Entretanto, sua vida sofre mais um abalo. Em busca de um plano B, ele conhece uma bela garota que é mantida enclausurada pela Irmandade. A princípio ele tenta se manter focado, mas quando ela olha para ele como se ele pudesse se tornar o seu herói, ele se desfaz da covardia e se enche de coragem para ser quem ela precisa.

A história do livro "A Cidade Murada" é narrado através de uma contagem regressiva relativa ao tempo que Dai dispõe para cumprir a sua tarefa. Narrado pelos três protagonistas, é possível perceber todas as nuances que entrelaçam a vida de Jin, Dai e Mei de uma forma única. Esse aspecto cronológico é de suma importância, pois é ele quem dita o ritmo do livro, já que cada vez que o prazo final se aproxima, as coisas começam a sair fora de controle e a história se torna vertiginosa. Particularmente, senti falta de um maior detalhamento a respeito de alguns dias finais, pois eles ficaram perdidos no espaço-tempo e não houve nenhuma explicação sobre o porquê disso. Como os dias para Dai eram preciosos demais para ficar perdidos, para mim, era necessário falar mais sobre eles.

No entanto, há uma coisa extraordinária que compensa isso: Hak Nam. O local se tornou um personagem nas mãos de Graudin e com suas descrições tão precisas, foi impossível não sentir os odores do lugar, as dificuldades dos moradores, a violência e o medo. E o mais bacana disso tudo é que realmente existiu uma cidade murada, a autora fez algumas viagens para visitar as suas ruínas e fez uma profunda pesquisa para utilizar a Cidade Murada de Kowloon – localizada na China – para montar a sua própria cidade. Entretanto, para falar de violência e poder em Hak Nam é preciso ter em mente que ela é completamente dominada pela Irmandade do Dragão chefiada por Longwai. As pessoas que vivem ali sabem do envolvimento dos seus componentes com drogas e prostituição, mas não possuem coragem o suficiente para tentar fazer alguém ouvi-los. Até porque, em um lugar sem leis, uma organização ilegal poderosa se torna a própria lei.

E essa é a grande dificuldade de Dai, Jin e Mei. Eles não só precisam encontrar a coragem necessária para enfrentar os seus próprios fantasmas, como também, para achar uma forma de escaparem da prisão que os mantém reféns. E é observando todas as lutas desses personagens que eu não pude fazer outra coisa que não amar essa história com todo o meu coração. Me apaixonei pela maneira feroz que a Jin tem de defender aqueles que ama, pela determinação de Dai em se redimir e pelo modo como Mei cresceu e se tornou alguém digna de admiração pela ferocidade com que lutou para se libertar. E mesmo que todos eles sejam muitos jovens e a história parecer ser voltada para um público mais juvenil, há momentos pesados no enredo que causam tamanha angústia no leitor, que por vezes é necessário fazer uma pausa na leitura antes de continuar. Diante disso tudo, eu não poderia dizer outra coisa para vocês que não: leiam já!

site: http://www.mundodoslivros.com/2015/05/resenha-cidade-murada-por-ryan-graudin.html
comentários(0)comente



Priscilla 04/05/2015

Hak Nam é uma cidade murada, com ruas estreitas e completamente sujas. Uma cidade sem lei, lar de assassinos, traficantes e prostitutas. Na verdade, existe lei na cidade, executada por Longwai, um traficante, cafetão e assassino, ou seja, ele é a junção de tudo de ruim em Hak Nam. Ele é o “dono” de Mei Yee, uma garota que foi vendida pelo próprio pai e agora é uma das famosas “garotas de Longwai” que está lá para servir a outros homens…

Mei Yee tem uma irmã: Jin Ling, ou somente Jin, já que todos na Cidade Murada a veem como um dos muitos garotos maltrapilhos, pequenos marginais, mortos de fome. É assim que ela quer mesmo que a vejam, já que está lá para resgatar a irmã e se descobrirem que é uma garota tudo pode ir por água abaixo.

O que as irmãs têm em comum sem saber é Dai. Um garoto misterioso que a primeira vista pode ser mais um dos pequenos ladrões de Hak Nam, mas que um olhar minucioso revela que suas roupas não são tão velhas e ele não é tão magro e mal alimentando como os outros garotos…

Cada um deles procura uma coisa dentro dos muros de Hak Nam. Mei Yee sonha com a liberdade, a vontade de ver o mar, mas se sente presa não só pelos muros, mas pelas palavras de Longwai: “não tem como escapar”. Jin Ling procura a irmã e carrega uma esperança de mudança assim que a encontrar. E Dai… a missão de Dai é mais complicada. Ele procura alguma coisa na Irmandade, grupo liderado por Longwai que dita as regras na Cidade Murada.

Como vocês já devem ter percebido, o livro tem nomes diferentes dos que somos acostumados. Acontece, que A Cidade Murada é real. Ou pelo menos foi. O livro se inspira na Cidade Murada de Kowloon em Hong Kong, conhecida como a maior favela vertical do mundo. Hoje a cidade que foi originalmente uma fortaleza militar não existe mais, seus muros foram demolidos no início dos anos 90.

Apesar de ter lido a prova, dá para ver que o livro será de leitura fácil e rápida. Ele é separado por capítulos curtos de cada personagem, mostrando o ponto de vista de cada um mediante a certas situações e é ótimo para conhecer cada um deles. Os capítulos são separados por uma contagem regressiva que tem a ver com a missão de Dai na Cidade Murada.

É muito interessante ver um livro ambientado em um lugar desses. Além, claro, de nomes e cultura muito diferentes do que somos acostumados. Gostei muito dos personagens por suas características e ambições, porém não me senti ligada a nenhum deles na verdade. Enquanto lia A Cidade Murada não senti em suas páginas uma sensação de perigo real. Mesmo quando a situação estava ruim, tinha certeza de que tudo iria acabar bem e… acertei. Isso acaba nos tirando a apreensão de uma obra adaptada em um lugar totalmente apreensivo.

É uma boa leitura, mas encaixa melhor em novos leitores, que além de um fundo histórico, leva uma história com passagens que podem ser marcantes para iniciantes em leituras “mais pesadas”.

site: http://leitorcabuloso.com.br/2015/05/resenha-a-cidade-murada-de-ryan-graudin/
comentários(0)comente



Dreeh Leal | @dreehleal 01/05/2015

Cidade Murada - Ryan Graudin
Dai, Jin Ling e Mei Yee, três jovens que têm suas vidas entrelaçadas na busca pela sobrevivência.

Hak Nam é uma favela vertical, uma cidade dentro de outra cidade, onde a lei que impera é a do mais forte e os juízes são os traficantes. Localizada onde, na época da guerra, existiu um forte, o lugar cresceu de forma desordenada, construindo casa em cima de casa, até que a luz do sol não conseguisse atravessar seus muros. Se você tem o mínimo de consciência, ficaria longe daqueles portões, mas às vezes a vida não deixa escolhas.

Há dois anos, Mei Yee foi levada para trabalhar no principal bordel da cidade. Aquela noite mudou também a vida da sua irmã mais nova. Jin Ling não aguentou vê-la sendo levada pelos Ceifadores e, montada na sua bicicleta velha e enferrujada, os seguiu até onde pôde. Apesar de perder o rastro, sabia que a irmã fora levada para dentro daqueles portões. Sua vida era difícil nos campos de arroz, porém era melhor do que o inferno que pelo qual estava passando. Mas ela era forte, procuraria pela irmã até o fim de seus dias.

Dai nunca teve o que reclamar da vida que lhe foi proporcionada. Até o dia em que tudo deu errado, quando se transformou no cara misterioso e amargurado que vive trancafiado em Hak Nam. Ele sabe que é melhor não se esgueirar para fora do velho portão sul, não até conseguir o que estão lhe pedindo. É arriscado, mas foi a melhor chance que surgiu, a única que lhe permitirá parar de se camuflar entre becos e famintos. Mas seu prazo está acabando... restam apenas dezoito dias.

Comecei a leitura esperando uma distopia, talvez por isso tenha me surpreendido tanto ao ver tanta realidade nessas páginas. O livro é narrado em primeira pessoa, de forma intercalada entre os protagonistas. Não há capítulos, e sim a contagem regressiva para que os dias de Dai se esgotem. Ryan Graudin possui uma escrita fluida, que desperta a curiosidade do leitor deste a primeira página. Ela conduz a história num ritmo acelerado e rico em detalhes, mas achei que foi tudo muito linear. Há emoção, mas faltou aquele momento em que o leitor prende a respiração enquanto lê os parágrafos seguintes.

Hank Nam pode ser uma cidade fictícia, mas sua inspiração é bem real. Kowloon foi a Cidade Murada de Hong Kong e chegou a abrigar 33 mil pessoas dentro dos seus míseros 0,3 km². Digo isso no passado porque no final da década de 80 se iniciou um processo de desocupação que durou mais de cinco anos. Em seu lugar foi construído o Kowloon Park, onde podemos encontrar um pouco de história como os restos do portão sul e um maquete da Cidade Murada.

Em uma nota no fim do livro, a autora demonstra que fez uma vasta pesquisa acerca dos costumes e tradições locais, mas pouco disso esteve presente no livro. Percebi a ambientação pelo nome dos personagens e pela constante referência a comidas tipicamente orientais, mas isso não foi o suficiente para me inserir nesse mundo. Tanto que tive dificuldades para imaginar os personagens. A história é incrível, mas poderia estar acontecendo em um favela no Rio de Janeiro... Gostaria de ter visto mais China!

Apesar de ter lido a prova, tive um ótimo panorama do trabalho gráfico que está por vir. Se as 400 páginas lhe assustam, pode respirar mais aliviado. As margens são bem largas e caso fossem retiradas, ele se tornaria um livro com o padrão menor. A capa é uma arte à parte. Quem olhar com atenção, irá encontrar o que seria uma visão de Raio-X dos apartamentos da cidade. Tudo muito empilhado, bagunçado.. e há pessoas! Não sei quem foi o capista, mas merece aplausos pela criatividade e percepção nos pequenos detalhes.

"Talvez não fossem os blocos de cimento e o lixo que Sing adorava. Talvez fosse a possibilidade, o conhecimento de que o universo não é feito só de fumaça de ópio, e homens suados e rabugentos. Existe sim um mundo lá fora [...]. Um lugar onde chove e meninos bonitos sujam as mãos. Um lugar onde o mar se estende até o céu."

Dentre os assuntos abordados temos o trafico de pessoas, prostituição e amor, além de uma forte critica social a tudo que acontece dentro de uma favela, esteja ela na China, no Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo. Uma mensagem? Todos merecem uma segunda chance. A chance de ser feliz.

site: http://www.prazermechamolivro.com/2015/04/a-cidade-murada-ryan-graudin.html
comentários(0)comente



79 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR