A Cidade Murada

A Cidade Murada Ryan Graudin




Resenhas - A Cidade Murada


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Lane @juntodoslivros 01/08/2015

Corra, Fuja, Sobreviva
“Existem três regras para sobreviver na Cidade Murada:
1. Correr muito.
2. Não confiar em ninguém.
3. Andar sempre com uma faca.” Página 11

Já nas primeiras palavras do livro temos as regras de sobrevivência. Não parece fácil viver na Cidade Murada. A cidade tem uma área pequena, mas compensa em altura e o tamanho das ruas: prédios altos, ruas estreitas e sujas. Um lugar onde se situam as piores espécies de criminosos. Uma cidade com a lei do mais forte sobrevive. Um lugar onde fazer parte de uma gangue ou grupo é a melhor saída para sobreviver. Se ficar sozinho, sua vida pode ser bem mais curta. Três personagens não querem essa vida. Querem fugir da cidade, mas não será nada fácil.

Jin Ling é uma garota de 14 anos. Sempre teve a aparência de menino, o que vai ajudá-la a ficar disfarçada e passar despercebida. Ela está atrás de sua irmã Mei Yee, que foi vendida por seu pai bêbado e espancador. As duas vieram de uma província distante. Filhas de um agricultor, ambas nunca tiveram uma vida digna e não aprenderam a ler e escrever. Estavam sempre no arrozal ou em outra tarefa e ainda viviam em estado de miséria, pois o pai só pensava em beber.

As duas irmãs sempre foram muito próximas. Jin, apesar de ser três anos mais nova que Mei, sempre foi a mais forte das duas. Sempre fazia com que seu pai lhe batesse primeiro e o instigava ainda mais, assim ele poderia cansar e não iria atrás de sua mãe e irmã.
Quando Mei foi vendida para os Ceifadores, Jin não pensa duas vezes e segue a van que trouxe a irmã para Cidade Murada, Hak Nam. Por dois anos, ela tentou encontrá-la sem sucesso.

“Às vezes me sinto com uma formiga operária, correndo pelos túneis escuros e sinuosos num circuito sem fim. Sempre procurando. Nunca encontrando.” Página 30

A Irmandade é a mais perigosa organização de Hak Nam. Donos de um dos bordéis mais famosos da cidade, eles se acham o dono dela. É com eles que Mei Yee está. Ela vive uma vida de rainha na Irmandade. Tem comida, um quarto confortável, roupas chiques entre outras coisas. Tudo por um 'pequeno' preço: seu corpo.

“- Não tem como fugir. Esquece sua casa. Esquece sua família. – A voz do mestre era fria, impassível. Tão sem vida quanto seus olhos pesados de ópio. – Você é minha agora.” Página 22

A fuga não é uma opção. Se você for pego fugindo, seu destino é pior que a morte. Sem ter como escapar desse destino, Mei passa seus dias em seu quarto aguardando seu único cliente aparecer e se satisfazer. Isso até um garoto oferecer um destino melhor e mudar tudo.

Dai Shing chegou a cidade de maneira misteriosa. Algo terrível aconteceu a ele há alguns anos. Ele veio da Cidade de Fora, Seng Ngoi. Em busca de redenção, Dai acaba se envolvendo com a principal organização de Hak Nam, a Irmandade. Com um passado doloroso, ele precisa de algo que o Longwai, chefe da Irmandade, tem para poder escapar e para isso precisa ganhar sua confiança. Além de precisar encontrar um corredor rápido e sorrateiro para fazer entregas de drogas.

Contada em três pontos de vistas, as histórias desses personagens vão se entrelaçar e desencadear uma teia de acontecimentos que podem salvá-los de uma vida miserável ou causar mais catástrofes.

O livro trás uma realidade já vivida antes. Realmente existiram cidades muradas e foi de uma delas que Ryan se inspirou para escrever sua história: a Cidade Murada de Kowloon, em Hong Kong. Uma cidade que foi por muitas décadas separada de todo o resto de Hong Kong. Lá tinha suas próprias leis, até 1987 onde o governo anunciou a demolição da cidade.

Esse livro não serve para uma simples leitura sem compromisso. A narrativa nos agarra, mas nem por isso você consegue ler o livro de uma vez só e não sentir o impacto que ela nos trás. Elementos fortes são inseridos na história: tráfico de mulheres, violência contra a mulher, drogas, assassinatos, condições miseráveis, etc. Condições essas que vemos todos os dias na televisão, em jornais ou na casa de um vizinho. As cenas do livro são um tanto chocantes. Três jovens lutando pela vida e tendo que enfrentar situações de ricos. Sentimos o sofrimento de Jin, Mei e Dai a cada dia transmitido na história. Um livro que traz reflexão e aprendizado.

No começo achei a história um pouco parecida com outro livro, mas conforme fui lendo e me envolvendo com os conflitos que nossos protagonistas foram enfrentando, não pude deixar de notar que essa é uma história única. Mesmo sendo um infanto-juvenil, o livro ultrapassa o gênero em que está inserido. Cheio de adrenalina e emoção, Ryan soube aplicar e utilizar o lirismo nessa história.


site: http://www.asmeninasqueleemlivros.com/2015/07/edicao-1-editora-seguinte-ano-2015.html
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magdiel 31/08/2015

Daria um bom filme
Hak Nam, também conhecida como “Cidade Murada“, é um lugar bastante perigoso. Sua população se resume a comerciantes, ladrões, mendigos, traficantes e prostitutas. Não se vê mulheres nas ruas, pois todas são apanhadas para trabalharem em bordeis pela irmandade. A cidade já foi uma grande fortaleza (a China parece ter fascínio por muralhas), mas ao passar do tempo se transformou em uma enorme favela.

Hak Nam, foi baseada em uma cidade que realmente existiu. A autora (sim, eu também achava que Ryan Graudin era um homem) é uma mochileira que já rodou o mundo e pirou quando ouviu falar de Kowloon (nome da verdadeira cidade murada) — uma cidade sem lei, extremamente pobre e dominada por quadrilhas — parece até cenário de ficção distópica. Tanto que A Cidade Murada é uma daqueles livros que você lê e pensa “isso daria um bom filme”.
(Resenha completa no link abaixo)

site: codigo137.blogspot.com
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@plataformadolivro 11/12/2016

Jin Ling é uma corredora que era muito espancada pelo pai e que se veste de menino para ir atrás de sua irmã Mei que foi levada pelos ceifadores para um bordel. Dai não se considera uma boa pessoa e vem de uma família rica. Ele precisa da ajuda de Jin para invadir o bordel de Longwai e roubar um caderno que o inocenta de um crime. Dor, doença e morte. É o que há lá fora.
Siga sempre as 3 regras: correr, não confiar em ninguém e sempre ter uma faca.
amei os personagens e o amor de Dai por Mei. O livro é narrado em primeira pessoa, alternando entre os 3 personagens.
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AndyinhA 13/09/2015

Trecho de resenha do blog MON PETIT POISON

Um livro cuja a leitura vale mais pelo motivo que a autora resolveu escrever sobre do que pela história em si. Confesso que com tantas coisas positivas faladas sobre o livro fiquei esperando muito mais do que foi apresentado. Até a gente entender a essência do livro, o mesmo tem uma narrativa bem enfadonha, talvez seja o motivo de ver tantas pessoas desistindo do mesmo nos sites gringos.

O livro é narrado por três personagens – duas meninas e um menino. As meninas, a gente entende realmente qual é a relação entre elas e o motivo de estarem naquela situação, uma situação triste e que acontece em muitos cantos do mundo, aqui no Brasil inclusive. Este ponto do livro que choca e nos revolta, principalmente porque as pessoas que deveriam ajudar são as mesmas que colocam as pessoas nessa situação.

Porém, a narrativa das duas meninas não é tão interessante, ela é devagar, repetitiva e um pouco limitada até metade do livro, não tem muita coisa a descobrir e se você for um leitor menos persistente pode acabar largando a leitura antes de chegar na virada. Onde realmente a história fica interessante e a gente avança muito mais rápido.

O motivo da virada e a parte mais interessante é a narrativa do rapaz. Ele é misterioso, a gente não sabe porque ele está ali, para onde vai e o que busca. A primeira parte do livro é basicamente sustentada por ele, porém tanto mistério acaba dando a sensação que quando as coisas forem reveladas será ‘A’ coisa e nem é. As expectativas que o livro cria não condizem com a realidade apresentada.

PS: A nota deste livro fica entre o Suave e o Tóxico, como não há notas quebradas no blog, classifiquei como Suave.

site: http://www.monpetitpoison.com/2015/07/poison-books-cidade-murada-ryan-graudin.html
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Guilherme.Ferraz 04/11/2015

O melhor do ano.
Não é bem uma resenha, mas sim o que achei do livro... Bom pra início de conversa não consegui desgrudar dele, a todo Momento a autora, nos prende na história, e quando não estamos lendo, estamos pensando na história. Toda a ambientação, se encaixa... vou continuar.
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Franciely 05/11/2015

Resenha do Entrando Numa Fria
O grande trunfo de A Cidade Murada é conter uma história real. Talvez não uma história que tenha acontecido exatamente como contada, mas essa é a realidade de muitas mulheres: a de serem vítimas do tráfico sexual. De acordo com dados da ONU, cerca de 2,5 milhões de pessoas sofrem tráfico humano a cada ano e 80% delas são mulheres vítimas do tráfico sexual.

O livro conta com três personagens principais que narram cada qual um capítulo alternadamente. A história começa com uma contagem regressiva de 18 dias e após alguns capítulos descobrimos do que se trata essa contagem e de como o destino desses três personagens se cruzam. Os nomes dos personagens são chineses, já que essa cidade existiu na China e a autora resolveu ambientar sua história o mais fielmente possível, mesmo trocando os nomes das cidades. No primeiro capítulo, narrado por Jin Ling, conhecemos a realidade de viver nas ruas dessa cidade onde ela sendo menina passa-se por menino, pois nenhuma garota vive lá sem ser prostituída. Ela vive como pode, roubando e fugindo - assim como os demais meninos metidos em gangues e segue sua busca pela irmã Mei Yee que foi vendida para um bordel da cidade. Em seguida vemos o que acontece com uma menina de bordel que tenta fugir e o tratamento assustador que ela recebe. Os pensamentos de Jin Ling são o que todas as mulheres do mundo devem ter ao saber de outras vítimas de vilolência: "Aquela menina. Seus olhos impetuosos. Poderia ser eu. Minha irmã. Qualquer uma de nós." (pág 14). A força de Jin é impressionante. A convicção em seu objetivo mesmo sem saber exatamente como alcançá-lo, faz com que a possibilidade de resgate da irmã seja uma certeza em sua mente. Obrigada a enfrentar desde cedo maus tratos dos mais fortes e a não ter seu espírito subjugado, segue dessa mesma forma na cidade.

Dai está na cidade murada por motivos diferentes das irmãs. Talvez para mostrar que aqueles que fazem as escolhas erradas não precisam viver o resto de suas vidas em penitência por elas, desde que encontrem uma maneira de se redimir. Mesmo não sendo possível consertar o erro, repará-lo de alguma forma para o futuro já é o suficiente para seguir em frente. Ser um personagem capaz de enxergar a feminilidade sem associá-la com a fragilidade fez Dai crescer em minha avaliação, já que infelizmente existem pessoas reais que não são capazes disso.

Mei Yee é uma personagem que cresce com a história conforme ela entende do que é capaz. Ela ganha força através de suas dificuldades, mas principalmente por entender não ser capaz de sobrevivier naquela vida roubada em um bordel como escrava sexual. Enquanto tentam convencê-la de sua sorte pois seu destino poderia ser pior e tentar levá-la ao conformismo, o vislumbre do que ela estaria perdendo é o suficiente para lhe dar forças para enfrentar os seus medos. A esperança é a arma mais forte que alguns podem ter.

O local onde se passa a história, a chamada "Cidade Murada" realmente existiu e nessa edição da editora Seguinte podemos conferir fotos da cidade e de uma maquete no final do livro para mostrar a densidade da construção. Durante o texto os personagens comentam a falta de luz do sol e ao ver as imagens dá para entender como isso foi possível. A ambientação, o cenário descrito (apesar de não ter muita descrição), ajudam a tornar o ambiente sufocante, sujo, hostil e praticamente inabitável, como devia ter sido a cidade verdadeira. Em nota a autora cita a sua experiência com a descoberta da cidade real; mesmo após a sua extinção e o impacto causado por este conhecimento. Ryan Graudin também deixa a oportunidade de o leitor sair de sua zona de conforto e conhecer o site da Internacional Justice Mission, que se dedica a resgatar vítimas do tráfico humano e oferecer proteção a elas. A editora fazendo uma grande trabalho deixou disponíveis os sites da Unesco e Unicef - brasileiros - onde podem ser feitas denúncias sobre violência contra ciranças e adolescentes.

A edição está muito bonita, com a capa cheia de detalhes de construções. A fonte e espaçamento são de tamanho confortáveis para a leitura e tem as fotos no final do livro para enriquecer a história. O livro vem com um marcador na contracapa que pode ser cortado caso o leitor queira. Infelizmente achei vários erros de revisão.

A história é impossível de parar de ler. É atual, bem construída, tem personagens fortes e cativantes. Porém existe um ar de conto de fadas que rodeia a narrativa e segue até o final que não me agradou. A inconsistência de Dai representar o papel que representa na trama, tanto na parte de conto de fadas quanto no papel que tem para a contagem regressiva do livro, não me convenceram. Entendo o apego da autora a seus personagens e a vontade de fazê-los felizes após tanto sofrimento, mas diante de um cenário tão realista eu confesso que não esperava esse tipo de desfecho. Mesmo assim recomendo a leitura!

site: http://www.entrandonumafria.com.br/2015/10/resenha-a-cidade-murada-de-ryan-graudin.html
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Paloma 22/12/2015

Encantador, surpreendente, dramático e reflexivo
"Existem três regras para sobreviver na Cidade Murada. Corra muito. Não confie em ninguém. Ande sempre com uma faca."

Esse ano de 2015 foi um ano de tantos lançamentos que alguns livros fantásticos não tiveram tanta visibilidade quanto mereciam. O livro “A Cidade Murada” foi um destes.
Ganhei este livro em uma promoção realizada por um blog que eu amo e acompanho há um tempinho. Assim que li a sinopse vi que seria um livro diferente, um Young Adult que vai na contra mão dos demais, pois aborda temas “pesados” e (infelizmente) presentes em nossa sociedade.
O livro vai contar a história de três adolescentes; Mei Yee, Dai e Jin, que vivem na cidade murada de Hak nam, uma cidade sem leis, aonde vivem traficantes, prostitutas, marginais ... Apesar de não se conhecerem eles têm o mesmo objetivo, conquistar a liberdade e sair da cidade Murada. E esse objetivo irá uni-los.
A história é contada pelos três personagens divididos em capítulos, amei essa divisão pois nos possibilita ver a história e conhece-la pelos olhos dos três protagonistas. Ao decorrer do livro adquiri um amor muito grande pela garota Jin, ver sua força, sua coragem mexeu muito comigo. Dos três personagens o que menos me identifiquei foi Mei Yee, vi tanto esforço, tanto sacrifício, tanto amor por parte da irmã dela, Jin, para tentar resgatá-la, e não vi esse mesmo amor em Mei, que em determinados momentos me parecia pensar mais nela mesma, em seu futuro do que em sua irmã. Daí me encantou já nas primeiras linhas, mesmo sabendo que tinha um lado sombrio em seu passado, que ele escondeu por boa parte do livro.
No começo o leitor pode se sentir confuso e logo em seguida instigado pelo livro pois cada capitulo recebe um número, o livro todo é como se fosse uma contagem regressiva (15 dias, 11 dias, 9 dias) e você fica imaginando o que irá acontecer no final dessa contagem.
A escrita da autora é outro ponto forte, detalhava tão bem a cidade, o apartamento de Jin, a casa dos pais dele, que era tão fácil imaginar e me sentir ali no meio da história...
Chorei, me preocupei, torci por cada personagem para que eles encontrassem o final feliz deles. O epilogo foi incrível. Amei passar alguns dias nessa cidade.

ps: para quem não sabe , existiu uma Cidade Murada como essa na China, e foi ela quem inspirou a autora a escrever essa história.
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Bruna 25/01/2016

A Cidade Murada foi um dos lançamentos de 2015 da Editora Seguinte, e foi inspirado na extinta Cidade Murada de Kowloon, localizada em Hong Kong, e que habitava 33 mil pessoas em um pequeno espaço de apenas 0,3 km²! Essa área já foi a mais densamente povoada da Terra e era um antro de criminalidade e miséria, governado pelo crime organizado, onde a polícia não atuava. Leia mais sobre a Cidade Murada de Kowloon aqui.

A extinta Cidade Murada de Kowloon

a Cidade Murada de Hak Nam. Uma mistura dos ingredientes mais sombrios da humanidade - ladrões, prostitutas, assassinos, viciados - em dois hectares e meio. O inferno na terra, ele dizia. Um lugar tão implacável, que nem mesmo a luz do sol tinha coragem de entrar.
Págs. 15-16


Em A Cidade Murada, Ryan Graudin nos apresenta a Cidade Murada de Hak Nam, uma aérea dominada pela pobreza, miséria e os mais hediondos crimes. O livro traz três protagonistas narradores, Jin, Dai e Mei Yee, e é através dos olhos destes adolescentes que vamos descobrindo os segredos e tramas da história. Jin Lin é uma menina forte e corajosa, que se finge de menino, a única forma de evitar se capturada por um bordel, e sobrevive nas ruas de Hak Nam, em uma busca desesperada por sua irmã. Mei Yee é uma das jovens prostitutas de Longwai, o líder da Irmandade do Dragão, a facção criminosa que governa Hak Nam, e, assim como a maioria das meninas na mesma situação, foi vendida pela própria família. E Dai é um jovem misterioso, que está em uma busca desesperada, a qual tem apenas 18 para concluir. Ao longo do livro vemos como a história destes jovens se interliga e entrelaça, e assim vamos descobrindo os segredos que os rodeiam e o que essa contagem regressiva de 18 dias significa.

A construção de todos os personagens foi muito bem feita, a autora soube explora diferentes tipos de personalidades, além de mostrar como aquela realidade reflete e influencia muitos comportamentos. Assim, além dos protagonistas, vários outros personagens nos são apresentados - os membros da irmandade, outras meninas do bordel de Longwai, os pivetes que vivem pelas ruas de Hak Nam, importantes membros da sociedade (de fora da Cidade Murada) - todos contribuindo para a dinâmica da trama e sua veracidade.

A gente faz o que pode. Segue em frente. Sobrevive
Pág. 92


Dividido em várias partes, que fazem a contagem regressiva dos 18 dias, cada parte composta por capítulos narrados por cada um dos protagonistas, a autora nos leva a esse ambiente dominado pela dor, sofrimento e medo. A cidade murada é um juvenil, sim, mas nem por isso deixa de ser brutalmente real e perturbador. O que há de pior na natureza humana, é isso que se encontra entre os becos, grades e sujeira de Hak Nam. O livro é muito forte, real, e por isso mesmo não é aquele tipo de livro para o qual um final feliz seja algo garantido ou mesmo previsível. Muito pelo contrário! Logo nas primeiras páginas já percebi que um final nada feliz poderia ser extremamente coerente e possível. Isso foi legal pois me fez duvidar o tempo todo do que aconteceria, de como certas situações se resolveriam, e me fez torcer, loucamente, ardentemente, pelo melhor.

"Existem três regras para sobreviver na Cidade Murada. Corra muito. Não confie em ninguém. Ande sempre com uma faca."
Pág. 11


O trabalho gráfico da Editora Seguinte está impecável. As páginas que marcam a contagem regressiva e o início de cada página são pretas, com os dias em branco. A capa, aparentemente simples, tem um emaranhado de traços, representando um mapa de Hak Nam, a fonte do título e nome do autor está em alto-relevo e as letras são de um tamanho agradável para leitura. Além disso, não percebi erros de revisão ou tradução.

A cidade murada é um ótimo livro, bem construído e convincente, que foge do padrão e estereótipos dos juvenis, e tem tudo para agradar leitores de várias idades.



site: http://meumundinhoficticio.blogspot.com.br/2016/01/resenha-cidade-murada-ryan-graudin.html
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Marianna 29/01/2016

RESENHA - Cidade Murada
"Existem três regras para sobreviver na Cidade Murada:
1. Correr muito;
2. Não confiar em ninguém;
3. Andar sempre com uma faca."

A história é narrada a partir do ponto de vista de três personagens: Mei Yee, irmã de Jin Ling, foi vendida pelo pai para um dos bordeis que ficam dentro dos limites da Cidade Murada. Um lugar sujo, cercado por fome, pobreza e doença. Jin Ling, uma menina forte e esperta que finge ser menino para se proteger e procurar pela irmã nos bordeis da cidade. E Dai, um personagem misterioso que precisa cumprir uma missão para se ver livre da cidade de uma vez por todas.

A realidade das ruas de Hak Nam é dura. Muitas pessoas passam fome, principalmente as crianças de rua. Para sobreviver, elas se tornam violentas e adotam bandos. Prostituição, roubos e assassinatos são coisas mais que comuns na rotina do lugar. Tanto que, em alguns momentos, você para e pensa: "Como ninguém repara nessa pessoa se esvaindo em sangue no meio da rua?" Ninguém repara porque a morte já faz parte da paisagem.

site: http://fimdocapitulo.blogspot.com.br/2016/01/resenha-cidade-murada.html
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Marcus 20/02/2016

Ruas fétidas, becos apertados, fome, violência, ladrões e uma gangue poderosa. Essa é Hak Nam, uma cidade murada sem lei onde acompanhamos a história de três personagens: Dai, um jovem herdeiro de família rica; e as irmãs Jin Ling e Mei Yee, separadas depois de um trágico evento. O livro é narrado em primeira pessoa, alternando o ponto de vista desses três jovens que terão seus destinos entrelaçados na tentativa de escapar daquele lugar.

Deu bom ✔: O ritmo frenético em que a história é contada. Tudo acontece muito rápido e o texto ágil torna a leitura agradável e viciante.
Deu ruim❌: Alguns clichês desnecessários e maneirismos na escrita da autora me incomodaram um pouco. O livro também merece uma segunda edição porque tem uns errinhos de revisão.

A cidade murada é um livro muito bem construído, com uma narrativa envolvente e cheia de reviravoltas e personagens complexos e cativantes.

site: @entrelinhas1
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Vi 21/03/2016

Aviso
Cidade Murada é um livro juvenil com temas não- juvenis como prostituição, tráfico de drogas e facções. Mas por justamente ser um livro juvenil acaba nos dando uma visão superficial desses problemas, e se tornando até um pouco bobo. Talvez se fosse outro género...

O modo como as histórias deles se conectam, o romance instantâneo... São muito irreais.

Não estou dizendo que o livro é ruim porque ele não é, mas por justamente ser uma cidade real eu estava buscando um estudo aprofundado sobre Hank Nam, com personagens bem desenvolvidos e um enredo bem amarrado.
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João Pedro 08/04/2016

Maravilhoso!
"A Cidade Murada" foi uma grata surpresa. Graudin possui uma escrita acessÃvel e precisa, sabendo elaborar um enredo que prende o leitor. Os personagens são muito bem construÃdos e me senti apegado aos três protagonistas. à uma obra realmente tocante, merece ser lida!
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Letícia 01/09/2016

Que história incrível!
A leitura realmente me transportou pra outro lugar! Um dos meus livros favoritos.
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Iris Figueiredo 18/10/2016

Uma leitura repleta de tensão e adrenalina
“A cidade murada” é Hak Nam, uma favela vertical cercada por um grande muro. Suas ruas estreitas e escuras são repletas de sujeira, traficantes, prostitutas e ladrões. Para sobreviver nesse ambiente hostil, Jin tem três regras: correr muito, não confiar em ninguém e andar sempre com uma faca. A menina se disfarça de garoto enquanto busca Mei Yee, sua irmã que foi vendida pelo próprio pai para um dos bordéis da cidade. Há apenas um lugar onde Jin ainda não conseguiu entrar para procurar sua irmã e, quando um garoto chamado Dai cruza seu caminho com uma proposta que pode levá-la a resgatar Mei Yee, ela quebra uma de suas regras para cumprir seu objetivo.

Alternando entre Jin, Dai e Mei Yee, a narrativa nos acompanha em três pontos de vista completamente diferentes sobre um mesmo lugar. Com Jin, há a sobrevivência diária, as lutas entre gangues e a incerteza se sobreviverá mais um dia. Para Dai, o tempo corre e seu passado de privilégios não pode poupá-lo de certas coisas, mas lhe concede alguns benefícios dentro da cidade murada. Já para Mei Yee, há a falta de esperança.

Embora Hak Nam seja uma cidade fictícia, ela foi inspirada em uma cidade murada que realmente existiu em Hong Kong. Kowloon foi demolida na década de 1990 e foi uma das maiores favelas verticais do mundo. Apesar de não trabalhar com nomes de cidades e países reais, as referências à cultura oriental são enormes no trabalho de Ryan Graudin.

Se pudesse definir a história em uma só palavra seria “adrenalina”. Enquanto lia, eu conseguia correr pelos becos com Jin, sentir a ansiedade de Dai e o sofrimento de Mei Yee. Eu comprei a causa dos personagens, acreditei e torci por eles. O livro é muito bem escrito e definitivamente merece mais destaque do que recebeu.

A escrita de Ryan Graudin é maravilhosa. Com um ritmo tenso, a autora conseguiu construir não apenas personagens convincentes ou uma teia de poder bem intrincada, mas como uma cidade que se transforma em personagem. Hak Nam é viva em suas ruas sujas e no perigo iminente. Não há, em momento algum, a sensação de segurança, o que é um enorme mérito do livro. Em algumas histórias, você tem a certeza de que algo vai dar certo, mas essa sensação não me acompanhou durante a leitura. Eu passei o livro inteiro tensa e só consegui soltar o ar na última página.

Recomendo demais a leitura! Adoraria que mais pessoas conhecessem “A cidade murada” e se apaixonassem pelo livro, assim como eu.

site: http://irisfigueiredo.com.br
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