A Cidade Murada

A Cidade Murada Ryan Graudin




Resenhas - A Cidade Murada


79 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Blog MDL 30/05/2015

Jin nasceu nos campos de arroz e sempre teve uma personalidade feroz. Para ela era inconcebível deixar que o seu pai maltratasse a sua mãe e a sua irmã, e por isso sempre brigava com ele de modo que acabava surrada e cheia de cicatrizes. Essas memórias tristes ficaram para trás e deram lugar a uma realidade muito pior, pois após ver Mey ser vendida para homens perigosos de Hak Nam, a Cidade Murada, não lhe restou nenhuma saída a não ser se transformar em um garoto e correr pelos becos apertados do lugar em busca da sua irmã. Apesar de achar difícil conseguir encontrá-la e resgatá-la, ela não desiste do seu propósito e continua tentando. Em suas tentativas, ela conhece Dai, um garoto que parece não pertencer aquele lugar e que lhe oferece um acordo muito perigoso, mas que acaba se revelando uma das poucas chances de conseguir salvar a sua irmã.

Se há dois anos alguém dissesse para Dai que ele estaria vivendo nas ruas imundas da Cidade Murada, ele jamais acreditaria. Mas depois de tudo o que aconteceu na sua vida, não era tão difícil para ele entender porque tinha que estar ali. O que não tornava as coisas mais fáceis para ele, já que se colocando em situações cada vez mais arriscadas, ele precisa se aproximar do homem que tirou tudo dele em busca da sua redenção final. Ele imaginava que conseguiria fazer tudo sozinho, no entanto, depois de muito relutar, ele admitiu que era impossível fazer o jogo de gato e rato necessário para escapar daquele inferno e recruta Jin para ser o seu corredor. Entretanto, sua vida sofre mais um abalo. Em busca de um plano B, ele conhece uma bela garota que é mantida enclausurada pela Irmandade. A princípio ele tenta se manter focado, mas quando ela olha para ele como se ele pudesse se tornar o seu herói, ele se desfaz da covardia e se enche de coragem para ser quem ela precisa.

A história do livro "A Cidade Murada" é narrado através de uma contagem regressiva relativa ao tempo que Dai dispõe para cumprir a sua tarefa. Narrado pelos três protagonistas, é possível perceber todas as nuances que entrelaçam a vida de Jin, Dai e Mei de uma forma única. Esse aspecto cronológico é de suma importância, pois é ele quem dita o ritmo do livro, já que cada vez que o prazo final se aproxima, as coisas começam a sair fora de controle e a história se torna vertiginosa. Particularmente, senti falta de um maior detalhamento a respeito de alguns dias finais, pois eles ficaram perdidos no espaço-tempo e não houve nenhuma explicação sobre o porquê disso. Como os dias para Dai eram preciosos demais para ficar perdidos, para mim, era necessário falar mais sobre eles.

No entanto, há uma coisa extraordinária que compensa isso: Hak Nam. O local se tornou um personagem nas mãos de Graudin e com suas descrições tão precisas, foi impossível não sentir os odores do lugar, as dificuldades dos moradores, a violência e o medo. E o mais bacana disso tudo é que realmente existiu uma cidade murada, a autora fez algumas viagens para visitar as suas ruínas e fez uma profunda pesquisa para utilizar a Cidade Murada de Kowloon – localizada na China – para montar a sua própria cidade. Entretanto, para falar de violência e poder em Hak Nam é preciso ter em mente que ela é completamente dominada pela Irmandade do Dragão chefiada por Longwai. As pessoas que vivem ali sabem do envolvimento dos seus componentes com drogas e prostituição, mas não possuem coragem o suficiente para tentar fazer alguém ouvi-los. Até porque, em um lugar sem leis, uma organização ilegal poderosa se torna a própria lei.

E essa é a grande dificuldade de Dai, Jin e Mei. Eles não só precisam encontrar a coragem necessária para enfrentar os seus próprios fantasmas, como também, para achar uma forma de escaparem da prisão que os mantém reféns. E é observando todas as lutas desses personagens que eu não pude fazer outra coisa que não amar essa história com todo o meu coração. Me apaixonei pela maneira feroz que a Jin tem de defender aqueles que ama, pela determinação de Dai em se redimir e pelo modo como Mei cresceu e se tornou alguém digna de admiração pela ferocidade com que lutou para se libertar. E mesmo que todos eles sejam muitos jovens e a história parecer ser voltada para um público mais juvenil, há momentos pesados no enredo que causam tamanha angústia no leitor, que por vezes é necessário fazer uma pausa na leitura antes de continuar. Diante disso tudo, eu não poderia dizer outra coisa para vocês que não: leiam já!

site: http://www.mundodoslivros.com/2015/05/resenha-cidade-murada-por-ryan-graudin.html
comentários(0)comente



Danielle 03/07/2015


Toda trama de A Cidade Murada se passa na China, e o mais interessante é que a Cidade Murada realmente existiu e a autora se baseou na estória do lugar como plano de fundo para o desenvolvimento da trama.
A Cidade Murada na verdade era uma fortaleza militar que acabou virando uma favela vertical, considerada a maior favela vertical do mundo. Dentro dos muros tinha tráfico, jogos de azar, prostituição e violência, residindo nela também trabalhadores e pessoas de bem.
O livro é narrado em primeira pessoa por três personagens Jin Ling, Mei Yee e Dai, vou apresentá-los para melhor compreensão da trama.
Mei Yee – Uma linda jovem camponesa que foi vendida pelo pai para uma casa de prostituição na Cidade Murada.
Jin Ling – Irmã de Mei Yee que fugiu de casa para tentar encontrar a irmã na Cidade Murada, ela se veste de menino para que seja mais fácil se virar no local.
Dai – Um jovem misterioso que acaba conhecendo Jin Ling e fazendo uma parceria com ela para arrumarem dinheiro levando drogas a pedido da irmandade que domina o local.
Não se preocupem que tudo que mencionei sobre os personagens não tem spoiler.
Toda a trama gira em torno da busca de Jin Ling pela sua irmã e como vamos ler os pontos de vistas de três personagens vamos ver o quanto Jin Ling está perto da irmã sem saber e teremos a agonia de não poder avisar a ela como proceder.
Dai vai ser um personagem fundamental para a trama e tem todo um mistério envolvendo o motivo de estar na Cidade Murada que aos poucos vai sendo revelado ao leitor, percebe-se logo de cara que ele tem um trauma relacionado ao irmão mais novo e Jin Ling o faz lembrar demais do irmão.
Um outro personagem que eu amei na trama foi o gato de Jin Ling chamado Chma, de acordo com ele é o barulho que o gato faz ao espirrar, eu me apaixonei por esse bichano e pela amizade existente entre Jin Ling e ele.
Comecei a leitura de A Cidade Murada com expectativa muito alta e posso dizer que o livro superou minhas expectativas através de uma estória envolvente do início ao fim, mostrando a realidade de um lugar esquecido pela sociedade e tudo de ruim que um lugar desse pode oferecer para os seus moradores.
As cenas são tão perfeitamente escritas que o leitor já visualiza como um filme em sua cabeça.
Indico muito a leitura para quem gosta de ler sobre a realidade dentro de favelas como trama de fundo para uma linda estória. Outro ponto positivo da trama é poder mergulhar nos costumes e cultura da China, sempre gosto muito de ler livros que me façam saber um pouco mais sobre os costumes orientais, que são tão diferentes dos nossos e ao mesmo tempo tão interessantes.
Para que quiser saber um pouco mais da história da Cidade Murada que inspirou a autora, segue o link do Wikipedia que conta um pouco sobre.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cidade_murada_de_Kowloon


site: www.delirioselivros.com.br
comentários(0)comente



Carla Maria 05/07/2015

Mais que favoritado!
Jesus Maria José! Que história totalmente eletrizante foi essa que finalizei ontem? "A Cidade Murada" é simplesmente INCRÍVEL, APAIXONANTE e FASCINANTE... Peguei esse livro para ler ao ver a indicação dele em algum desses vlogs literários que rolam aos montes no youtube. E minha gente! Estou numa tremenda ressaca literária e pra falar a verdade, ele está entre os melhores que já li este ano, senão o melhor... Se você está procurando um livro que te prenda do início ao fim, sem que o nível de interesse caia, não perca tempo, porque "A Cidade Murada" é uma história sensacional que merece fazer parte do seu time de favoritos.

A autora Ryan Graudin, nos surpreende ao narrar uma história que se passa na histórica Cidade Murada, que existiu até os anos 80 em Hong Kong. Era uma cidade sem lei, dominada pelo tráfico de drogas e de mulheres. A prostituição rolava solta nos bordeis; crianças jogadas a sua própria sorte, viviam nas ruas a mercê de todo e qualquer tipo de infortúnio; uma miséria surreal em seus becos onde nem a luz do sol conseguia mais alcançar; uma cidade totalmente alheia as autoridades governamentais.

Não pensem duas vezes, esse é o livro!
10 Estrelas, opa!, quero dizer, 5 Estrelas e SUPER FAVORITADO.
comentários(0)comente



Cheruti 08/07/2015

A Cidade Murada
Um infanto juvenil para gente grande. Leitura com bom ritmo até o fim. Uma cidade violenta na visão de 3 adolescentes.
comentários(0)comente



Sheylla 16/07/2015

Jin Ling é um garota que se passa por menino pelas ruas da Cidade Murada procurando pela sua irmã que foi vendida pelo pai. Dai é um rapaz que vive assombrado pela lembrança do irmão que morreu enquanto ele comprava drogas na Cidade Murada. Mei Yee é a irmã mais velha de Jin e vive trancafiada em um bordel.
A Cidade Murada não tem leis. Um quadrante dominado pelos bandidos e donos de bordeis, e é onde vivem os três protagonistas da historia.

Jin Ling corre pelas ruas da cidade, fazendo pequenos furtos para sobreviver enquanto procura sua irmã pelos bordeis da cidade. Ela se passa por garoto pois se descobrirem sua verdadeira identidade ela acabará como a sua irmã, em um bordel.

Dai está com os dias contados na cidade. Em troca do perdão da policia pela morte de 3 pessoas, entre elas o seu irmão, ele terá que entregar o nome dos membros da Irmandade do Dragão e o livro de registros do bordel de Longwai, chefes do tráfico em Hak Nam.

Mei Yee sobrevive trancada no seu quarto do bordel de Longwai, vendida pelo pai que vivia bêbado que batia nela, na irmã e na mãe. O seu cliente exclusivo no bordel é o Embaixador Osamu, ele sempre traz presentes a garota mas o que ela deseja mesmo é ser livre.

A vida dos três se encontram no momento em que Dai, com a ajuda de Jin faz um trabalho para Longwai e tenta se infiltrar no bordel para conseguir o que deseja. Ele também conta com a ajuda de Mei Yee para descobrir o nome dos membros da Irmandade, com a promessa de libertá-la em troca da ajuda. O que ele não sabe é que Mei Yee é irmã de Jin e que Jin é na verdade um menina.

A luta pela sobrevivência faz com que os três não percam esperança de se verem livres dos muros de Hak Nam, e é dessa esperança que eles tiram a força necessária para lidar com os problemas e crueldades que aparecem por eles.

Com muita aventura e tratando de temas polêmicos e atuais (trafico de drogas e prostituição de menores) apesar de ser um livro infanto-juvenil é uma ótima recomendação e leitura para todas as idades.

site: http://www.loucura-literaria.com/2015/07/resenha-cidade-murada-ryan-graudin.html
comentários(0)comente



Marcus 20/02/2016

Ruas fétidas, becos apertados, fome, violência, ladrões e uma gangue poderosa. Essa é Hak Nam, uma cidade murada sem lei onde acompanhamos a história de três personagens: Dai, um jovem herdeiro de família rica; e as irmãs Jin Ling e Mei Yee, separadas depois de um trágico evento. O livro é narrado em primeira pessoa, alternando o ponto de vista desses três jovens que terão seus destinos entrelaçados na tentativa de escapar daquele lugar.

Deu bom ✔: O ritmo frenético em que a história é contada. Tudo acontece muito rápido e o texto ágil torna a leitura agradável e viciante.
Deu ruim❌: Alguns clichês desnecessários e maneirismos na escrita da autora me incomodaram um pouco. O livro também merece uma segunda edição porque tem uns errinhos de revisão.

A cidade murada é um livro muito bem construído, com uma narrativa envolvente e cheia de reviravoltas e personagens complexos e cativantes.

site: @entrelinhas1
comentários(0)comente



Lane @juntodoslivros 01/08/2015

Corra, Fuja, Sobreviva
“Existem três regras para sobreviver na Cidade Murada:
1. Correr muito.
2. Não confiar em ninguém.
3. Andar sempre com uma faca.” Página 11

Já nas primeiras palavras do livro temos as regras de sobrevivência. Não parece fácil viver na Cidade Murada. A cidade tem uma área pequena, mas compensa em altura e o tamanho das ruas: prédios altos, ruas estreitas e sujas. Um lugar onde se situam as piores espécies de criminosos. Uma cidade com a lei do mais forte sobrevive. Um lugar onde fazer parte de uma gangue ou grupo é a melhor saída para sobreviver. Se ficar sozinho, sua vida pode ser bem mais curta. Três personagens não querem essa vida. Querem fugir da cidade, mas não será nada fácil.

Jin Ling é uma garota de 14 anos. Sempre teve a aparência de menino, o que vai ajudá-la a ficar disfarçada e passar despercebida. Ela está atrás de sua irmã Mei Yee, que foi vendida por seu pai bêbado e espancador. As duas vieram de uma província distante. Filhas de um agricultor, ambas nunca tiveram uma vida digna e não aprenderam a ler e escrever. Estavam sempre no arrozal ou em outra tarefa e ainda viviam em estado de miséria, pois o pai só pensava em beber.

As duas irmãs sempre foram muito próximas. Jin, apesar de ser três anos mais nova que Mei, sempre foi a mais forte das duas. Sempre fazia com que seu pai lhe batesse primeiro e o instigava ainda mais, assim ele poderia cansar e não iria atrás de sua mãe e irmã.
Quando Mei foi vendida para os Ceifadores, Jin não pensa duas vezes e segue a van que trouxe a irmã para Cidade Murada, Hak Nam. Por dois anos, ela tentou encontrá-la sem sucesso.

“Às vezes me sinto com uma formiga operária, correndo pelos túneis escuros e sinuosos num circuito sem fim. Sempre procurando. Nunca encontrando.” Página 30

A Irmandade é a mais perigosa organização de Hak Nam. Donos de um dos bordéis mais famosos da cidade, eles se acham o dono dela. É com eles que Mei Yee está. Ela vive uma vida de rainha na Irmandade. Tem comida, um quarto confortável, roupas chiques entre outras coisas. Tudo por um 'pequeno' preço: seu corpo.

“- Não tem como fugir. Esquece sua casa. Esquece sua família. – A voz do mestre era fria, impassível. Tão sem vida quanto seus olhos pesados de ópio. – Você é minha agora.” Página 22

A fuga não é uma opção. Se você for pego fugindo, seu destino é pior que a morte. Sem ter como escapar desse destino, Mei passa seus dias em seu quarto aguardando seu único cliente aparecer e se satisfazer. Isso até um garoto oferecer um destino melhor e mudar tudo.

Dai Shing chegou a cidade de maneira misteriosa. Algo terrível aconteceu a ele há alguns anos. Ele veio da Cidade de Fora, Seng Ngoi. Em busca de redenção, Dai acaba se envolvendo com a principal organização de Hak Nam, a Irmandade. Com um passado doloroso, ele precisa de algo que o Longwai, chefe da Irmandade, tem para poder escapar e para isso precisa ganhar sua confiança. Além de precisar encontrar um corredor rápido e sorrateiro para fazer entregas de drogas.

Contada em três pontos de vistas, as histórias desses personagens vão se entrelaçar e desencadear uma teia de acontecimentos que podem salvá-los de uma vida miserável ou causar mais catástrofes.

O livro trás uma realidade já vivida antes. Realmente existiram cidades muradas e foi de uma delas que Ryan se inspirou para escrever sua história: a Cidade Murada de Kowloon, em Hong Kong. Uma cidade que foi por muitas décadas separada de todo o resto de Hong Kong. Lá tinha suas próprias leis, até 1987 onde o governo anunciou a demolição da cidade.

Esse livro não serve para uma simples leitura sem compromisso. A narrativa nos agarra, mas nem por isso você consegue ler o livro de uma vez só e não sentir o impacto que ela nos trás. Elementos fortes são inseridos na história: tráfico de mulheres, violência contra a mulher, drogas, assassinatos, condições miseráveis, etc. Condições essas que vemos todos os dias na televisão, em jornais ou na casa de um vizinho. As cenas do livro são um tanto chocantes. Três jovens lutando pela vida e tendo que enfrentar situações de ricos. Sentimos o sofrimento de Jin, Mei e Dai a cada dia transmitido na história. Um livro que traz reflexão e aprendizado.

No começo achei a história um pouco parecida com outro livro, mas conforme fui lendo e me envolvendo com os conflitos que nossos protagonistas foram enfrentando, não pude deixar de notar que essa é uma história única. Mesmo sendo um infanto-juvenil, o livro ultrapassa o gênero em que está inserido. Cheio de adrenalina e emoção, Ryan soube aplicar e utilizar o lirismo nessa história.


site: http://www.asmeninasqueleemlivros.com/2015/07/edicao-1-editora-seguinte-ano-2015.html
comentários(0)comente



magdiel 31/08/2015

Daria um bom filme
Hak Nam, também conhecida como “Cidade Murada“, é um lugar bastante perigoso. Sua população se resume a comerciantes, ladrões, mendigos, traficantes e prostitutas. Não se vê mulheres nas ruas, pois todas são apanhadas para trabalharem em bordeis pela irmandade. A cidade já foi uma grande fortaleza (a China parece ter fascínio por muralhas), mas ao passar do tempo se transformou em uma enorme favela.

Hak Nam, foi baseada em uma cidade que realmente existiu. A autora (sim, eu também achava que Ryan Graudin era um homem) é uma mochileira que já rodou o mundo e pirou quando ouviu falar de Kowloon (nome da verdadeira cidade murada) — uma cidade sem lei, extremamente pobre e dominada por quadrilhas — parece até cenário de ficção distópica. Tanto que A Cidade Murada é uma daqueles livros que você lê e pensa “isso daria um bom filme”.
(Resenha completa no link abaixo)

site: codigo137.blogspot.com
comentários(0)comente



Samuel Simões 11/09/2015

Uma boa leitura,mas nada TÃO incrivel!
Como definir esse livro? Gostei bastante da historia,mas acredito que o problema é que ao menos pra mim a autora vai fazendo com que a historia chegue no seu clímax e que algo surpreendente aconteça..MAAAAAAAAS..não acontece! Vira tudo muito clichê e acaba como esperado. Uma boa leitura! Muito fluida! Mas nada demais..4 estrelas!
comentários(0)comente



AndyinhA 13/09/2015

Trecho de resenha do blog MON PETIT POISON

Um livro cuja a leitura vale mais pelo motivo que a autora resolveu escrever sobre do que pela história em si. Confesso que com tantas coisas positivas faladas sobre o livro fiquei esperando muito mais do que foi apresentado. Até a gente entender a essência do livro, o mesmo tem uma narrativa bem enfadonha, talvez seja o motivo de ver tantas pessoas desistindo do mesmo nos sites gringos.

O livro é narrado por três personagens – duas meninas e um menino. As meninas, a gente entende realmente qual é a relação entre elas e o motivo de estarem naquela situação, uma situação triste e que acontece em muitos cantos do mundo, aqui no Brasil inclusive. Este ponto do livro que choca e nos revolta, principalmente porque as pessoas que deveriam ajudar são as mesmas que colocam as pessoas nessa situação.

Porém, a narrativa das duas meninas não é tão interessante, ela é devagar, repetitiva e um pouco limitada até metade do livro, não tem muita coisa a descobrir e se você for um leitor menos persistente pode acabar largando a leitura antes de chegar na virada. Onde realmente a história fica interessante e a gente avança muito mais rápido.

O motivo da virada e a parte mais interessante é a narrativa do rapaz. Ele é misterioso, a gente não sabe porque ele está ali, para onde vai e o que busca. A primeira parte do livro é basicamente sustentada por ele, porém tanto mistério acaba dando a sensação que quando as coisas forem reveladas será ‘A’ coisa e nem é. As expectativas que o livro cria não condizem com a realidade apresentada.

PS: A nota deste livro fica entre o Suave e o Tóxico, como não há notas quebradas no blog, classifiquei como Suave.

site: http://www.monpetitpoison.com/2015/07/poison-books-cidade-murada-ryan-graudin.html
comentários(0)comente



Guilherme.Ferraz 04/11/2015

O melhor do ano.
Não é bem uma resenha, mas sim o que achei do livro... Bom pra início de conversa não consegui desgrudar dele, a todo Momento a autora, nos prende na história, e quando não estamos lendo, estamos pensando na história. Toda a ambientação, se encaixa... vou continuar.
comentários(0)comente



Franciely 05/11/2015

Resenha do Entrando Numa Fria
O grande trunfo de A Cidade Murada é conter uma história real. Talvez não uma história que tenha acontecido exatamente como contada, mas essa é a realidade de muitas mulheres: a de serem vítimas do tráfico sexual. De acordo com dados da ONU, cerca de 2,5 milhões de pessoas sofrem tráfico humano a cada ano e 80% delas são mulheres vítimas do tráfico sexual.

O livro conta com três personagens principais que narram cada qual um capítulo alternadamente. A história começa com uma contagem regressiva de 18 dias e após alguns capítulos descobrimos do que se trata essa contagem e de como o destino desses três personagens se cruzam. Os nomes dos personagens são chineses, já que essa cidade existiu na China e a autora resolveu ambientar sua história o mais fielmente possível, mesmo trocando os nomes das cidades. No primeiro capítulo, narrado por Jin Ling, conhecemos a realidade de viver nas ruas dessa cidade onde ela sendo menina passa-se por menino, pois nenhuma garota vive lá sem ser prostituída. Ela vive como pode, roubando e fugindo - assim como os demais meninos metidos em gangues e segue sua busca pela irmã Mei Yee que foi vendida para um bordel da cidade. Em seguida vemos o que acontece com uma menina de bordel que tenta fugir e o tratamento assustador que ela recebe. Os pensamentos de Jin Ling são o que todas as mulheres do mundo devem ter ao saber de outras vítimas de vilolência: "Aquela menina. Seus olhos impetuosos. Poderia ser eu. Minha irmã. Qualquer uma de nós." (pág 14). A força de Jin é impressionante. A convicção em seu objetivo mesmo sem saber exatamente como alcançá-lo, faz com que a possibilidade de resgate da irmã seja uma certeza em sua mente. Obrigada a enfrentar desde cedo maus tratos dos mais fortes e a não ter seu espírito subjugado, segue dessa mesma forma na cidade.

Dai está na cidade murada por motivos diferentes das irmãs. Talvez para mostrar que aqueles que fazem as escolhas erradas não precisam viver o resto de suas vidas em penitência por elas, desde que encontrem uma maneira de se redimir. Mesmo não sendo possível consertar o erro, repará-lo de alguma forma para o futuro já é o suficiente para seguir em frente. Ser um personagem capaz de enxergar a feminilidade sem associá-la com a fragilidade fez Dai crescer em minha avaliação, já que infelizmente existem pessoas reais que não são capazes disso.

Mei Yee é uma personagem que cresce com a história conforme ela entende do que é capaz. Ela ganha força através de suas dificuldades, mas principalmente por entender não ser capaz de sobrevivier naquela vida roubada em um bordel como escrava sexual. Enquanto tentam convencê-la de sua sorte pois seu destino poderia ser pior e tentar levá-la ao conformismo, o vislumbre do que ela estaria perdendo é o suficiente para lhe dar forças para enfrentar os seus medos. A esperança é a arma mais forte que alguns podem ter.

O local onde se passa a história, a chamada "Cidade Murada" realmente existiu e nessa edição da editora Seguinte podemos conferir fotos da cidade e de uma maquete no final do livro para mostrar a densidade da construção. Durante o texto os personagens comentam a falta de luz do sol e ao ver as imagens dá para entender como isso foi possível. A ambientação, o cenário descrito (apesar de não ter muita descrição), ajudam a tornar o ambiente sufocante, sujo, hostil e praticamente inabitável, como devia ter sido a cidade verdadeira. Em nota a autora cita a sua experiência com a descoberta da cidade real; mesmo após a sua extinção e o impacto causado por este conhecimento. Ryan Graudin também deixa a oportunidade de o leitor sair de sua zona de conforto e conhecer o site da Internacional Justice Mission, que se dedica a resgatar vítimas do tráfico humano e oferecer proteção a elas. A editora fazendo uma grande trabalho deixou disponíveis os sites da Unesco e Unicef - brasileiros - onde podem ser feitas denúncias sobre violência contra ciranças e adolescentes.

A edição está muito bonita, com a capa cheia de detalhes de construções. A fonte e espaçamento são de tamanho confortáveis para a leitura e tem as fotos no final do livro para enriquecer a história. O livro vem com um marcador na contracapa que pode ser cortado caso o leitor queira. Infelizmente achei vários erros de revisão.

A história é impossível de parar de ler. É atual, bem construída, tem personagens fortes e cativantes. Porém existe um ar de conto de fadas que rodeia a narrativa e segue até o final que não me agradou. A inconsistência de Dai representar o papel que representa na trama, tanto na parte de conto de fadas quanto no papel que tem para a contagem regressiva do livro, não me convenceram. Entendo o apego da autora a seus personagens e a vontade de fazê-los felizes após tanto sofrimento, mas diante de um cenário tão realista eu confesso que não esperava esse tipo de desfecho. Mesmo assim recomendo a leitura!

site: http://www.entrandonumafria.com.br/2015/10/resenha-a-cidade-murada-de-ryan-graudin.html
comentários(0)comente



Bruna 25/01/2016

A Cidade Murada foi um dos lançamentos de 2015 da Editora Seguinte, e foi inspirado na extinta Cidade Murada de Kowloon, localizada em Hong Kong, e que habitava 33 mil pessoas em um pequeno espaço de apenas 0,3 km²! Essa área já foi a mais densamente povoada da Terra e era um antro de criminalidade e miséria, governado pelo crime organizado, onde a polícia não atuava. Leia mais sobre a Cidade Murada de Kowloon aqui.

A extinta Cidade Murada de Kowloon

a Cidade Murada de Hak Nam. Uma mistura dos ingredientes mais sombrios da humanidade - ladrões, prostitutas, assassinos, viciados - em dois hectares e meio. O inferno na terra, ele dizia. Um lugar tão implacável, que nem mesmo a luz do sol tinha coragem de entrar.
Págs. 15-16


Em A Cidade Murada, Ryan Graudin nos apresenta a Cidade Murada de Hak Nam, uma aérea dominada pela pobreza, miséria e os mais hediondos crimes. O livro traz três protagonistas narradores, Jin, Dai e Mei Yee, e é através dos olhos destes adolescentes que vamos descobrindo os segredos e tramas da história. Jin Lin é uma menina forte e corajosa, que se finge de menino, a única forma de evitar se capturada por um bordel, e sobrevive nas ruas de Hak Nam, em uma busca desesperada por sua irmã. Mei Yee é uma das jovens prostitutas de Longwai, o líder da Irmandade do Dragão, a facção criminosa que governa Hak Nam, e, assim como a maioria das meninas na mesma situação, foi vendida pela própria família. E Dai é um jovem misterioso, que está em uma busca desesperada, a qual tem apenas 18 para concluir. Ao longo do livro vemos como a história destes jovens se interliga e entrelaça, e assim vamos descobrindo os segredos que os rodeiam e o que essa contagem regressiva de 18 dias significa.

A construção de todos os personagens foi muito bem feita, a autora soube explora diferentes tipos de personalidades, além de mostrar como aquela realidade reflete e influencia muitos comportamentos. Assim, além dos protagonistas, vários outros personagens nos são apresentados - os membros da irmandade, outras meninas do bordel de Longwai, os pivetes que vivem pelas ruas de Hak Nam, importantes membros da sociedade (de fora da Cidade Murada) - todos contribuindo para a dinâmica da trama e sua veracidade.

A gente faz o que pode. Segue em frente. Sobrevive
Pág. 92


Dividido em várias partes, que fazem a contagem regressiva dos 18 dias, cada parte composta por capítulos narrados por cada um dos protagonistas, a autora nos leva a esse ambiente dominado pela dor, sofrimento e medo. A cidade murada é um juvenil, sim, mas nem por isso deixa de ser brutalmente real e perturbador. O que há de pior na natureza humana, é isso que se encontra entre os becos, grades e sujeira de Hak Nam. O livro é muito forte, real, e por isso mesmo não é aquele tipo de livro para o qual um final feliz seja algo garantido ou mesmo previsível. Muito pelo contrário! Logo nas primeiras páginas já percebi que um final nada feliz poderia ser extremamente coerente e possível. Isso foi legal pois me fez duvidar o tempo todo do que aconteceria, de como certas situações se resolveriam, e me fez torcer, loucamente, ardentemente, pelo melhor.

"Existem três regras para sobreviver na Cidade Murada. Corra muito. Não confie em ninguém. Ande sempre com uma faca."
Pág. 11


O trabalho gráfico da Editora Seguinte está impecável. As páginas que marcam a contagem regressiva e o início de cada página são pretas, com os dias em branco. A capa, aparentemente simples, tem um emaranhado de traços, representando um mapa de Hak Nam, a fonte do título e nome do autor está em alto-relevo e as letras são de um tamanho agradável para leitura. Além disso, não percebi erros de revisão ou tradução.

A cidade murada é um ótimo livro, bem construído e convincente, que foge do padrão e estereótipos dos juvenis, e tem tudo para agradar leitores de várias idades.



site: http://meumundinhoficticio.blogspot.com.br/2016/01/resenha-cidade-murada-ryan-graudin.html
comentários(0)comente



79 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR