O gigante enterrado

O gigante enterrado Kazuo Ishiguro




Resenhas - O Gigante Enterrado


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bea 19/06/2020

apesar de ter partido meu coração, é um ótimo livro. e recomendo tomar um shot toda vez que o axl diz "princesa" (o coma alcoólico vai valer a pena).
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Sofi 09/04/2020

A magia do amor
As terras são as dos bretões e saxões pós-reinado do grande Rei Arthur, os desafios são dragões e guerras iminentes, mas a história não poderia ser mais atual ? Há uma névoa que retira as lembranças dos aldeões de todo o reino, inclusive de Axl e Beatrice, um casal de idosos que se ama muito. Um dia, eles lembram que tiveram um filho e decidem partir em busca dele, sem lembrar como ele é ou o motivo de ele ter ido embora. Ao longo do percurso, eles encontram Cavaleiros de Arthur, monges, ogros e dragões, mas também sofrem tentando reconstruir as suas memórias, que vão retornando aos poucos ? O questionamento que vai surgindo aos poucos e se torna o maior conflito da obra é: será que vale a pena lembrar de tudo? Afinal, a vida dos dois está realmente em paz e cheia de amor. Será que as lembranças não vão estragar isso? Com esse reino metafórico, o autor nos traz esse questionamento de deixar a pulga atrás da orelha em qualquer um, em qualquer momento da História. Apesar de ter os capítulos muito longos, o que deixa a leitura arrastada, Kazuo construiu um mundo fantasioso para nos fazer questionar pensamentos da vida real. E ainda com a participação desses idosos muito meiguinhos ? Vale a leitura, é de aquecer o coração!
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Zé Guilherme 18/03/2023

Envelhecer também pode ser uma canção arturiana.
Que porrada, meus amigos. Sei que o livro desperta opiniões bem divididas, mas poucas vezes li um ?reconto? tão humano das canções arturianas. Ele é lírico, misterioso e ao mesmo tempo forte. Fala sobre esquecimento, sobre mágoa e sobre como estamos destinados a perdoar e tentar seguir em frente, mesmo diante das tragédias diárias. Tudo isso em meio a cavaleiros, fadas, espectros shakesperianos, um poderoso e antigo dragão e a morte na forma de barqueiros. Estou embasbacado. Soberbo.
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Janaine.Mioduski 30/05/2022

Os meandros e sulcos da memória
O Gigante Enterrado foi o meu primeiro contato com o autor e confesso que fiquei encantada com a sua sutileza e a sensibilidade ao tocar em um assunto tão corriqueiro e importante como a memória... individual e coletiva.
Enquanto lia, intercalava os pontos de vista e honestamente não sei o que seria melhor... lembra-se de tudo, ou ter uma vaga lembrança das coisas?
Se por um lado a memória vaga nos permite "criar" nossa própria realidade, a partir das nossas interpretações e lacunas preenchidas, a memória fotográfica nos permite contemplar todos os fatos, tendo (quase) plena consciência dos eventos que nos tornaram quem somos. Entretanto, mesmo em posse dos fatos e eventos continuamos interpretando a realidade a partir de quem somos, e tal memória pode ser por vezes tão dolorosa que não permite que velhas feridas cicatrizem.
Imagino que como quase tudo na vida, a resposta correta esteja no caminho do meio.
É uma jornada delicada e profunda, recomendada a todos os leitores, sejam fãs de fantasia ou não. Afinal, não seria a nossa memória apenas mais uma forma de fantasia?
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The 22/05/2016

Capa linda e é isso...
Já tinha visto pessoas dizendo que largaram esse livro...mas eu insisti. Primeiro a capa é maravilhosa, as fontes, a textura e tudo mais, e claro, as folhas azuis...
Alx e Beatrice são um casal de idosos cujas lembranças encontram-se nubladas em razão de uma névoa que tem efeito sobre todo o território da Inglaterra, pós-Arthur, medieval. Os velhinhos, que vivem em uma aldeia, decidem um dia partir para uma viagem em busca do filho que crêem não ver a muito tempo, no meio dessa jornada encontrarão outros personagens e se verão em situações que ajudarão a trazer coisas a suas mentes e explicar seus esquecimentos.
Enfim, Alx e Beatrice são um casal de velhinhos com os quais a gente simpatiza, sem dúvida o livro tem um simbolismo que escapa ao leitor menos atento, mas mesmo assim, não é empolgante. A verdade é que as histórias e alguns diálogos soam realmente superficiais, falso mesmo, forçado se preferir...Não existe um foco, um desenvolvimento completo dos personagens, fica uma mistureba de histórias, e a linearidade que é a espinha dorsal da coisa é muito básica. A fantasia fica por conta de ogros, fadas e esse tipo de ser fantástico, mas nada muito além. O ritmo também é lento, os capítulos são grandes. Não se perde de todo porque existem mensagens importantes sobre as memórias, os sentimentos, a guerra, a paz, o amor e a morte, por isso e pelo trabalho gráfico, além dos simpáticos velhinhos ficam as estrelas.
Toda leitura vale a pena, mas não nutra enormes expectativas, vi que tem pessoas que amaram, eu entendi os simbolismos mas não rolou pra mim, não consegui achar o máximo, então se num está rolando pra você, provável que vá acabar na mesma vibe...
Helder 05/02/2017minha estante
Resenha perfeita. Acabei na mesma vibe. Simbolismos não me cativaram nem um pouco. Nunca pensei que fosse dizer isso, mas Paulo Coelho consegue dizer muito mais com suas metáforas rasas. Livro sem objetivo.




Felipe 20/08/2021

Nascido na cidade japonesa de Nagasaki em 1954, Kazuo Ishiguro se mudou para a Inglaterra ainda durante a infância. Nela, ele ainda vive, embora só tenha conseguido a naturalidade enquanto cidadão britânico no ano de 1983. Naquela década, após publicar diversos artigos em revistas, ele dá início à sua carreira de escritor.

Nela, ele escreveu oito livros. Além de livros, ele também escreve contos. Os seus talentos não se restringem à Literatura: Kazuo Ishiguro também é compositor, e um álbum no qual ele deu suas contribuições já chegou a ser indicado ao Grammy. E, em 2017, ele chegou a ser laureado com um prêmio Nobel de Literatura. Nesta resenha, falarei sobre “O Gigante Enterrado”, uma de suas mais conhecidas obras.

Antes disso, falarei sobre a relação entre a memória, tempo e História. Em “A Memória Coletiva”, o sociólogo Maurice Halbwachs nos explica o conceito que deu origem ao título da obra e nos traz as suas aplicações. Muitos dos trabalhos do autor foram publicados entre as décadas de 20 a 40 do século XX.

Francês, após o sociólogo passar um tempo estudando na universidade alemã de Gottingen, ele retorna à França em 1905 e conhece Emile Durkhein, outro sociólogo de enorme importância e que o influenciou. Tendo vivenciado as duas grandes guerras mundiais, Maurice Halbwachs também sofreu de uma grande intolerância. Em meio a uma sociedade etnocêntrico, o sociólogo sempre esteve entre aqueles considerados como “outro”.

Naquele contexto, ele passou a fazer parte da Escola de Strasbourg, a qual também influenciou a produção de seus materiais. Também contando com a presença de outros estudiosos nas mesmas condições, Maurice Halbwachs se pôs em uma postura sociológica ideal para a concepção de novas ideias. No caso de “A Memória Coletiva”, o autor rompe com ideias a ele anteriores.

Na época da concepção de sua obra, vigorava o consenso de que a memória nada mais era que um processo neurofisiológico no qual o indivíduo seria o responsável por trazer à mente o seu próprio passado. Com a publicação da obra, o autor trouxe a idade de que a memória individual é fruto de uma interpretação da memória coletiva. Nessa perspectiva, a lembrança seria resultado de um processo coletivo dependente de uma comunidade afetiva.

Somente por meio dela seria possível a um indivíduo ter a faculdade de lembrar como membro de um grupo. Em “História e Memória”, o historiador Jacques Le Goff investigou a associação entre a memória e a construção da História. Na obra, ele demonstra que, sem o registro documentado do passado, as suas lembranças no presente não possuem condições de serem resgatadas.

Encontramos um cenário bastante similar no início de “O Gigante Enterrado”. Em plena Idade Média, havia um vilarejo no qual havia um conjunto labiríntico de tocas que abrigava dois velhinhos: Axl e Beatrice. Nele, não havia um registro documental do passado ou sequer noções bem definidas sobre o tempo.

Nesse contexto, o casal decide empreender uma viagem rumo a outra aldeia para reencontrar o seu filho. Mas sem o registro do passado, como eles saberiam que as lembranças sobre o filho seriam mais do que simples devaneio? Esse foi um importante ponto desenvolvido no enredo.

Os acontecimentos que mencionei no parágrafo anterior ocorrem no primeiro capítulo da obra. Nele, o autor nos conta sobre o início da jornada de Axl e Beatrice para encontrar a aldeia de seu filho. E o término do capítulo coincide com o planejamento da viagem a ser realizada pelo casal.


No seguinte, Axl e Beatrice a empreendem. A Grande Planície era o seu destino final. Durante o percurso, Kazuo Ishiguro explora bem o fato de a ausência do registro de memórias do filho do casal em tudo atrapalhar a busca. Foi uma jornada repleta de perigos.

Em muito ela lembrou a vida de Maria de Nazaré e o carpinteiro José rumo a Belém, local onde Jesus nasceu. Pelo menos a princípio, pois o destino da jornada de Axl e Beatrice teve um final bem diferente. Mas em muitos aspectos os casais se assemelham, falarei mais posteriormente. Enquanto durante o trajeto de Marie e José o casal houve de enfrentar uma grande provação a sua fé, Axl e Beatrice enfrentaram toda a sorte de perigos que as lendas medievais contidas na obra ofereceram.

Conclua a leitura da resenha no blog. Caso tenha gostado e deseje ler mais resenhas nestes moldes, siga o perfil no Instagram: @literaturaemanalise

site: https://literaturaeanalise.blogspot.com/2021/08/resenha-o-gigante-enterrado-kazuo.html
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Alle Fay 17/02/2021

Poético!
Um livro que mexeu comigo, um tanto poético, em alguns momentos até cansativo, mas um livro com magia.
E eu que pensei ter pegado um livro com um outro enredo, e ele me levou para um mundo de reflexão...
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TataFlor 22/11/2016

Difícil concluir essa leitura...
Há livros que caem como uma luva e se encaixam perfeitamente no momento em que estamos vivendo, outros nos levam de maneira maravilhosa para um novo momento...com esse livro não me ocorreu nenhuma das duas situações...
O livro foi de difícil leitura, me contive para não ser o primeiro livro abandonado por mim. Os capítulos são grandes, os acontecimentos são um pouco demorado, talvez seja um livro para ser lido com menor pretensão, pelo simples prazer da leitura...não um livro com expectativas na história...o livro não é ruim, mas não faz muito o meu gosto a maneira como as coisas acontecem são bem cansativas, e o final não é muito conclusivo, fica mais entrelinhas do que um final claramente concluído....pelo menos o final chega mais próximo de uma conclusão do que os finais dos livros do Murakami...acho que isso é comum nos autores japoneses
Aryane Marques 07/12/2016minha estante
Concordo com tudo o q vc disse, confesso que comecei a ler este livro com expectativas maiores em relação a história é sim o final foi bem estranho, mas tudo bem n foi uma leitura ruim :) ótima resenha aliás


TataFlor 03/01/2017minha estante
Somos duas então que criamos expectativas demais...eu acho rs...
Obrigada pela força Aryane ;)




romulorocha 31/07/2021

O gigante enterrado, de Kazuo Ishiguro - Nota 8,5/10
Este foi o meu segundo livro do autor no ano. Vencedor do prêmio Nobel, confesso que esperava um pouco mais.

Em O gigante enterrado Axl e Beatrice são dois idosos que vivem em uma pequena comunidade na Grã-Bretanha dos tempos de Arthur. Marcados por esquecimentos e pedaços esquecidos de suas vidas, os dois se lembram do filho mais velho e decidem embarcar em uma viagem até a cidade que mora. Mas como ir sem informações precisas e com uma memória vacilante? Na busca de seu filho, Axl e Beatrice descobrirão muito mais que um caminho, mas um mundo ignorado e cheio de contradições.

O livro é narrado em terceira pessoa e possui uma linguagem envolvente. Mesmo sendo ambientado na Inglaterra, não me senti perdido com as referências.

Senti falta de uma objetividade no livro, bem como um clímax no enredo. Isso contribuiu para que depois da metade da leitura, eu não me sentisse tão envolvido.

#resenhasdoromulo
#kazuoishiguro
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Giovana 08/04/2021

Uma história muito delicada sobre o amor, cercada de aventuras, e um final muito bonito e especial. Lindo!
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Cristian Fontoura 31/05/2021

A bênção do olvido
Se alguém consegue tecer uma história bem feita dentro de vários gêneros na atualidade, esse alguém é Kazuo Ishiguro, que transita pela fantasia ao drama político como se fosse a coisa mais natural. O Gigante Enterrado é uma obra de fantasia sobre um casal de velhinhos bretões que saem em uma aventura pelo mundo mágico que ainda respira o impacto do lendário Rei Arthur. O problema é que, além da avançada idade, que os torna alvo fácil pelos caminhos tortuosos da Grã-Bretanha medieval, eles precisam conviver com a falta de memória que o bafo de uma dragoa impõe ali. Juntos deles estão o improvável grupo formado por um cavaleiro remanescente da era arthuriana, um guerreiro saxão com sede de vingança e um menino que fora escorraçado de seu vilarejo. Em meio ao conflito ainda aceso entre bretões e saxões, a obra transmite mensagens sobre a dor e a bênção do esquecimento e sobre a beleza de envelhecer ao lado de quem se ama, mesmo que uma neblina encubra um passado problemático.
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Nathália 21/04/2020

Diferente
O ritmo é lento. Bem proposital em relação aos personagens centrais (um casal de idosos). Não espere cenas de clímax altíssimo, heróis que salvam as mocinhas ou comunidades de terríveis ataques de vilões monstruosos e cruéis.
Aqui temos uma história que fala do amor e do quanto estamos realmente conectado a com aqueles a quem demonstramos afeto.
É o tipo de livro para ?descansar? a mente de leituras mais densas.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 19/10/2017

Convite À Reflexão
Em 2017, a Academia Real Sueca, mais uma vez concedeu o Prêmio Nobel para um escritor que não estava entre os favoritos. Se a notícia gerou surpresa, não causou a polêmica da escolha de Bob Dylan no ano anterior. O nipo-britânico Kazuo Ishiguro é um ficcionista de expressiva reputação que, curiosamente, desejava ser músico antes de optar pela carreira literária. Ele também é o único premiado que já realizou um curso de escrita criativa, neste caso, na East Anglia University.

Lançado em 2015, ?O Gigante Enterrado? é seu sétimo e mais recente romance. Ambientado há 1500 anos, numa Inglaterra onde a população vive ao lado de monstros e criaturas mágicas, sua história tem como fulcro narrativo o papel seletivo da memória, ao questionar a importância de manter algumas lembranças esquecidas.

Seus protagonistas são Axl e Beatrice, um casal de velhinhos em busca de um filho que não se lembram como é, onde mora e se realmente existe. Entretanto, esta dificuldade não é só deles, todos seus conhecidos não se recordam de boa parte do passado e, ao que tudo indica, a responsável é uma misteriosa névoa que se estende pela região.

Em linhas gerais, a difícil jornada que ambos têm pela frente entrelaça várias histórias paralelas e reúne personagens fascinantes, como Gawain, um cavaleiro bretão que sabe mais do que conta, Wistan, um guerreiro saxão a serviço do rei, e Edwin, um jovem ferido por um monstro.

Tamanha sua profundidade, este romance não se esgota numa primeira leitura e há muito a ser estudado, pesquisado e debatido a seu respeito. Seu próprio título exibe um caráter metafórico, visto que, a primeira vista, sugere uma terra habitada por gigantes, todavia, além da primeira camada textual, este gigante pode simbolizar velhos ódios que estão prestes a se reerguer.

De acordo com Ishiguro, a narrativa ?trata de coisas que escolhemos esquecer na hora de formar uma sociedade, ou de construir um relacionamento longo. Não existe relação humana possível que não tenha gigantes enterrados no quintal".

Por sinal, sua história apresenta interessantes referências literárias e mitológicas, por exemplo, Wistan remete a Beowulf e um barqueiro, a Caronte. Transitando entre a fantasia e o lirismo, ela é também bastante singular, pois caracteriza-se pelo ritmo lento, a atmosfera melancólica e protagonistas que, combalidos pela idade, não tem o mesmo vigor e a força do protótipo do herói.

Para finalizar, este é um romance aberto a interpretação, convidando o leitor a refletir sobre temas universais, como o amor e guerra, e outros atuais, o ressurgimento do nazismo e a questão dos refugiados. Ele poderá não agradar quem procura uma leitura leve, pois Ishiguro propõe questões difíceis e respostas que incomodam. Como sugestão, recomendo o comentário de Neil Gaiman que, publicado no New York Times em 25/02/2015, está disponível na internet.

Nota: Com boa tradução e revisão, adquiri o ebook que, com índice ativo, correspondeu ao esperado.
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Adriana 22/05/2020

Muito para minha cabeça!!!!
Entendi tudinho, mas não suporto final subjetvo ( não é da minha natureza)
Por esse motivo dei 3 estrelas. Para mim é "pão pão, queijo queijo"....
Então fica a dica....
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-Lá- 14/06/2020

Um livro lindo!
Numa escrita simples, misturando o real e o imaginário, Kazuo fala sobre amor, guerra, morte e o coletivo.

Amei esse primeiro contato com o autor!
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