Victor 28/08/2023
Lanças, poder e intrigas...
Aqui fechamos um ciclo de certa forma que vinha nos ambientando sobre o universo e como a roda funciona. Agora as cartas estão na mesa e começamos a entender mais detalhadamente os conflitos que foram propostos desde o início. Fator muito importante é a quebra do ritmo de aventura “engessado” que vinha se construindo nos livros passados – estamos juntos, acontece alguns eventos, nos separamos, mais conflitos, nos juntamos e resolvemos tudo – e começa a cada “núcleo” ter suas próprias funções, desde as Aes Sedai na caça da Aja negra, Perrin e sua jornada em Dois Rios, A torre e o Trono, e Rand no deserto Aiel. A princípio esses são os focos e pode ser que nos próximos tenham mais coisas a se fazer.
Todos os núcleos foram bem desenvolvidos e a alternância deles ficou muito bem-feita, os clímaces de cada um foi bem apresentados ao passo que nenhum atropelou o outro, cada um deles entregou muito em plots maravilhosos.
Acho que a única ressalva é que as Trevas não passam a sensação de ser tão ruim em fazer os personagens sofrerem. Parece que os heróis são sempre tão poderosos, de um poder que chega sempre que eles precisam sem eles necessariamente saberem o que estão fazendo. Será que tem um certo ponto onde o Padrão vai dar uma rasteira neles? Ou ser Ta'veren é justificativa sempre para tudo dar certo?
Falando em medo, os únicos que conseguem causar pavor a cada passagem são os Seanchan, a ideologia deles de escravidão, subserviência e alienação de uma crença de que o mundo é deles e todo o resto deve ser eliminado ou submetido é apavorante. Ao passo que a cultura deles é peculiar e curiosa. Quero ver mais deles, apesar do medo.
A cultura aqui foi bem forte e ampliou mais a noção das outras nações e povos, os Aiel, os Tuatha'na, o povo do mar - Atha'an Miere além dos que já estávamos acompanhando. O quanto as crenças e profecias são diferentes, mas tem algumas passagens próximas. Eu conseguiria facilmente ler mais e mais sobre cada uma delas e aprender mais!