analu 04/09/2020Vontade de arrastar a cara do protagonista no asfaltoEu não posso nem começar a descrever com o eu senti raiva desse livro. Pra começo, o personagem principal é o menos carismático que eu já li. Constantemente fazendo piadas nojentas e sem graças, em um senso de humor bem 7º ano, e com uma narrativa do tipo "não sei porque você está lendo esse livro, porque ele é um lixo e você deveria largá-lo", da qual eu pessoalmente estou exausta, ele não é um personagem nem um pouco agradável. O Earl, seu melhor amigo e parte integrante do trio principal, é um bom personagem, mas não é bem explorado, e a Rachel nem sei porque está no título do livro, pois ela não ganha nem um pouco de aprofundamento, o que torna o final bem anticlimático. Entendo que o livro é para ser algo diferente daqueles clássicos "drama do adolescente doente", feito para mostrar que as vezes você não sente tudo aquilo que esses livros sobre doença quase te fazem obrigado a sentir, porque afinal, cada um lida com o luto da sua própria forma. E nesse ponto eu entendo porque ele decidiu construir o Greg de uma maneira desagradável e em alguns momentos até insensível, o que causa um estranhamento, mas segue a proposta de romper com o clichê do adolescente doente e, apesar de tudo, nos mostra no fim que ele realmente se preocupava com Rachel, só não demonstrava da mesma forma que todo mundo, e tá tudo bem. O problema pra mim é que, no final, esse livro pareceu uma biografia sobre o Greg mais do que qualquer coisa, o que é um infortúnio levando em consideração que o autor escolheu o personagem mais dramático e insuportável para basear a história toda.