DomDom 29/12/2020Quando surge um lançamento que ganhou uma adaptação cinematográfica, já fico com uma pontada de curiosidade pra ler, afinal, adoro comparar as obras. E, quando vi que esse livro estava entre as opções para resenha, não pensei duas vezes para escolhê-lo.
A trama conta a história de Greg, um adolescente de 17 anos, que tem como maior pretensão finalizar o colegial sem ser notado. Para ele, quanto mais invisível for sua passagem pelo colégio, melhor. Tem apenas um amigo (Earl), que é seu parceiro nas produções de releituras dos filmes que eles assistem. Tem conseguido seguir, tranquilamente, com seu plano de invisibilidade, até saber a notícia de que Rachel, uma antiga “amiga”, está com câncer, e, aconselhado pela sua mãe, resolve reaproximar-se dela nesse momento tão difícil.
Surpresa! É o que posso falar ao terminar a leitura desse livro. Ao ler a sinopse, imaginava uma história densa (afinal, temos uma personagem com leucemia), mas, afirmo que o quesito humor foi bem mais forte. Claro que temos partes mais reflexivas e sensíveis, mas as tiradas do Greg são tão legais que acabaram se sobressaindo.
Considero a narrativa o ponto mais forte. O autor deu um tom informal e ágil ao Greg, que narra tudo em primeira pessoa, mas que não parece nada escrito, mas sim, uma conversa em uma roda de amigos. Aliás, foi assim que me senti: Um amigo ao qual o Greg estava contando sua saga. Ele faz questão de deixar o leitor envolvido na história, interagindo através de perguntas e comentários pra lá de loucos. Outra coisa legal que o Jesse Andrews inseriu, foram algumas cenas/diálogos em forma de roteiro de cinema, com direito a falas e rubricas completas. Nessas partes, me senti um ator estudando uma cena para gravar.
Jamais iria imaginar torcer por uma personagem como o Greg. Ele é anti-social, babaca e sem-noção, mas o que o salvou foi o humor irônico e sarcástico dele (características que adoro). E outra coisa legal é que ele é extremamente autocrítico. Ele sabe que pisa na bola sempre e se deprecia a cada momento que abre a boca. Essas partes são hilárias. Já as personagens femininas são o ponto de equilíbrio na trama. Todas têm um pé na normalidade, mas as masculinas são cada uma mais louca que a outra. O pai do Greg mais parece viver no mundo da lua, tem um professor que também não bate muito bem da bola, e a duplinha dinâmica, Greg e Earl, são sem comentários.
Continua no blog: Ler Para Divertir
site:
http://www.lerparadivertir.com/2015/07/eu-voce-e-garota-que-vai-morrer-jesse.html