Resenhas - Os Homens Que Não Amavam As Mulheres

Vitor 15/09/2010

Um novo clássico para o gênero
Esse livro é o que podemos chamar de surpresa bem vinda. Nunca havia lido um livro sueco na vida, e agora tenho em mãos uma obra-prima do gênero policial.

O romance é denso e longo, mas de uma forma diferente do que vemos nos comumentes livros americanos e ingleses. A narrativa é lenta, as coisas acontecem bem devagar, num ritmo bem cadenciado, que caiu como uma luva para o gênero. Isso não quer dizer que haja enrolação!

Não serão encontradas nesse livro, por exemplo, cenas de ação super cinematográficas ou passagens tresloucadas com explosões ou coisa do tipo. Tudo é sutil, e quando há ação essa ação é comedida perfeitamente com o que estamos lendo, sem exageros.

Os personagens são cativantes ao extremo, com destaque óbvio para os protagonistas, bem descritos e respeitados em suas personalidades. Os coadjuvantes também são destaque, pois na maioria são bem trabalhados e não parecem rasos.

Há críticas importantes na obra, seja contra a violência cometida contra as mulheres ou contra a alienação causada pelo jornalisno econômico. Gostei bastante da forma como essas coisas são tratadas.

Não existem pontos negativos óbvios, mas alguns podem não apreciar a narrativa lenta ou no mínimo estranhar (eu estranhei, mas me acostumei e gostei depois). O grande misterio do livro não é ponto principal total, diferente de outras histórias. As complicações profissionais e pessoais dos protagonistas também tem papel importante.

Concluindo: para mim, é um novo clássico do gênero, escrito de forma genial, prendendo bastante o leitor até o fim. Recomendadíssimo.

Giovanna 18/08/2020

Envolvente e com muitas camadas
Pela primeira vez na vida preciso aconselhar todo mundo a assistir ao filme antes e, depois de uns 30 dias, começar a leitura. Você já terá esquecido o desfecho e, de bônus, a experiência será mil vezes melhor ao ler com sua mente ilustrando as palavras.

A trama e as personagens são muito envolventes. O Stieg Larsson dominou totalmente a teia de aranha cheia de detalhes que ele inventou. As investigações se desenvolveram bem e todos os pontos de mistério foram elucidados. Há bastante descrições dispensáveis para o desenvolvimento da história, mas sou do time de que quanto mais informação melhor para eu me envolver com o cenário ao redor do enredo. E, voltando ao o que disse antes, eu juro que as cenas de descrições não ficarão chatas se você tiver o filme na cabeça.

Não dou 5 estrelas por ter achado um pouco fora da realidade os desdobramentos do final do livro, principalmente sobre a nova direção do grupo Vanger. Senti que o começo foi bem detalhado, enquanto a conclusão foi deixada de lado e feita às pressas. Apesar de serem investigações complexas, parece que o mundo estava colaborando com os protagonistas. A dificuldade deles era apenas encontrar a linha de raciocínio certa e, quando isso acontecia, as respostas eram facilmente obtidas.

Outro ponto que quero destacar é o desenvolvimento individual dos protagonistas Lisbeth e Mikael. Ambos foram introduzidos cheios de princípios e ideais próprios (e, talvez, radicais?), mas que acabaram sendo atenuados no decorrer da trama. Estou ansiosa para acompanhar o futuro deles nos próximos livros.

Além, tem toda a contestação que nomeia o livro: Sobre os homens que, em diversas situações diferentes, provam que não têm respeito pelas mulheres. O autor conseguiu pontuar questões envolvendo violências física, sexual, psicológica, estatal, entre outras manifestações.

Uma ótima leitura!

Wagner47 27/03/2022

Ensinamentos do golfe
Uma história incrível e tenebrosa. Cheia de momentos fortes, reveladores e muito difícil de serem lidos.

Apesar de seu tamanho, é muito fluido (apesar de achar o comecinho cansativo).

É uma investigação muito bem delineada e motivos muito plausíveis de Mikael ser o escolhido de Vanger para essa busca pela verdade. Adorei como o autor revela muita coisa de seu passado e mesmo assim tem espaço para desenvolver ainda mais.

O mesmo pode ser falar de Lisbeth, uma hacker nada convencional. Forte e frágil e com uma moral respeitável e duvidosa ao mesmo tempo. O encontro dos dois protagonistas é um dos melhores momentos do livro e é muito marcante, divertido e instigante.

Meus problemas vieram da investigação. Tem coisa que Mikael descobriu vendo fotos que poderiam ser descobertas pela próprio Henrik ao longo de quase 40 anos. E falando nas fotos, acho que o autor deu uma exagerada na quantidade, como se determinadas vezes só tivesse esse meio de investigação. E quanto mais perto da revelação estava, ficava um tanto quanto "comum" do gênero policial.

Um outro ponto mega positivo é como o Stieg da continuidade à história mesmo com tudo resolvido e sem pressa pra acabar. Poderia muito bem vir com aqueles "resumos" de como cada um levou sua vida, mas ainda bem que não o que fez.

Fiquei muito satisfeito e espero ver muito mais da interação de Lisbeth e Mikael nos próximos livros.

zlldamon 18/03/2023

Excelente
Fui surpreendido em como esse livro é extremamente bem escrito e de fácil compreensão, um suspense policial de primeira.

pagan_babie 06/12/2023

O livro é bom mas não espetacular, porém no meio da leitura já dava pra ter uma noção do final, e teve uma cena em expecífico que me fez questionar muito sobre continuar o livro ou não, porque na minha opinião não era necessário tantos detalhes assim, por conta disso não recomendaria já que essa cena poderia ser considerada um gatilho pra algumas pessoas.
Tem algumas partes que a escrita é bem arrastada e depois flui e ai fica nesse vai não vai. as vezes parece muito que o protagonista ta se esforçando pra não resolver o mistério... mas assim, até que é bom (ps: nunca vi tanto macho escroto por metro quadrado).

Lucas Lobo 08/01/2022

Levíticos
Vi o filme primeiro e gostei bastante, então decidi ler o livro e amei. Os personagens são incríveis e a história muito boa. A cada página você fica mais curioso pra saber o que acontece.

Larissa804 31/01/2024

Stieg Larsson, nessa obra vai apresentar a verdadeira beleza da literatura, uma história escrita de maneira eletrizante, critica e irônica. Com personagens cativantes, muito bem construidos e fundamentados.

Vamos conhecer os diversos lados que uma pessoa pode possuir, uma crítica pura à sociedade machista em que vivemos, a violência brutal contra a mulher.

A leitura é fluida e ao mesmo tempo densa,sempre te fazendo querer mais e mais informações e ao mesmo tempo exigindo uma pausa para absorver cada ponto dessa narrativa.

Conheceremos a família Vanger,com todos os seus conflitos e o que vem à 40 anos martirizado a mente do "líder",o desaparecimento de uma jovem,que ninguém sabe o paradeiro. Para fazer sua última tentativa em resolver esse mistério, ele vai contratar Mikael, um jornalista, cuja carreira acaba de ser totalmente detonada, além de ser condenado a prisão por difamação, o que faz ele enchegar essa oportunidade como sua última chance, pelos diversos benefícios oferecidos, inclusive a vingança.

Mas para agarrar essa oportunidade ele terá que deixar a revista do qual é sócio por um ano, a Millennium, que por sua causa está com a integridade totalmente arruinada, abandonando Erica, uma das sócias,que é sua amante a anos, e o marido dela, que também é sócio e tem uma opinião peculiar sobre o envolvimento deles.

Paralelamente vai sendo narrada a história de Lisbeth, uma jovem excêntrica, com o verdadeiro dom para saber o que ela quiser. Todavia,ela passa uma imagem peculiar,totalmente tatuada,com piercings,magra,o que faz o profissionalismo dela ser questionado muita das vezes.

Basta descobrir onde isso tudo nos levará.

Lau 19/04/2021

surpresa
terminei o livro à poucos dias, e mesmo que a solução do mistério tenha sido um pouco esperada, eu amei o livro. um dos suspenses que mais me deixou tensa, e até com ânsia. fora que a escrita do autor é otima! só achei um pouco difícil entender coisas específicas da Suécia ou da Europa num geral, mas nada que comprometa a leitura.

Loni 01/10/2010

Decepção
Mais uma vez confio demais na crítica da imprensa comum e acabo lendo um livro de qualidade inferior. Não recomendo a edição brasileira (que foi a que li), pois ela foi traduzida a partir da versão francesa, já traduzida do original sueco. Recomendo ler o original ou a primeira tradução, pois a linguagem fica lamentavelmente empobrecida após uma segunda tradução. Fora isso, o enredo é previsível, personagens são inconsistentes, segue ao pé-da-letra a fórmula clássica de bestsellers de apelo de massa e pouco conteúdo. Sensacionalista ao extremo e sem grande coesão, não consegue unir os elementos da mesma forma de Dan Brown, por exemplo. Não me sinto motivado a prosseguir com a série.

Márcia 22/12/2009

"Os Homens que não amavam as Mulheres."
O título impressiona, não? Logo de cara nos deparamos com esse livro relativamente grosso, a capa preta misteriosa e um dragão de fogo imponente. Qual a impressão que temos de um livro com uma capa destas? "Esse livro deve ser Foda!" A impressão mais verdadeira possível. Não poderia haver capa melhor.
Com personagens e enredo solídos, Stieg Larsson construi minuciosamente uma das melhores aventuras do mundo real dos últimos tempos.

Já disse muitas vezes e em algumas resenhas que existem autores que "sabem escrever" - aqueles que sabem colocar suas idéias em ordem e elaboram uma boa trama no papel, cujos textos um leitor mais atento percebe que foram medidas as palavras, que as frases foram calculadas para se encaixarem em seus devidos lugares. Enfim, o autor que "sabe escrever" mede as palavras e as ordena no lugar que acha correto no texto. Posso citar como exemplo, Dan Brown.
Já o autor que "tem o dom" consegue fazer as palvras fluirem livremente no papel, sem grandes calculos, sem grandes regras; escrevem livremente. Posso citar como um exemplo desse tipo de autor, em minha opinião, Rosamunde Pilcher.
Stieg Larsson, na minha opinião, tem é os dois. Ele "tem o dom" e "sabe escrever".

No início da minha leitura uma pessoa me disse que o considerava prolixo. Concordo. Porém todas as explicações que Stieg Larsson dá em vários momentos do texto não são de modo algum cansativas. Para os personagens se explicarem algo, ele dá um volta enorme em todos os acontecimentos que rodearam e desencadearam o fato principal. Mas em momento algum, essas voltas foram chatas e enfadonhas. Acho que ai se encaixa o "saber escrever" do autor.
O "dom" está no desenrolar dos mistérios; na trama. Admito que até a página 200 tinha tantas esperanças quanto Mikael de que o mistério do desaparecimento de Harriet fosse ser solucionado. Mas quando novas pistas começam a aparecer, posso apostar que nenhum, absolutamente nenhum leitor, conseguiu se desgrudar do livro. Na primeira e na metade da segunda parte do livro há também a espera do leitor em cima do momento em que Mikael e Lisbeth se encontram, e em como, em nome dos Deuses, Lisbeth começa a ajudá-lo.

Lisbeth Salander foi uma criação à parte nessa trilogia. Uma pesonalidade conturbada, uma mente perturbada mas extremamente inteligente, Lisbeth talvez seja o maior misterio o o maior triunfo da Trilogia Milennium.

Os Homens que não Amavam as Mulheres é um livro inteligente e criativo. Perfeito em todos os sentidos. Minuciosamente construído em todos os detalhes - da vida íntima dos personagens secundarios à resolução do grande mistério do livro. Stieg conseguiu também excelência nos diversos casos paralelos ao misterio central - entrelaçando-os constuiu uma trama cheia de surpresas e expectativas. Uma história que precisa ser lida e apreciada com inteligência.

leiturasdaursula 21/03/2021

Que livro incrível!
É um thriller eletrizante e com muitas tramas políticas, conspirações e um passado nebuloso! Eu amei muito e recomendo, mas tem gatilhos pesados de violência contra a mulher, estupro e violência em geral!

Sthe 02/07/2021

Amo demais!!!
Comprei esse livro primeiramente porque amo mistério e investigação criminal, e em segundo lugar pelo título interessante. Acertei em cheio porque, na minha humilde opinião, esse livro é tudo de bom!
Muitos segredos, e personagens suspeitos, você fica curioso do começo ao fim. Mas para mim, o maior ponto positivo desse livro é que ele consegue ser bastante profundo, abordando situações pesadas, principalmente relacionadas à violência contra mulheres, além de outras coisas mais cotidianas.
Os homens que não amavam as mulheres tem uma escrita muito boa, um plot muito legal e que se sustenta. É meu xodó :)

Alvaro.Barbosa 13/07/2021

O homem que não amava as mulheres é um dos livros mais bem construídos durante esses anos.

Um livro completamente intigantez, no qual sente-se um desejo voraz de terminá-lo para saber o desenrolar dos fatos.

Os personagens são muito bem construídos, narrariva perfeita. Não e um livro cansativo pelo simples motivo da trama te prender do início ao fim.

Yasmin675 27/02/2020

Um dos melhores livros que já li.
Nunca imaginei que gostaria tanto de um romance policial, mas gostei, e muito. Os Homens que Não Amavam as Mulheres se tornou um dos meus livros favoritos. Stieg Larsson escreve sobre muitos temas polêmicos e apresenta personagens tão profundos quanto o Grand Canyon. A escrita é acessível e apesar dos termos técnicos do jornalismo econômico, não é de difícil compreensão.

Mikael, o protagonista, é um jornalista que passou por um processo jurídico onde foi declarado como culpado por difamação e deve ser preso, o que acaba por envolver a revista da qual ele faz parte. Nesses trâmites, Mikael é contratado por Henrik com o pretexto de escrever um livro biográfico sobre a sua família, mas na verdade sua verdadeira missão será solucionar o desaparecimento de Harriet Vanger, a sobrinha de Henrik. No meio de tudo isso temos também Lisbeth Salander, uma poderosa hacker com uma história de vida bastante peculiar. Quando os caminhos de Lisbeth e Mikael se cruzam, o mistério se torna cada vez mais intenso e perigoso, mas a resposta que procuram está cada vez mais perto.

Já falei que a escrita é mais do que perfeita, não há nenhum comentário a se fazer além disso. Os personagens são intensos, Larsson traça perfis psicológicos de cada um, seja protagonista ou secundário, de acordo com a trajetória de cada um e as singularidades que tornam todos do jeito que são. Preciso dar destaque as personagens femininas, não somente a Lisbeth mas também a Harriet, Erika, Cecilia e algumas outras que tiveram participações menores, elas são fortes, decididas e extremamente ferozes. Não passam pano para babacas e tomam as rédeas de suas vidas. Acho que isso mostra de forma explícita o viés feminista da história.

Acho que se eu disser algo além disso vou acabar contando detalhes da história. Então vou ficar por aqui mesmo. Os Homens que Não Amavam as Mulheres tem uma trama fantástica e mal posso esperar para ler a sequência.

Júlia 25/06/2020

Maravilhoso!
Com altíssimas expectativas, iniciei uma leitura que me impressionou do início ao fim. Personagens muito bem criados e de grande verossimilhança. É inevitável torcer por Lisbeth. Sem ela, esse livro não seria tão tocante. Obrigada, Stieg, por essa experiência literária completamente autêntica e surpreendente.