Medéia

Medéia Eurípides




Resenhas - Medéia


213 encontrados | exibindo 151 a 166
1 | 2 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15


akame7 27/10/2021

Totalmente fora de tudo que já li, porém incrível.
Nunca havia lido uma tragédia em versos e nunca havia lido nada de mitologia grega. Medeia me chocou e me promoveu diversas reflexões sobre o mundo atual, mesmo sendo milenar e mítica.
É uma leitura emocionante e cheia de reviravoltas. Jasão e Medeia protagonizam uma explosão de acontecimentos sucessivos e empolgantes. As ações dos dois protagonistas promovem dúvidas quanto ao desenrolar da história, quanto ao caráter e a moral de cada um dos personagens e quanto ao desfecho.
As emoções das personagens são elevadas em escala máxima, eles são imersos em suas paixões. A ira, a angústia, o infanticídio, a ganância, a traição, o amor, o desprezo, a manipulação, a valorização exacerbada dos bens materiais, todos esses comportamentos de Medeia e Jasão te envolvem profundamente na história, fazendo você refletir sobre essas questões no mundo real. Todos os sentimentos cativados e transbordados durante a leitura ganharam uma atmosfera ainda mais fantástica por se tratar de uma briga entre deuses, onde Medeia mostra toda a sua genialidade perversa, força e poder para aliviar-se da dor da traição que sofreu.
comentários(0)comente



Letty 01/10/2021

"Sofro menos se não ris"
Medeia simplesmente incrível! Não se conforma (como outras de sua época) com a superioridade masculina na sociedade e se recusa a ser rebaixada diante as atitudes do seu marido adúltero.
Fez o que fez para fazer o marido pagar em dobro pela sua traição, embora também tenha sofrido, mas encontrou conforto no sofrimento dele.

"O vício máximo dos homens é o cinismo"

"[...] pois confiado no poder de seus discursos para ocultar os maus desígnios com palavras bonitas, não receia praticar o mal"

"Não há proveito nas ofertas de homens maus"

"Das criaturas todas que tem vida e pensam, somos nós, as mulheres, as mais sofredoras"

"Viver é ter desgostos e eles não nos faltam"

"Vezes sem número a mulher é temerosa, covarde para a luta e fraca para as armas; se, todavia, ver lesados os direitos do leito conjugal, ela se torna, então, de todas as criaturas a mais sanguinaria"
comentários(0)comente



luana 29/09/2021

li para um trabalho da faculdade e não gostei tanto, parece muito um script.

aprendi a legendar kkkk
Ana Eliza 01/10/2021minha estante
Conheça o gênero dramático kkkk


luana 01/10/2021minha estante
literalmente kkkkk o pior de todos, mas confesso, até que é bem realista e nos faz refletir( preferia ter ficado sem a reflexão e comprado um livro de romance




Karisma 26/09/2021

Diferente.
A curiosidade me motivou a comprar esse livro e as vezes ela me trai. Mas, dessa vez não foi o caso. Uma grata surpresa. Uma personagem diferente, violenta, indomável, louca e cruel. Medeia é diferente, inteligente. O protagonismo é tratado de uma forma diferente e com diálogos que são até mesmo atuais.

Particularmente, gostei muito da leitura.

Att.
comentários(0)comente



Jansen 19/09/2021

Uma beleza de tragédia. Diga-se de passagem não existe tragédia mais requintada e, porque não, trágica, que a grega. Édipo Rei de Sófocles é algo sublime.
Medeia já considerava o poder da mulher e revoltava-se com a superioridade criada pelo homem para ele próprio. Foi uma das primeiras feministas. E chega a matar os filhos para enquadrar o marido. Como diriam lá no sertão: Arre Égua!!!!
comentários(0)comente



Raimundo.Marques 17/09/2021

Cólera e piedade transportadas
A cólera minha no iniciar da tragédia, como leitor, contra o perjuro Jasão, ao chegar à leitura de seu fim, direcionou-se à filicida Medeia. E a piedade que eu tivera pela desditosa Medeia, depois do êxodo da peça, passou a ter sob seu jugo Jasão e a pobre princesa filha de Creonte.
comentários(0)comente



anninha 12/09/2021

li por causa da faculdade e foi uma leitura interessante, no começo tava bem chatinho mas depois ficou legal e divertido (?)
comentários(0)comente



Guilhermo del Toró 07/09/2021

História maravilhosa, interessante ver como os gregos pensavam e faziam seus contos e o que eles queriam passar
comentários(0)comente



Paulo Henrique 06/09/2021

Louca
A história de Medéia é terrível do ponto de vista social, afinal como pode uma mãe matar seus filhos para atingir o marido que nem é tão amado assim por ela. Vaidade pura, vingança irracional? Porém procure nas mídias e verás quantos casais fazem isso para se vingarem um do outro.
Medéia se julga sábia, porém durante o livro ficamos em dúvida de seu saber. No começo do livro damos razão a ela de ter ódio por ter sido maltratada e humilhada pelo reio de Corinto e "largada" por seu marido Jasão, porém com o passar das páginas se vê uma mulher irracional e sedenta de ódio.
A edição é linda, bilíngue e as explicações ao final do Trajano ajudam muito, porém se prepare pois mesmo em português irás necessitar de um dicionário e de procurar sobre alguns deuses gregos.
comentários(0)comente



lucaschristyan. 01/09/2021

Medeia editora 34
Com Medeia eu me desafiei a ler uma peça, tipo literário que não costumo consumir.

Devo admitir que inicialmente senti dificuldades com o texto é tradução de Trajano Vieira, mas ao longo do texto a leitura foi tornando-se mais palatável.

Em relação a edição da editora 34 eu não tenho queixas, estrutura e diagramação do livro muito boas.

Sobre o conteúdo em si foi aquilo que eu já esperava, uma típica tragédia grega. Senti falta de uma base teórica para aproveitar melhor a obra, pois ela possui muitas facetas que fazem comunicação com outras obras.
comentários(0)comente



Kelvin 25/08/2021

A Karol Conká do teatro grego
Na última temporada de Game of Thrones, escutava-se por todo lado o uso da expressão deus ex machina para designar soluções fáceis de roteiro. Aristóteles, quando teve contato com a peça Medeia, de Eurípides, questionou o aparecimento de Egeu (um deus) na trama, para guiar o destino magicamente. Segundo o filósofo, o uso desse recurso é irracional, pois quebra o liame entre a ?necessidade e verossimilhança?. Entretanto, não podemos deixar de reconhecer que o uso desse recurso não toldou completamente as potencialidades criativas de Medeia da mesma forma que aconteceu com Game of Thrones. Eurípides era apelidado, entre as pessoas da sua época, como o ?filho do feirante?, não se sabe se essa informação é verdadeira, mas o fato é que as suas peças retratam, no geral, personagens dos extratos mais baixos da sociedade. A peça Medeia ficou conhecida como o primeiro drama burguês, retratando questões como o ciúme.
A história é sobre uma mulher chamada Medeia, tomada de ciúmes pelo marido, que a deixa para desposar a filha do Rei Creonte. Podemos observar como esse sentimento a corrói por dentro, a ponto de ela enxergar os próprios filhos com horror e tramar planos maquiavélicos para se vingar do ex-marido. Para não cair no lugar comum de condenar apenas a personagem principal, deve-se reconhecer que o personagem Jáson, pai dos filhos de Medeia, também não é flor que se cheire, e a própria Ama, que cuida das crianças, o reconhece. Além de ter rompido com os juramentos sagrados, Jáson reclama da necessidade de existirem mulheres para poder ter filhos. Ele é descrito, na tradição, como um herói, mas um herói problemático, que não se destaca por grandes façanhas físicas, e sim justamente pela covardia de seduzir e ludibriar mulheres. Mais do que isso, ele parece ter uma ideia hipócrita de que na verdade um grande benfeitor, algo que não corresponde às suas ações contraditórias.

?JÁSON: Invoco as divindades como testemunhas do meu desejo de fazer tudo por ti e pelos filhos. O bem de que sou capaz te desagrada e tua intransigência afasta os amigos de ti; sofrerás mais assim.?

A tradição cristã reconhece que as pessoas que se acreditam boas na verdade são más. A santidade, portanto, está em reconhecer a ideia do pecado original. Não percebemos isso nem em Medeia e nem em Jáson. A maldade de Medeia, no entanto, assume ares mais repugnantes apenas por ser mais expressa, enquanto que a maldade de Jáson, um pouco mais contida, pode passar batida, mas ambos sofrem do mesmo mal: acreditam cegamente em suas visões de mundo. A fúria irracional de Medeia, potencializada, vai levá-la a cometer atos vis, como envenenar a filha de Creonte e tramar o assassinato dos seus próprios filhos escorando-se na ideia de que estaria evitando que fossem mortos nas mãos de outros.
Na tragédia grega, partes tenebrosas da história eram trazidas ao palco pela ação de um mensageiro, é o que vemos acontecer, em especial, na cena do envenenamento da filha de Creonte, o mensageiro faz uma descrição horripilante que envolve uma boca espumando e uma cabeça dilacerada por chamas assassinas oriundas de um véu diáfano e da diadema de ouro, presentes encomendados por Medeia. Nessa cena, entendemos que a Arte do Feio é tão importante quanto a Arte do Belo, na medida em que, longe de negá-lo, ressalta-o mais ainda. Espetáculos terríveis como esse, quando aparecem de forma catártica, cumprem o papel da tragédia segundo Aristóteles.

?MENSAGEIRO: um espetáculo terrível se mostrou aos nossos olhos: sua cor mudou e o corpo dobrou-se; ela oscilou e seus formosos membros tremiam, e só teve tempo de voltar até o assento para não cair no chão.
Uma velha criada, pensando tratar-se de algum mal súbito mandado pelos deuses, pôs-se a fazer invocações em altos brados, até que da boca da jovem escorreu esbranquiçada espuma e as pupilas dela.
a infortunada moça abriu os belos olhos e recobrando a voz gemeu horrivelmente.
Exterminava-a dupla calamidade: do diadema de ouro em seus lindos cabelos saía uma torrente sobrenatural de chamas assassinas;o véu envolvente? presente de teus filhos? consumia, ávido,
as carnes alvas da infeliz. Ela inda pôde erguer-se e quis correr dali, envolta em fogo, movendo em todos os sentidos a cabeça no afã de se livrar do adorno flamejante, mas o diadema não saía do lugar
e quanto mais a moça agitava a cabeça mais se alastravam as devoradoras chamas.?

A racionalização freudiana dos atos e a incapacidade de assumir a responsabilidade por suas devassidões (Shakespeare) é o que marca as páginas finais, com Medeia culpando Jáson pelo assassinato de seus filhos, ato que na verdade foi orquestrado por ela mesma. Percebemos que, mesmo determinada a seguir em frente, trechos antes de ela cometer tal barbaridade chega a refletir sobre a imoralidade do ato, mas sem arredar o pé. Ante a tragédia, ela se reconhece como infeliz, mas menos infeliz do que seria quando vê que contribuiu para a infelicidade de Jáson, de quem queria se vingar. Sua felicidade está condicionada, portanto, à felicidade (ou ausência de) alheia, está em jogar na cara de Jáson, pai ausente, a morte dos filhos que, para ele, antes não pareciam tão importantes assim. A peça termina com Medeia sendo divinizada e ascendendo aos céus na carruagem do Sol, de Apolo, na sua felicidade infeliz, delirando e colocando Jáson como o responsável por tudo, ao mesmo tempo em que se regozija em acreditar nisso.

?MEDEIA: Chama-me agora, se quiseres, de leoa e monstro; quis apenas devolver os golpes de teu instável coração como podia.
JÁSON: Mas também sofres. Nossas dores são as mesmas.
MEDEIA: É claro, porém sofro menos se não ris.?

Medeia não deixa em nada a dever para os vilões mais ideológicos de histórias em quadrinhos, como o Thanos ou o Lex Luthor, que não conseguem assumir que são maus e atribuem todas as suas atitudes vis a uma necessidade incontornável em prol de um bem maior. Para muito além da ficção, quantas figuras da realidade, como a Karol Conká, recentemente eliminada do BBB com 99,9% de rejeição, não se assemelham a Medeia? É o tal do sentimentalismo tóxico (já comentado no meu podcast ?BBB 2021 e as consequências do sentimentalismo tóxico?). Quanto mais sentimental uma pessoa é, mais ela consegue achar que sua maldade é justificada e proporcional à maldade que lhe fizeram. Pessoas sentimentais não são inofensivas, é sabido que Hitler chorou com a morte do seu canário. E os exemplos são intermináveis.
comentários(0)comente



Malice 24/08/2021

O retrato da vingança feminina
A história de Medéia e Jasão não se inicia aqui neste livro, mas sim nos Argonautas, em que Jasão sai em busca do velocino de ouro, tarefa que lhe foi dada para recuperar o trono de sua pólis. O portador do velo é ninguem mais que o pai de Medéia, ambos se apaixonam e tramam juntos o rapto do velo e a fuga para Creta.
É na cidade de creta que começa a historia de Medéia, essa figura se mostra determinada a tudo, inclusive trair seu pai, desde o mito dos Argonautas. Nesse cenário, Medéia se vê trocada pela filha do rei de Creta, ofertada a Jasão após seus feitos e grande fama local, e decide por em prática sua vingança.
Temos aqui uma obra muito singular: o primeiro teatro a ter como protagonista a figura feminina e sua posição de conflito com o homem, Medéia não se contenta em ser trocada e faz de tudo para formular uma vingança à altura, ela não é complacente em momento algum e não volta atrás em sua decisão. Medéia é uma mulher forte de uma tragédia clássica que deveria ser tão famosa nos dias de hoje quanto é edipo rei
comentários(0)comente



lilac 20/08/2021

Impactante
Essa foi a leitura pra faculdade que eu mais gostei, foi muito emocionante acompanhar a Medéia.
No início eu fiquei do lado dela, foi a primeira vez que eu vi a traição por parte do homem ser tratado como algo ruim (nos textos gregos). Medéia havia largado toda a sua vida, inclusive matado o próprio irmão por Jáson, um amor influenciado pelos deuses, apenas para no final ele trocar ela por outra. Isso me envolveu bastante, principalmente por vermos o lado feminino.
Porém, quando ela mata os próprios filhos já não consigo apoiar. Mesmo não tendo muitos detalhes, e ela sofrendo com o que "deve" fazer, foi um momento pesado de ler. Ainda não sei como me sinto em relação a essa peça, mas sei que me envolvi completamente. Quero voltar a ler essa tragédia quando estiver mais madura e estudada, acredito que terei ainda mais coisas a adicionar.
comentários(0)comente



oliveiralauras 12/08/2021

.
este não é meu gênero de primeira escolhe literária. li para a faculdade também, tivemos uma longa discussão e após isso tive outra visão sobre a leitura.
comentários(0)comente



Jessé 20/07/2021

Surpreendente!
Esse foi meu primeiro contato com Teatros gregos, e confesso que eu tinha um certo receio com esse tipo de literatura. Por via das dúvidas, decidi escolher uma peça curta, e comecei por Medeia.

Resultado: sai dessa leitura querendo ler tudo que existe dentro desse modelo de literatura.

Medeia é uma história incrível, e fiquei até abismado com o nível de violência descrito na obra. Talvez tenha me abismado sem propósito, já que os mitos gregos são sempre carregados de certa violência e contornos sexuais. Mas é diferente você ler um mito adaptado pros dias de hoje, e presenciar de fato a violência descrita por um autor naquela época.

É uma história fantástica, e que merece ser conhecida. Indico bastante essa edição da editora 34, pois o texto flui lindamente. É claro que tive dificuldades com alguns termos e referências, mas se você tiver paciência, e ir fazendo pequenas pesquisas durante a leitura, vai ser um sucesso rsrs.

E garanto que quando você tomar gosto pela coisa, você ficará viciado. Sem perceber você já estará encenando os versos durante a leitura, assim como eu kkkkkkkkkkk

Por fim, se você é um iniciante como eu, recomendo começar por Medeia. Creio que seja um ótimo ponto de partida. E sim, voltarei a ler Medeia futuramente , pois tenho certeza que existe muito mais para usufruir dentro desse livro.
comentários(0)comente



213 encontrados | exibindo 151 a 166
1 | 2 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15