Amanda 28/12/2010
Vou dizer que a temática sobre anjos ainda não me atrai. Apesar, ou, por esse motivo mesmo, de ter lido poucos livros que tratam desse assunto.
Ainda prefiro os já muiiito batidos vampiros: eles tem uma áurea mais badboy, a lenda é mais sólida e são criaturas mais misteriosas e sexys (por que vamos lá, o que há de sexy em um anjo? Nem sexo ele tem!).
Talvez por esse motivo eu tenha tentado dar uma chance para Fallen. A orelha do livro falava sobre um reformatório, uma garota que cometeu um crime ...e um anjo. Combinando com essa capa gótica, parecia um livro com grandes chances de finalmente apresentar uma boa história sobre anjos.
Julgando um livro pela capa, esse realmente tinha tudo pra ser um sucesso: a foto da capa é linda, e o efeito é emborrachado, coisa que eu nunca tinha visto em nenhum outro livro. Dá vontade de colocar num lugar de destaque da prateleira.
Já a história... não posso dizer que seja ruim. Posso dizer que é uma história meio confusa, com muito rodeio até que as coisas fiquem claras o suficiente para você poder ler o livro sem precisar ficar conectando as informações na sua cabeça.
A cena de ação no final do livro, onde acontece o desfecho de toda história, como sempre, com uma briga enorme, deixa muitooo a desejar. Os detalhes não são claros, não se entende muito o que está acontecendo e a autora não sabe explorar o lado místico que aquela cena poderia ter. Mas esse é um erro comum nas autoras que preferem escrever romance a ação, mas precisam de uma cena de ação para apimentar o livro. (acontece também com quem gosta de escrever ação, como a autora de Jogos Vorazes, e precisa colocar um romance no meio, que acaba não dando muito certo e fica forçado).
Pensando bem, as cenas de romance também são confusas: uma hora Luce, a personagem principal, gosta de Cam, o garoto que chegou com ela no reformatório e que é todo atencioso e sempre disponível, o garoto que chama ela para as festas e lhe da presentes, e outra hora ela não consegue parar de gostar de Daniel, o garoto “misterioso” e lindo, que no primeiro dia de aula lhe mostrou o dedo do meio. Gentil não?
Mas ela não consegue parar de pensar nele, que seja. E no meio do livro, decide, sem nenhum motivo, que não quer mais nem ver Cam pela frente, que gosta mesmo de Daniel, que nessa altura não trocou mais de algumas palavras com ela. E no fim, não fica muito claro quem é o mocinho, quem é o bandido, se é que se pode classificar os personagens desse livro em mocinhos ou bandidos.
Em resumo: a histórinha é bem confusa, não flui com naturalidade e não fez com que eu gostasse de nenhum personagem. A base para toda a história não é sólida o suficiente, e os elementos são modificados a todo momento só para a autora conseguir o que quer (eles estão em um reformatório, deixaram todos aparelhos numa caixa ao entrarem, não tem celular e deviam ter um ensino rígido, mas as festinhas rolam sempre e o povo consegue de tudo “clandestinamente” com uma despreocupação muito conveniente).
Não foi dessa vez, ainda.