Ubirajara

Ubirajara José de Alencar
José de Alencar
José de Alencar




Resenhas - Ubirajara


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Clio0 21/09/2021

Ubijara não é um épico, mas poderia ser.

A escrita de Alencar, romântica e rebuscada, é um verdadeiro trabalho de artesão na formação de cada sentença que traz a história de amor e guerra do cacique dos Araguaias.

O enredo é aquele que se tornaria clássico nos livros do gênero: Um guerreiro derrota um adversário em batalham, mas se apaixona pela irmã do mesmo e decide se infiltrar na aldeia rival para poder cortejá-la. Achou conhecido? Talvez se lembre porque é uma variação do poema de Camões "Sete anos de pastor Jacob servia / Labão, pai de Raquel, serrana bela; / mas não servia ao pai, servia a ela, / e a ela só por prémio pretendia."

Essa obra fecha o ciclo indígena do autor - com O Guarani e Iracema - mas, não deve ser confundido com uma trilogia. Elas não são interligadas e nem precisam ser lidas em sequência.
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Brenda.Ferreira.1 22/10/2022

Um herói épico...
Ubirajara também conhecido como Jurandir e/ou Jaguaré é o protagonista forte,destemido e envolvente de um enredo romântico indianista. Que ja tinha sido escolhido como esposo por Jandira mas que ficou encantado com a corajosa,doce e charmosa Araci.
Eu imaginava que fosse ter um "que" poético e lírico na obra,porém me surpreendeu muito a forma que real é implementada no livro. É uma obra curta,que te prende do início ao fim e te faz pedir bis.
Os personagens tem carisma, o tempo,desenvolvimento e enredo são bem escritos.
José de Elencar acaba de ganhar uma nova admiradora.
Esse de fato é meu livro clássico nacional favorito...
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nerito 03/03/2013

Ubirajara, o Senhor da Lança
Jaguarê é um jovem índio da tribo araguaia, filho de Camacã, líder supremo. Apesar de sua fama como exímio caçador, o rapaz deseja realizar uma façanha de guerra e assim receber um nome de guerreiro e galgar melhores posições junto ao seu povo.

Mas o que antes era uma busca por realização pessoal torna-se uma épica jornada de amor e superação, quando Jaguarê se encontra por acaso com Araci, bela filha do chefe dos tocantins. Apesar do interesse mútuo, os jovens são de tribos rivais e Jaguarê sequer tem a posição social necessária para disputar o amor de Araci.

A oportunidade surge então para o rapaz quando, pouco depois de se despedir de Araci, Jaguarê encontra Pojucã, campeão dos tocantins. Numa luta equilibrada, Jaguarê acaba perdendo sua lança para o adversário, que não imaginava que a arma obedecia apenas a seu mestre. A lança se volta contra Pojucã, que acaba derrotado. Assim Jaguarê, por ter vencido o mais forte guerreiro dos tocantins, assume o nome de Ubirajara, o senhor da lança.

Escrito por José de Alencar e publicado em 1874, esse romance indianista apresenta um texto composto de frases e parágrafos curtos, com verbos em geral no tempo presente, o que garante ao texto certo dinamismo. Alencar procura valorizar um vocabulário indígena, o que pode muitas vezes soar estranho e artificial.

Ao contrário de muitos romances de Alencar, "Ubirajara" procura explorar as cenas de ação sem deixar de fora o sangue e a violência. Um dos combates em especial nos faz lembrar das lutas de imobilização nos hoje famosos torneios de MMA.

"Os dois campeões recuaram passo a passo até que se acharam a um tiro de arco.
Então soltaram o grito de guerra e se arremessaram um contra o outro brandindo o tacape.
Os tacapes toparam no ar e os dois guerreiros rodaram como as torrentes impetuosas no remoinho da Itaoca.
Dez vezes as clavas bateram, e dez vezes volveram para bater de novo.
Os animais que passavam na floresta fugiram espavoridos, como se a borrasca ribombasse no céu.
Ainda uma vez encontraram-se os dois tacapes e voaram em lascas pelos ares.
O ubiratã é forte; mas há outro ubiratã que lhe resiste. Como o braço de Pojucã é que não há outro braço. Já viste, jovem caçador, o veado nas garras da jibóia? Assim vais morrer.
Se tu fosses a cascavel que somente sabe morder, Jaguarê te esmagaria a cabeça com o pé e seguiria seu caminho. Mas tu s a jibóia feroz; e Jaguarê gosta de estrangular a jibóia. Não morrerás pelo pé, mas pela mão do caçador. Lança teu bote, guerreiro tocantim.
Pojucã estendeu os braços e estreitou os rins de Jaguarê, que por sua vez cingiu os lombos do guerreiro.
Cada um dos campeões pôs na luta todas as suas forças, bastantes para arrancar o tronco mais robusto da mata.
Ambos, porém, ficaram imóveis. Eram dois jatobás que nasceram juntos e entrelaçaram os galhos ligando-se no mesmo tronco."

O trecho acima ilustra um dos muitos momentos em que a ação recebe grande destaque no enredo.

É importante observar que Alencar, normalmente tão descritivo, acaba sendo sucinto demais em suas descrições. Acredito que isso rouba um pouco a força do romance.

Outro aspecto que deve ser destacado é o uso dos nomes próprios pelos personagens e como o próprio herói muda de nome ao longo da aventura. Jaguarê, após se tornar Ubirajara, dias depois adota o nome de Jurandir, que usará enquanto disputar o amor de Araci.

A despeito dos preconceitos presentes na obra, vale lembrar que existia sim um projeto indianista de valorização nacional. Não cabe aqui a discussão ou defesa desse projeto. Aponto somente que a literatura também cria os seus mitos e tradições, que vão além das lendas orais. Vale destacar assim textos como O Hobbit e O Senhor dos Anéis, tão em voga ultimamente.

Em que Ubirajara se aproxima dessas narrativas épicas? Primeiramente, na posição do herói. Guardadas as devidas proporções, o protagonista do romance de Alencar, assim como os personagens dos livros de J.R.R. Tolkien, enfrenta uma série de desafios, todos ligados a jornadas. O herói está em trânsito constante, símbolo das mudanças a que todo protagonista está submetido. Essas mudanças marcarão o crescimento desse herói. No caso do protagonista do romance indianista, essa mudança também está marcada nos diferentes nomes que o herói assume ao longo de sua jornada.

Da mesma forma que no livro O Hobbit, há em Ubirajara um desafio a ser alcançado. No romance britânico, o desafio é encontrar o tesouro e enfrentar o maligno dragão Smaug. E a busca desse objetivo acaba por desencadear uma terrível guerra. Em Ubirajara, o tesouro é o amor da jovem Araci, filha do chefe supremo dos tocantins. Os acontecimentos que envolvem a disputa pela jovem lançam também Ubirajara em um aguerra que irá selar o destino das tribos.

Por esses e outros motivos, Ubirajara pode apresentar-se ao leitor como uma agradável surpresa. No que se espera uma leitura enfadonha, arcaica, a grande surpresa poderá se apresentar na descoberta de um texto dinâmico e ágil, repleto de romance e aventuras.

Leia outras resenhas no blog:
http://www.oguardiaodehistorias.com.br
ajuliaalves 05/03/2013minha estante
Gostei muito da sua resenha, muito bem destacada a parte das lutas. Vou dar uma olhada no seu site. *.*


nerito 05/03/2013minha estante
Obrigado, Julia! Puxa, seu comentário é um grande incentivo para continuar resenhando! Abraço! ^_^


Gustavo 08/04/2013minha estante
Poxa cara, sua resenha é muito interessante. E como disse a amiga aí de baixo a maneira como você interpretou as lutas foi muito boa.


Paula1735 19/04/2013minha estante
Parabéns!Sua resenha ficou muito boa, também me surpreendi bastante com o livro. Pensei que seria uma leitura cansativa, mas depois que comecei a ler eu achei a história interessante.




Sara 16/07/2020

Livro rico com informações da cultura indígena e também de críticas quanto as mudanças injustas feitas nos relatos dos cronistas
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spoiler visualizar
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Barbara Hellen 18/04/2022

Resenha postada no @cactosliterarios
Ubirajara, de José de Alencar, é um exemplo de leitura que não precisamos amar, mas que nos acrescenta. Vejo que isso acontece bastante quando leio clássicos. Poucos são os que amo de paixão. Mas sempre saio com a sensação: nossa, essa leitura me acrescentou. Achei a narrativa totalmente diferente de tudo que já li!

Junto com Iracema e O Guarani, essa obra mostra as tradições indígenas e faz parte dos livros indianistas do autor, que realmente foi o primeiro a pensar o Brasil pelo Brasil. De abordar o Brasil e a história da construção do nosso país. Por isso, foi considerado o pai do romantismo brasileiro.

Leiam os clássicos!

site: www.instagram.com/cactosliterarios
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Jaime Santiago 10/02/2022

Uma verdadeira aventura indígena nas florestas brasileiras!
Um livro curto, com uma boa e empolgante história dos indígenas brasileiros nos tempos antes do descobrimento.
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Arthur Peixoto 08/02/2021

Cultura indígena...
O livro apresenta uma história com bastante cultura indígena, nomes, expressões, crenças, organizações e respeito dos índios com o seu povo. Uma aventura bem bacana de se ler.
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Mih Alves 02/07/2009

Um bom livro,
Jaguarê sai de sua aldeia em busca de um título de guerreiro, após vencer um inimigo se apaixona por Araci, porém em sua terra ele já tinha uma noiva: Jandira. Mas ele a abandona e vai para terra dos tocantins em busca de sua virgem amada, entretanto para tê-la terá de lutar. Enfim, por fim ele vence todas as inúmeras barreiras e une a nação de Pojucã e Araci, que recebeu o nome de Ubirajara. Um bom livro.
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Bea Albuquerque 20/05/2023

Confesso que no início foi bem complicado continuar lendo, pois a leitura em si, era diferente, difícil. Eram tantos nomes que eu ficava meio perdida. Mas gostei de conhecer um pouco sobre a cultura indígena e os seus rituais.
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Rafaella 06/09/2010

José de Alencar faz a tríade indianista de maneira inversa. Primeiro, 'O Guarani', com o índio já em contato com s brancos. Depois, 'Iracema', que fala sobre o encontro inicial das duas raças. Por último, nos brinda com 'Ubirajara', em que o índio ainda não conheceu o colonizador. Ubirajara, um índio guerreiro, é o protagonista, em uma história que mostra a cultura de um povo através de suas lutas, amores e tradições.
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Paulo.Diniz 28/02/2022

Interessante
O livro não é grande e nem cansativo, apesar de me confundir as vezes com os nomes dos personagens (não sei se por falta de atenção minha).
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Ariadne Twigg 04/03/2017

Ubijara
O livro Ubirajara de José de Alencar faz parte do Romantismo, é uma obra indianista, assim como Iracema e O Guarani do mesmo autor. Quando José de Alencar escreveu esse romance, teve o intuito de resgatar e promover o nacionalismo.
O romance conta a história de Ubirajara, um índio que de melhor caçador da tribo, sonha em tornar-se o melhor guerreiro e isso acontece após vencer Pojucã, um índio de uma tribo rival. Com este feito, ele além de Guerreiro torna-se chefe dos Araguaias. A partir de então a trama se intensifica com o triângulo amoroso entre a Ubirajara, a índia Jandira da tribo dos Araguaias e a índia Araci da tribo Tocantim.
Ubirajara apaixona-se perdidamente por Araci, tendo que combater e vencer muitos guerreiros Tocantins para tê-la como esposa. O pai de Araci, ao descobrir que Ubirajara pertence a uma tribo rival, o prende, então a partir daí o enredo se intensifica e surge seu desfecho.
No livro José de Alencar resgata a história do povo indígena, retrata o Brasil como uma terra paradisíaca e rica de recursos naturais e coloca o índio como um herói.
Livro excelente, porém com linguagem característica do período no qual foi escrito ( há muitas normas cultas) assim como termos característicos do cotidiano indígena.
É uma excelente leitura!
Não é a toa que por vezes foi indicado nas provas do vestibulares Brasil a fora!
Super indico!
Beijinhos e até a próxima!




site: http://licurtiepostei.wixsite.com/licurtiepostei
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Rafaela 24/08/2020

Ubirajara
Um romance indígena que mostra o respeito por toda as leis estabelecidas entre eles e com um final surpreendente.
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